Em passos curtos ele surgia... Sua aparência era mais agradável nos desenhos animados da Terra, ele tinha uma face muito realística e muito assustadora. Suas orelhas redondas eram cercadas por pelos espalhados como todo o resto de seu corpo, sua pele era enrugada, seus olhos eram pretos e seus dentes eram afiados. Ele trajava apenas uma única peça de roupa, um short, como nos desenhos, mas este estava muito rasgado e como o resto de seu corpo, apenas preto e branco. Ele calçava sapatos arranhados e luvas brancas manchada de vermelho, sangue. Ele tremia um pouco e tinha espasmos devido a sua mente perturbada. Com quase dois metros de altura, o infame ser mencionado por Jeff estava à sua frente o encarando, Jeff não sabia o que fazer, estar na presença do suicídio em pessoa não é uma coisa agradável...

— Suicide Mouse... — Era um dos mais falados seres daquele mundo, Jeff lembra quando Ben Drowned falou dele, um pouco antes do mundo ser atacado pelas tropas de Absolen, um pouco antes dele morrer... Jeff se lembrava de seu aliado que foi morto em sua frente pela feroz e mortífera espada do demônio Absolen. Ele nunca irá esquecer o que viu...

Suicide Mouse começou a se aproximar novamente de Jeff e ele começou a recuar. De cabeça baixa e sempre depressivo e louco, o rato pareceu não se preocupar com a presença de Jeff mesmo com aquela frase que ele falou. Será que o sofrimento mencionado por ele será realizado por ele mesmo ou por outro ser? A resposta estava mais perto que Jeff imaginava...

Suicide Mouse foi o nome dado a uma animação feita por Walt Disney enquanto ele estava depressivo e triste por causa da morte de sua mãe. A animação mostrava a clássica representação de Mickey Mouse - preto e branco - andando em uma rua cabisbaixo e muito depressivo, o vídeo tinha nove minutos de duração e era muito perturbador para aqueles que o assistia. Enquanto o rato andava pela rua triste, uma música perturbadora tocava de fundo, parecia um som de piano, mas o bater das teclas era sem sentido, ou seja, era como se uma pessoa batesse nas teclas de um piano desafiando aleatoriamente causando um som perturbador. Durante uma certa parte do vídeo, coisas estranhas começam a acontecer... Primeiro, o som começa a ficar estático e a tela escurece, depois mais para frente começa no som de fundo gritos e choros que parece ser de uma criança, logo, a música começa ficar mais alta e vultos tenebrosos surgem atrás do Mickey depressivo. Os gritos de choro começam a virar gritos de dor, come se alguém estivesse sendo torturado e o vídeo começa a ter cor, mas o estranho é que se foi feito naquela época do preto e branco como pode ter cor? O mais obscuro fica para o final quando Mickey tem sua cabeça decepada e o som do piano some tomando lugar uma música estranha e horripilante.

O vídeo causa um grande desconforto a quem o assiste, mas o que tem no final? No final surge uma tela preta com uma frase escrita em rubro como sangue: "As visões do inferno conduzem os telespectadores à ele...".

Suicide Mouse continuou a andar para frente dando a mínima para Jeff que estava bem ao seu lado. Parecia que não havia perigo em atravessar o beco com a presença do ser, parecia. Jeff então preparou-se para seguir pelo beco, mas ao dar o primeiro passo o rato parou de andar e ficou quieto com seus braços cruzados para trás... Jeff ao ver aquilo se assustou, ele estava espantado e incapaz de pensar no que fazer, se ele estava assim na presença de Suicide Mouse imagine na presença de Fear. Smile tentou se aproximar de seu amigo, mas o mesmo ergueu sua mão mandando-o ficar onde estava. Ele puxou de seu cinto sua adaga afiada e ensanguentada na espera do ser atacá-lo, foi esperto. Ele então deu outro passo, sempre observando o movimento do rato, mas ele continuou sem se mexer. Empunhando sua faca com se não houvesse amanhã, Jeff a cada passo que dava, segurava seu medo e não admitia nem para si mesmo que estava apavorado. Egoísmo, talvez se ele admitisse que estava com medo, ele poderia enfrentá-lo corretamente. O rato estava cada vez mais perto de Jeff. Os passos leves e curtos que Jeff dava o levou até o lado de Suicide Mouse, agora ele teria que decidir... Ele poderia esfaquear o ser e esperar ansiosamente ele morrer, ou poderia tentar continuar seguindo seu caminho sem olhar para trás na espera do rato não o atacar... — É melhor eu não mexer com quem está quieto... — Murmurou Jeff ao olhar para o ser que estava bem ao seu lado paralisado. Ele, então, começou a andar em direção ao o outro lado do beco e parecia que o que ele imaginou surtira efeito. Suicide Mouse ainda continuava parado enquanto ele chegava já no final do estreito beco. Seu coração palpitava de alegria por ele não ter sido morto e ao mesmo tempo que a alegria estranha surgia em seu peito, algo passava reto sem explicação, por que ele não se mexeu? Era a pergunta que não encaixava em sua mente.

Já do outro lado do longo e estreito beco, ele sabia que agora quem deveria atravessar era Smile.dog, então, ele ergue sua mão e faz um gesto para avisar seu amigo que poderia vir. Smile – que estava sentado no aguardo do chamado de Jeff – receou atravessar o beco com a presença do inimigo lá. Os cães conseguem sentir o perigo e este amigo canino de Jeff The Killer não era diferente, ele sabia que algo estava errado, muito errado mesmo. Ele via através de seus olhos que o Suicide Mouse não estava em transe ou paralisado, ele estava esperando pacientemente algo acontecer... — Venha logo — Cochichou Jeff, ele não via o que Smile via. Ele não sentia o perigo que Smile sentia. Agora o cão tinha duas opções, ou ir andando até seu amigo na espera do rato atacá-lo ou coisa pior, ou ficar do outro lado e se separar de seu amigo. Ele decidiu... Quando ele colocou a pata direita dentro do beco, Suicide Mouse tremeu de leve sua cabeça como se tivesse sentido a presença do cão e por sorte Jeff viu e avisou o amigo: — Fique aí! Não venha! — Já era tarde demais, o cão já estava dentro do beco e o rato poderia atacar quando quisesse. Esperto da parte dele, esperar Smile entrar no beco para atacar os dois, ao invés de atacar um só, pois quando ele for atrás de Smile, Jeff irá defender o amigo e ele irá matar ambos. Ao sentir a presença do cão em seu beco ele – que estava parado – virou sua cabeça para trás sem mexer o corpo e abriu um enorme sorriso em seu rosto expondo seus dentes afiados e carnívoros. Suicide Mouse desapareceu da frente de Jeff e surgiu ao lado de Smile, sua face estava sorridente mostrando um olhar insano. De seus dentes escorria o líquido rubro e de seus olhos loucos também. Em um golpe ele arremessou o cão para o meio do beco impedindo-o de escapar, Smile bateu em uma parede antes de cair no chão e desmaiar. Na cabeça do ser louco seu plano funcionou, pois Jeff cercado pela raiva veio em sua direção para atacá-lo. O rato olhou bem para os olhos secos e sem pupilas de Jeff e deu um grito estridente e fino, fazendo-o cair no chão com seus ouvidos sangrando. — Desgraçado... — Jeff se arrastou até seu amigo desmaiado e imaginava seu fim agora, mas nada mais nobre para ele que morrer na guerra e ao lado de seu fiel companheiro. — Vamos acabe logo com isso! — Gritou ele, não havia mais esperanças deles vencerem Suicide Mouse, uma adaga não iria matar um dos mais poderosos seres do Exile, então, ele se entregou. O rato suicida estava sorrindo com a "carne fresca" que conseguiu, ele não absorvia a força vital de nada desde a grande guerra e agora ele conseguiu duas bem fáceis... — Só para constatar... Eu não arrependo de meus atos — Disse Jeff na espera da morte...

Um barulho alto foi ouvido pelo quarteirão todo... Ele que estava com a cabeça repousada no corpo do amigo, levantou e viu um enorme buraco no peito de Suicide Mouse. O rato virou-se e se deparou com o que atirou nele... Segurando sua espingarda de pedra rachada, com um olhar ameaçador de soldado, o SCP-011 surgiu atirando no Mickey maldito ao lado do homem esguio, Slender Man e seu líder de olhos brancos, Herobrine. Após atirar no ser insano, Slender ergueu seus tentáculos e enfiou no buraco que o SCP fez, logo, os tentáculos entraram em seu peito e esmagaram seu coração, e para finalizar, Herobrine abrangeu sua afiada espada de diamante totalmente reformada e em um só golpe cortou a cabeça do rato fora. A cabeça girou no ar e caiu no chão, o ser soltou um forte grito que fez os pássaros voar do alto dos prédios e começou a evaporar indicando sua morte... O grito que o ser deu não foi de dor ou de agonia, foi para avisar alguém que ele havia fracassado em seu plano... Uma simples adaga não pôde matá-lo, mas a união desses ataques foi forte demais para o ser abominável se defender.

Herobrine se aproximou de Jeff e ergueu sua mão para ajudá-lo a levantar. Mesmo ferido ele ainda quis voltar com Slender e o SCP-011 para ajudar seu velho aliado e amigo. Jeff pegou com força a mão de Herobrine, levantou-se cambaleando um pouco e olhou para seus amigos e para Slender, mesmo rivais, ele agora percebeu que naquela hora cruel todos eram família.

— Pensei que estávamos abandonados a nossa própria sorte — Falou ele contente.

— Você e ninguém estará só enquanto eu estiver vivo, pode acontecer o que acontecer, mas eu mesmo quase morrendo sempre irei ajudar meus amigos, meus irmãos... — Ao ouvir aquilo, Jeff sentiu algo que nunca mais havia sentido, algo que todos nós deveríamos presentear uns aos outros, união. Eles tinham que se unir porque sós eles não iriam conseguir derrotar o inimigo, pois quando alguém cai, o verdadeiro amigo é aquele que te estende à mão para te ajudar a se levantar.

— E agora, senhor? — Perguntou a estátua, o SCP-011.

— Nós vamos derrotar Fear unidos, e se nós cairmos levantaremos juntos, pois é assim que a verdadeira família faz... Juntos iremos salvar Alan das garras de Absolen e juntos iremos salvar nosso mundo e o dele...

...

— Que destruição é essa aqui? Por que isso está assim?!

— Senhor... Sinto muito, os guardas fizeram de tudo, fizeram o que podiam, mas... ele escapou.