Guerra entre Repúblicas escrita por J de Justiceira
Emma engoliu um seco, começando a avançar até à adolescente morena. O seu teste era magoá-la, física ou psicologicamente. Emma não entendia o motivo do seu teste, e quando se aproximou de Regina não sabia o que fazer.
– Boa noite... - disse alto e devagar, por causa da música que agora tinha começado a fazer-se ouvir na festa.
Regina acenou com a sua mão, nem levantando a cabeça para ver quem falava com ela. A adolescente loira sentou-se ao pé dela, num sofá pequeno que lá havia, e Regina finalmente a viu. A morena não disse nada por um instante, mas depois, explicando-lhe o porquê de não lhe ter respondido, apontou para a sua cabeça e disse, apenas com os lábios, ''dor''.
– Ah... - respondeu Emma. Ia-se levantar de novo, quando se esqueceu do seu copo de bebida e sem querer espalhou um pouco no vestido de Regina.
A loira ia começar a desculpar-se mas decidiu apenas levar Regina a uma casa de banho, molhou um pouco de papel e passou-o no vestido preto.
– Tudo bem, o vestido é preto... não se nota nada, querida. - Regina disse. Depois ergueu as sobrancelhas e perguntou, afastando-se um pouco:
– Qual é o teu teste final?
Emma largou o papel e o vestido preto. Olhou para os olhos da morena e sentiu uma vontade repentina de responder a verdade, que foi o que fez:
– Magoar-te. Física ou psicologicamente... - respondeu baixo.
– O meu é um juramento de sangue – Regina disse irónica.
Olharam-se as duas e Emma disse:
– Diz-me que não estás pensar naquilo que eu acho que estás a pensar.
Regina encolheu os ombros, despreocupadamente, tirou um dos saltos altos, aproximou-se de um dos espelhos da casa de banho e partiu-o com o salto. Emma baixou-se até ao chão e apanhou dois pedaços de vidro, que estavam partidos.
A adolescente morena estendeu o braço direito, à loira e assentiu seriamente. Emma cortou lentamente o braço da outra e rapidamente Regina agarrou o seu braço esquerdo.
Agora era a vez de Regina cortar Emma e fazer o juramento de sangue.
– Eu, Regina Mills, juro-te fidelidade. Juro-te estar aqui. Sempre. Porque com este laço ficaremos unidas para sempre. - dito isto, juntou os braços feridos e completou o juramento.
Os testes finais haviam sido realizados.
Depois de Regina e Emma fazerem os seus testes, as adolescentes não se voltaram a cruzar durante a festa. A loira ia informar a sua chefe quando alguém a chamou. Virou-se e viu Killian, Emma suspirou, colocou as mãos atrás das costas e encarou-o com o seu melhor sorriso.
– Emma. - ele estava sério.
A loira ergueu as sobrancelhas. Como é que ele sabia o seu nome? Ela nunca lho tinha dito desde que o vira na universidade.
– Eu lembro-me. - ele disse.
Emma tirou as mãos de trás das costas, expirou, baixando os ombros e respondeu:
– Killian... Como descobris-te o meu nome?
– A Ruby Lucas disse-mo. - ele revelou com um sorriso.
''Claro que disse'' – pensou Emma, revirando os olhos.
– Quando me reconheces-te? - Killian questionou.
– Mal te vi. Reconheci a tatuagem. Nem acredito que a fizeste. - a loira disse sorrindo.
– É verdade... Parece que alguns sonhos que temos aos 15 anos, realmente se realizam. - Killian respondeu.
– Parece que sim.
Ruby e Belle chamaram Emma, a loira despediu-se do ex-namorado e correu até chegar ao pé da chefe e da sub-chefe.
A adolescente loira avisou-lhes sobre a realização da tarefa e Ruby Lucas sorriu contente. Belle não aprovava nada daquilo mas a sua hora favorita, da festa, estava a chegar.
Robin e Killian pediram a todos para agarrarem um copo com bebida e prepararem-se para saírem do sítio onde estavam. Com o tempo, cerca de meia hora depois, já estavam todos reunidos à volta de uma enorme fogueira.
O novo chefe dos Kappa Party Rock fez um pequeno discurso, era atentamente ouvido por Robin, os seus novatos e todas as outras repúblicas. No final do discurso de Killian, todos eles brindaram e antes de que alguém desse conta, já haviam pessoas a conversar, a tocar guitarra e a cantar.
* POV Ruby On *
– Ainda não percebo porque é que este é o teu momento favorito da festa. - disse a Belle.
A ruiva riu discretamente e respondeu calma:
– É o momento em que todos os que aqui estão – apontou para um grupo que cantava e ria – esquecem aquilo que devem ser e mostram quem realmente são.
Belle encolheu os ombros e continuou:
– É a altura em que não há guerra, só paz. Alegria, música, canto... tudo isso nos une e por breves momentos torna-mo-nos apenas uma república.
Olhei para ela e sorri, dizendo:
– Que pena que a vida não é um conto de fadas, certo?
Belle sorriu-me como resposta, bebi mais um pouco do meu champanhe, acabando com o copo e suspirei. Pouco tempo depois chamaram-nos para irmos dormir, mas decidi ficar perto da ruiva ao meu lado, que tinha adormecido com o calor da fogueira e a calmaria que tinha começado mal as pessoas começaram a ir para dentro de casa.
* POV Ruby Off *
* POV Regina On *
Quando acordei de manhã doía-me imenso o braço, de modo que, o puxei logo para ver como estava. A ferida que Emma me tinha feito parecia melhor, apesar de me doer um pouco.
Olhei em volta, reparando que a casa onde tinha dormido estava quase vazia, vi Robin a tentar acordar uma rapariga ao pé de mim e ele deve-me ter ouvido a fazer algum barulho, porque se virou na minha direção.
– Regina... - ia começar a falar.
Levantei-me de repente, ajeitando o meu vestido, e corri até à casa de banho, fechando a porta atrás de mim. Robin tinha me perseguido, sei disso porque 10 segundos depois ele começou a bater na porta que eu tinha fechado.
– Regina, abre a porta! - gritou.
– Para quê? Para me envergonhares em público novamente? - questionei-o com voz alta.
– Regina, tu sabes que eu não pus aquele vídeo na televisão da escola para todos verem! Eu amava-te!
– Então porque é que fizeste sexo com ela, deixas-te ela gravar-te e ao mesmo tempo, disseste-lhe que só estavas comigo por pena? - perguntei-lhe, começando a abrir a porta.
– Desculpa... - vi-o dizer, agora calmo e com voz baixa.
– O que é que se passa aqui?
Emma.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem, comentem!