{Misteriosos Univens, cristal, melissa e Ashley}

O vilarejo era simples, possuía casas de tijolos com telha de barro. Toda a energia do morro era graças às placas solares desenvolvidas pelos próprios cidadãos do morro que entendiam de tecnologia avançada.  As ruas eram todas de asfalto diferente da região oeste onde o centro econômico de Radaster se localizava, lá as ruas eram de um metal vistoso que projetava um brilho extraordinário tornando a impressão de superioridade ainda mais concreta.

— Como pretendem ganhar a confiança da população?  — Melissa perguntou ainda segurando a caderneta. Ashley observava tudo tentando compreender, ela não tinha a sabedoria da jornalista para lidar com os fatos.

— Dê o que eles precisam para receber o que quer!  — Orange usou o tom irônico, como se a resposta fosse obvio.

—  O que estão dando para eles?  —  Ashley perguntou chamando a atenção para si.

— O que você acha que precisam?  —Blue disse tentando atiçar o raciocínio da garota. Para fazer parte dos univens não basta um rostinho bonito e atitude, é inteligência.  

— Dinheiro. —Tentou responder receosa. Imediatamente os outros caíram na gargalhada. A reação deles a deixou com vergonha.

—Aquelas pessoas abandonaram o dinheiro para viverem como seres humanos! —Disse Rosa com calma, explicando como a vida funcionava.  — Eles só querem justiça.

— Eu só não compreendo porque eles odeiam tanto os outros.

— A vida na região oeste é toda controlada pelo governo, eles criam marionetes. —Disse Green. —A maioria das pessoas do morro eram Biólogos, Físicos, químicos, arquitetos e médicos. Mas estes não estavam disposto a jogar como o governo quer, pois eles sabem o que é melhor para o mundo.

— Com mundo você se refere ao continente de Dimentionic?  —Ela pergunta mais atenta do que o normal.

— Com mundo eu me refiro ao continente Americano, Africano, Europeu, Asiático, oceânico e Dimentionic.

Eles ainda estavam  perto da mata, escondidos pelas folhagens.

— Temos que ir para casa. —Rosa diz calma. — As pessoas logo viram para a mata colher frutas antes do anoitecer aproveitando a trégua do sol.   

— Você confia nelas? —Orange questionou. —Pois eu acho que não está na hora de mostrar nosso esconderijo!

— Elas fazem parte de nós. —Green encerrou o assunto antes que gerasse outra confusão.  — Vamos ir pela mata, para não atrair olhares.

Assim fizeram eles. As vegetações os cobriam por inteiros. A mata era fresca e úmida, um ótimo habitat para os animais.  Eles andavam em uma fila vertical por um trieiro entre o capim e as árvores. Hora ou outra encontravam fezes de animas ou frutas em decomposição no chão.

— Essa aqui é a matada da divisa entre Radaster e Murânia? —Melissa perguntou para os mascarados. 

— Exatamente, conhecida pela variedade de árvores frutificas. É daqui que sai o sustento de muitas famílias do morro. — Contou Blue casualmente. 

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Depois de vinte minutos de caminhada chegaram a um ponto próximo a uma construção alta e antiga, ela fora feita de pedra para não abalar a estrutura ao longo dos anos.

—É aqui que vocês moram? — Questionou Ashley. —Estava esperando uma base secreta no meio da mata, ao invés de uma catedral antiga no meio de um morro.

 —É por isso que é perfeita, ninguém espera isso. —Diz Blue orgulhosa.  — E não é nossa casa, é apenas um lugar provisório.  — Completou.

—O que estão esperando para entrarmos? —Melissa questionou preocupada. Já anoitecera, o marido devia estar preocupado ou furioso.  

Logo depois da pergunta escutou as palavras do reverendo, isso significava que o local estava cheio e não podiam entrar.

—Preciso ir embora, dá pra acertamos tudo aqui mesmo.  —Sugeriu a jornalista. O gatinho que mantinha aquecido dentro de sua bolsa começou a miar, provavelmente de fome.

—Cristal, fique de vigia pra nós. — A garota se deslocou mais para frente e se pois em posição de guarda.

O resto fez uma roda fechando o circulo.

— O plano é o seguinte. Primeiramente temos que fazer aliados. —Green começou. — E a mídia precisa estar do nosso lado.

—Onde entramos nisso?

—Ashley, você tem o dever de descobrir tudo o que seu pai sabe. Entendido?

—Quer que eu  investigo o meu próprio pai?

—Exatamente.  Quanto a você Melissa, quero que descubra todos os projetos do governo com relação ao colégio. — Green contou.

— Nós achamos que o governo está interessado nos jovens então o colégio é o lugar mais provável para ser alvo. Como seu marido é o diretor será fácil para você se manter atualizada. —Completou Rosa.

—Além disso, você precisa nos manter em foco no jornal para as pessoas saberem mais sobre nós. —Lembrou Blue.

—Compreendido. —Disse a jornalista.

Depois da reunião Melissa foi para casa enfrentar o marido furioso e Ashley tinha que suportar mais uma punição do diretor que por sinal era o marido de Melissa. Resumindo ambas receberiam punição de Franco.

{No laboratório, Jay}

Eram apenas seis horas da manha e as luzes do laboratório estavam todas acesas. Há todos os minutos um novo funcionário com jaleco entrava para um longo dia de trabalho. Todos unidos em uma nova causa, um novo soro de mutação, mais eficiente que o usado no Diego para ter resultados mais rápidos.

Jay acordará à uma hora atrás com dores musculares devido à falta de colchão e almofada na jaula de vidro. Ele já conseguiu conter a raiva não batendo no vidro a cada dez minutos como a principio.

Seus olhos analisava atento o local, já fazia um dia que fora seqüestrado e sua força para resistir estava esgotando. Se fosse liberto com certeza causaria graves danos aqueles metidos de jaleco.

—  O que me dizem de um ar fresco? — Sugeriu para os cientistas que mantinham-se ocupados cada um em sua mesa.  — Eu prometo que vou me comportar. —Falou irônico.

—Desculpe-me, mas esse processo é vital para te estudarmos. —Uma mulher com os lábios rosa claro e traços delicado disse caminhando até ele.  — Assim que conseguirmos, você vai nos agradecer.  — Miriam Katarina completou.  Após retirou uma chave do bolso e destrancou uma pequeno repartimento do vidro que compunha a prisão do moreno.  Após puxou para fora.

—Você gosta de qual sabor? —Perguntou apontando para uma bandeja com inúmeros leites a vapores.

—Chocolate. —respondeu ele com um brilho no olhar, não percebera que estava com fome até lhe oferecerem a bebida.

Ela pegou o sabor escolhido e colou no compartimento o fechando depois. Jay imediatamente o pegou, depois sentou-se no canto da jaula e tomou o liquido grosso e saboroso. 

Mirian Katarina ou Kat como gosta de ser chamada o encarava com curiosidade. Tinha algo nele que a deixava curiosa só não sabia o que.  Ela o encarava quando duas mão encostaram em suas costas no mesmo tempo em que um “Buuuu” foi gritado.

— Diego, quer me matar do coração! —Kat gritou assustada. —você poderia ter me dado choque.

—Relaxa, isso não vai acontecer, eu tenho o controle dos meus poderes. —Ela levantou as sobrancelhas. — Quer ver?

Imediatamente ele direcionou a mão para a iluminaria, depois a encarou com convicção, assim que fechou os dedos a luz apagou.  Depois repetiu o gesto abrindo as mãos e a luz acendeu novamente. 

Kat ficou surpresa pela evolução dele, mas não foi nada comparado à reação de Jay que assistiu tudo da cela.

—Eu vou poder fazer isso também? —Perguntou, não feliz, mas com raiva.

—Pra você estamos preparando algo mais legal. —Disse Kat com um sorriso orgulhoso nos lábios.

Jay passou o resto do dia imaginando que tipo de monstro se tornaria.