Sailor Moon Legacy escrita por Goth-Lady


Capítulo 6
Dose dupla


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, não posto há muito tempo. Esse capítulo estava quase pronto, mas não sabia como concluí-lo, até agora. Vou tentar não demorar no próximo. ^^



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Algumas pessoas preferem passar as férias na praia, estendidas ao sol e tomando banho de mar. Esse era o caso de Haruka e Michiru, que tinham ido para a mansão na praia durante as férias. Era para ser férias em família, mas acabou se tornando uma segunda lua de mel, afinal, as “gêmeas” sabiam se cuidar.

Poderia parecer confuso, mas era mais simples do que podia imaginar. Quando Michiru teve o desejo de ter filhos, procurou Ami para saber de todo o processo de fertilização artificial. Lógico que Haruka não ficaria de fora, então ambas escolheram o mesmo doador anônimo para as duas, elas engravidaram juntas, suas barrigas cresceram juntas e foram para a sala de cirurgia juntas para darem à luz às suas filhas, que são chamadas de gêmeas não por serem gêmeas de fato, mas por terem nascido quase ao mesmo tempo e juntas.

Salina Kaioh Tenoh, a que nasceu de Haruka, era a Nova Sailor Uranus. Era uma garota albina com o típico cabelo branco, cujas pontas ela pintava de azul claro, e olhos vermelhos. Ela sempre usava bloqueador solar para se proteger do sol. Suas vestes consistiam em uma regata laranja com partes azuis que deixavam sua barriga à mostra, um short jeans mostrando parte do biquíni amarelo que sempre usava no lugar a roupa íntima, botas marrons e luvas cinza, que deixavam os dedos nus, com uma listra amarela.

E Sibila Kaioh Tenoh, a que nasceu de Michiru, era a Nova Sailor Neptune. Ela tinha o cabelo e os olhos na mesma cor que os da mãe, no entanto, seu cabelo se encontrava preso por um rabo de cavalo e parte dele formava uma trança em arco. Vestia um vestido branco de mangas compridas com detalhes em azul claro e um laço azul claro no busto, meias brancas com babados em azul claro, sapatos azul marinho, brincos de pérola e um colar de concha.

Sibila era parecida com Michiru, gostava de pintar e de nadar, mas tinha trocado o violino pelo piano. Era extremamente gentil e educada. Já Salina preferia os esportes radicais e a direção perigosa e irresponsável de Haruka. A albina era tão enérgica que Haruka acabou a ensinando a dirigir muito antes dos 16. Diferente da geração anterior, Sibila e Salina eram mais próximas das Inner Seshin.

— Bola!

— Hei!

— Foi mal.

— Cuidado! Você quase derrubou meu material de pintura.

— Praia não é para pintar, é para se divertir.

— Temos ideias bem diferentes sobre diversão.

No momento, Salina jogava vôlei sozinha enquanto Sibila pintava a paisagem. A albina sentia falta de um amigo para jogar. Deveria ter trazido Klaus, Ryan ou Roy, seus amigos e companheiros de esporte, mas Michiru não deixou por serem irresponsáveis demais juntos, se bem que Klaus era o mais responsável do grupo. Pensou em convencer Violet e Kayla a virem com ela, mas as duas tinham outros planos. Teria que ficar sozinha com a irmã enquanto as mães namoravam.

— Sib, vou dar um rolê. Se as mães perguntarem, eu vazei.

— Uma volta aonde?

— Você é minha irmã ou minha mãe?

Salina foi até a garagem, subiu na moto e pegou a estrada. Ela ainda era nova para ter carteira, mas ser filha de uma das Senshi tinha suas vantagens. Foi até a cidade, ver o que podia fazer. O verão estava acabando e ela estava longe dos amigos. Pensou em ir à academia, mas cairia na rotina se o fizesse. Pensou em ir fazer rapel em um morro, mas não tinha equipamento para isso. Pelo visto, a única coisa que podia, era praticar apneia no mar.

— Isso é um saco.

Desceu da moto e foi até a farmácia mais próxima comprar protetor solar. Ser albina implicava em vários problemas com o sol, pois tinha deficiência de melanina. Tinha que usar protetor solar mesmo com manga comprida, os shampoos e condicionadores eram específicos para proteger o cabelo do sol. Tinha que usar lentes de contato específicas com proteção UV, passava rímel preto para pintar os cílios todos os dias e pintava até as sobrancelhas. Até mesmo tingiu as pontas de azul para parecer saudável. Todo esse cuidado era essencial para poder praticar esportes, principalmente debaixo de sol.

— Quero dois protetores solar de fator 410 à prova d’água, por favor.

A atendente do balcão piscou pausadamente duas vezes para a garota antes de entender o pedido e buscar os protetores.

Sibila tinha terminado de pintar uma linda tela. A casa, a areia e o mar se encontravam em perfeita harmonia e bem pintadas como nos outros cinco quadros. Ela tinha se desafiado a pintar o mesmo cenário várias vezes em épocas diferentes. O primeiro foi ao por do sol, que era o mais bonito em sua opinião. O segundo foi ao nascer do sol, já o terceiro foi depois do por do sol, no crepúsculo. O quarto foi em um dia nublado, o quinto foi em uma noite estrelada e este último era de dia com céu azul.

Fazer a mesma pintura em horários diferentes foi uma experiência interessante que a fez ter maior percepção para as sombras e cores.

— O que está pintando? – Perguntou Michiru ao se aproximar da filha.

— A casa e a praia de novo, mãe. Dessa vez pintei de dia.

— Realmente, é a mesma paisagem das outras, mas não deixa de ser bonito. Mesmo usando o mesmo ângulo, os momentos do dia em que capturou as paisagens em suas telas as tornaram únicas. Se eu não a visse da janela, juraria que eram lugares diferentes.

— Você também é formada em artes, iria ver que se tratava do mesmo ângulo de qualquer forma.

— Isso é verdade.

As duas riram e Sibila guardou o material de pintura. Assim que cruzou a porta, deu de cara com Haruka, sua outra mãe.

— Onde está sua irmã?

— Disse que ia sair, mas não disse para onde ou a que horas retornaria.

— Ela nunca muda.

— Até parece com alguém que eu conheço. – Riu Michiru, fazendo Haruka corar.

— Cheguei, família! – Anunciou Salina assim que passou pela porta de entrada.

— Onde você estava?! – Perguntou Haruka.

— Ih, que estresse, mãe. Só fui comprar protetor solar.

— Encontrou o que você usa? – Perguntou a outra mãe.

— Claro, caso contrário iria ter que voltar para casa para poder comprar.

— Talvez voltemos mais cedo que o planejado.

— Aleluia!

— Não está gostando daqui, Salina? – Perguntou Michiru um pouco magoada.

— Eu gosto daqui, mãe, eu só não tenho muito que fazer. Eu queria muito que os meus amigos viessem, assim seria mais divertido.

— Então é aquela idade?

— Que idade, minha sereia? – Perguntou a antiga Uranus.

— Aquela em que os filhos preferem sair com os amigos ao invés da família.

— E nós não fazíamos isso quando éramos mais jovens?

— Com licença, por que iríamos voltar agora? – Perguntou a nova Netuno.

— Vocês não viram as notícias? – As duas negaram com a cabeça. – Estão ocorrendo ataques em Tókio. A Small Lady foi atacada enquanto passeava com as irmãs.

— Elas estão bem?

— Rini sabe se virar.

— Salina!

— O que foi? Nós fomos treinadas para isso, não fomos? Mais até que os guardas do palácio.

— Treinada ou não, é o seu dever proteger a princesa. – Disse Haruka autoritária. – Não se esqueça disso, Salina. Agora vá arrumar suas coisas.

Salina foi em direção ao seu quarto, seguida de Sibila. As duas ficavam em quartos separados, um ao lado do outro. Em todo caminho, Sibila dizia que a irmã deveria ser mais responsável. O problema era que Salina não escolhera arcar com essa responsabilidade, nascera com ela.

— Se eu soubesse a caca que isso seria para a minha vida, teria deixado outro espermatozoide fecundar o óvulo. – Disse antes de fechar a porta do quarto para a irmã não entrar.


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Notas finais do capítulo

Se a imagem não aparecer, só seguir o link: http://zukery.deviantart.com/art/Uranus-and-Neptune-Family-696359982

Optei por deixar a imagem da família toda porque a besta aqui esqueceu de fazer uma com as duas juntas na hora. '-'



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