ENORA, O mistério acima da cabeça. escrita por Teilian


Capítulo 2
A Perseguição.


Notas iniciais do capítulo

O tempo está se esgotando, ela vai conseguir?



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Depois de caminhar muito ela chegou até um pequeno rio, seus cabelos estão encharcados, uma chuva forte fez ela correr para debaixo de uma enorme folha que havia no chão, era tão grande que parecia ter caído de uma árvore gigantesca, ela olhava para cima e não encontrava nada tão grande, de onde poderia vir uma folha tão grande? Pensou consigo mesma.

Ela ficou encolhida apenas vendo os pingos de água no chão, demorou muito até acabar, já estava escuro olhou para as estrelas no céu que brilhavam enaltecendo a noite, tirou o chapéu de sua cabeça e colocou como encosto para dormir a enorme folha agora servia como um cobertor. Seus olhos aos poucos fecharam e sua visão foi ficando embaçada e logo se caiu em um sono profundo, uma pequena luz branca irradiou do chapéu que se transformou em um travesseiro é aconchegou sua cabeça.

– Boa noite – disse uma voz que parecia sair do chapéu.

A noite pareceu ser curta, logo amanheceu e os raios de sol iluminaram pelo meio das árvores, e percorreu feixes de luz em meio a escuridão causada pelas árvores, criando uma visão espetacular para uma manhã.

Seus olhos aos poucos foram abrindo-se levantou é ao olhar para o chapéu era apenas um mero chapéu nem notou que a poucas horas era um travesseiro que a aconchegava.
O único som que podia se ouvir era de alguns pássaros cantando não havia muitos por ali, mas o barulho do rio descendo sobre as pedras era calmo é quase à fazia esquecer dos problemas.

Pegando o chapéu o limpou com as mãos batendo levemente sobre ele.

– Pronto está limpinho – disse ela olhando para ele.

Começou a admirar olhando para cima é se sentia cada vez mais encantada nunca tinha visto coisas tão bonitas desde que fugiu da casa, mas no fundo sabia que o tempo estava se esgotando, perdeu as contas de quantos dias havia andando, a única lembrança era daquela noite sombria, que recusou-se lembrar mudando de pensamentos.

Ela escutou um leve barulhinho, olhou para os lados curiosa mas logo notou de onde vinha, era de sua barriga que está roncando de fome.

– Estou tão faminta - disse caminhando ao lado das águas que desciam.

Um vento forte a transpassou e quando notou seu chapéu já estava no alto parecia que uma rajada de vento o tinha pegado. Começou a correr rapidamente atrás dele.
– Volte aqui, pare com essa mania de me deixar sozinha –

Depois de alguns minutos correndo já está cansada mas não consegue imaginar ficar sem ele, mas seu corpo não diz o mesmo ela parou olhou para trás e já tinha perdido o rio de vista é agora estava em um pequeno bosque, era bonito é tenebroso ao mesmo tempo as flores eram escuras em uma tonalidade laranja/vermelho é as arvores muito grandes e com troncos finos, parecia que o outono havia chegado naquele lugar antes de tudo.

Por fim avistou o chapéu em cima de uma árvore, andou um pouquinho é ficou parada olhando para ela que não era muito grande, mas iria dar trabalho subir.

– Olha só o que você me arranjou – Disse tentando ficar zangada mas não conseguia tinha uma feição muito grande por ele, era o último presente deixada por seus pais.

Com dificuldade começou a subir aquela árvore, colocando a mão em um galho, o pé no outro e assim com cuidado foi subindo, até se deparar com ele apoiado num tronco.

Com uma felicidade tremenda em sua feição ela o pegou rapidamente é o abraçou.

– Prometa que não irá mais ficar longe de mim –

Ela esfregava seu rosto nele é quase podia se ver lágrimas descendo, seus olhou estava pronta para derrama-las, quando avistou ao seu lado muitas frutinhas vermelhas, eram deliciosas e muito difícil de encontrar-se ela logo começou a recolher um monte e colocar dentro do chapéu, parecia que ele ficava mais fundo assim que colocava-se mais e mais frutinhas vermelhas.

Logo desceu da árvore com cuidado se escorou no tronco é começou a devorar aquelas frutinhas vermelhas, a fome era tanta que ela colocava muitas na boca de uma vez.

–Delicioso - Murmurou

Assim que acabou a refeição sua boca e ao redor estava toda vermelha, aquilo à incomodava, por um estante pensou que talvez o chapéu tinha a trazido ali.

– Obrigado amigo – disse meio que acariciando ele com as mãos e logo colocou ele na cabeça o ajeitando para não voar novamente.

Pensou consiga mesma que talvez estava na hora de voltar para lá, ou fugir em busca de ajuda, ela nunca conheceu nada a não ser aquela imensa casa.

–Sinto falta dos meus amigos chapéu, não consigo lembrar o que acontece naquela noite ou dia, queria ter meu irmão aqui, ele saberia o que fazer, você sabe o que acontece com as pessoas que apronta nê chapéu.

Foi citando essas palavras que lembrou de algo.

Todas as crianças estavam na mesa vestiam roupas de adultos nas cores preto e branco, havia homens pálidos em cada porta da sala de jantar, a mesa estava cheia, todos comiam vagarosamente alguns não tinham forças para segurar o próprio talher, a porta se abriu e a lembrança sumiu.

–Eles gostariam de ver cores além do preto e branco, não imaginava que podia haver tantas, iriamos ser felizes, não e mesmo? - Disse com voz embargada.

Pensou consigo mesma que passou-se seis dias é amanhã seu irmão mais velho iria sofrer as consequências de sua fuga, lembra dos dias anteriores a fuga ele havia à orientado para encontrar um senhor, nem sequer disse o nome, apenas falou para ir até a floresta e quando avistar saberia quem seria.

Presa em seus pensamentos foi interrompida com um latido tenebroso de um cão em caçada foi tão forte que ecoou pelas penumbras da florestas, fazendo os pássaros voarem do topo das árvores.

Seu coração logo disparou é a sensação de medo a percorreu pelas veias, a única alternativa foi correr mas nem sabia para onde, e quando notou já estava correndo loucamente é com uma das mãos sobre o chapéu para ele não voar.

Cada vez mais parecia que os latidos ficavam mais fortes e ela sentia que estavam atrás dela, afinal de quem mais séria?

Ela encontrou uma enorme árvore com raízes amostras é abaixo das raízes havia um buraco dentro da terra, não pensou duas vezes é se escondeu lá, é não arriscou olhar para ver o que se aproximava.

Logo escutou passos vagarosos é sentia algo transpirando rapidamente tudo aquilo há enchia de tremores.

Era um homem com um enorme casaco marrom escuro ia até aos pés, em sua cabeça havia um chapéu com bordas longas dourada, porém o topo curto e baixo, parecia ser um homem muito vaidoso em suas mãos segurava uma corrente que estava amarrada em um enorme cão, sua cor negra é densa e seus dentes afiados como uma lâmina, na outra mão segurava um charuto que já estava preste a acabar.

Ele parou diante a enorme árvore a garota evitou respirar para não ser encontrada.

O homem começou a rodear a enorme árvore com o cão, começou do outro lado onde a garota não estava escondida mas logo se aproximava do buraco, ela já não conseguia mais conter a respiração é respirou rapidamente mas foi o suficiente para o cão notar que saiu em disparada até o outro lado da árvore.

Se viu em desespero e apenas fechou os olhos é colocou as mãos sobre o rosto esperando o pior. .

O Cão chegou acompanhado do homem é começou a latir ferozmente na direção do buraco, fazendo a garota estremecer, logo ela abriu os olhos e viu que não havia nada estava escuro, e notou que seu chapéu não estava na sua cabeça.

– Pare com isso cão, latir para um monte de terra não irá encontrar ela, não esqueça que nossa caçada hoje é mais audaciosa, precisamos achar a pirralha da casa dos Trinia –

Mesmo assim o cão continuou latindo, o homem então deu uma grande puxada nele fazendo se afastar brutalmente dali.

Logo passaram se alguns minutos é eles já estavam longes, foi quando o chapéu voltou ao estado normal.

Ela assustou-se por alguns estantes mas disse com enorme alegria.

– Sabia que você não era um chapéu comum, tinha dúvidas mas finalmente você se revelou, achei que aquela água fosse algo do Jardim, mas foi você –

O Abraçou fortemente e depois logo resolveu voltar a andar. Colocou ele em sua cabeça e andou e andou, as árvores foram diminuindo é aos poucos a escuridão derivada das folhas das árvores que tampavam a luz do sol começaram a sumir, é ficar mais iluminado, já havia andando tanto que queria descansar, porém queria encontrar o senhor antes de completar-se uma semana, ela já está muito longe da casa, foram seis dias andando passando por diversos lugares mas nunca sequer encontrou uma pessoa que não fosse da região perto da casa, é sempre em busca dela.

Depois de muito tempo andando avistou uma estrada de terra cercada por uma grama verde é linda, caminhava vagarosamente já estava com fome novamente.

Começou a avistar animais, vacas, bois, ovelhas, é se encontrou em uma fazenda é logo viu uma casa de madeira pequena, havia um cata-vento no topo, as janelas eram redondas e pequenas, ficou receosa em ir lá, mas a fome falou mais alto.

Caminhou diante as cercas e chegou à casa, a porta era uma madeira marrom escuro, parecia que brilhava porém era a luz do sol que reluzia.
Bateu na porta três vezes, é nada de alguém atender.
Foi quando pensou em ir embora, no entanto bateu novamente mais três vezes.

É um pequeno buraco no meio da porta se abriu, dava para ver um olho a encarando.

– Quem é você? – Disse uma voz de mulher era roca parecia ser de uma senhora.

– Desculpa eu estou perdida, quero só algo para comer prometo que vou embora assim que acabar. –

O buraco se fechou fortemente.

– Por favor, lhe imploro – Disse com a voz embargada.

Um silêncio dominou aquele momento, depois barulhos de coisas se destrancando.

A porta se abriu deixando um curto espaço.

– Entre rápido antes que me arrependa – Disse uma senhora com um vestido de rosas com um avental e um leve pano na cabeça, o tempo marcou seu rosto, junto com seus cabelos brancos, tinha quase a mesma altura de Enora.


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