Friendship Project escrita por Hakudoshi


Capítulo 6
Actors and Actresses 1.2


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste, boa leitura! ♥



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Ela fez sinal para que ele se sentasse, guardou na mochila seu bloco e lapiseira e virou-se para ele. pôs os indicadores nas bochechas apontados para seus olhos. e disse:

— Veja! São legais, não são?

Eram cor-de-âmbar, uma cor incomum, bem semelhante à pedra de verdade. Passavam uma sensação desconfortável quando encarados.

— Dão medo.

— Você tem medo de olhos? Que gracinha.

— É claro, parece que você vai me amaldiçoar a qualquer momento, sua bruxa.

Ela sorriu e coçou a cabeça:

— Não é a primeira vez que me chamam assim hoje, tenho medo deste apelido pegar.

— Não duvido nada. Aliás...

— Que é?

Ele a olhou de cima a baixo, pensou por um momento, mais uma vez, em perguntar de onde vinham tantos machucados; Ela, inclinou a cabeça para o lado, aguardando resposta.

— Não é nada. Pra que me chamou?

— Você começou a falar, agora termine.

— Já terminei. Responda.

— Ai, ai... Você voltou com aquela expressão sem graça de novo. Pergunte logo, eu sei que você quer perguntar alguma coisa.

— Como pode saber?

— É o que as pessoas fazem quando querem perguntar algo que acham que vá afetar a outra pessoa. Ficam receosas e no fim desistem e fazem essa cara patética.

— Você parece entender bastante disso.

— Nem tanto, na verdade. E então, o que é?

— Seus machucados. Onde os conseguiu?

— Hum...

Ela arregaçou as mangas e analisou alguns dos hematomas e cicatrizes do corpo, perguntando:

— Qual deles?

— "Qual delas".... Não são todas pelo mesmo motivo?

— Escolha logo, está frio e quero pôr minhas mangas de volta. — Reclamou.

Ele analisou novamente as cicatrizes e, vendo um curativo recente em seu braço, apontou:

— ... Esta aqui. – Ele apontou com o dedo indicador para a cicatriz perto do cotovelo.

— Essa... – Ela ficou pensativa por um instante. — Hm... Acho que eu esbarrei em um pedaço de ferro ou algo assim.

"Ela acha? Como alguém pode simplesmente achar esse tipo de coisa?" – Pensou.

Enquanto Ryuunosuke meditava, Bernstein manifestou um sorriso malicioso, e disse:

— Agora é a minha vez ♪.

— ... O quê?

— Você me fez uma pergunta e eu respondi, nada mais justo que responda uma minha, não é?

Ela mantinha um sorriso vitorioso no rosto: Tinha talento para manipular e conseguir a informação que almejava; Talvez não por maldade, mas por instinto.

— E o que te garante que eu tenho a obrigação de te responder?

— Sua consciência. – Ela mantinha-se sorridente.

— Hã?

— Você veio até aqui. Mesmo não havendo nada que o prendesse, você honrou a promessa que fez comigo, tudo indica que a única coisa que te trouxe de volta foi a consciência pesada.

— E quem é você pra achar que me conhece, Bernstein? – Irritou-se.

— Só alguém que gosta de observar. Não se sinta mal, particularmente acho uma característica muito boa nas pessoas. – Inclinou a cabeça para o lado, fazendo uma pausa. — E então, vai responder minha pergunta?

Shion, de má vontade, aceitou a derrota e, já prevendo a resposta, perguntou:

— E então, o que quer saber?

— Quero que me conte da sua casa.

Ele ficou confuso, pensou que Bernstein faria alguma das perguntas genéricas que os outros lhe vêm fazendo. Mas esta era diferente, parecia ser menos abstrata e com um objetivo de resposta traçado detalhadamente. Essa sensação arrepiava-lhe a espinha.

Fazendo-se de desentendido, começou a dissertar:

— Ela tem as paredes brancas, tamanho médio...

— Não, não, não, não! – Inflou as bochechas — Você entendeu o que eu quis dizer...! Quero saber como são as pessoas com quem você mora, sua família.

— Família, é...? Não acho que eu tenha algo assim. – Ele desviou o olhar para as árvores.

— Oras! Todo mundo tem uma família, Shion Ryuunosuke. Então me diga, com quem você mora?

— Eu moro com...

— Ryuu! – Acenou o menino tacanho.

O grupo se aproximava sem cerimônias, queriam saber da novidade: Quem era a menina? O que ela fazia lá de novo?

"Salvo pelo gongo" - Pensou, acenando de volta.

— Oh, são os seus amigos?

— Sim.

Ela os observou de cima a baixo e perguntou:

— Aquele baixinho é o seu namorado?

— Do que você está falando? Qual é o seu problema? – Resmungou.

Ela riu. Enquanto os outros se aproximavam, ela sussurrou em seu ouvido:

— Eu não vou esquecer, você ainda me deve uma resposta.

Levantou-se e, acenando para o grupo planejou despedir-se do jovem e sair dali, já não conseguiria a resposta que almejava, logo sua permanência ali não faria sentido. Foi quando um dos meninos, o com cabelos esverdeados, dirigiu-se a ela:

— Yonaka..!?

Ela não respondeu de imediato, virou-se e analisou da cabeça aos pés cada um dos que estavam ali, não era uma voz familiar, mas era difícil alguém a chamar pelo primeiro nome; Não... Não era difícil, era quase impossível.

"Não, não deve ser. Nem sequer pode ser."

— Kosuke?


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Notas finais do capítulo

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