Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 43
A Preocupação de Cassius


Notas iniciais do capítulo

Gente, aqui é novamente a Tita, trazendo mais um capítulo de Crônicas repleto de surpresas!

Boa leitura!



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— Sua Graça sabe que a rainha Astrid tem sérios problemas emocionais. – fala o Conselheiro – Ela está com uma febre altíssima, já administrei algumas poções, porém sem sucesso. Além disso, está fraca, mal conseguindo se manter em pé. Não para de chorar e chamar pelo filho.

Após ouvir as palavras de seu Conselheiro, o olhar de Cassius vai para o filho, adormecido na cama. Ignorando seu próprio ferimento, ele dá um beijo rápido na testa de seu único filho e, em seguida, se dirige para os seus aposentos, seguido pelo Conselheiro Gregory.

Ao chegar ali, se aproxima da cama, onde Astrid está deitada, e, coloca a mão na testa de sua esposa, sentindo-a bastante quente, não deixa de se preocupar com ela.

— Landon...! – sussurra Astrid em seu sono febril.

— Ela vai ficar bem, Gregory? – pergunta Cassius, sem esconder o tom de preocupação em sua voz.

— A longo prazo, Sua Graça. – responde o Conselheiro Mago zardreniano – Tudo vai depender de como o Príncipe Landon irá reagir.

— Que os deuses sejam bons, e poupem a Astrid e o Landon, Gregory, porque eu não sei o que farei de minha vida sem eles.

— Tenha fé, Sua Graça. O Príncipe Landon está lutando bravamente por sua vida, e, não creio que ele irá desistir. Ele tem o sangue dos grandes reis zardrenianos correndo por suas veias, o que significa que lutará até o fim.

— Obrigado por cuidar deles, Gregory. Deve estar sendo bastante desgastante para você.

— Eu faço apenas o meu dever, Sua Graça. Além disso, a partir de amanhã, terei uma ajuda por alguns dias, recebi uma carta da Cidadela, e, Reid vem passar uns dias aqui, pelo que soube, ele tem se saído muito bem na Cidadela. Sempre recebo cartas do Grande Mestre da Cidadela, elogiando o prodígio de Reid.

— Tenho certeza de que ele será um ótimo Conselheiro para o Landon quando ele for rei.

*****

No palácio real de Alkavampir, Esme, princesa alkavampiana por conta de seu casamento com Daithi, está no jardim, sentada em um banco tomando um copo de leite, apreciando um dos raros momentos em que tem a chance de ficar sozinha.

A mulher tem uma beleza rara, cachos de um loiro escuro caem por suas costas em uma bela cascata, os olhos avermelhados mostrando a submissão típica das mulheres alkavampianas.

Desde que se casara com o príncipe Daithi, cerca de um ano atrás, Esme fora trancada nos aposentos do casal, que sempre era vigiado por dois Cavaleiros da confiança do príncipe Daithi.

Raramente ela tinha permissão do marido para deixar os aposentos reais, e, depois que o Conselheiro Kevan atestara que está esperando o próximo príncipe Alkavampiano, Daithi, mesmo contra sua vontade, permitiu que ela tivesse liberdade de castelo, pode deixar seus aposentos e visitar os jardins em alguns horários durante o dia.

O sol do fim de tarde faz com que se sinta bem, e, leva sua mão a seu ventre, que ainda nem dá sinais de que um herdeiro alkavampiano está se formando. Teme que este bebê seja uma menina, porque meninas são totalmente desprezadas pela realeza alkavampiana, sendo apenas objetos para satisfação carnal e principalmente para a procriação de herdeiros.

Daithi chega ali com o olhar bem impaciente. Ainda não conseguiu engolir a derrota que tiveram para Zardren, porque não é um homem que aceita as derrotas facilmente. Em sua mente, ainda tem não somente a forma como seu pai se deixou enganar pelos zardrenianos, como também a briga que os dois tiveram e a forma como ele foi tratado, prometeu a si mesmo que isso não ficará assim e, pretende cumprir esta promessa, leve o tempo que levar.

Assim que seus olhos cinzentos e frios se encontram com os olhos avermelhados de sua esposa, sua expressão de desagrado apenas aumenta em seu rosto frio e calculista.

— O que você pensa que está fazendo aqui, Esme? – questiona o príncipe alkavampiano.

— Foi-me dada liberdade de castelo, meu príncipe. – responde a mulher, tomando o cuidado ao escolher as palavras, a fim de não inflamar a ira de seu marido.

— Volte para seus aposentos, Esme. É uma ordem.

Sem dizer qualquer palavra, a princesa alkavampiana se levanta, a fim de obedecer às ordens de seu senhor e marido. Mas, antes que pudesse dar seus passos para sair dali e voltar aos seus aposentos, o rei Ramsay chega ai e, se coloca a frente do filho. A princesa alkavampiana se ajoelha em reverência e está pronta para voltar a seus aposentos quando a voz do monarca se faz ouvir:

— Onde você pensa que vai, Esme?

— Voltar a meus aposentos, Sua Graça. – responde Esme – O senhor meu marido, o príncipe Daithi, ordenou-me que eu regressasse.

— Fique. – ordena o rei – Você espera o futuro da linhagem alkavampiana. Tem liberdade de castelo para ir onde bem entender, desde que não deixe as muralhas. Pensei que havia deixado isso bem claro quando o Conselheiro Kevan disse que está carregando um herdeiro alkavampiano.

— Eu mandei que ela voltasse a seus aposentos. – fala Daithi, rangendo os dentes – Não pode chegar e dizer o que a MINHA esposa deve fazer.

— É bom que não se esqueça de que sou o rei, Daithi. E, enquanto eu for o rei a minha palavra é a que vale, não a sua. Além do mais, já disse que Esme espera mais um príncipe com sangue real alkavampiano, deve ser bem tratada até a criança nascer.

Após dizer estas palavras, o rei zardreniano volta sua atenção para a princesa.

— Venha, Esme. O sol está quase se pondo, jantará comigo esta noite.

*****

Nos aposentos de Landon, Cassius começa a observar o sol se pondo, anunciando o início da noite que tende a ser a maior noite de toda a sua vida. E agora, além da sua preocupação com o Landon, também está preocupado com Astrid, que não vem apresentando qualquer melhora desde que o Conselheiro Gregory lhe dissera que Landon corre o risco de morrer esta noite.

Caminha até a cama de seu filho, se sentando na ponta dela, e, coloca a mão na testa de Landon, que continua inconsciente.

— Landon, meu filho. Sei que você me ouve. Por favor... Não desista de viver... Você é forte, Landon, lutou bravamente em Alkavampir a agora luta sua vida. Resista filho, por favor...! Sua mãe e eu precisamos de você, Landon!

Sem que perceba, uma lágrima solitária verte por sua face e, ele imediatamente a seca, voltando a sua atenção novamente para seu filho. Em sua mão, pega uma mecha do cabelo negro de Landon, enquanto sente a dor e a esperança lutando dentro de seu coração, porque para um pai não há nada mais desesperador do que ver seu único filho neste estado, mas não pode perder a esperança de que no final tudo dará certo.

Escuta os gemidos de dor de Landon e, percebe que a febre do menino está subindo novamente. Tem que chamar Gregory novamente. Seu Conselheiro está tão atarefado com sua esposa e seu filho que nem teve tempo de pedir a ele que desse uma olhada em seu próprio ferimento. Mas isso não importa, pois, para ele, Astrid e Landon vem em primeiro lugar.

Quando os dois estiverem bem e fora de perigo cuidará de si mesmo.

E, enquanto isso, é passar esta noite em claro, vigiando o sono de Landon e torcendo para que a morte não leve seu único filho.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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