Revolutionary Hearts escrita por ChopperChan


Capítulo 24
Capítulo 23- Completamente Lascado


Notas iniciais do capítulo

Yo pessoal! ChopperChan está de volta!
Desculpe a demora mas, como eu já expliquei antes, estava tendo cinco provas por semana e mais um detalhe: lembram daueles projeto de intervenção de história que eu estava trabalhando pra diabo? Então, já é semana que vem. E eu andei tendo uns dias muito estressantes em que eu tinha de dormir meia noite pra ficar trabalhando o máximo possivel (e acabei capotando na aula de geografia. Já fiz um cartãozinho de desculpas e entreguei junto com um chocolatinho. É, eu tava me sentindo culpada.) e, pra piorar....NUNCA SAIAM CARREGANDO UMA BANDEIRA VERMELHA DE DOIS METROS POR AÍ NA RUA EM DIA DE MANIFESTAÇÃO. SERIO. ME BARRARAM NA PORTA DO COLÉGIO E EU TIVE DE EXPLICAR O PROJETO INTEIRO.
okay, pondo de lado meu estresse por ter sido chamada de petista, vou ter um tempinho livre essa semana, com o feriado é tudo o mais, então vai dar pra escrever um pouco mais (e trabalhar no meu cosplay d eLasybug. Amo minha máquina de costura nova ♥)
Enjoy!



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"Havia a minha vida antes da tragédia. Existe a minha vida agora."

—Não conte a ninguém, Harlan Coben

Sabo analisava o corredor da casa. Era impressionante como aquele lugar parecia sempre o mesmo, não importando quantas vezes ele movesse os móveis ou trocasse os carpetes e quadros pendurados. Talvez fosse a melancolia de observar aquele ponto tão familiar que o fizesse assim.

—-Creio que precisamos repintar as paredes. Estão bem manchadas, não?- uma voz perguntou as suas costas.

—-A culpa é do Luffy.

—- Sei disso. Estava aqui quando ele fez aquela- ela apontou para uma marca escura, na altura da escada- Xícara de café. Estava levando pra mim, mas tropeçou no próprio soldadinho que tinha largado no chão.

—-Bem, todas as outras tem histórias parecidas.-ele cruzou os braços, nas costas.- Mas a senhorita não deveria sair fazendo estripulias, já que suas feridas aids não cicatrizaram.

Koala deu de ombros e se sentou no corrimão, alisando as saias.

—-Me fale sobre a sua família biológica.

—-Você os conhece: São todos seres humanos horríveis. Não há mais nada para se falar.

Ela passou a mão pela superfície de madeira empoeirada.

—-Eu só quero conhecer um pouco mais sobre suas tragédias. Já... Já te contei sobre as minhas. E agora estou me sentindo em desvantagem.

—-Bem, eu não deveria te contar, já que você esteve com vantagem desde que chegou e eu teoricamente, nas Regras de justiça, teria o direito de permanecer assim por mais alguns dias mas....-Ele soltou um suspiro antes de começar, se sentando ao lado dela com um salto. -Minha mãe.... Minha mãe veio de uma família nobre. Na época em que ela é meu pai se casaram , ela só tinha a pose e arrogância de quem é superior, porque a família andava mal das pernas, quebrada mesmo. E, vamos falar a verdade, quem manda hoje em dia é quem tem dinheiro. E meu pai tinha esse tipo de poder: aquisitivo. Ele era um burguês que tinha uma boa noção de mercado, e por isso tinha enriquecido com o comércio de arte pros ricaços da cidade.

Ele pausou por um segundo, para ver se ela ainda prestava atenção no que ele dizia. Koala assentiu, atenta.

—-E, como nós humanos sempre queremos algo que não temos, meu pai queria algum título de nobreza. E minha mãe queria o dinheiro que ele tinha. Então ninguém estranhou quando, num dos leilões de arte que meu pai organizava, ele começasse a cortejar uma das nobres mais fáceis de se conseguir, mesmo sendo muitos anos mais velho que ela: a minha mãe. Eles se casaram menos de três meses depois.

—-Nós vamos nos casar em menos tempo ainda.- ela deu um sorrisinho de canto, ao qual ele retribuiu.

—- Mas é diferente. Nosso casamento é estranho para todos, mas o deles foi normal: era a nobre empobrecida mas entitulada, e o endinheirado sem título. Era um casamento arranjado, claro,mas parecia perfeito aos olhos de todos: seriam a família politicamente correta, o casal maravilha!- ele falava com tal desdém que, se não fosse trágico, seria cômico.

—-Tem razão, estamos longe disso.

—-O que me faz muito feliz, porque casamentos como o deles estão fadados a desgraça.

—-por que? Eles não geraram filhos e continuaram casados "até que a morte os separe"? Isso me parece um casamento saudável.

—-Eles não criaram filhos, Koala. Eu... Eu nunca fui tratado como filho. Eu e o meu irmão somos herdeiros.

—-Qual a diferença?

—-A diferença é que....não existia amor naquela casa. Aqueles dois nunca se amaram de verdade, era mais como se.... Só tivessem se acostumado com a presença um do outro. E isso está bem longe de "amar". Quem não ama não consegue gerar filhos, só herdeiros de patrimônio, entendeu?
Ela assentiu.

—-Eu nunca gostei de viver naquela casa. Era sufocante. Mas...

Ele se remexia no apoio, incapaz de ficar quieto, continuando a falar.

—- ...As coisas pioraram quando eu fugi de casa. Passei dois anos morando no Grey Terminal e três anos com Dadan, como já deve ter ouvido falar, até me pegarem quando eu tinha 16 anos. Quando cheguei em casa, me deparei com um irmão que não estava lá quando eu me fui.

—-Mas... A diferença de idade entre vocês não é só de dois anos?

Na ânsia de continuar falando, ele nem percebeu que ela não deveria saber da diferença de idade entre eles.

—-Exato. Meu pai tinha pegado pra criar um dos muitos bastardos que tem por aí.

Ela arregalou os olhos.

—- O irônico é que mesmo não sendo de sangue...- ele deu um sorriso de escárnio- foi um filho melhor pra minha mãe. Enchia ela de orgulho. "Seu irmão é um gênio!" Ela costumava dizer.

—-Eu... Eu sinto muito.

—-Não tem necessidade. Esses e muitos outros fatos me ajudaram a não me arrepender nem um pouco de ter fugido de novo, mas sem ser pego dessa vez. E, depois que completei 18 anos, já nem preciso mais me preocupar em ter que voltar. Sou livre!

—-Isso é bom. Se tivesse voltado, nunca teríamos nos conhecido.

—-Mesmo se tivéssemos... Meus pais nunca permitiriam que eu me casasse com você. Aliás, tenho certeza que a minha mãe não vai gostar da ideia.

—-Mas não acho que isso vai te impedir, não é?

—-Com certeza não. Muito pelo contrário, eu vou adorar ver a cara de desgosto dela quando disser " Seu pai não aprovaria isso".- ele sorriu- Te tomar como esposa será um ótimo desafio final àqueles dois.

De repente, Sabo se deu conta de que aquela frase poderia não soar como ele pretendia, parecendo até mesmo ofensiva. Ele se virou de uma só vez na direção da noiva.

Ela estava vermelha e com o rosto entre as mãos, os olhos fechados bem apertados, com força.

—-Ah, P-perdão!! Eu não queria....

E, sem aviso, Koala jogou a cabeça para trás, gargalhando.

—-Hahahaha, céus! Hahahahah

O loiro arqueou as sobrancelhas, surpreso.

—-Poderia por favor me dizer o que é tão engraçado?

Ela tentou segurar o riso, abanado o rosto com a mão para ventilar.

—-Na...nada demais. É só que.... Eu acho isso divertido.

—-O que? Ouvir sobre os meus problemas familiares? Isso é extremamente sádico de sua parte.

—-Não. É só que... Enquanto todos os outros homens por aí se casam apenas para gerar descendentes com suas esposas que mais parecem éguas reprodutoras... Eu aceitei o pedido de um que se casa apenas por desafio, PIRRAÇA, contra um pai que já faleceu e uma mãe horrível.

Sabo soprou uma mecha do cabelo que caía sobre os olhos.

—-Pode ver assim, se quiser. Mas vai ter que aceitar isso querendo ou não.

Ela deu um sorrisinho de canto.

—-Não é algo que eu tenha que aceitar, Sabo. Não é uma coisa ruim. Acho divertido. Diferente. Atraente, até.-- E ela voltou a rir em um tom mais baixo.

Dessa vez, ele a acompanhou.

E ficaram os dois assim, apenas ouvindo o som do riso ecoar pela casa fechada, durante alguns segundos de paz.

—-A senhorita é realmente uma mulher muito intrigante.- Sabo a olhou de soslaio- Sorri o tempo todo.

—-É assim que todos deveriam ser.

—-Eu devo admitir que no começo eu a achava carrancuda e irritante, alem de um pouco mal educada.

—-Eu peço desculpas por isso. Quando cheguei estava um pouco.... Instável.

—-Um pouco?- ele fez uma expressão questionadora.

Ela revirou os olhos.

—-Certo, eu tenho tendências bipolares por natureza. Mas naquela época, era ainda pior. Estava confusa, em um período difícil do mês e... com medo.

—-Tinha medo do que? De mim?

—-Bem... sim. -Koala riu- E muito, aliás.

—- Não a culpo. Minha fama não é muito boa mesmo, e as coisas que inventam sobre mim chegam a ser ainda piores.

Ela balançou a cabeça.

—- Não tinha medo dos rumores que espalhavam por aí. Tinha medo de que seria mais um daqueles idiotas que não se importam com as próprias esposas, largando-as em algum lugar isolado no interior do país e voltam vez ou outra pra gerar algum herdeiro legítimo. Tinha medo que fosse um brutamontes machista ao extremo. Tinha medo que minha vida acabasse depois de me casar. Tinha medo de que minha ideia sobre você fosse exageradamente idealizada. Entende?

—-De certa forma... Eu temia que você fosse uma daquelas mulheres controladoras e me obrigasse a parar com.... As minhas coisas.

—-Jamais faria você sair do Exército Revolucionário, senhor segundo em comando.

Sabo caiu de costas nos degraus da escada.

—-Você está bem?- Koala o olhou por cima do ombro, surpresa.

—-Como.... Como....-- ele a encarava atônito, esfregando as costas que batera na queda.- Como você....?

Ela revirou os olhos.

—-Por Deus, Sabo! Acha mesmo que eu ia cair nessa coisa de "Clube de Leitura"? Eu só vi você entrar na biblioteca quando queria me importunar!

—-Mas.... Mas....- Ele já esperava que ela não acreditasse, mas achava que ela teria outra teoria para explicar suas saídas, como um clube de luta ou coisa do tipo.

—-Além disso, Tio Hack me contou assim que a carta com o pedido de casamento chegou. Eu devo dizer que não me impressionou nadinha e nem influenciou na minha decisão.

Ele soltou um suspiro, se erguendo do chão com os cotovelos.

—-Eu desisto. Nunca vou conseguir esconder nada de você.

—-Não se espante. Mulheres conseguem ser melhores que detetives profissionais quando querem, então eu o aconselho a se preparar.

—-É, estou lascado.

—-Completamente.

Sabo se levantou, batendo a poeira das roupas antes de voltar a falar.

—-Vamos voltar pra outra casa?

—-É, Luffy deve estar com saudade de mim.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso! Até a próxima! O/
P.s.: Saudades da Tony Tony Bella.
P.s.2: comecei a postar a "What" no Spirit.



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