Programa de Proteção para Testemunhas escrita por Dandara Santos


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada a todas as meninas que comentaram, vamos ao próximo capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/651029/chapter/2

BPOV

Eu recebi alta do hospital uma semana depois, o que não foi rápido o suficiente para mim. Eu odiava o cheiro estéril do lugar, a comida horrível, e ficar olhando para aquelas paredes, fazia minha cabeça doer. Os médicos haviam me dado analgésicos e me fizeram fazer diariamente fisioterapias para o ombro. Infelizmente Seth não teve tanta sorte. Ele tinha que ficar no hospital por pelo menos mais três semanas e estava sendo monitorado tanto por médicos como por agentes da CIA. Ele não corria um perigo tão grande de alguns capangas apareceram na cola dele como eu, mas era sempre bom prevenir.

Eu pude enfim trocar aquele vestido horrendo do hospital por uma calça jeans e uma blusa azul. Meu braço estava numa tipoia por isso e foi difícil fazer tudo sozinha, mas, eventualmente, eu estava pronta para ir. Saí do meu quarto e vi o agente Cullen do lado de fora esperando por mim, ou ao menos eu assumi isso. Ele usava um par de calças jeans bege e uma camisa de polo preta, ele estava mais lindo do que nunca, no entanto rua carranca parecia pior do que na ultima vez que eu o vira.

Eu dei-lhe meu melhor sorriso e disse “Olá, querido marido.” Ele olhou chocado para mim, eu apenas rir enquanto saímos do hospital e íamos para o estacionamento.

“Você acha que esta situação é engraçada, Srta. Swan?” ele fez uma careta.

“Ah, não, definitivamente não. É apenas a sua reação a minha fraca tentativa de trazer luz a uma situação incrivelmente difícil que eu acho divertido.”

“Seja como for”, disse ele, abrindo a porta de um Lexus* prata para mim. Entrei e ele caminhou para o lado do motorista e começou a dirigir em direção à rodoviária.

*A Lexus é a divisão de veículos de luxo da Toyota com sede no Japão.

“Então, para onde estamos indo?” Eu perguntei, examinando o carro impecável.

“Isso é para eu saber e você descobrir”, disse ele sem tirar os olhos da estrada enquanto dirigia a 20 mph acima do limite de velocidade, tecendo em torno dos carros que buzinavam loucamente para ele.

Eu estava começando a perder a paciência com ele. Ele não tinha que ser tão rude. “Qual é o seu problema afinal?” Eu disse, cruzando os braços e olhando para ele com raiva.

“Você seriamente está me perguntando isso?” Disse ele, incrédulo.

“Claro!” disse, levantando minha voz em frustação. “O que eu fiz para você me odiar tanto?”

“Bem, talvez isso responda sua pergunta. Como você se sentiria se, em vez de caçar criminosos que, aliás, é a sua especialidade, você tem que tomar conta de uma menina chata que não tem cérebro suficiente para descobrir que o cara com quem ela namorava há dois anos era o filho de um dos barões de drogas mais procurado do país!”

Eu congelei quando ele disse isso. Lagrimas de raiva começaram a se formar no canto dos meus olhos, mas as parei antes de cair, ele não ia me fazer chorar. “Pare o carro” disse eu friamente.

“Nós não podemos parar, estamos na estrada”, ele disse com naturalidade me ignorando por completo em seguida.

“Eu disse para parar o carro Cullen”, gritei revoltada, ele virou para a direita e parou o carro, olhando para mim com surpresa. Tirei o cinto de segurança e sai do carro.

“Hey”, ele gritou atrás de mim, saindo do carro também. “Onde diabos você pensa que está indo?”

“Eu estou indo para casa. Não há nenhuma maneira no universo que eu estarei indo para qualquer lugar com você.”

Ele agarrou meu braço bom e me virou. “Você quer se matar? E caso você se esqueça, você não tem mais casa.”

Eu balancei meu braço para fora de seu aperto, e peguei no colarinho de sua camisa, raiva emanando de mim, o fato de ele ser quase vinte centímetros mais alto do que não passou despercebido, mas no momento isso não era relevante. “Você acha que eu ia esquecer algo assim? Acha que eu não me lembro de cada coisa que Jacob Black fez para mim?” Eu soltei seu colarinho e puxei a manga da minha blusa, mostrando as cicatrizes que iam da dobra do meu cotovelo até o meu pulso. “Você não acha que eu tenho cicatrizes suficientes para me lembrar o que, por algum milagre, eu fosse esquecer?”

Seu rosto era uma mascara de choque e horror quando ele olhou para o meu braço. Eu puxei minha manga de volta para baixo e disse. “Você não sabe nada sobre mim, então não venha agir como se me conhece-se” Eu voltei a nadar me distanciando do carro, mal tinha dado dez passos quando ele me alcançou e tocou suavemente meu ombro.

“Sinto muito”, disse ele com sinceridade. “Eu não sabia que ele fazia isso com você”

Eu fiquei onde estava sem me virar. “Eu pensei que você tinha lido tudo no meu arquivo” Eu o ouvir suspirar.

“Eu não li tudo, apenas o essencial, onde você nasceu e quem são seus pais, sua idade, e o resto pretendia ler quando chegasse a Chicago, que é para onde estamos indo” Disse, me virando suavemente. Ele levantou meu queixo com o dedo, obrigando-me a encontrar olhos, e enxugou as lágrimas que caiam, apesar de meus esforços. “Eu realmente sinto muito Bella, por tudo o que eu disse a você e por tudo que aquele bastardo fez com você. Agora, por favor, volta para o carro? Eu não que se se mate e dê outra chance para Callaway colocar-me em liberdade condicional novamente, ou melhor, me demitir” Ele tinha um lindo sorriso torto em seu rosto que quase me fez suspirar, e seus olhos estavam brilhando de sinceridade.

Foi então que eu percebi uma coisa. “Você está em liberdade condicional?” Perguntei com um sorriso começando a rastejar no meu rosto.

“De tudo que eu falei foi somente isso que você captou?” Falou sorrindo abertamente agora. “Este lugar é muito exposto, podemos discutir isso no carro?” Perguntou olhando ao redor.

Eu balancei a cabeça e o segui de volta para o carro. “Então?” Perguntei.

“Eu tenho mesmo que falar?” Perguntou fazendo uma careta, parecendo uma criança que tinha que confessar que ele tinha roubado um biscoito antes da hora.

“Sim” Disse sorrindo para ele.

“Eu fui colocado em liberdade condicional a cerca de um mês atrás.” Ele não deu mais detalhes.

“E...?” Perguntei novamente. Ele suspirou. “Eu estava em uma situação que exigiu uns métodos não muitos convencionais para obter certas informações. O chefe não gostou e me colocou em liberdade condicional, para não me prenderem, mandaram-me para esse caso, assim eu ficaria um tempo longe das ruas”.

“O que você fez?” Perguntei, enfim entendo o motivo de ele está tão carrancudo quando o conheci.

“Eu bati o rosto do cara contra uma parede e ameacei implantar drogas nas coisas dele se ele não me passasse a informação que eu queria. Infelizmente Callaway descobriu quando o cara ameaçou nos acusar de agressão, o resto como dizem, é história”

Eu fiz uma careta. Edward não parecia ser um cara violento, mas nem Jacob parecia no inicio. Estremeci involuntariamente, e Edward percebeu o que estava se passando em minha cabeça. Ele sorriu para mim de forma tranquilizadora, mas tinha preocupação em seus olhos. “Eu não sou Jacob, Bella. Eu estou aqui para protegê-la, e não para lhe ferir. Eu não faria isso, me desculpe se eu assustei você”.

Eu olhei para cima e logo meus olhos encontraram os dele, eu sabia que ele estava dizendo a verdade. Havia algo sobre Edward Cullen, eu não sabia o que era, mas me fez sentir como se eu pudesse confiar nele e que ele não iria trair minha confiança como Jacob fez.

“Eu acredito em você” disse sorrindo verdadeiramente para ele. Ele sorriu de volta e continuou dirigindo para Chicago.

*********

Eu senti alguém me sacudindo, mas eu não queria acordar do meu melhor sono em semanas. “Só mais cinco minutos” murmurei. Ouvi alguém riu e de repente me senti sendo transportada por um par forte de braços musculosos. Meus olhos se abriram e meu coração começou a martelar forte em meu peito entrando em pânico. Uma vez que vi de quem era os braços, relaxei. Era Edward, e não meu psico ex- namorado.

“Edward, o que você esta fazendo?” Perguntei, enquanto ele me carregava através de um caminho de pedras, no estilo noiva. “Está levando essa estória de recém-casados muito a sério” Disse fazendo-o rir.

“Eu estava levando você para dentro, já que você queria mais cinco minutos de sono, infelizmente acabei te acordando. Desculpe.” Disse ele sorrindo, ele caminhou mais três passos que levava a uma porta branca com um batedor de ouro.

“Bem-vinda à sua nova casa, Isabella” Ele disse meu novo nome. Como ele conseguiu destrancar a porta e me levar para dentro mesmo com os meus protestos estava além de mim. Ele finalmente me colocou no chão e foi pegar as malas no carro. Eu nem sabia que tinha uma mala com roupas, uma vez que eu saí do hospital somente com a roupa do corpo, mas acho que providenciaram isso para mim também.

Esperei Edward voltar, bloquear várias fechaduras na porta principal e ativar um sistema de alarme complicado para em seguida explorarmos a casa. A casa era elegante, com ambientes muito bem decorados, havia três quartos no andar de cima, um tinha uma cama com um dossel lindo com lençóis brancos e cortinas com salpicos pretos aqui e ali, o segundo quarto tinha um tema azul-celeste e dourado, enquanto o terceiro era decorado com tons de verde-mar e azuis. Tinha dois banheiros no andar de cima e um quarto de hospedes no andar de baixo ao lado da sala de estar. A cozinha, no entanto, era a minha parte favorita da casa. Ela tinha um piso cinza, com bancadas de mármores, e uma ilha no meio da cozinha. Tinha duas cadeiras ao lado da ilha, e eu conseguia me imaginar com Edward ali tomando café da manhã todos os dias. Tudo era de aço inoxidável e tinha tudo que o eu poderia imaginar, desde uma maquina de café até um frigorifico.

“Esta cozinha é incrível Edward!” Exclamei, pulando para cima e para baixo com entusiasmo. “Eu mal posso esperar para começar a usar tudo o que tem aqui.”

Edward rio cansado. “Estou feliz que você tenha gostado. Mas me diga, qual quarto você quer que eu coloque suas malas?”

“Não se preocupe com isso, eu mesma levo minhas malas, você parece extremamente cansado, vamos.” Eu fui pegar minhas coisas, mas antes que pudesse levantar do chão, Edward tomou a mala de minhas mãos.

“Que tipo de cavalheiro eu seria se eu deixasse uma senhora carregar uma mala pesada enquanto nem se recuperou de um ferimento à bala?” Ele disse, sorrindo torto para mim, contive a vontade de suspirar novamente, acho que seria incrivelmente constrangedor. “Então, qual quarto?” ele perguntou novamente já subindo as escadas.

“Você escolhe primeiro.”

“Não, você primeiro.”

“Não, você primeiro.”

“Bella!” Ele exclamou.

“Nós poderíamos fazer isso durante toda a noite Edward. Agora escolha o seu maldito quarto.”

“Tudo bem, eu vou ficar com o azul e dourado” disse ele por fim.

“Bom, eu vou ficar com o branco e preto, amo camas de dossel!” Falei, rindo de sua expressão.

Ele colocou as malas no quarto e ficou sem jeito por alguns segundos. “Se você precisar de alguma coisa, eu vou estar no me quarto. Boa noite.”

“Obrigada, Edward.” Eu disse, sorrindo para ele. “Vejo você na parte da manhã.”

Ele saiu do meu quarto, fechando a porta ao sair. Eu desmaiei na minha cama e adormeci assim que minha cabeça tocou o travesseiro.

SPOILER DO PRÓXIMO CAPÍTULO.

Eu podia vê-lo andando em minha direção, um olhar assassino no rosto. Eu estava encolhida em um canto da sala que se tornou minha prisão todos aqueles meses trás, e minhas mãos tremiam enquanto tentava cobrir meu rosto, tentando me proteger de sua raiva. Comecei a gritar quando o vi tirar uma arma e aponta-la para mim. Eu vi Edward e Seth correndo em minha direção, mas eles estavam atrasados. Jacob puxou o gatilho...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como está o coração de vocês depois desse capítulo? rsrs
Comentem e digam o que acharam.
Beijos da dandy



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Programa de Proteção para Testemunhas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.