ENORA, O mistério acima da cabeça. escrita por Teilian


Capítulo 1
A Fuga


Notas iniciais do capítulo

Primeiro cápitulo uma honra postar ele, está história significa muito para mim, sempre tive vontade de posta-lá e finalmente consegui.



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As flores amarelas brilham incandescentes no enorme jardim, o céu parecia estar mais perto do chão, mas é apenas uma ilusão criada pelas nuvens que ficaram laranjas com seus raios solares. Parece tudo tão bonito que as vezes aquela mera garota que ainda nem completou seus dezessete anos se esquece da situação de terror que vive, vestindo um vestido esverdeado escuro ela gira em meio as flores. Depois de dias caminhando sozinha seguindo as instruções de seu irmão, acha que esteja perto da verdade, a fuga que fez do orfanato da familia Morthan que é a mais poderosa de todo o vilarejo e os únicos ainda possuidores de magia em toda a região. São a ultima voz sobre a região, prefeitos não ousam desobedece-los. Pensou que fugir dali era mais que salvar a própria pele, queria salvar todos seus irmãos, nada naquele lugar era normal, todos que atingiam dezoito anos, são levados ao segundo andar daquela velha casa e nunca mais voltam, em uma semana era seu aniversário, seria a próxima, mas ajuda dos seus irmãos conseguiu fugir.  Depois de tantos anos sem ver a luz do sol, não queria mais viver sem, estava sentindo o gosto da liberdade.

Com um chapéu de palha ela colhe levemente as flores e as cheira com uma enorme paixão, uma rajada de vento à transpassa em seus cabelos vermelhos, um leve descuido... o chapéu voa em direção ao pôr do sol,  ela corre intensamente atrás dele, os raios solares estão fortes naquela tarde quase não enxerga-o mais, um chapéu para muitos um amigo para Enora, uma pequena pedra que estava estancada naquele jardim, até parece que o destino a moldou perfeitamente para aquele ato, tropeçou. 

 Abrindo seus olhos vê diante dela, a sua maior preciosidade mas valiosa do mundo, pois ele sempre está junto dela.

Foi pegando ele que nota algo, um par de sapatos logo a diante, estendendo a visão para cima consegue ver um enorme homem, era magro, pele e osso, vestia uma roupa formal. 

 Mas o que a intrigou é a cartola em cima de sua cabeça, levantou-se e o encarou esperando alguma reação, sequer conseguia piscar, tinha medo do que estaria por vir, seria mais um dentre tantos a sua caça? 
—Pegue-a. Mas Os lábios do homem não haviam sequer mexidos.

— Voltarás comigo? – Uma voz profunda, dessa vez realmente sendo do homem, mesmo assim lhe causava calafrios ,correr seria uma opção? pensou...

Se manteve em silêncio.

Apenas se encararam, uma pressão se formou sobre eles, as flores amareladas lindas e reluzentes, agora morriam em apodrecimento, as pétalas agora são cinzas, levadas pelo vento que as conduziam até o homem .

A distância entre eles era de poucos metros.

Abaixando sua cabeça sua cartola caiu levemente virada para cima, despejou as cinzas nela e murmurou algo quase inaudível.

—Ao grande mestre.- 

Um circulo de cinzas se formou perante eles, não tinha mais como correr, aquilo era magia negra. O colosso lugar cheio de flores, eram devorados pelas chamasdo fogo que surgia, seria o fim? pensou..

     Caminhou em sua direção enquanto o circulo de fogo os fechava,
—SOCORRO, alguém. 
Gritou mas sabendo ninguém nunca iria ajuda-la. 
Não havia uma brecha, seus joelhos tocaram as cinzas no chão na desistência, Tudo foi em vão? 

— M-Montros, e isso que vocês são. Nos criam como escravos, tratados como lixos, muitos morreram para eu estar aqui, pode acabar assim... não pode...

— Renda-se, será melhor assim. .

Apenas podia sentir as lágrimas descendo de seu rosto enquanto abraçava fortemente o chapéu de palha.

Não conseguia mais respirar o calor e intenso demais. 

Mesmo com a chama devorando tudo, o homem caminhava sem sentir qualquer queimadura, estendeu sua mão para ela, que olhou vagarosamente.

— Venha, está na hora de voltar para casa –

— Não se engane as lágrimas que escorrem em meu rosto, não são de infelicidade – disse convicta.

 Com toda sua força ele a atacou, ou pelo menos tentou, a fúria se encheu sobre o homem, mas uma força maior o impedia, algo tão forte que enchia seu coração de ódio.

Não sabia explicar, era como um escudo em volta da garota, porém invisível, mas sabia que não precisava encostar para que morre-se. 

O fogo.. era muito forte, nenhum ser poderia resistir a um calor tão grande, ela já não tinha mais forças. A chama agora era tão alta que poderia ser visto a km de distância

— Realmente acreditei, que seria mais difícil derrota-la. – Virou-se de costa e colocando seu chapéu levemente sobre a cabeça. - Chegou seu fim, minha pequena. - 

A ultima lágrima caiu e o fogo à sucumbiu. 

Tudo havia sido destruído. 

O homem já estava alguns metros de distância e caminhando ao meio do fogo, notou algo.. uma gota de agua em seu ombro, duas a sua frente. Um enorme estrondo logo atrás, seu olhar cruzou-se com os de Enora, era como se o mar brotasse da terra, uma colossal onda vinha em sua direção, no topo Enora, queira acreditar ou não, mas estava em cima de seu chapéu, ou melhor um barco-péu.  

Com um leve sorrido ele colocou sua mão no chapéu e a cumprimentou, fixou seus olhos nela, que brilhava ao vê-la, no fundo ambos almejavam a mesma coisa, liberdade. 

O barulho da onda tocando o chão ecoou, ele sumiu  juntamente com o fogo. 

Ela se segurava nas bordas do Barco-péu, a caída foi violenta. 
aos poucos já não havia mais tanta água, avistou não muito distante dali, a cartola do homem pálido, pensou bastante antes de toca-la, poderia estar envolta de forte magia, seus dedos aproximaram-se, no entanto... virou cinzas que seguiram antes mesmo do toque. 
Obrigado? Foi essa a palavra que ouviu ou pensou, imaginação ou não, Enora tinha uma única certeza, estava viva e sua missão não havia acabado, seus irmãos logo seriam os próximos e precisava salva-los. 

 


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