Futuro é um eco distante, que escorrega vez ou outra nos meus dedos, como um sonho. Mas sonhos não se realizam. Aqui, somente pesadelo eterno. A imersão no mundo secreto – o refúgio - se dá num piscar de olhos. E o triunfo é aquela melodia mais triste que permanece. Eu estou perdida – e é ruim estar assim... Porque ninguém fala nada. Parecem que gostam de conhecer os ingênuos; gostam de saber mais.

O curioso é que não sabem. A matemática da vida se dá em provas longas e desprezíveis, pois são os números que determinam a natureza humana e existencial. No amanhecer de um novo dia, eu e ele só olhávamos, em silêncio, uma luz forte e doce iludir o ecossistema. Cuidado para não ficar no ponto e ser a refeição do dia, no entanto, a disputa é justamente essa!

Por isso, nadava na contramão: preste atenção, quer morrer? Quero, quero, quero. Saltitei igual a uma criança. No fundo, todos nós estávamos só brincando. Brincando de quem vai se salvar. Quem vai ao melhor brinquedo, quem vai ganhar a estrelinha da professora... E como se lesse meus pensamentos – completa ironia! – ele afirmou: a gente já vai para casa... Devia acreditar?