Ilha de Esme por Edward Cullen da Lua de Mel até a Gravidez escrita por csb


Capítulo 1
CAPÍTULO 01 - A PRIMEIRA VEZ




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1. A PRIMEIRA VEZ

 

Deixei-a no quarto, sozinha, e caminhei até a praia, abandonando pegadas fundas na areia fina por onde passava.

A luz branca da lua se despejava no oceano negro; perfurava o céu, tocando o horizonte onde as duas incríveis formas se fundiam. Preto no branco, descorado. Lindo...

Não havia ambiente mais desconcertante para o que eu me propusera a tentar. Tudo ali me estimulava, me conduzia e provocava pequenos tremores sob minha pele de mármore. Meus sentidos aguçados tentavam sorver cada detalhe, cada mínimo pedaço de instante que seria eternamente inesquecível para mim.

Quis até respirar.

Era uma necessidade urgente; uma sensação esquecida em minha memória. Fazia décadas que o ar já não me era essencial, embora eu o utilizasse em complemento aos meus sentidos de caça. Mesmo assim, naquele minuto, ele me pareceu fundamental, como se dele dependesse a minha vida, mais ainda, a vida de Bella — meu tesouro valioso.

Então o inalei, sentindo cada minúsculo pedaço de poeira espiralar em meus pulmões — os odores exageradamente intensos à minha espécie. Senti cheiro de sal e iodo, misturados ao doce perfume de Bella, ainda agarrado em minha camisa.

Com rapidez e perfeição, tirei minhas roupas e as deixei dobradas no galho de uma árvore retorcida. Não pude deixar de me ver, de me notar tão pálido e sem vida. E então, a consciência de meu próprio ser inundou meus pensamentos.

Subitamente os fatos voltaram a mim, fazendo com que a angústia perfurasse o lugar onde outrora havia batido um coração. A agonia crescia e crescia, tomando uma parte gigantesca de minha lista de preocupações mais urgentes. Ela se fundia aos desejos ardentes e por alguns instantes chegava a se sobrepor a eles.

Eu desejava Bella de uma forma avassaladora. De um jeito que ela jamais pudera compreender; que não conseguira alcançar. Eu precisava dela como de sangue para viver; necessitava de seu corpo, de seu toque suave e quente; eu era dependente dela... Eu a queria...

Entretanto, quando pensava que seria tão fácil destruí-la por um deslize qualquer — talvez numa fração de tempo comparável a uma pulsação — a inquietude sossegava os desejos mais fogosos. Pensar nela, assim, tão ingênua, tão humanamente frágil como um copo de cristal, me apavorava. Eu precisava de Bella, mas a queria, acima de tudo, viva e inteira. Porque se ela me faltasse, se algum dia eu a perdesse, existir já não faria sentido algum para mim.

Mas eu havia prometido que iria tentar, e não havia tempo para voltar atrás.

Tentei me focar em sua pele sensível e suave, em seu cheiro puro e enlouquecedor. Fechei as pálpebras e a imaginei: os cabeços sedosos, os olhos amendoados que caíam com gentileza no rosto impecável, levemente ruborizado.

Bella era linda em sua totalidade, e o melhor: era inteiramente minha. Vê-la dessa forma, como a outra metade de mim, fazia-me corajoso e convicto.

Eu vou conseguir..., pensei.

Meus pés tocaram as ondas, que se quebravam entre meus dedos duros. A água estava devidamente quente para Bella e incrivelmente ardente para mim. O mar em minha pele frígida parecia ferver. E isso era bom, ou melhor, isso era maravilhoso. Acendia meus instintos — como se pensar em Bella em meus braços já não estivesse sendo suficiente...

Caminhei até onde as ondas tocaram minha cintura. Quando olhei para baixo, vi meu reflexo pairando na superfície do mar: os cabelos negros em contraste com a pele pálida. Pousei minhas mãos na água, com os braços abertos e depois voltei a contemplar a lua oval. A única fonte de luz que teríamos naquela noite.

Poderiam ter se passado segundos, minutos ou horas; o tempo não fazia mais sentido.

Escutei passos tímidos caminhando na areia. Eles pareciam se arrastar, como se pudessem hesitar a qualquer instante, desistir... Fiquei preocupado.

Se Bella desistisse seria aceitável. Eu compreenderia sua decisão. Contudo, não conseguiria lutar contra a decepção de não tê-la em meus braços agora...

Subitamente os passos pararam e eu tremi, depois fiquei imóvel como pedra, completamente amedrontado. Não olhei para trás.

Mas então novamente o som perfurou o ar e não havia mais dúvida: escutei o tecido de sua roupa atritando à madeira escura, no galho da árvore. Houve uma respiração entrecortada...

Os passos foram se aproximando e, quando os pés afundaram na água, o som pareceu imergir em meus ouvidos, me aguçando as mais diversas sensações de desejo.

Senti a mão quente tocar a minha fria, mergulhada na água.

— Lindo — disse Bella, olhando a lua.

— Está tudo perfeito — respondi, cuidando para não impressionar.

Virei o corpo vagarosamente e a olhei: perfeita... A minha Bella...

Entrelacei meus dedos nos dela e a fitei com mais intensidade.

— Mas eu não usaria a palavra lindo — eu disse. — Não com você aqui para comparar.

Ela tocou meu coração, a mão fina e macia na estátua de mármore. Estremeci.

Baixei os olhos. O tom de sua pele era branco como o meu. Combinávamos... Precisei me lembrar de como controlar minha respiração, que agora parecia irregular. Então eu precisava acrescentar um pedido e vi-me tenso nesse momento:

— Prometi que iríamos tentar — sussurrei. — Se... se eu fizer alguma coisa errada, se eu machucá-la, você deve me dizer na hora.

Ela apenas assentiu, mirando os olhos em mim, depois deitou levemente a cabeça em meu peito.

— Não tenha medo — disse ela, murmurando. — Nós pertencemos um ao outro.

Eu a envolvi, apertando seu corpo junto ao meu, contemplando a beleza daquela constatação: Nós pertencemos um ao outro... Bella era quente como o verão e pude sentir os espasmos sob sua pele de seda.

— Para sempre — concordei.

Desenhei com os dedos o contorno de seu rosto, da orelha até o queixo. Ela fechou os olhos enquanto eu levava a mão em seus lábios quentes, o hálito floral submergindo em minhas narinas. Meus desejos agigantaram-se, como se, de repente, algo dentro de mim começasse a queimar, levando meu estômago até a boca.

Delicadamente, eu a ergui pela cintura e encostei meus lábios nos dela. Depois entrelacei os dedos em seus cabelos, puxando-a para meu rosto.

Primeiro foi a vontade, depois a loucura. Eu a encaixei em mim e, nesse instante, esqueci-me de tudo. Senti o fogo lento e profundo, correndo por meu corpo ardente. Apertei seus braços e suas costas com intensidade, os lábios comprimindo a pele de seu pescoço fino e tentador.

Dosar a força já não me era possível.

Nos poucos intervalos de consciência que minha mente vislumbrava, percebi que talvez estivesse ultrapassando os limites do entusiasmo, embora Bella não reclamasse — apenas respondesse a meus estímulos com gemidos ainda mais irresistíveis. Mesmo que eu estivesse exagerando, eu havia alcançado um ponto tal de meu desejo que me tornava impossibilitado de parar.

Eu amava Bella e isso agora era facilmente compreensível: éramos as duas partes de uma mesma peça.

Juntos, mergulhamos em águas mais profundas.


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Notas finais do capítulo

 
(continua...)
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