Depois de enfrentarem e exterminarem Suicide Mouse, os heróis seguem para talvez o maior desafio que eles iriam enfrentar nessa guerra. Para recuperar cetro perdido do Guardião eles teriam que enfrentar o que talvez seja o maior e mais poderoso ser daquele mundo. Trancafiado no Monte Vater Unser, – nome que foi dado por Herobrine à montanha mais alta do Exile – libertado e agora temido novamente por seus filhos, das profundezas da loucura, da morte, o pai dos monstros... Fear.

Ninguém ousaria enfrentá-lo, seu poder é inimaginável e sua fama é indescritível. Criado pelos seres infernais como uma arma contra o bem, a primeira creepypasta a pisar nas dimensões e a última a ser aprisionado naquele mundo por ser muito poderoso... A obscuridade é real e tem um nome, mas o mesmo não pode ser mencionado...

Passando pelas ruas destruídas, pelos carros incendiados, pelas ruínas que outrora foi uma grande cidade, os heróis do Exile seguiam para sua derrota ou para sua vitória. Não importava para eles, o que importava era que eles estavam lutando pelo bem e para salvar as Terras irmãs. Atrás estavam Jeff, Smile.dog e Slender lado a lado e sem brigarem, na frente estava Herobrine empunhando sua espada de diamante e o SCP-011 com sua espingarda armada e recarregada. Sentiam medo? Sim, mas a sensação de fazer o bem era maior que a covardia. Jeff não queria repetir o mesmo erro que fez Alan ser capturado, agora ele engoliu a seco o seu medo e sua preocupação dando lugar para a sua coragem. Slender que sempre ficava ao lado do vencedor, finalmente escolheu um lado. Em sua mente ele imaginava que se ficasse mais uma vez contra o bem, seus amigos não iriam dar outra chance a ele. Smile sempre tinha a coragem necessária em seu coração e sempre estava disposto a ajudar seus amigos. SCP-011 – como qualquer outro soldado – Acreditava que a guerra estava longe de terminar, porém, eles lutariam mesmo já sabendo que coisas ruins iriam acontecer. Ele também nunca iria deixar ninguém para trás. Herobrine, o líder real, o verdadeiro guerreiro que sempre foi. Sua preocupação era maior que todos juntos, mas ele tinha que mostrar confiança e esperança a eles, ele tinha que sempre ser otimista e heroico.

As nuvens negras e carregadas anunciavam que uma tormenta se aproximava e ia diretamente até a árvore. Mas não chovia naquele mundo, só choveu naquele mundo quando a grande batalha passou e as plantas estavam renascendo naquele mundo graças à árvore sagrada, a árvore que nasceu em cima onde outrora foi o Templo do Doppelgänger e mais antigo ainda, a Mansão do Herobrine. Raios e trovões cruzavam o céu vermelho e tocavam o chão, a verdadeira batalha estava prestes a acontecer e nada melhor que esse clima para combinar com a matança que ocorrerá...

Quando o céu rubro foi encobrido completamente pelas nuvens negras e os relâmpagos eram a única fonte de luz deles, Herobrine sentiu algo cair perfeitamente em sua testa e escorrer até seus olhos brilhantes. A gota d’água pingou certeiramente no centro de sua testa e ao sentir a leveza e a umidez ele rapidamente olhou para os céus. Ao sentir novamente a pureza da água ele se emocionou. As primeiras gotas de chuva começaram a se espalhar no chão arenoso e poeirento da estrada arruinada onde eles andavam. O líder fechou seus olhos e abriu seus braços quase se ajoelhando no chão agradecendo pela chuva, a água era algo que foi proibido a eles, nunca mais eles beberam ou viram a água depois de irem para lá. Os únicos rios, lagos e mares estavam completamente poluídos e mortos. Apenas depois de um longo tempo, quando James foi enterrado, choveu naquele mundo. Smile brincava tentando engolir as gotas da chuva ainda no ar, para Jeff a ficha ainda não caiu e Slender não se importava com isso. O SCP-011 compartilhava da mesma felicidade que Herobrine, ele sorriu e deu um grito agradecendo pela benção dos céus que foi vos dada.

Na árvore, Fear sente as gotas tocarem sua pele pútrida e sentia em seu coração maligno que algo iria acontecer. Ele solta um forte grito de raiva e na hora que libera sua fúria incandescente, um raio cai diretamente na Árvore de Croatoan queimando algumas folhas e assustando os heróis que já estavam bem perto. Junto com a felicidade de Herobrine, veio a preocupação e o sentimento de dúvida em relação à chuva. Ele acreditava que se seus desejos fora realizado, algo de ruim estava para acontecer...

— Por que você nos deu isso? Algo de ruim irá acontecer conosco, não é? Tem um motivo para você nos saciar com a chuva e eu acho que não é coisa boa... — Falou ele em pensamento. De longe foi visto a árvore... Não era uma árvore comum da Terra, era uma gigantesca árvore cercada de galhos secos e de cada galho, surgia mais e mais até ficarem bem finos. As poucas folhas que tinham agora estavam incendiadas pelo raio. As folhas eram parecidas com pequenos pinheiros e de suas pontas saiam um tipo de espinho vermelho, provavelmente venenoso. O tronco principal da grande árvore aparentava ter uma face de caveira, olhos, nariz e os dentes como de uma caveira normal. Na testa do crânio estava escrito a icônica e famigerada frase "Croatoan" que tanto foi falada. Raízes grossas e enormes saiam do chão quebrando o asfalto e delas cresciam plantas estranhas que cobriam prédios, carros e qualquer coisa que havia naquela rua.

Finalmente eles chegaram em frente a árvore. De longe dava para se ver o pai das creepypastas parado de costas a eles em cima de uma enorme raiz. Eles imaginavam enfrentar um enorme monstro voador de cor de pele rubra, totalmente bizarro. Com tentáculos, sete bocas envolta de dentes afiados, braços esguios, chifres pretos ensanguentados e uma face assustadora, mas o que se depararam foi apenas um homem de costas trajando um sobretudo cinza rasgado nas bordas por cima de um terno preto e velho e manchado com uma gosma preta. O vento forte fazia seu longo sobretudo dançar no ar como se fosse uma capa dando a ele um certo toque de elegância. — É ele? — Perguntou assustado Jeff, que estava ao lado de Slender que não esboçava emoção nenhuma. — Sim... — Respondeu Herobrine raivoso esfregando os dentes um nos outros tentando esconder o nervosismo. Ele tomou à dianteira, seguiu até perto do ser obscuro e com um puro ódio soltou o que tinha que soltar para ele.

— Fear! Dê-nos o cetro e ambos iremos seguir nosso caminho, você e eu não queremos derramar mais sangue que esses demônios derramaram. Você é uma creepypasta como eu e sabe que agora nossa raça está quase extinta... — Herobrine não queria lutar com o ser mais poderoso do Exile, ele tentava discutir com Fear para não lutar, pois como ele disse, sua raça estava quase extinta. O ser continuava parado, ele não esboçava emoção nenhuma e nem se mexia. O que se mexia era apenas sua roupa por conta do forte vento. Ele Continuava parado e olhando para a face esquelética na árvore e a frase escrita nela.

Com raiva, Herobrine não conseguia se conter. Ele queria atacar o ser, contudo, temia por seus amigos, temia em eles morrerem. Quando o sangue subiu a cabeça e ele já estava completamente cegado pelo ódio, ele fez algo que não deveria fazer... Ele apertou com sua mão direita a espada firmemente e soltou algo que poderia se arrepender amargamente...

— Acho melhor se acalmar — Fala o SCP-011. Ele franziu as sobrancelhas e gritou o verdadeiro nome de Fear... Todos se espantam ao ouvir aquilo, nunca deve-se falar seu nome, e principalmente, em sua presença. Eles não entendiam a razão de Herobrine estar assim, eles não sabiam que eles já se conheciam de um bom tempo antes...

— ZALGO!!! — O nome foi dito. O ser mexeu sua cabeça rapidamente para o lado foi a hora que Herobrine percebeu o que fez. Se arrependeu do que fez. Mancando um pouco Zalgo se virou assustando todos com sua face demoníaca. No buraco onde ficariam seus olhos existia apenas um breu extremo que soltava ás vezes uma fumaça negra. Em volta dos buracos haviam dentes afiados que se movimentavam um pouco, uma visão completamente bizarra e horrível para quem visse. Ele não tinha boca, era apenas o mesmo buraco que tinha nos olhos só que maior e com mais dentes afiados. Sua pele era misturada com uma cor pálida e manchas roxas que apareciam e desapareciam no decorrer do tempo. Seu cabelo era penteado para trás, era visto que parte de seu cabelo havia caído deixando uma parte da cabeça calva. Ele parecia um cadáver ambulante.

O único que não se assustou com a face dele foi Herobrine, eles já se conheciam... — Faz tanto tempo que eu não o vejo... — Um pouco depois de Herobrine chegar ao Exile, ele estava fraco e sem um destino. Sua face demonstrava a raiva dele ter sido abandonado outra vez por seu irmão, Steve. Enquanto andava pelas ruínas de sua gloriosa mansão ele se sentia só, se sentia sozinho... Naqueles dias, esse mundo era um completo lugar sem luz, mesmo de manhã, não havia sol e nada que pudesse iluminar o caminho de Herobrine. Com uma espada fincada em seu ombro e vários ferimentos horríveis, ele sobreviveu mais de um ano naquele mundo cruel e quando ele estava completamente desnutrido e acabado, prestes a morrer, foi quando surgiu ele... Na forma de um monstro gigante e imponente surgiu Zalgo, ele era do tamanho de um prédio de dez andares. Com a tonalidade rubra em sua pele, vários braços e tentáculos, sete bocas espalhadas em seu corpo e chifres em sua cabeça esquelética, o pai das creepypastas invocou a sua gosma preta e começou a possuir Herobrine. A gosma começou a entrar por seus olhos, boca e ouvidos, mas com toda a agonia e dor que ele sentia, Zalgo o curou e deu o poder que Herobrine tem hoje... Fear salvou ele, mas não foi por misericórdia ou compaixão... Foi para torná-lo seu servo e usá-lo porque ele precisaria de um corpo já que os guardiões estavam atrás dele e com Herobrine ele poderia fazer suas maldades sem ser descoberto.

Herobrine fez muitas coisas para ele antes de ser libertado, ele matou, torturou e o pior de tudo, o monstro fez questão de que ele visse tudo... Por compaixão a ele, o ser de luz mandou o Guardião libertar a pobre alma corrompida dele e assim o fez... Quando Herobrine foi libertado, Zalgo fugiu e se escondeu nas profundezas da obscuridade e assim ele ficou até ser capturado lá um pouco antes de o Detetive James ir para o Exile. Por isso Herobrine o odeia tanto...

Essa história toda passou na mente do ser de olhos brancos e de Fear ao se reencontrarem cara a cara. — Entregue-me o cetro! — Zalgo não falava, ele não podia falar e isso foi um dos motivos para ele procurar um possessor, e agora ele conseguiu um humano para ele, mas ele ainda não conseguia falar, apenas soltar poucos gemidos... Morrendo de vontade de cortar a cabeça de Zalgo fora, Herobrine ainda tinha um pouco de bom senso em seu coração que gritava para ele não fazer isso, mas seu ódio era muito maior... O ser obscuro jogou a cauda de seu sobretudo para trás e se agachou sem tirar os olhos de Herobrine, ele pôs a mão para frente e encostou seu dedo indicador no chão, logo, o líquido preto começou a escorrer de dentro de sua roupa e começou a se espalhar pelo chão rapidamente. O líquido foi mais rápido que a voz de Herobrine gritando: — Não encoste na gosma! — Mas já era trade demais. Após tocarem no líquido gosmento, todos começaram sentir-se mal, era uma extrema falta de ar e uma ânsia de vômito.

— Não... — Herobrine não tirava os olhos do monstro que agora já estava de pé e apreciando o momento. Zalgo adorava ver seus inimigos sendo torturados antes de morrerem, ele se sentia poderoso e invencível ao presenciar a dor e a angústia das pessoas, para ele, aquilo era prazeroso. Herobrine – que estava caído no chão – olhou com raiva para Zalgo e com seus olhos sangrando a gosma, perguntou:

— O... O que Absolen prometeu te dar? Você sab... sabe que ele irá te trair no final, por que aliar-se a ele? — Zalgo deu um sorriso serrilhando seus dentes afiados e podres um nos outros. Herobrine não entendia o porquê da risada, mas ele entendeu que foi sarcasmo à sua pergunta. Em sua cabeça, o minecraftiano tentava pensar o motivo da risada macabra, será que não foi Absolen quem o soltou? Ele se perguntava...

Depois de Fear se cansar de brincar com eles, ele se aproximou dos heróis e com sua mão levantada, fechou o punho e agora que a loucura iria começar... Jeff gritou de dor, seus olhos estavam sangrando o líquido preto e agora para piorar, tentáculos começaram a sair deles junto com a mesma fumaça obscura que saia de Zalgo. O rosto do SCP-011 rachou e quebrou dando origem a várias bocas com dentes afiados e vários olhos horripilantes. Os gritos de agonia era ensurdecedores, Herobrine estava completamente pálido. Ele não sabia o que o fazer para ajudá-los, ele estava sem ação ao ver tamanha dor que seus amigos sentia... Ele sabia que sua hora estava chegando... Ele olhou para o céu nublado e trovejante, fechou seus olhos e sentiu o leve tocar da chuva em sua face e fazendo a gosma preta escorrer de seu rosto e cair no chão. Ao seu lado estava sua espada, ele não desistiu, ele nunca irá se entregar para o mal... Ele pegou sua espada e levantou-se rapidamente tentando acertar Zalgo. Concentrado toda a força em seu braço ele tentou acertar o monstro, mas ele era mais forte. Com apenas sua mão esquerda, ele segurou a espada e com sua mão direita fincou seus dedos no peito de Herobrine o fazendo perder as forças ,logo, todo o sangue de seu corpo foi se transformando na gosma... Suas veias apareceram em seu rosto, o líquido pútrido estava correndo nelas. Seus olhos começaram a perder o brilho novamente e cada vez ele ficava mais pálido. Esse aparentava ser realmente o fim de um dos mais famosos e mais respeitados seres daquele mundo. Ele começou a evaporar lentamente... As rachaduras em sua pele cresceram drasticamente e suas cinzas começaram a voar. Ele olhou para o céu nublado mais uma vez, quase chorando voltou os olhos novamente para seus amigos e sorriu...

— Salvem Alan... Salvem o mundo... Não desistam e saibam que eu nunca irei abandoná-los, vocês são minha família...