Todos os dias sou atormentado pelos mesmos pesadelos, que me fazem acordar de madrugada e é um custo para que eu consiga dormir novamente, e para variar, isso também aconteceu hoje, eu até estava acostumado, mas hoje não é um bom dia, isso pelo fato de eu ter que pegar um avião para me mudar bem cedo pela manhã. Minha mãe decidiu que eu deveria me afastar um pouco do país, e da cidade na qual cresci e ir morar com meu tio em Los Angeles, isso porque ela acha que estou ficando depressivo.

Estou familiarizado a mudar de escola, já que sempre que estou envolvido em algum problema, como agressões físicas, faltas, discussões, ou até mesmo eu sendo antissocial, minha mãe decide que é hora de mudança, mas ela nunca foi tão longe assim a ponto de fazer com que eu mudasse de país, mas pelo que parece, agora ela decidiu ser radical. Deixe-me aproveitar e contar um pouco sobre mim.

Meu nome é Dallas Waters, é um nome meio estranho, mas não há o que fazer, foi o nome que me foi dado, tenho 16 anos, meu cabelo é preto, meus olhos são azuis acinzentados e minha pele é clara (Dallas). Meu pai morreu a mais de um ano, e como ainda não superei sua perda, todos os meus pesadelos envolvem ele.

Mas sem querer me desviar mais, ali estava eu, acordado as 3 da madrugada, e como já devem ter notado, quando acordo com esses pesadelos, demoro muito para voltar a dormir, então apenas conferi tudo o que havia nas malas que estava levando para ver se eu não tinha esquecido nada e fiquei vagando pela casa até 6 da manha, e quando a hora finalmente chegou, fui tomar um banho, me vesti, peguei minhas coisas e desci as escadas rumo a sala.

Chamei minha mãe gritando por seu nome um pouco antes de o taxi chegar, pois eu sabia que me despedir dela seria difícil.

_É agora não é mesmo? Você vai ficar fora por pouco tempo, mal vai dar tempo de sentir saudades de sua velha mãe.- disse dona Sâmia, mais conhecida como minha mãe, vindo em minha direção.

_ Mãe, um ano é bastante coisa, e é claro que eu vou sentir saudades, agora vem cá, me da um abraço, e vê se não chora.- falei em um tom de deboche enquanto ia a seu encontro.

Dei um beijo em seu rosto e disse que estaria de volta em breve, e que tentaria manter contato, ela me entregou as malas quase chorando de arrependimento por me mandar para longe, e foi nesse momento que o táxi chegou. Fui até o motorista, que saiu do carro e me ajudou a colocar minhas coisas no porta-malas, depois de acomodado, parti.

_É, vai ser um longo ano.- Disse enquanto observava pela janela do táxi, o sol começando a iluminar a cidade.