The Witch escrita por Erika


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oiii e aqui vai mais um capítulo que vai esclarecer algumas coisas e acho que está mais que na hora de vermos como está o nosso vampiro preferido.



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Capítulo 3

“Quando rever é reviver

Preciso reviver, eu bem sei,
mesmo que só na lembrança,
voltar à minha antiga casa,
rever a minha infância
e todos os momentos felizes que lá passei.”

Clarice Pacheco

—Ei ela vai junto?

—Fala baixo ela pode te escutar.

Um grupo de bruxos cobertos por capas pretas estava em frente a um arco de pedra, no chão um circulo com varias luas dentro estava desenhado no chão. Selene estava tão animada que ignorou completamente aqueles murmúrios. Artemísia sorria mediante a animação da amiga assim como Elisabeth.

Itaque nos illinc profectos Hesperus

Curam nobis

Custodi nos in hoc iter conficiendum

(E assim partimos da estrela da noite;

Cuide de nos;

Guarde-nos nessa viajem.)

Um dos magos recitava o feitiço ele seria o líder na missão assim como Elisabeth. E então o no espaço entre o arco a imagem se distorceu e agora ao invés de se ver o castelo de Hesperus através do arco se via um campo aberto, com algumas construções destruídas.

—Antes de irmos vou lembra-los da razão pela qual viemos nessa missão. Primeiro investigar os humanos e confirmar a presença de sucumbidos em Shinjuku. Não façam nada precipitado e cuidem uns dos outros. —Desde os primórdios os humanos não sabiam da existência dos bruxos, assim como dos vampiros, principalmente na era Medieval onde aconteceram caçadas a ambas as raças. Hoje isso vinha mudando, com o vírus assolando o mundo inteiro não era mais tão favorável manter esse segredo. —Muito bem agora vamos.

Os bruxos foram andando calmamente em direção ao portal, se tinha algo que presavam era à organização, um bruxo recita feitiços, invoca, e para isso precisa ter calma e manter o controle. Ao lado de muitos bruxos espíritos se mantiam sentados ou em pé, pequenos fios brancos rodeava-os e aos seus respectivos contratantes.

Após passar o portal todos se depararam com o ar frio da noite, agindo como sombras os bruxos analisaram o ambiente em que se encontravam. Ao longe se podia ver uma muralha que recobria toda uma cidade.

—Todos se dividam em grupos e retornem para cá antes do amanhecer. —Depois de dadas as ordens Elisabeth, Artemísia e Selene saíram dali.

—Você não me parece bem. —Falou Selene para Artemísia.

—O que? Não estou bem, apenas... Da última vez que estivemos aqui bem estávamos em uma cela. —Respondeu com um sorriso brincalhão, mas que ao ver de Selene escondia alguma coisa.

...

As construções eram altas, uma infinidade de canos cobria aquela cidade, privada da luz, fosse da Lua, fosse do Sol. Crianças andavam brincando de um lado paro o outro, mesmo com as roupas de gado os humanos provavam mais uma vez sua capacidade de adaptação, sorrisos adornavam seus rostos como se a realidade do que viviam não existisse. Refiro-me a serem obrigados a “doar” sangue aos vampiros. Estes tinham uma particularidade interessante, sendo seres da noite e que vivam no subterrâneo era de se esperar que fossem selvagens, ou no mínimo desprovidos da razão. Ledo engano; eles podiam ser mais racionais do que humanos e muito menos ambiciosos, tendo o habito de levar tudo levianamente, por exemplo, para eles as investidas dos humanos contra eles não era levadas a sério, uma frase corria a mente de todos eles. Quem teria medo de gado? Eles são apenas comida!

Bem talvez houvesse um que não pensasse assim e ainda guardava sentimentos por aqueles seres que agora tanto o desprezavam. Refiro-me a um jovem de cabelos loiros e olhos azuis. Mikaela, ele andava pelas ruas alheio a tudo que acontecia ao seu redor, a garganta seca, seu corpo clamando por sangue, sangue humano.

—Porque não bebe sangue? Hein Mika-chan. —Aquela voz carregada de deboche, que mesmo sem ver seu rosto sabia que tinha um sorriso de desdém.

—Cale-se. —Disse ríspido afastando a mão que Ferid tinha posto em seu ombro. Ele era um vampiro de cabelos prateados e um sorriso naturalmente diabólico.

—Por que a agressividade? Eu só quero o seu bem. —Veneno e mentira destilavam daquelas palavras. Mikaela olhou com desprezo que só fez os cantos da boca do vampiro se alargar ainda mais. —Não precisa ficar bravo. Aqui beba.

Uma criança desenhava com giz algo no chão e vendo-a Ferid com um movimento do braço segurou-a pelo pescoço. Fazendo um corte em seu pescoço com a unha, o sangue escorreu. Mika sentiu seu corpo fraquejar e a sede aumentar.

—Beber sangue dentro da cidade é proibido. —Reunindo um pouco de força ele segurou Ferid pelo braço fazendo-o soltar a criança que saiu o mais rápido dali.

—Eh... Muito bem vim te avisar que encontramos seu precioso anjo. Refiro-me a Hyakuya Yuichiro e também haverá uma reunião mais à tarde. —O vampiro saiu satisfeito e cá entre nós eu sempre tenho a impressão que ele está rebolando, deve ser aquela capa que esconde isso, francamente ele devia sair logo do armário.

Mikan vendo a saída do outro respirou fundo vagando seus olhos pelo lugar em que se encontrava até parar naquele desenho. Era um monte de rabiscos que não formavam imagem alguma, no entanto lhe trouxe memórias, reacendidas dentro de si graças também a notícia acerca de seu melhor e único amigo. Ele olhou o desenho novamente e então a memória dela lhe veio à mente.

Ela teria ficado irritada, provavelmente diria que faria um desenho mil vezes melhor.

Fazia quanto tempo que ele não pensava nela? A garota que mesmo tentando ser durona lhe oferecia um sorriso angelical, sim os cabelos lisos, a pele clara iluminada pela luz do sol.

O que teria acontecido? Será que ela estava viva? Não isso é impossível.

Fora no dia do em que aquele vírus destruiu tudo. Naquele dia ela havia dado uma de suas escapadas costumeiras. Preciso de inspiração. Ela costumava dizer, só que naquele dia ela foi para nunca mais voltar, ele se lembrou de como tinham saído à noite a sua procura e quando voltaram Akane e os outros estavam ao lado do corpo do Diretor que tinha uma poça de sangue entorno de sua cabeça.

Ele nunca mais a viu. Tentando ao máximo proteger a todos bem como o irmão dela que foi o mais atingido com sua morte. Para ele isso significou também a morte de sua família. Eu não tenho família. Disse repetidas vezes e em todas carregava aquele olhar de perda e o ódio pelos vampiros.

Deus como sentia falta de sua família, como queria não ter arriscado a todos naquele maldito plano. Como queria que aquele apocalipse nunca tivesse acontecido, ela ainda estaria aqui provavelmente observando a todos com um caderno e lápis na mão e depois acabaria vindo brincar com todos eles, como sentia saudade de seu amigo que amava uma boa briga e mesmo tentando acalma-lo ambos terminavam cheios de machucados, principalmente Yuu, ele nunca o vencia.

Vamos decidir quem manda aqui!

Eu sou o líder agora se acalme e tente usar a cabeça ao menos uma vez na vida.

Como é que é?! Agora sim você apanha!

Yuu-chan você é sempre tão teimoso.

Mika olhou para o alto, dando alguns passos para trás até sentir a parede atrás de si. Ele escorregou nela até se sentar no chão. Apesar de tudo ele havia sido feliz mesmo que por pouco tempo. Todavia esse não era o fim ele ainda tinha que salvar Yuu, ele ainda tinha um amigo, ele não estava sozinho e por esse amigo ele lutaria, ele o salvaria dos humanos.

Aguente firme Yuu-chan eu prometo que vou salva-lo!


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Vocês não acreditam o sufoco que foi colocar essa imagem ali, mas no final deu certo e espero que tenham gostado do capítulo. O próximo promete fortes emoçoões e afinal que segredo Artemísia esconde?



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