Miki sai da sala de aula totalmente acabada. Uma semana se passou desde o primeiro pesadelo sobre a pizzaria, a partir daquela noite ela sonhava com aquela sala e não importava o que fizesse, sempre acabava dentro da roupa:

—Miki, o que anda acontecendo? –Letícia vai até ela, o semblante preocupado:

—Só tive um pesadelo. –ela dá um sorriso fraco, continuando seu caminho:

—Sobre a atração de horror? Achei que os pesadelos tinham parado...

—Não, não é sobre aquele local. –ela suspira e encara a amiga –O que você sabe sobre a Freddy Fazbear’s Pizza?

—A pizzaria que a Fazbear’s Fright se baseou? Apenas os rumores das crianças que morreram lá e os guardas assassinados durante o trabalho. –Letícia fica pensativa –Se bem que acho que teve um caso de um garoto que levou uma mordida de um dos animatrônicos e perdeu uma parte do cérebro, algo assim.

—Poderia pesquisar sobre isso pra mim?

—Por que quer saber sobre isso? –ela a encara com suspeita:

—Apenas faça isso, depois lhe explico.

—Certo... Mas vou querer todos os detalhes depois hein!

—Sim, todos os detalhes. –com isso Miki sai da faculdade, em direção ao seu trabalho.

—-----

Novamente Miki se encontrava em um pesadelo.

O cenário agora parecia diferente, maior, porém as portas não fechavam:

—Estou... Em outra pizzaria? –ela mexe na câmera enquanto ouvia o cara do telefone falando. Desta vez identifica que haviam mais animatrônicos, versões mais “bonitinhas” dos três do pesadelo anterior. Também encontrou uma raposa branca e um garoto com balão –Certo, estou em outra pizzaria, só com mais demônios...

O telefone para, ela ouve sons, os animatrônicos assassinos começaram a se mover. A primeira a aparecer foi a galinha maquiada. Miki coloca uma máscara que magicamente apareceu ao seu lado e logo a galinha desaparece, ela tira a máscara:

—Isso é mais tenso que aquele outro... –ela se interrompe ao olhar para o lado e ver o coelho na sua frente –Ah não...

O animatrônico berra, agarrando Miki e jogando-a sobre a mesa. Ela tenta engatinhar para longe, porém o coelho a agarra pela cabeça e com um impulso, bate sua cabeça contra a parede. E de novo, e de novo...

Miki acorda sobressaltada, o coração a mil e a respiração acelerada. Springtrap continuava desligado no canto, então ela não deve ter gritado desta vez:

—Droga, por que estou tendo esses malditos pesadelos? Por que justo quando achei que não teria mais? –ela faz questão de levar a mão até a testa, porém para ao sentir algo, fazendo-a levar a mão até seu nariz e olhar –Mas o que?

Miki se levanta com cuidado e vai até o banheiro, se olhando no espelho. Seu nariz sangrava:

—Que merda é essa agora? –ela se limpa, acalmando aos poucos, pegando um comprimido e tomando em seguida:

—Miki. –a voz de Springtrap a faz dar um pulo –Desculpe assustá-la, mas essa coisa não parou de tocar. –ele levanta o celular dela, o despertador tocava:

—Ah, desculpa. –ela pega o celular e o desliga –Hoje vou ter que ir mais cedo para a faculdade e adiantar um trabalho.

—Certo. –ele vai até a sala:

—Pode ligar a TV nas notícias? –a TV é ligada enquanto ela se arrumava:

—E ótimas novas: Após o incêndio na Fazbear’s Fright, os empresários criaram um novo restaurante baseado mais fielmente na finada “Freddy Fazbear’s Pizzeria...”—ao ouvir o nome, Miki corre até a frente da televisão, assustando Springtrap, que estava sentado no sofá:

—A-a-a-a pizzaria?! –ela exclama:

—A inauguração será daqui a duas semanas, no endereço...—ela estava chocada enquanto via a fachada da nova pizzaria. Era igual a de seus pesadelos:

—Miki? –Springtrap vai para o lado dela, preocupado.

Ela cai ajoelhada no chão, encarando a televisão ainda:

—Miki! O que houve?! –Springtrap não sabia o que fazer:

—Por quê... Por que justo agora? –ela sussurra para si mesma –Qual o significado disso tudo?

Duas semanas. Duas semanas para a reabertura da Freddy Fazbear’s Pizzeria.