Exile 3: O Renascer escrita por Melehad


Capítulo 17
Capítulo 16: A Árvore da Vida...


Notas iniciais do capítulo

Desculpe-me a demora, estou criando a minha entrada na categoria Originais, fiquem ligados!



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O alvorecer estava se iniciando...

 O sol raiava pelas pequenas brechas das nuvens carregadas e prestes a desaguar novamente encharcando aquelas terras. Um vento forte e gélido balançava as pobres árvores com seus troncos e galhos finos fazendo-as estremecerem e rangerem como gritos de dor extremos. Pela primeira vez depois de muito tempo o sol estava com uma coloração mais clara e apresentava que estava melhorando de sua doença. Os primeiros raios ultravioletas estavam mais aquecidos e ao tocarem na superfície da pele, sentia-se que realmente aparentava estar mais puro que antes. Depois daquela chuva tudo começou a melhorar e isso era a felicidade dos seres que moravam lá, apenas um ser se preocupava com essas mudanças repentinas... Na mente do ser de olhos brancos ele imaginava que o planeta estar se modificando rápido assim é porque algo aconteceu com a Terra e a esperança dos humanos para sobreviver era vir para aquele mundo cruel e conviver com os verdadeiros donos de lá. Ou seja, o Exile estava apresentando características do modo de vida dos humanos como o ar mais purificado e a temperatura mais normalizada.

Uma luz forte cegava os que queriam sair da floresta...

Jeff The Killer tapava seus olhos com suas mãos impedindo da luz o cegar, pois a escuridão da floresta era imensa. Ficar muito tempo naquele lugar transformava a visão do indivíduo e os olhos passavam a enxergar mais o profundo breu do que a claridade normal. As copas das árvores eram tão fechadas que pouca iluminação passava ali, para passar pela floresta era necessário alguma tocha ou lanterna, algo que iluminasse os caminhos do infeliz que decidisse atravessar a floresta sombria.

Passos estreitos para não tropeçar, mãos no rosto e sempre alerta em caso de um ataque repentino era o que Jeff e Slender realizava, Smile.dog se escondia atrás de seu dono para não ser afetado pela claridade por razão de não conseguir esconder os olhos como os outros. Jeff tropeça e se desequilibra um pouco, mas não a ponto de cair. Ele esbarra em um das maiores crueldades dentre a destruição que foi a guerra entre as creepypastas e Ancestral, o que jazia no chão era a carcaça de metal de um dos seres que vivia naquela floresta, – e até mesmo Alan já o enfrentou quando veio parar pela primeira vez no exílio – era a armadura metálica do Monstro de Flatwoods. Ele era um dos seres que foram capturados recentemente na Terra, um alienígena de pele vermelha, olhos brilhantes e grandes, ele também usava uma roupa preta parecido com um roupão. Mas o que residia ali era apenas sua armadura já que após morrer seu corpo foi desconstruído e o que restou era cinzas.

Nunca o conheci, mas meus respeitos por ele... — Finalmente eles conseguiram o tão demorado feito, tocar as últimas plantas daquela floresta. Slender assume a frente e com seus tentáculos empurra as árvores mais grossas para que eles consigam passar. Mesmo com uma claridade atingindo seus olhos, o que residia ali fora não havia mudado, era o mesmo sol negro, a mesma terra morta, o mesmo céu rubro...

Conseguimos... Espero que Herobrine também tenha conseguido... — A visão deles era a parte de trás do grande monte com aqueles rochedos pontiagudos e em seu cume uma enorme cratera fervente de onde saiu Zalgo. As nuvens de chuva estavam se juntando com a fumaça da lava que residia dentro da montanha, que agora foi comprovado que era um vulcão extremamente ativo.

De longe também era visto ruínas de uma construção muito conhecida naquele mundo... Era se visto a Mansão do Ao Oni ou que apenas sobrou da imponente casa do monstro roxo, algumas paredes erguidas, a fachada com as colunas vitorianas e alguns cômodos. O telhado caiu deixando seu interior completamente desprotegido e causando assim o apodrecimento dos móveis e boa parte interna da casa.

Jeff e Slender entraram de pé direito nos campos e bem de longe avistaram o local que teriam que ir e ainda residia em seus corações a esperança de Herobrine estar lá quando chegarem. A Árvore da Vida, ou como eles chamam, a Árvore do Detetive, poderia ser maior até que o Monte Vater Unser em si porque mesmo cercada pelas montanhas ainda era vista boa parte de suas folhas que antes eram verdes, agora, eram um marrom seco e morto. A felicidade bateu na porta do coração de Jeff ao ver o que poderia ser o final dessa dolorosa missão, pois foi falado a eles que com o livro em mãos poderiam usá-lo para derrotar Absolen, mas não foi falado como, isso não importava para ele. — Olhe lá Smile, o livro está lá... — Ele na hora esqueceu sua exaustão e deu lugar a sua determinação de conseguir completar a missão, em sua cabeça ele imaginava já o final disso tudo e também imaginava que o fim estava bem próximo que ele poderia agarrá-lo com sua mão e nunca mais soltar... Cheio de esperança ele soltou um grande: — Vamos! — e saiu correndo para chegar mais cedo na árvore. Ele e Smile começaram a correr como uma criança e seu cachorro apostando corrida até seu destino, eles estavam felizes com aquilo, mas Slender continuava sério e em expressar nada. Algo passava na mente do esguio e não era algo bom...

Enquanto os dois corriam Slender se teletransportava para perto deles com sua estática, o mais estranho disso tudo era o mais óbvio, algo que a alegria de Jeff não percebeu... Se Slender havia perdido seu poder por estar cansado, como ele se teletransportou agora? Isso foi passado despercebido por Jeff, mas se ele tivesse percebido isso antes, algo mudaria no futuro deles, posso dizer que seria algo grandioso...

Jeff The Killer chegou bufando de cansaço, no entanto alegre. Ele olhou para o portão enferrujado do que outrora pertenceu à Mansão do Herobrine. O muro de aparência antiga estava destruído, apenas sobrou algumas partes em volta do terreno e o pilar que segurava o portão de ferro adornado de detalhes estilo colonial e medieval. Com as duas mãos ele empurrou o portão que rangeu indicando que há muito tempo ninguém passava por ali. – mesmo que se fazia pouco tempo desde a última batalha naquelas terras- Ele, então, lentamente foi se aproximando das ruínas da antiga mansão que era apenas colunas de pedra e madeira apodrecida, já que o Templo do Doppelgänger foi construído sobre ela. O Templo não estava tão destruído assim, apenas a gigante estátua do Ancestral que caiu depois da árvore começar a crescer. O interior estava do mesmo jeito quando aconteceu a luta entre James e o submundano denominado Ancestral. — Eu ando por essas terras e lembro como se estivesse acontecendo agora a batalha entre nós e os servos do Doppelgänger, vejo creepypastas morrendo e o sangue do detetive sendo jorrado nas paredes dessa construção profana... Eu lutei ao lado dele e mesmo termos ganhado a guerra, ele morreu para aquele desgraçado! Eu ainda vou acabar com esse filho da mãe antes dele morrer pela sua tortura eterna no inferno — Jeff se aproxima da cabeça da estátua de Doppelgänger – que estava caída no chão- e com raiva a chuta imaginando ser realmente o corpo do mesmo. Smile late para avisar seu dono que não iria adiantar nada, que ele tinha que acertar mesmo era o Absolen, pois o Ancestral estava já pagando por seus erros... — Eu sei Smile, temos que prosseguir e pegar o livro, mas a raiva pelo aquele demônio ainda é maior que tudo o que sinto nessa vida miserável — Ele se acalma, Slender chega atrás de Jeff e avisa para prosseguir, todos vão se aproximando do grande tronco da árvore que estava seca, mas não morta.

No tronco havia uma porta dupla com desenhos celtas, com maçanetas prateadas e um cheiro de madeira perfumada bem forte que vinha de dentro da cúpula onde ficava guardado o livro. Ele com determinação respira fundo e abre ao mesmo tempo ambas portas... Ao abrir um vento brutal saiu do interior da árvore quase levando Jeff com ele. — Que droga foi essa? — Ele não dá importância e prossegue até a cúpula...

Colunas de madeira polida e cercada de raízes seguravam o teto arredondado do local e o peso da árvore em si. Havia também um pequeno relevo em volta do pedestal onde repousava o livro e nesse relevo tinha uma cerca medieval bem simples, uma simples decoração, nada de especial. Falando no pedestal, o cobiçado livro estava lá repousado por uma garra de ferro deixando-o um pouco elevado em relação ao pequeno altar. Jeff entra no local e visualiza o livro de longe com seus olhos secos e sem pupilas, ele se aproxima do centro do local e a cada pisada no chão de madeira bruta da árvore o som ecoa na sala toda acarretando um barulho desconfortável por razão do silêncio mortífero da pequena sala sagrada.

Ele vai se aproximando cada vez mais do livro, mas em seu coração ele sente algo estranho... Ele sente um mal pressentimento e a presença de uma alma corrompida e maligna perto de si, presente na cúpula junto com eles. — Não... Não pode ser verdade, seria muita sacanagem — Das sombras surge ele, com seu roupão preto e por cima um peitoral de armadura medieval bastante desgastada, uma face magra que ressaltava seus cabelos rubros arrepiados para trás e seus olhos atentos e sedentos por sangue. Absolen, o absoluto chega ao local com sua postura como de um cavaleiro medieval, um sir, sempre segurando sua montante (espada grande usada com ambas mãos) afiada e cercada de uma chama negra.

Eu tardo, mas não falho. Chegaram primeiro que eu admito, mas estou aqui para impedi-los de pegar esse livro tão cobiçado ultimamente... — Jeff ao ver Absolen automaticamente libera uma raiva incandescente em seu coração a ponto de ataca-lo sem pensar antes.

Seu desgraçado! — Ele começa a tremer com a adaga em punhos de tanto nervosismo — Onde está Alan? O que você fez com ele? — A raiva, a dor e a culpa se uniram e começaram a destruir sua alma o mandando atacar o ser maligno com toda sua força, porém, ele sabia que atacar Absolen seria loucura. O ser, então, precisaria de uma resposta para a pergunta medíocre de Jeff. Ele não queria falar para eles que perdeu o humano para os celestiais porque seria chacoteado por Jeff e perderia sua majestade e sua postura na frente dos inimigos... — Ele irá morrer se me desobedec... — A porta abre interrompendo ele e mais três seres entram na árvore, Herobrine e Guardião estavam segurando o jovem soldado por estar com um ferimento horrível na barriga de onde saia um brilho estranho. Ao ver o amigo ferido, Jeff aquece ainda mais sua raiva, era como se ele tivesse ateado mais lenha na fogueira e agora a chama estava mais quente e maior. Escorado por seus amigos, o SCP ao ver Absolen também se enche de raiva já que ele participou do massacre da fundação e viu muitos Safes morrerem pelas mãos desse ser cruel. — Alan está a salvo! — Grita de longe Herobrine avisando Jeff sobre a mentira que Absolen estava contado a ele. — Os seres celestiais comandados pelo Detetive James o salvaram da prisão de Absolen, por isso ele está aqui... Ele viu que seu trunfo foi perdido e recorreu ao livro para nos tirar o poder sobre um dos aliados dele, Zalgo. — Jeff agora juntara as peças em sua cabeça, por isso eles precisariam do cetro, – que foi revelado que era a foice da morte – para localizar o livro e com o livro derrotar Zalgo que era a maior ameaça depois do próprio Absolen. — Você perdeu Absolen, o absoluto... — Herobrine repousa cuidadosamente seu amigo ferido no chão e vai até Absolen encará-lo bem perto para sentir a derrota do ser, ele continua: — Não deveria cantar vitória antes da hora, mas você está fraco pela batalha conta James e agora sem poder utilizar Zalgo, pois se ele aparecer iremos sugá-lo para dentro do livro e ele nunca mais irá sair ao menos se eu permitir. Você perdeu, canalha! — Ele estava certo, o ser não tinha mais para onde correr e estava sem forças para lutar com todos presentes na sala, o truque de mestre perfeito para derrotá-lo, mas havia um problema bem pequeno, contudo, devastador...

Eu não posso perder... é... é impossível, eu planejei tudo e em minha visão iria funcionar, mas deu errado, como deu errado? É porque você não contou com algo que poderia quebrar a realidade de sua visão... — Todos gelaram, principalmente Herobrine. No altar segurando o livro em suas mãos magras e um pouco trêmulas estava aquele que até mesmo não deveria temer temia. Utilizando seu manto rasgado e podre e velho, com correntes presas aos punhos e um sorriso louco estava um ser completamente conhecido por todos e também temido, Doppelgänger estava de volta e de uma maneira bem triunfal.

É impossível... — Até mesmo Absolen estava pálido com a situação, acredito que ninguém naquela sala estava com tanto medo do que ele. Os olhos do minecraftiano se arregalaram como o de todos da sala, ele não conseguia pronunciar nenhuma palavra, apenas sentir que não havia mais salvação para eles naquela hora.

Vocês são tão burros! Eu... Eu fico até perplexo com a tolice que reside em suas mentes imundas. — Eles continuam olhando para ele em busca de algo para falar, só que saia apenas ruídos indescritíveis. — Enquanto o Herobrine esnobava sua vitória na cara do Absolen, qualquer um poderia pegar o livro, Jeff, Slender, até mesmo o cachorro sorridente ali poderia fazer isso, mas vocês conseguiram mostrar a incompetência e a imperfeição de vocês... — Ele tinha razão, eles ao invés de pegar o livro, eles ficaram cantando vitória antes da hora.

O que você vai fazer com o livro? — Pergunta engolindo a seco Absolen cercado pelo medo. Ancestral ri e bate de leve o livro na cabeça de forma debochada. — Bem... Você queria o livro para controlar Zalgo, pois ele já estava perdendo a fé em ti meu caro, mas não é meu caso... Na verdade Zalgo está sobre meu poder e ele só estava ao seu lado porque eu queria, eu precisava de alguém por trás de tudo, não poderia aparecer assim e como você já estava conhecido entre todos eu dei uma pequena forcinha... Mas uma coisa é verdadeira, eu não preciso do livrinho das creepypastas para controlar Zalgo e você meu caro Herobrine também não irá precisar do livro para aprisioná-lo, pois não existirá livro nenhum no futuro, na verdade não existirá futuro... — Ele ergue o livro com a mão direita e com a outra ele estala o dedo fazendo a lareira da sala começar a aquecer. A lareira feita de pedras arredondadas começa a esquentar e as chamas já aparecem para queimar qualquer coisa. — Não! — Grita Herobrine ao perceber o plano malicioso de Ancestral.

Parece que as coisas começarão a esquentar por aqui... Haha! — Gargalha Doppelgänger. Ele arremessa o livro na lareira e um estrondoso raio clama por raiva nos céus, a chama começa a queimar a capa de couro lentamente e as páginas de papel velho e seco favoreceram a queima mais rápida. O ser de olhos brancos ainda tenta correr até a lareira salvar o livro, mas Ancestral arremessa suas correntes presas a algema em seu pulso e com tamanha força racha o chão impedindo de Herobrine se aproximar do fogo que já havia queimado o livro totalmente. — Eu fiz uma promessa a você, a promessa dizia que eu iria te destruir completamente desgraçado e eu ainda não desisti dela... Eu vou te destruir e estou pouco me ferrando para as armas que você tem, eu vou te matar!Que medo... — Responde debochadamente o Doppelgänger balançando a cabeça e fingindo estar tremendo.

Ele olha para Absolen perplexo e gargalha de seu medo e sua preocupação — Sinto muito, eu sei que você queria ter o poder para dominar as dimensões, até fez isso logo após ser aprisionado, mas a verdade é que eu nunca fui aprisionado totalmente. Quando eu fui preso eu consegui desenvolver um poder de manter o meu corpo lá e libertar minha alma, tudo que você fez gloriosamente foi graças a mim que o ajudei. Você é um fracassado Absolen! Eu tenho vergonha de você... — Ele olha para Herobrine: — Não é mesmo meu caro? Eu sempre estive lá... Se você juntar as peças verá que eu estava em todos os lugares te vigiando e cuidando que meu plano funcionasse corretamente... — Ele agora lembra, a silhueta Ancestral surgiu no portal quando ele surgiu para Alan em seu quarto, ele estava na guerra quando Absolen atacou a SCP Foundation entre várias outras. Agora ele percebe que Absolen foi apenas uma peça no tabuleiro do Doppelänger e que ele é o verdadeiro vilão. — Tenho que admitir que o plano foi muito bem elaborado, mas você não irá vencer... Se tem coragem lute comigo!

Sinto muito, mas tenho que ir. Preciso re-capturar minha contraparte dos celestiais que o tolo do "Absolerdo" deixou eles pegarem em sua prisão no inferno. Com licença, e eu vou ter remarcar nossa batalha... — Antes de ir Absolen olha para Ancestral de maneira completamente raivosa, ele estava morrendo de raiva por ele ter o rebaixado e ter humilhado na frente de seus inimigos.

Você criou uma guerra não só com eles, criou comigo também... Eu irei fazer de tudo para você ser humilhado como você me humilhou, eu irei atrás de você até no fim do universo, eu irei mata-lo bem lentamente e se fugir eu irei atrás de você e arrancarei sua cabeça e a pendurei em minha parede seu maldito Doppelgänger!


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Notas finais do capítulo

Até...