Angélica Angel e Diego Honorato

Ela acariciava o rosto dele enquanto ouviam a ultima criação do garoto do Super Lanche. O garçom de lá é um ótimo compositor e está a par das novidades musicais sempre inovando seu repertorio, ele  faz parte da classe média/pobre o que acaba privando seu sucesso, mas a clientela do Super Lanche é toda fã dele.

—Eu gosto tanto de ficar deitado no seu colo amor! —Diego diz olhando para a garota loira que o admirava.

—Eu amo ter você por perto, mesmo não estando agora! —Ela comenta pensativa. O casal estava deitado na sombra de um Ipê rosa. A grama fofa os acomodava como almofadas e cheiro da vegetação deixava tudo melhor.    Angélica desliga o som do pucap com a nova composição de Heitor.

—Mai eu estou presente! —Ele justifica tentando compreender o que a namorada insinuou.

—Mas não me diz nada! —Ela passa o dedo indicador em um hematoma no olho direito do namorado. —Está doente? Se meteu em alguma briga?

Ele se calou, sabia que ela não agüentaria deixar passar as marcas por muito tempo.  O treinamento como mega humano se intensificou e no dia anterior mal descansou devido à demonstração que terá no sábado de seus poderes para o governador.

—Só me diz o que está acontecendo? —Pediu encostando a testa na dele.

—Meu pai... —Diego sussurrou.

—Ele está te batendo? —Angélica questionou nervosa só de pensar na hipótese do namorado estar sendo espancado!

—Não! Ele está fazendo apenas o bem para mim.

Diego encostou os lábios no dela para calá-la, ele queria contar sobre o projeto mega humano, o segredo de ter poderes o deixava maluco.

—Eu quero um beijo. —Pediu manhoso.

Angélica   prensou os lábios no dele   e sentiu o calos da respiração. O cheiro de seu perfume doce embriagava Diego o tronando mais vulnerável. Ele preferia o lábio de baixo, era mais carnudo e o deixava mais satisfeito. Os movimentos de suas bocas tentava compensar todas as mentiras e omissões de Diego.

—A propósito, eu não terminarei este ultimo ano de estudo! —Diego conta já se levantando. —Preciso pegar minha carta de exclusão.

—Você vai desistir de estudar? —Angélica grita furiosa.

—É necessário, um dia você entenderá isso tudo meu amor!

Jay

Três dias antes...

“—Eu a partir de hoje quero ser escoltado por 15 monitores e selecionei entre vocês para fazer essa função já que em Radaster sobra Monitores livres. —Os monitores bufaram indignados, eles trabalhavam e muito e agora quinze deles se tornariam a sombra do governador.

Débora a assistente de David colocou a lista com os nomes no telão.

—Todos que o nome constar na lista pode se retirar e ir arrumar as malas, pois vamos partir hoje a noite. —Os monitores selecionados saíram, alguns felizes com a honra e outros decepcionado por ter que abandonar os conhecidos.  

A sala onde a reunião estava sendo realizada era bem iluminada e havia poltronas por todos os lados. Jay estava inquieto, o que vinha pela frente era um segredo de tamanho nacional .

—O resto com exceção de Jay podem se retirarem!

Os monitores saíram nervosos devido a perca de tempo indo até ali.Mas o moreno estava apavorado, ele pensava que não passava de uma poeirinha no sapato do governador e foi selecionado para algo. Não era comum e ele não gostava da idéia de ficar a sós  com o prefeito, o diretor e o governador.   

—O que querem de mim? —Perguntou áspero.

Débora caminhou até ele com uma agulha esterilizada enquanto as portas da sala foram fechadas.

—Se de mais um passo eu mato! —Jay ameaçou, se levantando e fincado em posição de defesa.  —Eu sei acabar com qualquer um!

—E é exatamente por isso que está aqui. —Nicholas David diz sorrindo como se fosse tudo maravilhoso.

O diretor Franco que é amigo do monitor caminhou até ele pedindo para que ficasse calmo.

—Você é a nossa esperança! –Franco fala. —Na sua ficha consta que foi o um dos melhores monitores, e por ser novo se torna o candidato perfeito. Jay arregala os olhos com pânico.—Você representa o nosso futuro.  

Ele lembrava de como foi bem no curso de sobrevivência, também foi ótimo em combate corpo a corpo, mas tudo tinha um propósito, se saísse bem teria um salário melhor e poderia cuidar da mãe .  

Foi imediato, dois soldados de roupas vermelhas acertaram a cabeça de Jay pelas costas o fazendo desabar. Imediatamente Débora aplicou a injeção.

Só não sabiam eles que o mesmo paralisado podia saber o que ocorria”.

{...}

O ambiente era gelado, mesmo sem a presença de vento. As luzes amarelas florescente iluminava o ambiente. Havia jaulas de vidro com espessura de trinta centímetros, e do lado de fora, salas e mais salas, cada uma com um nome diferente. Por toda parte pessoas de jaleco caminhavam com soros, ou aparelhos eletrônicos indecifráveis para um simples monitor treinado para o combate.

—Socorro! —Jay gritou desesperado enquanto esmurrava o vidro. —Eu preciso sair! Isso é errado! Seus ordinários!

Ninguém deu atenção para os berros furiosos do jovem, para os cientistas eram apenas mais uma cobaia. Jay se sentia revoltado, não sabia a quanto tempo estava ali, não tinha noção do tempo. A ultima aparição dele foi na reunião e agora estava enjaulado em uma espécie de laboratório!     

Ashley

 —Eu quero mais um leite  vapor! —A garota vestia uma calça de couro com uma blusa branca. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, mas como sempre não conseguiu abalar o pai. Ele não a amava mais. Robert sempre lhe beijava e a levava para passar, mas no ultimo mês as coisas mudaram. O prefeito não sai do escritório, freqüenta eventos militares o tempo todo e não a convida para ir juntos. E por ultimo o monitor que deveria estar lhe vigiando desapareceu!

Depois de pagar o leite a vapor  se retirou do aconchego do super lanche e foi para a sede do jornal . Na entrada do ambiente havia duas estatuas de jornais sendo escritos, a caneta que estava na mão era de ouro puro deixando o ar de sofisticação e riqueza. As portas da sede era de vidro transparente. Assim que adentrou pode vislumbrar a bela fonte que jorrava água dia e noite.

—Senhorita? O que faz aqui. —Um homem de terno preto perguntou beijando a mão de Ashley, fazia tempo que  ela não era tratada com tanta educação.

—Preciso falar com a Jornalista Melissa Franco. —A garota tinha um plano e não podia falhar. —Se possível imediatamente!

O homem fez um sinal positivo com a cabeça e retirou-se.Minutos depois uma mulher alta que segurava um gato preto nas mãos apareceu.

—Precisa falar comigo? —Melissa questionou curiosa.

—É sobre sua reportagem com os univens! —Ashley disse. —Eu quero que me ajude a achá-los.

—E o que eu ganho com isso?  —Melissa questionou.

—Uma boa reportagem.