Madly Living escrita por Coringa


Capítulo 5
♛ - Vantagens, por Jack Frost - I


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu to tipo, muuuuito assustada? Sabe por que? Porque estamos no FUCK capitulo 05 e eu não tenho a minima ideia do que escrever no 08. Tipo, eu sei o que eu vou escrever no 09, mas no 08? Hm, não, humhum, necas.
Mas tirando meu desabafo pessoal aquil, fiquem com esse capitulo, que eu demorei pacas pra escrever e que ficou tão enorme que eu dividi em dois.
Ps.: Só metade do capitulo revisado, por falta de tempo. Perdoem os erros, arrumo depois ;)



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Mais ou menos umas duas horas depois do almoço, as outras duas garotas restantes que dormiriam no mesmo quarto que Merida e Rapunzel chegaram. Elas traziam cinco malas, e as cinco malas continham toda a bagagem das duas – e Rapunzel percebeu que trouxera bagagem demais.

A primeira garota fora Rapunzel que “encontrara”. Rapunzel estava indo para o quarto quando viu uma pessoa desconhecida tentando entrar.

Primeira Reação: Meu Deus, tem um bandido arrombando o meu quarto.

Segunda Reação: Bandido? É um assassino psicótico que vai me matar quando eu entrar!

Terceira Reação: Okay, agora pare de ser idiota e vá falar com a pessoa.

A primeira impressão que Rapunzel tivera quando viu a garota fora branco. Pode parecer estranho, mas foi a primeira coisa que a loira pensou quando a viu de perto, por que a garota era, bom, branca.

Ela tinha cabelos louros platinados, quase brancos. A pele dela era branca, com apenas um pálido rosa colorindo suas bochechas. A boca era branca. Tudo era, bem, branco.

Apenas seus olhos não eram brancos, obviamente. Seus olhos eram de um azul cristalino, muito parecido com os de Jack. Aliás, Rapunzel percebeu que, com exceção dos cabelos, a garota era bastante parecida com Jack; O tom da pele, o formato dos olhos, até mesmo o tamanho do rosto!

— Hannn... Oi? – a garota falou, constrangida, e Rapunzel percebeu que estava a encarando por um tempo muito longo.

— Ah! Oi! – murmurou, corando, passando uma mecha do cabelo para trás da orelha – Desculpa, é que... é que eu... – Rapunzel pensou por um momento, e concluiu que “Ah, estava analisando sua aparência e pensando, ‘Uau, que menina branca!’” não seria algo legal para se dizer, por isso, respirou fundo, e falou: - ...Desculpe. Meu nome é Rapunzel Corona, e o seu?

A garota a encarou por uns dois segundos, antes de responder:

— Elsa. Elsa Arendelle. – a garota, que agora Rapunzel sabia se chamar Elsa, deixou de olhar para Rapunzel e dirigiu o olhar para a porta. Suspirou – Acho que me deram a chave errada. Não consigo entrar no quarto... Pelo jeito vou ter que voltar para a secretaria.

— Você é desse quarto? – Rapunzel arregalou os olhos quando Elsa assentiu. Abriu um sorriso contente – Que legal! Vamos ser do mesmo quarto!

— Sério? Ah que bom! – Elsa sorriu também. Rapunzel percebeu que as duas eram bem diferentes; Rapunzel tinha um jeito meio infantil de demonstrar felicidade: arregalava os olhos, sorria e dava pulinhos. Já Elsa era mais parecida com uma adulta, sorria e, de alguma forma, conseguia com que cada palavra saísse de um jeito maduro, mais... adulto. – Você vai poder me deixar entrar!

— Bom, você não é um bandido, então acho que sim. – respondeu a garota, antes de pegar a chave no bolso.

— Você é legal. – comentou Elsa, enquanto Rapunzel abria a porta.

— Você também é legal. – falou, destrancando a porta, mas não a abriu. Virou-se para Elsa, antes de girar a maçaneta – E branca. Sério, você é muito branca.

Elsa riu.

— É eu sei. – concordou, e Rapunzel a ajudou a levar três malas para o quarto. Posteriormente, Rapunzel descobriria que ela, na verdade, tinha cinco malas, mas as outras duas estavam com a outra garota. As duas eram irmãs. – Você é legal, mas é um pouco estranha também.

Rapunzel bufou, mas sorria.

— Eu estou aqui faz dois dias, contando com hoje. Um dia e meio, contando que hoje nem terminou. E é a quarta vez que eu ouço isso.

— Talvez as brasileiras sejam mais estranhas mesmo.

— JACK!

Aquele garoto de novo. O que raios ele estava fazendo em seu quarto com a porta trancada?

— Aliás, é a terceira vez que esse cara me assusta também – apontou Jack para Elsa.

— Oi – Elsa acenou.

— Oi – acenou Jack, sorrindo para a garota; Depois, olhou para Rapunzel – Hey, morena...

— Não me chama assim!

— Okay, morena – provocou, sorrindo - Tava te esperando aqui...

— Com a porta trancada, aliás.

— Você deveria parar de interromper as pessoas. – comentou distraído, deitando na cama de baixo que ainda não tinha dona. – Hey, Soluço e Merida estão sumidos – provavelmente se pegando...

— Por favor, Jack... – Rapunzel revirou os olhos.

— É sério, você devia parar de interromper as pessoas. – aconselhou, com uma expressão séria que não combinava com seu rosto, por que Rapunzel nunca havia visto Jack sério. Depois, sorriu, acabando com o efeito – Como eu estava dizendo, Soluço e Merida estão sumidos – e eu ainda sustento a teoria de que eles estão se pegando – não me interrompa! – e como não acho eles, pensei que a gente podia sair por ai.

Rapunzel franziu a testa.

— E por quê?

— Por que você não gosta de mim – falou, como se aquilo explicasse tudo. – e também...

— Não é verdade. Não é como se eu não gostasse de você, é só que...

— Rapunzel – Jack levantou-se da cama e rapidamente, tão rápido que a assustou, estava na frente dela. Encarou a loira de um jeito intenso, como se a obrigasse a não desviar o olhar, e, lentamente, levou o dedo indicador aos lábios dela, em sinal de silencio – Não me interrompa – pediu de modo pausado, roçando o dedo levemente em seu lábio inferior antes de abaixar a mão.

— Tudo... Tudo bem – murmurou a garota, sentindo o rosto esquentar.

— Bom, - continuou, ainda a encarando daquele modo estranho. Era, de certa forma, desconcertante, mas tinha aquela força esquisita que não a deixava parar de olhar – Como você não gosta de mim, eu decidi que vou mudar isso.

Eles se encararam por um tempo bem longo. Rapunzel sentia cada parte de seu rosto corar.

Até que Elsa pigarreou. Corando mais ainda, Rapunzel desviou o olhar para o chão. Jack olhou para Elsa. Elsa olhava para os dois.

Ficaram naquele silencio estranho, até que uma outra garota entrou. De inicio, Rapunzel achou que fosse Merida, pois só viu de relance cabelos ruivos, mas, ao olhar melhor, percebeu que era outra pessoa, essa, desconhecida. Foi ai que Rapunzel conheceu a segunda garota.

— Oie, aqui é o quarto da Els... Ah, você ‘tá ai! – exclamou a garota. Ela tinha cabelos ruivos, mas, diferente de Merida, que tinha os cabelos vermelho fogo, essa tinha os cabelos mais puxados para um tom de laranja. Tinha a pele muito mais corada do que de Elsa, seu tom de pele era semelhante ao de Rapunzel. Tinha a boca pequena, o nariz fino e tinha os olhos grandes naturalmente arregalados, verdes perolados. Meio surpresa, Rapunzel notou que a garota era bastante parecida consigo.

— Anna! – cumprimentou Elsa, aparentemente aliviada em se livrar do silencio. Elsa foi até a tal Anna e a ajudou a carregar as duas malas que estavam com ela – Olha, esse aqui vai ser o nosso quarto. Essa é Rapunzel, nossa colega de quarto, e aquele ali – apontou para Jack – é o Jack. Gente, essa daqui é Anna, minha irmã.

— Oi! – acenou, animada. Um pouco assustada agora, Rapunzel percebeu que, aparentemente, ela e Anna também eram um pouco parecidas na personalidade. Anna também parecia ser uma garota bastante animada.

— Tua irmã, Rapunzel! – comentou Jack em tom alto. Pelo jeito também havia notado as semelhanças.

— Olha quem fala! – rebateu, olhando levemente irritada para ele, mas sorria. Estava começando a gostar do garoto – Olha para a Elsa e vê quem são os irmãos!

Jack riu e Rapunzel mostrou a língua para ele – num gesto muito maduro. Jack riu ainda mais e ergueu a mão para apertar a ponta do nariz da loira.

— Owwwnt! – fez Anna repentinamente, um som agudo. Rapunzel e Jack olharam estranho para ela e Elsa girou os olhos, prevendo – Vocês são um casal muuuito fofo!

— Não somos um casal! – disse Rapunzel, arregalando os olhos. Jack riu, passando o braço pelos ombros dela.

— É. Ela namora o Soluço.

— Eu não namoro o Soluço!

— Aham, sei. Pensa que eu não percebi o climinha?

— Estava começando a gostar de você, não estrague isso.

Jack se calou, mas não tirou o braço de seus ombros, um sorriso maroto no rosto.

— Soluço? – perguntou Elsa, e nessa hora Merida entrou. Estava suja de lama da cabeça aos pés, e não fez sinal de notar os habitantes do quarto – Eu não ia falar nada de Rapunzel (e desculpe se estou sendo indelicada, mas não é um nome muito comum), mas Soluço?

— Meu Deus, Elsa. – Anna revirou os olhos – “Desculpe se estou sendo indelicada” – repetiu, em tom de deboche -. Parece que passou a vida numa aula de etiqueta!

— Mas eu passei – foi a vez de Elsa revirar os olhos – E você também.

Anna deu de ombros.

— Hey. – chamou Merida do fundo do quarto, na porta do banheiro. – Elsa, não é? – apontou para a loira, que assentiu – O nome do nosso amigo é Soluço sim. Algum problema com isso?

Elsa franziu as sobrancelhas para o tom agressivo de Merida.

— Não. – respondeu, firme, em voz defensiva – Só perguntei.

Ouve um momento de silencio em que Rapunzel intercalou o olhar entre Elsa e Merida. Apesar de suja de lama, Merida tinha um ar superior, tal como Elsa.

— Oi! – interrompeu Anna, que aparentemente não tinha percebido o clima. – Sou Anna. E você, é...?

— Merida. Merida Dunbroch.

— Dunbroch? Tipo, “A” empresa Dunbroch?

— É, essa mesma.

— Ah, que legal! Eu sou Anna “Arendelle”.

— Arendelle? – Merida arregalou os olhos. Olhou de relance para Elsa que a encarava. Depois riu – E você fica impressionada com a Dunbroch?

Anna sorriu de um modo amigável, dando pulinhos de animação.

— Tipo, vocês são uma empresa para crianças e adolescentes! Tem noção? – Anna arregalou os olhos e gesticulou com as mãos, e Rapunzel se assustou um pouco mais ao ver a si mesma, porém ruiva, em Anna – Vocês têm desde brinquedos de bebê até notebooks! Numa mesma loja! – fez um gesto com as mãos, com se visse a loja na sua frente – A Arendelle é de administração a tal! Isso é coisa de gente?

Merida riu.

— Anna. – chamou Elsa, num leve tom de repreensão, o que fez Merida olhar para a loira, com uma pequena careta.

— Você deve ser a Elsa. Elsa Arendelle, não é? – por algum motivo, Merida tinha um tom desgostoso, como se sentisse um gosto amargo na boca ao falar isso.

— Isso mesmo. – assentiu a garota – Já nos encontramos antes, não?

Merida não respondeu, apenas se curvou numa reverencia zombateira antes de entrar no banheiro.

Ouve um breve silencio.

— O que foi isso? – indagou Rapunzel, baixinho, mas fez as atenções se focarem nela. Jack fez um som estranho com a garganta, antes de tirar o braço dos ombros de Rapunzel (que fez um som de incredulidade ao notar que o braço dele estava ali até agora) e pegar na mão da loira.

— Descobrimos isso depois! – puxou ela em direção a porta, agitado – Agora vem!

— Mas...

— Vem!

.¸¸.**.¸ ¸.

— Tudo bem. – Rapunzel suspirou. Já estavam andando a um tempo e nenhum dos dois falava nada – O que pretende fazer?

— Primeiramente – começou, conduzindo a garota para o que ela percebeu ser o estacionamento – Vamos sair da escola.

— Vamos o que...?

— Segundamente – e eu sei perfeitamente que isso não existe, não me interrompa! – nós vamos ao mercado.

— Mercado...?

— É, é, o mercado. Você vai entender depois. – fez um sinal com a mão como se a pedisse para deixar para lá. Rapunzel percebeu que tinham parado ao lado de um carro prata, mas como ela não sabia nada de carros e afins, não sabia dizer que marca era – Entra ai. – Jack pediu, tirando a chave do bolso e desativando o alarme. Ainda meio relutante, fez o que ele pediu. – Terceiramente – ele continuou – nós vamos para a Academia Harsden.

— Academia Harsden...?

— Academia Harsden – ele confirmou – A Academia mais odiada por qualquer um que tenha cérebro, por que são todos uns riquinhos que não tem inteligência para entrar em outro lugar.

— Uau. – foi o que conseguiu falar. Jack ligou o carro. – Você pode dirigir?

— Claro. Tenho dezessete. – e como Rapunzel continuou o encarando com as sobrancelhas arqueadas, ele continuou, um pouco confuso – Olha, Morena, eu não sei como funcionam as coisa de onde você vem, mas aqui podemos dirigir aos dezesseis.

“De onde eu venho”, só podemos dirigir depois dos dezoito.

— Que estranho – ele franziu a testa, para depois dar de ombros, dando o assunto como concluído – Agora, Quartamente...

— Para de falar “Segundamente”, ”Terceiramente” e “Quartamente”, como se isso existisse!

— Não estamos em sala de aula, Morena – piscou um olho para ela – Somos pessoas livres.

Rapunzel revirou os olhos.

— Então, continuando... – ele retornou a falar - ...Quartamente, nós vamos ir para a Macedônia...

— Macedônia? Mas isso é um país!

— Sério? – enquanto o carro virava a curva para a saída do estacionamento, Jack olhou para Rapunzel, as sobrancelhas arqueadas – Agora faz sentido; Eu não sabia por que o nome daquele lugar era Macedônia. Não, espera, ainda não faz sentido.

Rapunzel, novamente, revirou os olhos.

— Quintamente, nós voltamos para a Mahhi Winn, bem e felizes.

— E ai eu vou gostar de você, certo? – indagou a loira, irônica.

— Assim espero. – concordou, sério, como se não tivesse visto a ironia. Rapunzel então, revirou os olhos, pela terceira vez.


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Notas finais do capítulo

♛ - Pergunta da Semana:
Vocês são do Brasil? Por que eu tenho reparado, nos reviews, um pessoal com um vocabulário que me parece do Portugal. Só por curiosidade mesmo 'u'
Me: Obviamente, Brasil :v
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