Love, love, love escrita por Sabsyoda


Capítulo 10
Only One


Notas iniciais do capítulo

Hey hey hey, mais um capítulo ♥
A música desse é Only One da BoA ♥__♥ eu amo essa música, apesar de ser um pouquinho triste 3
Espero que gostem do capítulo.



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2 anos atrás...

Você só está ficando mais distante (você é o único)

Quanto mais eu te amo (você é o único)

Isso machuca, dói e é tolice, mas adeus

Embora eu nunca possa vê-lo novamente, você é o único

O único

— Kang, nem vem que eu não vou te ajudar dessa vez! — a garota de cabelos castanho claros comprido disse, cruzando os braços para o rapaz mais velho que estava na sua frente.

— Jebal, jebal, jebal Hyun! Ajude-me, senão, vou ficar de recuperação nessa matéria e se isso acontecer, meus pais acabam comigo — o garoto disse, se ajoelhando na frente da garota e apertando as mãos como se estivesse rezando.

Kim Hyun-Jae é uma garota bastante animada de baixa estatura que é conhecida por seu jeito natural de ser fofo e por ser melhor amiga de Seo Kang Joon, o garoto que estava de joelhos lhe pedindo ajuda.

— Isso é errado, sabia?! Nós nem somos da mesma série e eu entendo suas matérias quando você mesmo não entende. — a garota descruzou os braços e olhou irritada para o amigo.

— Eu sei e é por isso que preciso de sua ajuda. — ele disse, levantando-se. A garota olhou para o amigo, que tinha uma cara de cãozinho abandonado e suspirou.

— Sei que vou me arrepender disso, mas eu te ajudo — ela disse e então Kang Joon puxou-a para um abraço e a rodopiou. A garota sentiu borboletas no estômago e abriu um pequeno sorrisinho enquanto era girada, mas resolveu guardar esse sentimento estranho para si mesma.

— Argh! Me solte, Kang! — ela deu soquinhos no ombro do amigo que logo a soltou, rindo.

— Você é tão pequena Hyun, me dá vontade de te pegar no colo sempre. — ele disse assim que parou de rir.

— Pare de falar bobagens ou eu não te ajudo mais — a garota ameaçou e o menino tratou de fechar a boca.

A amizade dos dois era sempre assim. Brigavam algumas vezes por nada mas logo faziam as passes e passavam horas e horas juntos. Apesar da diferença de um ano de idade, isso não impediu de a amizade dos dois crescerem. Para Hyun, Kang Joon era seu melhor amigo e para Kang, Hyun era sua melhor amiga, até mesmo a considerava sua irmã mais nova. E era exatamente isso o que incomodava Hyun.

De uns tempos para cá, desde que se tornara amiga de Kang Joon — há dois anos, para ser mais exato, quando ele e a irmã Yoora mudaram-se para sua escola —, ela começou a sentir coisas estranhas. Quando ela o via, de repente o ar ficava mais quente independente do lugar em que se encontrava, seus lábios pareciam formar um sorriso sem seu consentimento, suas mãos as vezes suavam, seu coração batia mais rápido sempre que ele lhe dirigia um sorriso ou lhe elogiava e as borboletas. Para ela, essa era a pior sensação de todas. As borboletas em seu estômago — ou como ela denominava essa sensação — que não lhe deixavam dormir, ou fazer alguma coisa sem pensar no sorriso de Kang Joon, ou na pintinha que ele tinha perto do rosto e que era um completo charme, ou no modo como ele fazia uma linda carinha de cão abandonado quando pedia algo para ela e ela não conseguia recusar. Por causa das malditas borboletas. Hyun tentara entender o que era isso, já que nunca sentiu-se assim perto de ninguém, mas não conseguiu entender. E as borboletas pioravam quando ela via o amigo com alguma garota.

Ela sabia que o rapaz era um dos galãs da escola junto com o amigo Park Min Woo e que isso certamente chamaria a atenção de meninas atiradas para cima deles, mas mesmo assim, as borboletas agiam ferozmente em seu estômago quando ela via uma garota tocar no braço dele, rir de alguma coisa que ele contou ou quando ele a largava para sentar com alguma garota mais velha. É claro que Hyun tentou ignorar essas borboletas, e até mesmo conseguiu durante um tempo, até o momento em que Kang Joon começou a se distanciar dela.

Nós desajeitadamente sentamos um em frente ao outro,

tendo conversas curtas e perguntando "o que há de novo?"

Nos momentos em que a conversa parava por um momento,

o silencioso frio nos congelava (congelava)

Hyun não era nenhuma garota boba e percebeu claramente o distanciamento do amigo. Ele parou de lanchar com ela nos intervalos da escola, de ligar para a mesma para ambos ficarem jogando vídeo game na casa dele, de ir até a casa dela de domingo para assistirem um filme e tomar sorvete — Hyun sempre comprava sorvete para eles e Kang cuidava dos filmes que iam assistir, até mesmo sua mãe sentiu falta do rapaz e começou a perguntar do mesmo. Entretanto, o que deixou claro que ele não queria mais a sua amizade, foi quando ele parou de pedir ajuda para a mesma nas matérias da escola. Hyun sabia que seu amigo não era muito dedicado as matérias e apesar de ser inteligente, deixava de tirar notas boas somente porque não prestava atenção direito nas aulas, e então, sempre ia pedir ajuda para a amiga. Não é como se Hyun já soubesse as matérias dele, mas quando percebeu a falta de atenção do amigo, a garota começou a estudar além de suas matérias somente para ajuda-lo quando precisasse — é claro que ela nunca contou isso para o mesmo —, e é por isso que ele não pedir sua ajuda foi o que deixou obvio seu afastamento. E a deixou mais magoada.

Já fazia exatamente três semanas que eles não se falavam e por não aguentar esse silêncio, Hyun determinou que no final da aula falaria com ele e o amigo teria que ouvir

Quando o sinal bateu anunciando o fim da aula, Hyun guardou rapidamente os seus materiais na mochila e saiu praticamente correndo em direção a sala do amigo. Perguntas rondavam sua cabeça, como: Por que você está tão distante? O que aconteceu? Por que evita minhas ligações, não sai mais comigo e sempre que te vejo inventa alguma desculpa para ficar longe de mim?

E a pergunta que mais a atormentava era: Eu fiz algo de errado?

Nos tornamos estranhos neste lugar agora

Alguém irá derramar lágrimas e ser deixado sozinho mas

Eu odeio te ver tentando me deixar sem cicatrizes e se sentir pouco a vontade,

Então eu te deixarei ir

Quando chegou na sala do rapaz as pessoas ainda estavam arrumando suas coisas para irem embora, e então tomada de uma coragem que nunca pensou que iria ter, adentrou a sala a procura do amigo. Entretanto, a única coisa que achou foi uma carteira vazia.

— Hyun? O que está fazendo aqui? — Park Min Woo, dono de lindas covinhas quando sorria, apareceu ao lado da garota que ainda olhava pasma para a carteira vazia.

— Eu...— a garota tentara responder algo mas parecia que a voz tinha sumido e então, tossiu uma vez para clarear a mente — Eu estou procurando o Kang Joon, mas parece que ele já foi embora.

— Ah — a surpresa foi evidente na voz do rapaz mais alto — Ele foi um dos primeiros a sair, praticamente voou da sala. Desde que começou a namorar com Mi-Cha, ele ficou assim.

Meu amor, adeus agora, você é o único (você é o único)

Mesmo no momento em que nos separamos, você é o único

Hyun-Jae nunca pensou que uma palavra machucaria tanto como "namorar" a machucou. E apesar de odiar aquelas borboletas em seu estômago, quando elas sumiram foi uma das piores sensações que já sentiu, pois no lugar delas, era como se facas invisíveis estivessem entrando em seu coração.

— Hyun? Você está bem...? — o rapaz aproximou-se da garota, e a segurou pelo cotovelo, como se estivesse com medo que ela caísse.

— Eu estou bem — a garota nunca pensou que mentiria tão bem como mentiu naquele momento. Respirou fundo e então abriu o seu melhor sorriso para Min Woo que ainda a observava preocupado. — Eu estou bem Oppa, jebal, não se preocupe comigo. Me esqueci que Kang tinha saído com sua namorada, acho que estou ficando muito esquecida nesses tempos. Bem, chokhio por me lembrar disso e agora eu vou embora. Annyeong hi gyeseyo!

Se Hyun tivesse prestado atenção em Park Min Woo quando disse aquelas palavras e abriu um lindo sorriso para ele, ela perceberia o encantamento em sua expressão e saberia que naquele momento ela tinha conquistado seu coração. Mas é claro que isso não aconteceu, já que Hyun saiu correndo após dizer aquilo e acabou trombando em Yoora no corredor.

— Omo Hyn-Jae! Você está bem? Chokhio por ter trombado em você — Yoora disse, pousando uma mão no ombro de Hyun.

— Não foi nada.

Isso machuca, dói e é tolice, mas adeus

Embora eu nunca possa vê-lo novamente, você é o único

O único

Num movimento repentino, Yoora segurou o rosto de Hyun que estava pra baixo e o levantou, forçando a garota a olhar em seus olhos.

— O que aconteceu? Por que você está chorando? — Hyun só se deu conta de que estava chorando quando Yoora questionou isso. A menina tentou-se livrar da colega de classe, mas a mesma a segurou firme. — Vamos, conheço um ótimo lugar para chorar as pitangas.

E assim a garota mais alta — agora de cabelos compridos — puxou a garota menor pela mão e começou a caminhar com ela.

Yoora a levou até uma simples casa de uma cor azul desbotado e parou em frente à porta.

— O que...Onde nós estamos? Quero dizer, essa não é a sua casa — Hyun tinha parado de chorar durante o caminho, mas ainda tinha o nariz e os olhos vermelhos.

— Não é a casa da minha família, mas aqui é como se fosse minha casa de verdade — disse a garota e então pegou uma chave da bolsa e abriu a porta. — Vem comigo.

As duas adentraram a casa e foram até a parte de trás, nos jardins. Hyun soltou uma exclamação quando viu tamanha beleza do lugar.

— Lindo, não é? — Yoora indagou e então deu uma risadinha. — Vem, o nosso destino é aquela casinha na árvore ali.

E com isso, as duas garotas subiram na casinha e sentaram-se no colchão de casal que tinha ali.

— Okay, agora me conte...O que aconteceu?

Foi como se Yoora tivesse despertado uma maquina de falar, pois no momento em que Hyun disse a primeira palavra, não parou de falar por pelo menos uns 20 minutos, era como se ela estivesse falando tudo o que estava sentindo, desde o começo até agora. Ela contou do começo da amizade dela e de Kang Joon, contou de como se apegou rapidamente a ele já que não tinha muitos amigos, de como ele foi incrível com ela. Das brincadeiras, dos passeios, das ligações, da tardes que passavam juntos, das malditas borboletas, ela contou tudo isso para a garota mais alta que ouvia tudo calada. E então passou para a parte mais difícil, quando ela sentiu o amigo se distanciar.

Em meus trabalhos inesperados,

você parecia ficar aliviado por alguma razão

Onde foi que nós erramos?

Será que esperamos por lugares diferentes há muito tempo?

Contou que um dia ele simplesmente não falou nada com ela e quando ela tomou a iniciativa e foi até ele, ele inventou uma desculpa para sua ausência, contou sobre como ela não conseguia dormir e sentia-se enjoada pois nessas horas parecia que nascia mais borboletas em seu estômago. Contou sobre o domingo em que esperou ele em sua casa e o mesmo nem ao menos mandou uma mensagem para dizer que não iria vê-la, contou sobre como chorou na primeira semana em que eles ficaram sem trocar uma palavra e em como ela tentou se manter firme na semana seguinte. Mas mesmo assim, ele não dera nenhuma noticia. Contou sobre como sentia-se ansiosa e que as borboletas não paravam quietas.

A vasta diferença do nosso inicio e fim é nítida

E por que a dor que apunhala meu coração é tão semelhante?

Meu coração oprimido desmorona, vazio, em pouco tempo

Como posso levantar outra vez?

Contou também que não sabia o significado dessas borboletas, mas que sentiu que elas se foram no momento em que Min Woo disse sobre Kang Joon estar namorando.

— E foi isso — Hyun terminou de falar, dando uma risadinha. Passou as costas das mãos no rosto para tentar limpar algumas lágrimas que insistiam em cair — Eu não sei o que dizer agora.

— Infelizmente, eu sei — Yoora olhava com compaixão para a garota á sua frente. Suspirou e segurou uma das mãos da menina, apertando-a — Você se apaixonou por meu irmão. Não me olhe assim, Hyun — Yoora disse ao ver a cara incrédula de Hyun — No fundo você sabe que é a verdade. Você se apaixonou por ele. Essas borboletas que você tanto reclama, são as mesmas que eu sinto quando estou perto de alguém que eu gosto.

— Anyo. — Hyun disse, interrompendo o que a colega iria dizer — Anyo, anyo, anyo! Eu não posso estar apaixonada por ele.

A garota começou a chorar mais uma vez enquanto repetia "anyo", só que dessa vez alguns soluços vieram também.

— Shiu...— Yoora puxou a garota para um abraço e começou a passar a mão pelo cabelo da mesma — Não chore assim, Hyun. Jebal, jebal, não fique triste assim. Eu sei que é o seu primeiro amor, mas vai passar, uma hora você vai esquece-lo.

— Não tem como eu esquece-lo, droga! Ele é e sempre será o único para mim — a garota disse entre o choro e os soluços, se agarrando ainda mais à Yoora. — Eu não quero perde-lo, Yoora. Não quero que essas borboletas morram, e-eu agora sei o que elas significam.

A garota pequena olhou ainda abraçada para a mais alta, seu rosto estava vermelho pelo choro, o nariz e os olhos inchados e a tristeza estampada em seu olhar.

— Eu sinto muito, Hyun — Yoora começou a falar e a pequena deixou escapar um soluço, já sabendo o que a mais alta iria dizer — Eu sinto muito mesmo, mas ele já tem alguém agora. Ele me disse que está feliz com ela. Eu gosto de você e adoraria tê-la como minha amiga e ajuda-la a ficar com quem ama, mas ele é meu irmão. Vê como isso é difícil? É a sua felicidade ou a dele e eu não posso escolher somente uma.

Naquele dia a Kim Hyun-Jae chorou como nunca tinha chorado em toda a sua curta vida. Chorou até se esgotar e acabar dormindo ali mesmo, na casinha da árvore.

Meu amor, adeus agora, você é o único (você é o único)

Mesmo no momento em que nos separamos, você é o único

Isso machuca, dói e é tolice, mas adeus (adeus)

Embora eu nunca possa vê-lo novamente, você é o único, único

Hyun ainda se lembrava daquele dia em que percebeu que amava alguém que nunca iria lhe corresponder. No tal dia, ela dormiu na casa do namorado secreto de Yoora — junto com a mesma na casinha da árvore —, o professor de matemática, Lee Jong Suk. Yoora pediu que Hyun não contasse sobre o seu caso com o professor e Hyun prontamente atendeu à esse pedido, afinal, depois da ajuda que recebeu da colega, era o minimo a ser feito. Quando Hyun voltou da escola no dia seguinte, recebeu uma mini bronca da mãe já que ela decidiu dormir na casa da amiga sem ao menos falar nada. A bronca só não foi maior porque a mãe dela disse que a amiga tinha lhe ligado e falado o que ocorreu: a garota passou mal no caminho pra casa e a casa da amiga era mais perto, por isso foram para a casa da colega e ela acabou dormindo lá.

Depois desse dia, Hyun e Yoora tornaram-se melhores amigas.

Quando passou-se uma semana do ocorrido, Hyun foi até o Kang Joon pedir-lhe uma explicação, logo após o final das aulas.

— Eu preciso falar com você — a garota pequena disse, fazendo o amigo parar de conversar com os colegas.

Kang Joon olhou para os colegas e assentiu com a cabeça. Todos saíram e ele se virou para Hyun.

— Hyun-Jae, esse não é um bom momento para falar comigo. — ele começou com a sua desculpa — É que eu tenho que f...

— Eu serei breve, prometo — Hyun interrompeu o garoto. O mesmo olhou apreensivo para os dois lados e então suspirou.

— Se você diz, então pode falar.

— Eu realmente não sei o que fiz para você começar a me ignorar — Hyun começou a dizer e o garoto começou a ficar pálido enquanto a olhava atentamente — E realmente não quero saber o porque agora. Você era meu amigo, o meu melhor amigo. Tem noção de como foi horrível não falar com você? Ficar sem ao menos uma notícia sua? Se você não queria mais a minha amizade, que falasse isso na minha cara e não cortasse a nossa relação como se não fosse nada!

— E-eu pretendia te...

— Pretendia uma ova! Nos ficamos praticamente um mês sem nos falarmos e você nem ligou! Mas sabe o que foi pior de tudo? Você cortou a nossa amizade e ainda começou um namoro! É por isso que você parou de falar comigo? Por causa dessa nova garota? — Kang Joon estava prestes a responder quando Hyun deu um soquinho em seu braço — Quer saber, eu não ligo mais. Eu vim aqui hoje para dar um ponto final definitivo em nossa amizade. Eu não quero e não preciso de uma amizade assim, Kang Joon, então nem se dê ao trabalho de tentar falar comigo novamente. Jebal, me esqueça.

A pequena menina saiu dali, as pernas um pouco bambas depois de tudo o que disse. Ela tinha noção de que mentiu quando disse que não ligava mais pra ele. Porque por mais que ela tentasse esquecer, a verdade sempre iria martelar em sua mente, estaria estampada em sua face.

Não importava quanto tempo passasse, ou o quanto ela tentasse apagar ele da memoria dela.

Quando minha cabeça vai te apagar? (eu vou te deixar ir)

Um dia, dois dias, um mês, longo prazo depois de alguns anos (meu amor, não consigo te esquecer)

E algum dia eu não vou estar em suas memórias

Você vai me apagar

Único, único

Você é o único, o único

Seo Kang Joon sempre seria seu primeiro e único amor.


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Notas finais do capítulo

Gente, tadinha da Hyun