War Angel - Renascença escrita por Dálian Miller


Capítulo 22
Capitulo 19 – Água e Ar (Parte II)     


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Chegando ao campo, eles se questionavam se deveriam ir lutar na floresta, juntamente com os arvorosos e o amigo do druida.

— Ayurik, acha que devemos voltar e ir atrás dele?

— Você está maluco? Ainda bem que está chovendo, dessa forma, ninguém me viu molhando as calças quando aquelas dezenas de criaturas bizarras em chamas apareceram, por que te segui até aqui? Agora tenho que lutar contra demônios de verdade! – Balbuciou.

— Tudo bem, mas precisamos descobrir como esses artefatos funcionam... – Parando por alguns segundos, Witc relembrou da caverna onde esteve. Acreditava que lá tivesse informações sobre seu amuleto. No entanto, seu amigo bateu de frente com um homem de capuz cinza que passava por ali rapidamente, desviando a atenção de ambos.

— Quem é você? – Indagou Witc.

Agarrando seu braço, Ayurik o puxou rapidamente. – Não podemos nos atrasar, e nem sabemos quem ele é, vamos!

— Esperem! – Bradou o homem ainda com a face escondida. – Sei como funciona esses artefatos, posso ajuda-los.

— Tudo bem, mas seja rápido... E quem é você?

— Isso não importa agora, Wi... – Fez uma pausa ao perceber que quase dissera o nome do garoto, mostrando que o conhecia. – O olho de dragão, além de ser um tipo de rastreador, também pode ser usado para amplificar seu poder de ataque. Quando tentar realizar golpes usando magia, ele aumentará sua áurea e causará mais dano, porém, tenha cuidado! Essa era uma arma usada normalmente por bruxos e seres das sombras, então, poderá trazer efeitos colaterais se usado em excesso ou em momentos de ira. – Voltando-se para o outro. – O seu já deve estar funcionando. Objetos forjados com a pedra da Lua azul são ativados durante a noite ou com o contato da água. Também aumentará seu poder, tanto de defesa quanto de ataque.

Interrompendo-os, Ippy pousou próximo a eles.

— Vocês o viram? O Demônio? – Indagou o elfo.

— Não, mas ele não deve estar longe. Minha água irá acabar com ele agora que sei como isso funciona, tudo isso graças a... – Um leve sorriso sarcástico surgiu em sua face, contudo, desapareceu na mesma velocidade ao perceber que o homem havia sumido. – Witc, você também viu ele? Diga que viu e que não estou mentindo!

— Sim, mas... Pensando bem, como ele sabia dos amuletos e por que nos ajudou? – Se questionou.

— Não sei do que estão falando, mas tenho um plano. Não conseguirei segura-lo sozinho por muito tempo, então preciso que vocês dois realizem um Cross-over.

— Como faremos isso? – O jovem dominador do ar não entendeu como poderia realizar tal proeza.

— Vocês precisarão combinar seus poderes e suas áureas para derrota-lo. Esse tipo de magia funciona da seguinte maneira: Quando dois feiticeiros, no caso de vocês, um mago e um feiticeiro, combinam suas magias, o nível atingido pela união é superior ao potencial dos dois, e assim poderão derrota-lo, mas não tente controla-lo e abandonar seu companheiro, nenhum conseguirá dominar o poder sozinho.

— Certo. E o que... – Sua pergunta foi interrompida por um ataque surpresa, que fora defendido rapidamente pelo elfo.

— Não deixarei que façam esse Cross-over.

— Não tire os olhos de mim, seu maldito. – O tom agudo das espadas se cruzando espalhava-se pelo campo e espantava qualquer animal das proximidades. – Meninos, me deem cobertura. Acabarei com ele agora.

— Demônios não podem morrer! – Berrou enquanto o encarava e resistia.

— É o que vamos ver. Somos três contra um. É seu fim, ser das sombras. – Ele o afastou e empunhou sua espada. No instante seguinte, uma das espadas de Tsifer fora lançado contra Ippy, que desviou com maestria, e a outra fora jogada contra o solo, entretanto, ele não esperava que fosse uma armadilha. Com as duas espadas fincadas no chão e o elfo entre ambas, Tsifer agilmente criou um enorme círculo mágico de onde imensas garras reptilianas brotaram e agarraram seu inimigo, prendendo-o no ar.

— Lançar as armas foi tudo parte de meu plano. – Disse ao saltar sobre a mão que prendia Ippy e transformar seu braço direito em sua forma real: A pele, antes parda e com alguns pelos, deu lugar a uma superfície rígida, escamosa, com longas garras de cor escura e que eram envolvidas em chamas e um líquido verde. – Esse é um presentinho da Senhora da Dor! – Sussurrou enquanto penetrava suas unhas, banhadas em um veneno, sobre a armadura de metal e seu peito em seguida.

— Ippy! – Gritaram. 

— Chegou a vez de vocês. – Murmurou em tom ameaçador ao recolher suas armas, deixando o círculo mágico desaparecer juntamente com a criatura que prendia o elfo.

— É agora ou nunca, loirinho. – Olharam-se. – Vamos.

Uma corrente de ar começou a girar em volta de Witc e aos poucos seus pés desprenderam-se do solo ao passo que Ayurik entrava nas águas do lago e aquele líquido, em movimento reverso, subia por seu corpo. Os amuletos brilhavam forte em suas mãos.

— VAMOS! - Berraram em sintonia.

— Não vão conseguir. – Apesar da tentativa, o forte vento no local o impedia de se aproximar dos garotos.

***

Em Seiland

Aguardando o momento da execução do plano de fuga, Lina estava apreensiva. Muito havia acontecido a ela e sua vida inteira foi alterada. Sabia que não era uma menina normal, possuía habilidades de uma ciência esquecida e que a maioria julga não existir mais. A magia agora fazia parte de seu cotidiano, e cabia a ela aceitar.

— Lina, olha ali, acho que aconteceu alguma coisa, todos os soldados estão saindo em disparada. – Murmurou a ruiva sentada próxima as grades da cela.

— Devemos aproveitar essa oportunidade.

— Certo! – Respondeu e logo transformou-se no pequeno felino. Sorrateiramente, Lídia correu pelo corredor, entrou pela porta entreaberta e agarrou o molho de chaves sobre a mesa. Tão rápida quanto foi para chegar à sala dos guardas, ela retornou.

— Você é muito incrível, minha amiga sereia. – Sorriu e agradeceu. – Acorde seu pai, esta é nossa chance.

— Ei, papai, vamos. Consegui pegar as chaves.

Mal sabiam elas, mas a perturbação causada em frente ao castelo de Neptulon nada mais era do que a Joana Yophor, mãe de Lídia, fazendo o que, em sua mente, deveria ter feito antes: Tentar salvar seu marido Augusto.

— Permaneci em meu casulo por muito tempo, agora preciso mostrar a força e a beleza de uma feiticeira metamórfica. – Bradou a senhora, posicionada em cima da moldura do portão principal, de onde saltou e ruflou suas asas duplas e vívidas assim como as de uma borboleta Morpho Azul.

Ainda nos corredores do calabouço, Lina seguia a procura de seu pai, até que avistou celas em um andar inferior e, julgando estar na direção certa, desceu as escadas. Seu instinto estava correto. Acorrentado e totalmente sedado, Shawn se encontrava sob o estado de sonolência e não conseguiria correr.

— Papai, não se preocupe, irei tira-lo daí. – Disse enquanto procurava pela chave certa.

— Lina? Filha? – Indagou com a voz trêmula.

Após abrir a cela, correu para os braços de Shawn. A felicidade em encontra-lo novamente e saber que ainda estavam vivos animava a herdeira.

— Não fuja de mim... Novamente.

Com um sorriso em seu semblante e resistindo às lágrimas que insistiam em escorrer por seu rosto, ela concordou. – Pode deixar!

— Miga, acho que os soldados estão voltando, há sombras pelas paredes do andar de... Cima – Para a surpresa de todos, alguém havia a visto. Mel, uma jovem de 17 anos, cabelos azuis assim como a cor céu e filha de Neptulon, acabara de encontra-los.

— O que estão fazendo fora de suas celas? – Questionou.

***

— O que é... Aquilo? – A surpresa pelas nuvens estarem se movendo e descendo em forma de círculos ali na ilha assustou Akira. Será que eles poderiam derrota-lo? Pensou.

— Cuidado para onde olha. – Mylla acertou um soco em seu rosto e a derrubou.

Levantando-se rapidamente, sussurrou ao limpar o sangue que escorria de seu nariz. – Vadia!

***

— Ayurik, irei para onde está e você fará a água se mover no mesmo sentido do redemoinho. – Falou do alto.

— Certo. – Eles se posicionaram.

— Pelos ventos que cortam os céus...

— Pelas águas que banham a terra...

Suas áureas, que antes alternavam entre o translúcido e o verde claro, uniram-se homogeneamente, fazendo surgir uma nova, agora de cor azul. Em poucos segundos uma tromba d’água se formou e disseram em coro: – Sinta o poder da água e do ar! – O imenso vórtice erguido desceu de modo a cobrir e engolir o demônio que era lançado entre suas paredes e dilacerado pelo vento que o rasgava, arremessando-o para longe logo em seguida.

— Conseguimos, Witc. – Ayurik comemorou esquecendo-se de liberar a água que girava com o vento.

— Ei! Ei! Não consigo dissipar esse tornado. O que você fez? – Bradou desesperado.

— Sai daí! – Lembrou-se de momentos antes “Mas não tente controla-lo e abandonar seu companheiro, nenhum conseguirá dominar o poder sozinho”.

— Precisamos de Wechar, irei procura-lo. – Sussurrou o elfo rastejando sobre a gramínea.

— Mas você está ferido, Ippy.

— Não se preocupem comigo. – Ele transformou-se em coruja novamente. Voou baixo e lentamente, mas conseguiu partir a procura do druida.

— Não consigo segurar por mais tempo. – Ayurik foi puxado para dentro do tornado juntamente com Witc, onde os dois foram feridos e arremessados contra as arvores próximas dali, até que os ventos se desfizeram, deixando ambos ficaram inconscientes.


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Notas finais do capítulo

Próximo capitulo: Akira vs. Mylla
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Até breve!!!