Andei pelas ruas e... Parecia estar sendo aceita nesse reino, as pessoas não me olhavam já como antes.

– Chegamos! - Ele disse.

Não era parecido com um castelo, na verdade não parecia nem uma casa de nenhuma aldeia, era alta, vermelha e com várias janelas... Quando entrei tinha uma escadaria enorme para chegar até a casa dele. Ele abriu a porta para mim.

– Fique a vontade, se não se importa vou tomar um banho...

–Obrigada! Falei meio constrangida mas bem agradecida.

Antes que eu pudesse olhar o quarto, Emma dormiu. Coloquei ela em uma cama que se encontrava lá, mas seria falta de educação não pedir permissão. Então bati em uma porta que estava fazendo um barulho de cachoeira, e entrei.

–Com licença, senhor...

Ele saiu e... Meu Deus!! Ele não está com seus trajes... Apenas um lençol cobrindo suas áreas íntimas. Fechei os olhos rapidamente totalmente envergonhada, não pensava em mais nada além do que ele poderia pensar de mim.

–Me perdoe. Eu não sabia...

–Está tudo bem, vou me trocar. Com licença.

Ele saiu do quarto, dessa vez bem mais vestido... Ainda envergonhada tentei falar alguma coisa.

–E...Espero que não se importe, mas tomei a liberdade de colocar a Emma na cama do quarto que você nos instalou.

–Claro que não... Afinal o propósito foi esse.

Ele falou rindo e para me aliviar comecei a rir também.

–Bom, você pode me arrumar uma coisa dessas que vc me salvou?

–Não acho que seja possível, pois isso não é muito aceitável por aqui, um clique e a vítima morre.

Porque eu não tinha uma arma dessa lá na floresta encantada? Minha flecha é eficaz, mas isso seria bem mais, retirando o fato de não ter que estar em um reino diferente.

Já estava com muito sono, mas precisava olhar a Emma, não podia confiar totalmente nele.

– Bom... Acho que está na hora de dormir.

– Ainda são 7:00PM!!! Mas você deve estar mesmo cansada... Boa noite.

Ele parecia ser um homem bom. Mas precisava ficar atenta.

Quando fechei os olhos e abri novamente já estava de manhã, não havia percebido que tinha caído no sono. Emma estava dormindo ainda, peguei ela no colo e amamentei-a. Procurei o homem para agradecer e ir embora, mas ele não estava.

Um bilhete escrito na mesa me chamou a atenção. O que é isso? End... Eço... ENDEREÇO! Mas o que é endereço? Ele também deixou uma bolsa junto com o bilhete, tinha várias coisas de bebês que poderiam servir para Emma.

Talvez ele esteja em seu quarto... Eu entrei no quarto dele e seu guarda roupa estava semiaberto... E no meio de roupas masculinas tinha também vestidos de mulher. Peguei um bem florido que me fez lembrar da floresta encantada e das flores que tinha... Vesti e sai com a Emma.

Perguntei a várias pessoas onde fica esse tal de endereço, não sabia se era uma pessoa ou talvez um lugar, algumas pessoas não me entendiam, outras me falavam para virar a direita, depois a esquerda e nunca chegava. Então percebi que cada casa tinha números e em cada esquina tinha placas com o nome da rua, perguntei onde era a tal rua do endereço e comecei a chegar em algum lugar.