Astra acordou um pouco mais cedo do que o costume, ficou ainda alguns minutos na cama, tinha perdido o sono, usou o tempo para pensar em tudo o que tinha acontecido nos últimos dias.

Era verdade que tinha vontade de transformar Christopher em um sapo, mas não o fazia pois ia contra sua ética, até conseguia ver alguma bondade nele, em relação a irmã, mas os lados maldosos e pervertido se sobressaíam.

Se levantou, não suportava ficar mais na cama, então tomou um banho refrescante, se vestiu¹ e foi para a cozinha preparar seu café, como ainda era muito cedo, fez o café para si e deixou-o pronto para seus tios, em seguida foi ao seu quarto pegar suas coisas, colocou seus fones, e caminhou lentamente par a escola.

Quando chegou ainda não tinham muitas pessoas, então se sentou perto de uma das esculturas que a escola possuía, e abriu seu livro, não era sobre magia, só queria relaxar.

Leu tranquilamente por bons minutos, até que sentiu seu ombro ser tocado, virou com tudo para o lado, temendo ser Christopher, no entanto logo se aliviou, pois era Will.

– Madrugou? – perguntou o rapaz sorridente.

– Perdi o sono. Quase me matou de susto sabia? – ela falou fingindo braveza.

– Me desculpe, mas é legal te assustar, você com faz uma cara engraçada – ele falou rindo.

– Will! Vou tacar meu livro na sua cabeça! – a ruiva falou levantando seu livro, querendo cumprir a ameaça.

– Calminha Astra, sabe que gosto de brincar com você! – falou o rapaz rapidamente com medo, sabia bem que a garota tinha punhos fortes – bem mudando um pouco de assunto, falei com a minha tia sobre o casamento, vai ser sábado agora, vai começar as oito da noite, só a festa que não lembro o nome, está no convite.

– Certo, falei ontem a noite com meus tios sobre o casamento, por eles está tudo bem – a ruiva falou.

Eles iam continuar a conversar porém foram interrompidos por uma legião de garotas, que ficaram de prontidão na entrada de carros da escola a espera de Christopher, que sempre chegava causando.

Ele estacionou o carro e saiu ostentando o mesmo sorriso presunçoso, usando óculos escuros, estava a perfeita imagem de um típico popular da escola.

– Não sei o que essa meninas veem nele – falou Will, não acreditando no que via.

– Dinheiro, não se esqueça que a família dele é uma das mais importantes do Estado – falou a ruiva.

Astra ainda ficava brava pelo a estar subornando, mas ao mesmo tempo sentia pena dele, ela desconfiava que no fundo ele tinha insegurança, só não sabia dizer o porque.

– É verdade, mas que graça tem em saber que uma garota só fica com você por ser rico – falou Will inconformado.

– Bem é a escolha dele – falou a ruiva se levantando.

– A propósito gostei da camiseta – falou o moreno.

A ruiva apenas agradeceu sorrindo, foram conversando, indo se encontrar com Beth que estava guardando suas coisas no armário.

POV Christopher ON

Eu acordei minutos antes de meu despertador tocar, fui tomar uma ducha, ainda podia escutar as vozes do meu pai e da minha irmã, querendo saber tudo o que pudessem sobre Astra.

Ainda não podia acreditar que Luna tinha ido com a cara da ruivinha assim de primeira, ela deve ser uma bruxa mesmo, mas se isso trouxer de volta a felicidade da Luna... então eu não me importaria.

Desci para a sala de jantar e encontrei minha família ali reunida, minha mãe não estava com uma feição muito boa.

– Filho que história é essa de você ter arrumado uma namorada? – perguntou Ravenna com uma das sobrancelhas arqueadas.

– Mãe, não estou namorando, a ruivinha é só uma amiga – respondi, estava vendo que aquela história ia render.

– Acho bom, sabe que não deixarei que namore qualquer uma – falou Ravenna séria.

– Mas você nem a conhece, Astra é a mulher perfeita pro meu irmão – protestou Luna.

– Isso eu decido – falou Ravenna encarando a filha caçula seriamente.

– Ei vocês duas, por favor parem, se o Christopher namorar a Astra ou não vai ser escolha dele, e será acertada, e nós vamos apoia-lo – falou Joe tentando amenizar a situação.

Preferi não falar mais nada, não queria me irritar logo de manhã. Assim que terminei me despedi e fui para a garagem pegar meu carro.

O caminho não foi demorado, quando cheguei a escola, já tinham várias garotas me esperando, isso já era rotina para mim.

Estacionei e sai com meu sorriso costumeiro, e enquanto tentava dar atenção as minhas fãs, podia ver que a ruivinha e o amiguinho dela conversavam animados, e não sei porque, mas minha vontade era ir lá e dar uns belos socos na cara daquele infeliz.

Preferi deixar aquilo quieto, me dirigi até meu armário, eu pegaria a ruivinha ao final das aulas e meu sorriso se estendeu involuntariamente.

POV Christopher OFF

Autora POV ON

As aulas de Astra se passaram tranquilamente, no entanto uma coisa a intrigou, tinha recebido uma mensagem no celular, quando abriu descobriu que era de Christopher, podia disso pelo apelido “ruivinha,” ninguém a chamava assim, na mensagem dizia que a encontraria ao final das aulas, na biblioteca.

A ruiva se intrigou, se perguntou como diabos ele tinha conseguido seu número.

E assim se seguiu, ao final das aulas a ruiva se dirigiu a biblioteca, estava temendo o que o loiro ia querer.

O encontro encostado em uma das estantes, com o seu sorriso típico.

– É pontual ruiva, gosto disso – ele falou assim que ela chegou.

– Diga logo o que você, ainda tenho que fazer a poção da sua irmã – a ruiva falou.

– Calminha ruiva, só vim dar um recado da Luna, ela quer que você vá hoje em casa, ela quer te levar ao cinema, e fico feliz em saber que você está tão dedicada com o meu pedido – falou o loiro pegando uma mecha dos cabelos ruivos, enrolando-os entre os dedos.

– Não me deixou muita escolha, diga a Luna que estarei livre por volta das três da tarde, assim você já pode levar pelo menos a poção para sua irmã, a outra vai demorar mais um pouco – falou a ruiva, querendo se afastar.

– Ótimo. Ruivinha aprenda uma coisa, se eu quero algo eu vou lutar para tê-lo, e vou te buscar as três em ponto – falou o loiro se aproximando dela.

– O que? Nada disso já tive muitos problemas! Meus tios me infernizaram ontem a noite – falou a ruiva um pouco mais alto.

– Você não foi a única, e eu vou te buscar sim, portanto pode-se dar por vencida – falou o loiro firme, mas querendo vendo a cara de irritação dela, que apenas virou o rosto contrariada.

A ruiva apenas assentiu e se afastou dali, tinha que correr se quisesse que a poção ficasse pronta em tempo.

Chegou em casa e encontrou o almoço pronto, deixou um bilhete para os tios, avisando que depois sairia, tomou uma ducha, almoçou e foi preparar a poção: usaria um pouco de alecrim, bergamota, canela, cravo, limão e água. Deixou a água ferver e foi colocando os ingredientes aos poucos, para que tudo se ligasse, e foi proferindo um encantamento. Depois que terminou o encantamento, e de ter colocado todos os ingredientes, deixou que fervesse mais um pouco.

Enquanto esperava, foi para o antiquário, alguém precisava ficar lá caso alguém aparecesse, ligou o rádio que estava tocando Black Magic – Little Mix, e começou a cantar e dançar ao som da música, estava distraída que nem percebeu que Christopher tinha chegado mais cedo e a observava com um sorriso no rosto.

POV Christopher ON

Depois da escola fui para a casa, almoçar e dar o recado a minha irmã que tinha ficado feliz em saber que a ruivinha iria em casa novamente, apenas minha mãe não gostou muito da ideia.

Ainda não conseguia entender o porquê da minha mãe ser daquele jeito, tudo bem que era normal uma mãe sentir ciúmes do filho, mas eu acho que deve ter alguma coisa a mais, era questão de tempo até eu descobrir.

Depois fiquei enrolando um pouco em meu quarto, decidi tomar uma ducha, troquei de roupa e fui a garagem, iria mais cedo a casa da ruivinha.

O trajeto não demorou, e qual não foi minha surpresa quando vi que a ruiva cantando e dançando no meio do antiquário, estava vestindo² uma calça jeans que se ajustava perfeitamente ao corpo dela, uma blusa azul do Superman que deixava um pouco da barriga dela a mostra, os cabelos presos em um coque alto, deixando alguns fios charmosos no pescoço e os inseparáveis óculos, mas esse mero detalhe não atrapalhava em anda, muito pelo contrário, só dava um charme a mais, e não tinha como eu não ficar paralisado observando-a, estampando um sorriso em meu rosto.

Então quando ela viu que eu tinha chegado paralisou em choque, e eu simplesmente não me contive, me aproximei dela como um felino, a agarrei e caímos em cima de um sofá que estava ali perto, a ruiva ficou vermelha feito uma pimenta, e devo admitir... ela era uma tentação.