Revolutionary Hearts escrita por ChopperChan


Capítulo 23
Capítulo 22- Shippando Dragões e Princesas, Bruxas e Familiares


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna! ChopperChan está numa correria com cinco provas nesse sábado, mais cinco no próximo é um mutirão de atividades com o projeto de intervenção da turma, então vou simplesmnete largar isso aqui!
Enjoy!



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"--Muito obrigada por intervir a meu favor.

—-Voce não precisa que eu a salve.

—-Mas foi legal da sua parte."

—Trono de Vidro, Sarah J. Maas.

Ele piscou algumas vezes, confuso, e retorceu o rosto em uma carranca diante do odioso sobrenome, piro ainda por vir acompanhado do nome próprio.

—-De onde conhece esse nome?

—-Não fique assim. Esse nome é uma das razões de eu me casar com você.

Ele fechou os olhos, tentando esconder os sinais de irritação. Era por isso que ela estava ali? Pelo maldito sobrenome? Pelo título? E de onde diabos ela conhecia o imbecil? Ele respirou fundo, algumas vezes, se esforçando para prestar atenção na quase-noiva que continuava a falar.

—-Já faz muito tempo.... Você me protegeu. Foi a primeira pessoa em muito tempo que alguém o havia feito.

—-Não estou entendendo.- Não que isso não fosse comum.

Koala tocou de leve o lado esquerdo do rosto dele.

—-Não se lembra disso? Como a conseguiu?

—-Minha mãe jogou chá quente em mim. Só.

Ela balançou a cabeça, sorrindo triste.

—-Não, não. Ela jogou em MIM.

—-Hã?

Ela recolheu o braço e abaixou a cabeça, fechando os olhos, evitando a todo custo contato visual.

—-Não esperava que se lembrasse. Você.... Você sempre se metia no meio das confusões que envolviam os criados.

—-Você... Você trabalhava lá naquela época?

—-Poucos meses antes de você fugir de novo. Eu tinha dezesseis anos. Você, dezessete. Eu havia sido contratada faziam poucos dias, já que Luffy tinha completado 5 anos e estava procurando o primeiro colégio interno, e Dadan não precisava mais de mim. Ele foi expulso rapidinho, mas não vem ao caso.

Ele ouvia a tudo, atentamente. Era verdade que ele tinha mania de se envolver nas confusões que o resto dos membros da família criava e, embora os olhares de agradecimento e a sensação de ter feito justiça o satisfazerem, era mais como uma maneira de confrontá-los do que tudo.

—-Também não me recordo do que havia levado ela a tentar jogar aquela xícara em mim mas....

—-Você pulou na frente. A água estava fervendo e, mesmo assim, você pulou na frente.

—-Eu....

—-Ela me atacou por ter fervido demais a água do chá. Queria me dar uma lição, mas quem acabou levando foi você.

Sabo balançou os ombros.

—-Não me arrependo.

Ela sorriu triste.

—-O fato de você estar lá era o único motivo que os fazia tratar os criados com uma relativa decência. Tinham medo de você.

—-Bom, tinham motivos para isso.

—-Ainda têm, na verdade.

—-E que continue assim.

Ela soltou um suspiro antes de continuar.

—-Bom, até hoje não sei o porque de não terem me demitido depois dessa mas.... Não demorou dois dias da sua partida até que Stelly tentasse...

O escândalo. O escândalo de quatro anos atrás. Sim, agora ele se recordava: um idiota tentara abusa-lá, levantar suas saias ou coisa do tipo. E ela revidara com um chute bem dado. Ele se lembrava de ter rido muito com o caso, na época, mas sem saber quem era o real nobre envolvido.

O fato de ser Stelly Salomão a ter levado o chute tornava tudo mais hilariante, e a causa só dava mais um motivo para Sabo odiá-lo. Não era como se ele precisasse (ou quisesse) saber mais sobre o assunto.

—-Não fale sobre isso, eu não quero mais saber nada sobre esse idiota.

—-Certo, certo.- ela levantou as mãos, em guarda- Eu nem sei por que estou te contando isso, já que já nem importa mais.

Sabo soltou um suspiro aliviado, maldizendo a si mesmo por ter PENSADO que a mulher a sua frente fosse uma oportunista em busca de vantagens sociais. Depois de tudo o que ela contará, da confiança que ela depositada nele.... Ele só podia ser idiota por pensar tais coisas sobre Koala Aussie. Só havia uma única coisa ainda não explicada:

—-Você... Você aceitou a proposta de se casar comigo por... Por isso?

—-Como?

—-Por gratidão. Por eu ter te ajudado, dessa vez. Foi por isso que aceitou?

Ela sorriu, colocando uma das mãos sobre as dele.

—-Claro que não. Se fosse me casar com qualquer um que tivesse se jogado na minha frente para me defender, teria me casado com o Luffy. Ele já tomou banhos de lama por mim pelo menos uma dúzia de vezes.

—- Não faça piadas sobre isso. Não quero que se case por dívidas de gratidão comigo.

—-Não acho que tenha dívida de gratidão nenhuma com você. Fiquei muito agradecida, sim, mas não a ponto de destruir meus ideais e aceitar adicionar outro sobrenome ao meu nome.

—-Então por que? Por que eu? E não adianta colocar Luffy no meio das suas desculpas que não vai funcionar mais!

—-Quando fala dessa forma parece até que eu sou uma maldição, sabia?

—- Você consegue ser, às vezes. Agora me responda.

Koala soltou outro suspiro.

—-Você.... Você.... Se está esperando que eu vá dizer algo como "eu tinha uma queda por você desde aquela época", pode ir esquecendo que eu nunca tive!

—-Não estou.

—-Eu... Gosto de pensar que não me apaixono pelas pessoas pelas aparências (se o fizesse, você não estaria nem sendo considerado). Eu.... Eu sempre gostei de pensar assim porque me fazia confortável, fazia eu me sentir superior as moças fúteis que só falam em "bonitões" e fazem virtude e riqueza parecerem sinônimos. Além disso, até poucos meses atrás, me recusava terminantemente a entrar em relacionamento, e escandalizava todos dizendo que casamentos por interesse eram apenas contratos financeiros entre duas pessoas de mente fraca, sucumbidas ao pensamento comum.

—-Então, na minha condição de renegador de riquezas e com fama de revoltado, se casar comigo seria um tapa na cara final à sociedade, é isso?

—-Bem.... Não nego que, em parte, foi. Mas eu também pensava em parar de ser um fardo para o Tio Hack. Pensava dar conforto à minha mãe, lá em cima, mostrando que era capaz de arranjar um marido. Queria... Bem, por mais que nunca fosse admitir isso na época (e provavelmente vou negar que disse isso se me questionar mais tarde) , eu queria me casar, mostrar pra mim mesma que eu tinha os dotes necessários para conquistar alguém. Mas não um alguém qualquer, eu queria.... Alguém que se encaixasse no perfil que eu formei baseada nos meus livros. Alguém que.... Bem , eu queria olhar para alguém e sentir as mesmas coisas que minha mãe sentia pelo meu pai.

—-Então por que diabos está aqui? Eu tenho plena consciência de que não sou nenhum príncipe encantado nem "mocinho virtuoso e apaixonado".

—-E quem disse que eu estava me baseando nos protagonistas?

—- As probabilidades?

—-Não senhor! Se eu quisesse um príncipe, teria ficado esperando ao invés de ir atrás, e só teria me conhecido no altar. Esse tempo todo, eu estava atrás de um dragão para amansar.

—-Entendi o porque de me escolher agora.

—-É bem mais divertido, escolher o vilão. Porque os sentimentos dos principais, todos conhecemos à fundo, mas os do vilão..... Bom, se não forem aqueles relacionados à vingança e ódio, não temos nenhuma noção de suas emoções. Sempre pensei que, caso conhecêssemos pessoalmente tais antagonistas, nos surpreenderíamos com quanta compaixão e amor fossem encontrados em sua personalidade.

—-Pelo que estou entendendo a senhorita me considera um vilão, é isso?

—-Bem... É como já lhe disse. Eu lhe considero um dragão, mas nos meus conceitos qualquer um que ocupe um posto de "marido", "noivo" ou mesmo "namorado", serão considerados vilões. E você vai conseguir ocupar todos esses em apenas um mês.

Ele soltou um suspiro, deitando a cabeça no colo da quase noiva,

—-Meu único consolo será o fato que considera a possibilidade de que eu sinta compaixão.

Ela riu, passando os dedos pelo cabelo loiro embaraçado, ainda sem pentear, desfazendo os nós.

—-Deixe de ser bobo, vilões são sempre aqueles que nós amamos odiar, e eu também não sou nenhuma princesa.

—-Mesmo? Porque eu já ia lhe acusar de não ter humildade e estar tentando me rebaixar ao posto de seu guarda pessoal indesejável, enquanto você espera algo melhor, polindo sua coroa dourada no escuro.

Koala sacudiu a cabeça.

—-Não, não. Princesas não tem graça, não fazem nada. Apenas ficam esperando e, quando muito, cantam. Prefiro pensar que eu sou uma feiticeira.

—-Isso é apenas um nome bonitinho para "bruxa".

—-Não é a primeira vez que me chamam assim. Mas, no meu papel como bruxa da história..... Estou te nomeando como meu familiar.

—-E o que seria isso?

—-Meu animalzinho de companhia.- ela beliscou suas bochechas- Que me ajuda a jogar pragas no mundo e fazer mandingas contra meus inimigos.

—-Gostei.
Os dois riram.

—-Não sei como está conseguindo rir. Uma pessoa normal não ficaria tão tranquila depois de uma declaração daquelas.

—-Qual? A de que prefere dragões a príncipes?

—-Não, a de que a culpa das queimaduras, que te fazem sofrer preconceito, é minha.

—-É da Minha mãe, na verdade, mas se esse pensamento pesa na sua consciência a ponto de me deixar deitar no seu colo e me fazer carinhos, então não me importo nem um pouco que pense assim.-Ele esperou ela terminar de revirar os olhos- Além disso, já deveria estar conformada que nem eu nem ninguém que esta ou esteve sob esse teto é normal.

—-Eu estou inclusa?

—-Está vendo o céu?

—-Não....?

—-Então também está sob esse teto.

—-Eu podia ter olhado pela janela, sabia?

—-Mas não o fez. A minha linha de raciocínio ainda é válida.
Ela riu, soltando um suspiro.

—-Mas realmente, não está assustado?

—- sendo sincero? - ele adquiriu um tom mais serio-Toda essa história.... Tudo o que me contou....Todo o seu passado.... Me fizeram entender.

—- Entender? Entender o que?

—-Mais de uma coisa. Muitas, na verdade.- ele ergueu o corpo, devagar, mantendo o rosto abaixado, na altura do dela- como o porquê de você pronunciar errado algumas palavras....

—-Francês não é minha primeira língua.

—-Os cabelos curtos....

—-Nunca conseguiria me acostumar aos longos, depois de mantê-los nesse comprimento por tanto tempo.

—-O porquê de ter aceitado se casar justo comigo....

—-Ainda tenho a impressão de que vai continuar perguntando.

—-E, mais importante, a minha certeza de que te dar isso será....--ele perdeu toda a cor do rosto ao alcançar o bolso de trás, vazio.

Koala riu, se esticando para alcançar o bolso da camisa que usava antes,agora no chão, e puxou a pequena caixinha preta aveludada.

—-Procurando isso?

—-Como você...

—-Estava debaixo da janela da cozinha. O vidro estava meio aberto, então creio que foi a que você pulou....?

Sabo reprimiu a vontade de soltar um palavrão, apenas suspirando no lugar.

—-Dei sorte de ter caído na parte de dentro da casa, eu suponho.

—-Mais do que esperaria, se tratando de você.- ela o entregou o pequeno embrulho- Eu ainda não olhei, embora queira muito. Você pode guardá-la para tentar outra hora, e podemos fingir que....

Sabo a cortou com um gesto.

—-Se eu deixar pra depois só vou me acovardar. Vai me deixar por isso no seu dedo ou eu terei que sofrer mais algumas décadas?

Ela riu mais, cruzando os braços.

—-Faça o pedido direito.

Ele rolou os olhos, abrindo a pequena caixinha.

—-Minha cara senhorita Aussie, me concederia a honra de se tornar minha noiva? Oficialmente?
Ela estendeu a mão.

—-Como eu prezo pela pelo bem estar do mundo, aceito o papel de domadora de dragão.

Cedendo à vontade de sorrir, Sabo deslizou o anel pelo dedo anelar da (agora oficialmente)noiva (por completo). A facilidade com que conseguiu deixava evidente o diâmetro excessivamente largo da joia, mas isso seria uma preocupação para outra hora.

No momento, era melhor se apressar para pensar em uma bela desculpa para o buraco nas costas da mulher. Os três dias estavam correndo.


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Notas finais do capítulo

To com pressa, então até a próxima! O/
P.s.:mais referências às outras fics? Mais referências às outras fics.
P.s.2: Depiis da Rh eu pretendo tirar uma "folga" pra revisar e postar a "What?" No Spirit. E depois disso talvez fazer uma segunda temporada (mais de um ano depois mas ok). O que cês acham?



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