Olivia volta ao chão e permanece ali por alguns minutos. É estranho, pois se ela realmente não ama Amanda, por que isso está a afetando tanto? Por que ver a loura indo embora lhe doí tanto? Como isso pode ser amor de amigos?

Passam-se alguns minutos até que Nick lembra-se do ultrassom.

—Liv, -Nick a toca no ombro. –precisamos ir até a sala do ultrassom.

Olivia o encara ainda abalada, seca as lágrimas, forma um pequeno sorriso com os lábios e balança a cabeça positivamente. Ao ter a confirmação da morena, Nick segura sua mão e os dois partem em direção à sala, que não é longe de onde estão.

Por alguns instantes, Olivia não sente nada, a caminhada é analgésica para ela, não há dor ou alegria, apenas nada.

Nick para, fazendo a morena parar também, em frente a uma porta. Bate duas vezes e aguarda a mesma se abrir.

—Olivia Benson, Nick Amaro. Entrem, por favor. –diz a mulher sorridente que abre a porta.

—Bom dia. –diz Nick adentrando a sala.

—Olivia, tire o casaco e deite-se aqui. –diz a mulher para Olivia após assentir o cumprimento de Nick.

Olivia, agora mais calma, tira o casaco como mandado e o entrega para Nick. Ela deita-se no lugar indicado e observa a mulher, que procura por algo nas gavetas ao seu lado.

—Aqui está. Nossa, eles acabam rápido. –diz a mulher sorridente ao encontrar um novo vidro de gel, que é usado no procedimento. –Podemos começar?

—Sim. –Olivia confirma com um sorriso.

A mulher gentilmente ergue a camisa de Olivia até próximo dos seios da morena. Coloca um pouco de gel, Olivia sente o gélido do mesmo, mas logo se acostuma quando com o transdutor a mulher espalha-o ao redor do umbigo dela.

Aos poucos era possível ver a imagem se formando no visor e então lá estava, seu bebê.

—Vejam os pequenos pés. –a mulher narra as imagens.

Nick segura a mão de Olivia com força.

—Mil perdões, esqueci-me de aumentar o volume. Vamos ouvir o coraçãozinho?

Lá está, é lindo de se ouvir. Cada batimento é como a mais linda música para Olivia e Nick. Estão ouvindo o coração de seu bebê pela primeira vez e isso é como ouvir a felicidade, se fosse possível transforma-la em algo audível.

Olivia chora, em parte por seu bebê, em parte por Amanda. Lágrimas de alegria e tristeza se misturam e Olivia pensa que irá explodir em algum momento, mas não explode, permanece olhando para o visor, olhando para seu bebê, ouvindo o coração de seu bebê.

—Aqui estão as mãos.

Nick possui lágrimas nos olhos também e então, beija a testa de Olivia, tentando lhe passar todo o agradecimento que sente, por ela lhe presentear com essa criança.

—Vamos ter uma visão mais ampla. –a mulher desliza o transdutor pela barriga de Olivia e então, está ali, o bebê de corpo inteiro.

—É tão lindo. –diz Olivia sorrindo.

—Já podemos saber o sexo? –pergunta Nick. Apesar de ser a primeira ultrassonografia, Olivia está com quase dezessete semanas de gestação, de acordo com seu médico.

A mulher olha para o visor e então aponta para o visor com o indicador.

—É um menino. –responde com um sorriso enorme. –É o primeiro do dia. Já pensaram em um nome?

—Noah. –responde Nick após Olivia não reagir à pergunta.

Olivia volta a chorar.