Sídhes escrita por Sowlphia


Capítulo 3
A verdade


Notas iniciais do capítulo

OIII GENTEEEE, mil perdões por não ter postado no prazo, eu tive motivos!
1- Sem inspiração
2- Quando eu tive a inspiração fiquei sem computador.
3- E sem celular. Triste!!

MAAAASSSS, apesar disso eu tenho varios Obrigadas, além do obrigada peloas pessoas que comentaram ♥ Obrigada seus lindos ♥ eu quero agradecer exclusivamente três pessoas que fizeram da minha vida uma coisa muito feliz!!

Ravena Krane, Princess of Bad e SeaWave. Essas pessoas lindas, maravilhosas, divas, recomendaram minha historia, nunca fiquei tao feliz na vida, quando esse dia chegou ♥ Muito obrigada meninas, vcs sao uma das razões da historia existir. E por isso, eu coloquei uma referencia de voces no cap. Procurem por qualquer coisa que esteja em 3 ♥

Bom, agora vamos lá ao capitulo ♥ Vejo vcs em 5 dias (vou compensar o tempo ahuhsha)



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Me desvencilhei dele rapidamente e corri para fora da gruta, onde a lua e as estrelas iluminavam aquele lugar, Ashton me seguiu parando na entrada da gruta, me observando. Me sento no chão e tento assimilar as palavras que ele disse. Primeiro, os humanos estão vivos e a terra não foi destruída. Segundo, o Reino e todas as dimensões estão em perigo. Terceiro, eles estão vindo pela Rainha. Por último, uma guerra estava vindo, ele não precisou dizer essa última parte para eu saber. Eu podia acreditar no que ele estava dizendo?

— Como posso acreditar em você? Como pode provar isso? — Pergunto, me virando para ele, seus olhos estavam cerrados em mim.

— Você tem que acreditar.

— Eu tenho que confirmar o que você está dizendo, não sou ingênua o bastante para acreditar só porque você falou! — Digo olhando seriamente nos olhos dele, apesar da sensação de que ele estava falando a verdade.

— Como faria isso? Fadas sabem ler mentes? — Ele pergunta, me olhando com uma cara estranha.

— Primeiro garoto, não sou uma fada! Sou uma Sídhe e não, não lemos mentes. Mas tem um jeito de saber seu futuro. Mas você não vai gostar nem um pouco. — Digo dando um sorriso.

— Tenho um péssimo pressentimento.

— Vamos visitar uma amiga minha, amanhã começaremos a viagem, por favor, durma. Já que você é um humano e não tem asas, teremos que ir andando. Será uma longa viagem. — Me viro, me preparando para ir embora.

— Espere, onde você vai?

— Você não espera que eu durma em uma gruta, ou espera? Eu vou para a minha casa. Você espere aqui, não confio em você para levá-lo até a vila. Até amanhã.

Acordei eram cinco sóis, o sol estava começando a aparecer no horizonte, me levantei vagarosamente, meus olhos estavam cansados, ainda queria dormir, mas eu tinha que descobrir se aquilo era verdade. Eu não gostava de ir na Ilha dos Sirens, apesar de ter uma amiga lá. Era simplesmente complicado demais entrar naquele lugar, além de ser distante.

Voei até a gruta onde Ashton estava, o encontrei dormindo segurando uma pedra com todas as forças, reparando bem, ele parecia magro e havias pequenas marcas quase invisíveis ao longo dos seus braços. Ele pareceu sentir minha presença, pois acordou assustado, tentando atacar-me.

— Você realmente acredita que vai machucar-me com uma pedra que nem afiada está? Vamos, temos que ir andando, eu explico no caminho para onde estamos indo.

Ele levantou e foi para o meu lado, andei na direção oposta da vila, adentrando mais a floresta na direção do oeste, caminhamos com algum tempo, até o sol já estar quase em seu pico, estava quente demais, mas andávamos sem uma palavra sair dos nossos lábios e sem parar para comer, já havíamos atravessado a metade da floresta quando ele quebrou o silêncio com um suspiro.

— O que foi? — Olho impaciente para ele, que para ao lado de uma árvore.

— Estou cansado. Podemos parar um pouco? — Como assim cansado? Praticamente não andamos, pensei em dizer isso a ele, até lembrar que ele há pouco tempo estava quase morto.— Claro, quer água? Vocês, humanos, são diferentes de nós… São tão frágeis.

— Você está errada! — Senti uma intensidade e ameaça na voz dele, mesmo que ele não estivesse gritando — Não somos fracos, pelo contrário, somos fortes, suportamos muitas coisas, mas ainda estamos vivos, podemos não ter poderes como você, apesar disso sabemos sobreviver. — Seu olhar impetuoso não vacilou nem uma vez. Naquele momento, eu fiquei sem palavras. Passamos algum tempo em pé, encarando um ao outro, até que ele pareceu lembrar que estava cansado e se sentou no chão. Peguei de minha bolsa o recipiente para água e entreguei sem dizer uma palavra.

— Nós estamos indo a Oileán na Sírens, significa Ilha das Sereias, eu tenho uma amiga lá que poderá fazer uma profecia sobre seu futuro. Mas temos um longo caminho até chegarmos lá, depois de atravessarmos a floresta ainda vamos passar por no mínimo três vilas para chegarmos na entrada desse lugar e a partir dai que fica perigoso.

— Perigoso como?

— A entrada da ilha está cercada de Doimhneacht e elas vão tentar te matar. Basicamente, Doimhneacht eram sírens que viviam uma vida pacífica, até que tiraram a vida de um ser vivo. Várias delas não conseguem aguentar o desejo de matar e acabam se transformando em uma criatura repugnante que não parecem em nada com os sírens. Você vai entender quando vê-las. Depois que passarmos delas, teremos que adentrar a ilha, onde há vários animais, e ir até ó seu centro onde há uma caverna que irá nos levar ao mundo das sírens. Devemos demorar 12 ciclos do sol e 11 da lua.

— É uma longa viagem, realmente. Não tem um jeito de chegar mais rápido, não é como se os demônios fossem nos esperar chegar lá e depois voltar para poder atacar. — Se o que ele disser for verdade, não teríamos tempo para chegar na cidade real.

— Tem um jeito de chegar mais rápido, podemos pegar um ou dois na próxima vila. Mas não podes se acovardar. — Ele me olha rapidamente e concordando com um “tudo bem”. — Vamos comer um pouco antes de retornarmos a viagem, você gosta de Nathair?

— O que é isso?

Retirei o embrulho da bolsa e desdobrei, mostrando um animal esticado sem pernas nem braços, com a cabeça decepada e assado. Ele me olhou com os olhos arregalados e deu um passo para trás.— Você quer que eu coma cobra? — Olhei confusa para ele. — Esse é o nome disso na minha terra e lá, nós não comemos isso.

— Ou você come, ou morre de fome, a escolha é sua. — Cortei com a adaga um pedaço da carne e comecei a comer, depois de um tempo Ashton se juntou a mim.

— Tem gosto de peixe. — Ele diz depois de mastigar um pedaço.

— O que é peixe? — Pergunto pensando em um animal grotesco de quatro patas e asas

— São animais que vivem nas águas, tem de vários tamanhos, mas eles devem ser parecidos com a sua amiga. Pelo menos parte dela.

— A Gorm? Se ela souber que você chamou ela de Iasc, ela te mata, literalmente. Ah, esqueci de dizer, ela vai tentar te matar de qualquer jeito, então por favor, não morra. — Os olhos dele se sobressaltam e ele me olha de boca aberta.

— Você não é normal, como alguém diz isso tranquilamente? Se você sabe que ela vai querer me matar porque vai levar-me lá? É loucura.

— Sabe qual é a minha teoria sobre você? Você precisa tanto de mim quanto eu de você! Pois se não precisasse de mim, não iria nunca pensar ir nessa viagem. Então você precisa que eu acredite, estou certa?

Ele me olhou por uns segundos, me analisando, retribui o olhar, tentando encontrar algo, porém nada. Seus olhos eram o céu sem a grande lua, um infinito negro que não transparecia nada. Ashton levanta e começa a andar na mesma direção que estávamos indo, continuo a olhar ele por uns segundos até ignorar o meu devaneio. Me levanto e começo a seguir, guardando a comida na bolsa.

— Espere! Eu não confio em ti, no entanto não posso deixar você morrer, — Pego da minha bolsa uma outra adaga mais alongada guardada dentro de um coldre de couro, ele a agarra e olha para ela por um momento. — Se você tentar algo contra mim, vai se arrepender para o resto da vida.

Ao falar isso, continuo a andar, e ele me segue calado. Quando a lua atingiu sua primeira hora e o horizonte começava a escurecer, nós chegamos no limite da floresta, onde as árvores começavam a rarear. A noite estava começando a esfriar e paramos perto de uma árvore grande com o tronco verde-escuro e suas folhas negras, decidimos passar a noite ali.

— Você vai dormir aqui também? — Ele pergunta, me olhando desconfiado.— Sim. Não é segura essa travessia até a vila, vamos ficar e esperar que nada nos ataque.

— Espere, eu pensei que vocês fossem protegidos pelos Nephilins!

— Nós somos, mas eles só nos protegem do que tem fora do Reino, do que não está no domínio deles. No entanto, as coisas perigosas do nosso Reino, quem nos protege é a rainha e o exército real, porém aqui na floresta não há nada além da proteção divina, eu dormiria com um olho aberto para não morrer se fosse você.

— Faço uma fogueira? — Ele pergunta se sentando em um tronco de uma árvore cortada.

— Seria bom nesse frio, mas só atrairá predadores. Vamos ter que dormir assim mesmo.

Depois de comermos mais um pouco da Nathair, nos deitamos com a cabeça escoradas em árvores, a noite estava fria e quieta, quieta até demais para uma floresta. Não se ouvia nem o barulho dos animais saindo de suas tocas, me sentei estranhando aquilo, Ashton já dormia no tronco ao lado enquanto eu tentava observar na escuridão do lugar. Ouço um farfalhar nas árvores. Uma ave piou ao longe, meus ombros desceram em alívio, volto a deitar e pouco tempo depois estou dormindo.

Acordo com o grito de Ashton me chamando.

Abro os olhos, desnorteada, procuro por ele na árvore em que ele estava e o vejo a uns metros dali, com a adaga na mão apontando para algo na escuridão. Ele tentava cortar a coisa que estava na frente dele, quando eu vi o rugido e os olhos. Os olhos acobreados me observavam de longe, e do lado dele havia outro com olhos azuis gélidos, lobos gigantes.

O lobo de olhos azuis era o menor, mas, mesmo assim, batia quase nos ombros do Ashton e o outro era um pouco maior, apesar de estar só com uma adaga, percebi que o que me protegia deles era ele. Me levantei bruscamente e os dois lobos vieram em minha direção, peguei minha adaga e apontei para eles, dando passos para trás, eu poderia fugir dali voando, no entanto não podia deixar o humano para trás.

IGNUS — Minha adaga se tornou uma espada de fogo, o cabo era o mesmo da adaga, mas a sua lâmina se alongou e se tornou fogo.

— Usa teus poderes! — Gritou Ashton do outro lado.

Fiquei na posição de ataque, esperando um dos lobos avançarem, por um tempo ninguém se mexeu, meu braço já estava adormecido com o peso da espada, o lobo de olhos acobreados estava na minha frente, me analisando, quieto, enquanto o maior estava ao lado dele rugindo para mim.

— CUIDADO EILEEN! — Ele grita apontando para as minhas costas, um terceiro lobo, menor que os outros, veio me atacando e me derrubando no chão. Minha espada voou para longe, me deixando desarmada.

Os dois lobos a rugiam vindo em minha direção calmamente, enquanto o terceiro vinha sem barulho algum com o olhar ameaçador, seus olhos pareciam sangue e chegavam cada vez mais perto.

Só havia uma opção para mim.

Ignus Circuli — Ao terminar a frase, um círculo de fogo se faz ao meu redor, me mantendo protegida, mas presa.


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Notas finais do capítulo

Pras meninas da recomendação, vcs eram os lobos , Obrigada por terem lido !!
Comentem se quiserem, aceito criticas construtivas!!
O proximo sai logo logo !!

PS. Filipe Saraiva, amo UGPAVDA !!