A 1º semana de aulas passou sem percalços, apesar de Regina Mills não ter causado muitas boas impressões aos seus professores, devido à sua praxe. Mas já tinha passado e agora todas as pessoas que viviam na Rua das Repúblicas esperavam ansiosamente pelo primeiro fim de semana, em que teriam a festa que juntava todas as repúblicas.

A Festa dos Kappa era conhecida universitariamente por unir ou separar repúblicas. Era nesta festa que os novatos provavam a sua lealdade, eram nomeadas novas chefes e sub-chefes, caso fosse necessário, e no final da festa todas as repúblicas se juntavam, brindando juntas. Era uma festa em que alunos, de todas as cores, religiões, desde amantes de música até apaixonados por psicologia, deixavam as suas diferenças de lado.

Festa essa que este ano seria realizada pela república Kappa Party Rock e teria duração de cerca de 24 horas. A Festa dos Kappa seria num lugar secreto, à sexta-feira com o relógio na meia-noite em ponto.

* Na República Kappa Kappa Shiu, nº 306 *

* POV Emma On *

– Meninas, os vestidos estão prontos. - ouvi Ruby a gritar do 1º andar da minha república. Rapidamente, todas as raparigas subiram a correr, menos eu. Não tinha pressa de ver um vestido que iria ser obrigada a usar durante 24 horas. Honestamente, estava com um pouco medo do que iria acontecer durante esta festa.

Subi as escadas e entrei na suite principal, que pertencia à chefe. Todos os nossos vestidos eram parecidos, de modo a representar a nossa república. Cada vestido era branco ou roxo, caso fosse branco tinha uns tons e reflexos roxos, se fosse roxo, os detalhes seriam brancos. As cores usadas faziam parte da nossa bandeira. Como faltavam 2 horas para a meia-noite comecei a despachar-me, começando um banho rápido.

* POV Emma Off *

* POV Regina On *

Enquanto todas as raparigas corriam apressadas, de um lado para o outro, eu apenas as observava quieta. Tinha prendido o meu cabelo, numa trança desleixada e colocado um vestido preto simples. A minha maquilhagem também era básica, tendo sido fácil de fazer e não me tivesse, de modo algum, demorado tanto tempo quanto as raparigas que estavam à minha frente.

A cor da bandeira da nossa república era preto, com as iniciais da república em prateado, pelo que, todas nós usávamos roupa preta e tínhamos uma pequena pulseira de prata no pulso direito.

– Falta uma hora, despachem-se meninas! - ouvi Zelena gritar.

Depois deste anúncio, mais confusão houve. Por toda a minha volta, haviam preocupações com vestidos pretos, colares de prata, penteados, brincos... Decidi ir até à cozinha, para me distrair um pouco e poder pensar na festa que iria enfrentar.

* POV Regina Off *

* Meia hora antes da Festa dos Kappa *

Killian orientava os outros novatos da sua república, também ele era novato mas como tinha conhecido o seu chefe e o seu sub-chefe no liceu, já tinham falado e Killian sabia tudo aquilo que tinha de fazer.

* POV Killian On *

Expliquei-lhes que antes que tudo começasse teríamos de ir buscar todas as pessoas a todas as repúblicas da universidade. Depois iríamos para o local da festa, que não era muito longe da Rua das Repúblicas.

Tudo isto duraria 24 horas certinhas e tínhamos de ter cuidado com o excesso de consumo de comidas e bebidas, para não se gastar tudo rapidamente.

Mandei-lhes começarem a ir buscar pessoas e saí da minha república acompanhado por Robin, August e Graham. Dirigi-me ao meu jipe preto e os outros 3 também, quando estava a começar a tirar o carro do sítio onde o tinha estacionado, vi-a. Estava com o cabelo solto, um vestido roxo e branco, que penso eu, retrata a cor da bandeira da sua república... Lembrei-me que a tinha assustado quando nos conhecemos, devido à praxe da nossa república, que era invadir todas as outras casas.

Ela era-me familiar, mas no entanto, nem sabia o seu nome.

– Killian? - ouvi a voz do meu chefe a chamar-me. Desviei o olhar da rapariga loira, olhei para trás e como se nada tivesse acontecido, perguntei:

– Sim?

Graham explicou-me que todos os rapazes da república estavam a pensar alterar o comando de chefe e sub-chefe.

E queriam que esses comandos fossem ocupados por mim e por Robin. Acenei afirmativamente, sem se quer pensar naquilo em que me estava a meter.

* POV Killian Off *

* Início da festa *

Já todos reunidos na porta de entrada da festa, August e Graham deram a ordem de entrar. O início era simples, haviam cerca de 5 fotógrafos, cada aluno tinha de tirar uma foto sozinho e uma foto com a sua república.

Apenas isso, levou as 10 repúblicas a perderem 1 hora. Depois avançaram para a festa formal, em que os alunos conheciam outros que eram de repúblicas diferentes. Outros apenas se voltavam a ver...

Killian observava Emma, mas esta só tinha olhos para Regina, que estava a começar a ter um pequeno problema com o excesso de álcool que havia na festa. A loira observou Zelena a puxar a morena, para longe de todas as bebidas alcoólicas, dizendo-lhe qualquer coisa ao ouvido.

Em seguida, deu-se o juramento de lealdade, em que as novatas juravam, com a mão no peito, amor e fidelidade à sua nova família. Foram nomeados novos chefes e sub-chefes, exceto nas repúblicas Kappa Kappa Shiu e Quiet.

Depois de cumpridas todas as formalidades, faltava apenas o teste final.

* No grupo Shiu *

Ruby e Belle diziam a cada novata qual seria o seu teste, cada uma teria uma tarefa diferente. Caso não a cumprisse ficaria automaticamente com 2 Reprimendas e passava duas semanas a lavar a loiça e a roupa das outras raparigas da república.

Antes de Ruby se aproximar de Emma, viu a loira a lançar um olhar a Regina e na sua cabeça, inventou logo um teste para Emma. Belle pressentiu que Ruby provavelmente tinha pensado num plano e tentou falar com ela, mas era tarde de mais. A chefe da República Kappa Kappa Shiu, aproximou-se de Emma e sussurrou-lhe ao ouvido a sua tarefa.

Emma engoliu um seco e respondeu ''ok''.

* No grupo Quiet *

* POV Regina On *

Zelena e Rose estavam a falar uma com a outra, e no final acabaram por decidir qual era o nosso teste final. Era simples, ou parecia ser... Tínhamos de fazer um juramento de sangue com alguém. Não importava quem, podia ser da nossa república ou não, da nossa família, caso alguém tivesse irmãos ou primos na festa, ninguém em especial... simplesmente alguém.

A maioria das raparigas decidiu fazer com uma amigas, mas como eu tinha o resto da festa para escolher alguém e fazer o juramento, decidi esperar. Ainda faltavam cerca de quinze horas para tudo aquilo acabar.

Mas não me parecia ser uma festa, era como se fosse algo... um compromisso... em que tínhamos de jurar lealdade aos nossos chefes, aos sub-chefes, aos amigos... a alguém.

Mas para mim, lealdade não se prova com juras de sangue, ou juras feitas pela nossa boca.

Lealdade prova-se quando estamos lá, para aquela pessoa. Prova-se quando ouvimos os risos, os choros, os gritos de raiva e de alegria. Prova-se quando não abandonamos a pessoa, quando estamos ali para ela, e deixamos que nos chore no ombro ou nos abrace por saber uma ótima notícia. Lealdade é ser leal, ser alguém que sempre vai estar ali, e apesar de querermos ser leais a todos, às vezes caímos em tentação. Mas se a tentação nos aparece e cedemos, significa que aquela pessoa não nos é tão importante quanto pensávamos ser, certo?

E acho que apesar de tudo isto, se eu lhes provarei ser leal, como o irão provar elas a mim que também o são?