Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 42
Medo e expectativa


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Mais uma vez, aqui é a Vanessa BR trazendo a todos mais um capítulo de Crônicas! Tenham uma boa leitura!



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A última frase proferida por Gregory deixou o casal real em choque. Astrid começava a chorar convulsivamente, enquanto Cassius a abraçava, a fim de confortá-la. Anos atrás, já havia perdido um filho... Não podia perder o único filho que permanecera! Não...! Landon não podia morrer...!

— Ele não pode morrer, Cassius...! – ela dizia às lágrimas. – O Landon não pode morrer...! É o nosso único filho...!

— Ele não vai morrer... O nosso filho não vai morrer, Astrid... Ele é forte.

Os dois permaneceram abraçados por um longo tempo, sem que a rainha zardreniana parasse de derramar suas lágrimas, que demonstravam o quanto ela, como mãe, estava aflita com o estado de seu filho. Estava mais pálida, bem como começava a respirar com dificuldade, o que não passou batido por seu marido:

— Vá descansar, meu amor... – ele murmurou preocupado.

— Não posso, Cassius... Não posso deixar o Landon...!

— Ele vai ficar bem. Eu vou ficar aqui com ele.

— Cassius...

— Você precisa descansar. O Landon não vai gostar de te ver assim quando acordar.

Astrid olhou nos olhos de Cassius e, em seu olhar, viu uma genuína preocupação. Claro, ele estava preocupado com Landon, mas também se mostrava igualmente preocupado com sua esposa. De tão preocupada com o filho, não havia percebido que ele tinha alguns ferimentos, dentre eles um grande corte no ombro. Ele percebeu que ela havia notado o seu estado, mas procurou tranquilizá-la:

— Não se preocupe, isso vai melhorar. Eu estou bem, depois peço ao Gregory para cuidar disso. Vá descansar. Você precisa disso mais do que eu.

— Mas...

— Eu a levo para o nosso quarto e depois volto para cá. – o rei zardreniano garantiu. – Não sairei de perto do Landon enquanto ele não acordar.

— Está bem. Vou tentar descansar.

— Majestades, eu já deixei lá mais um pouco daquele preparado. – Gregory disse.

— Obrigado, Gregory. – Cassius se levantou, amparando Astrid. – Eu já volto.

*

Ramsay estava sozinho dentro da sala do trono. Havia deixado ordens expressas para que ninguém o perturbasse ali. Precisava pensar e repensar a respeito do que houvera. Ao mover seu braço, sentiu a dor do ferimento que havia recebido de Cassius mais cedo, ferimento esse que já fora tratado por Kevan, mas que ainda o incomodava de alguma forma.

Era incrível como ele fora capaz de cair em uma armadilha tão tola! Por que havia acreditado tão piamente que aquele zardreniano tolo iria assinar a rendição? Por que não percebera que tudo não passava de enganação?

Neste momento, as portas da sala se abriram e Daithi entrava sem qualquer cerimônia. Aquela atitude vinda de seu filho irritou o rei alkavampiano, que logo questionou:

— Que parte do “não quero ser perturbado” você não entendeu, Daithi?

— Eu não tenho que ficar dando satisfações a você toda hora! Quem deve satisfações aqui é você! Por que acreditou na história da rendição? Todos sabem que Zardren não se deixa render tão facilmente, e não é uma assinatura idiota de rendição que vai garantir que Alkavampir domine todo o Emperius!

— O que eu faço ou deixo de fazer não te diz respeito!

— Envergonho-me da sua ingenuidade, pois logo que você saiu daqui para encontrar Cassius de Zardren, os cavaleiros dele vieram provocar o caos! Enquanto isso tudo acontecia, alguém carregava o pirralho embora! Aí, depois de tudo, tanto o rei de Zardren quanto seus cavaleiros fazem uma retirada estratégica! Você deveria ter previsto isso! Se eu fosse o rei, isso jamais iria acontecer, porque eu não teria a mesma incompetência e ingenuidade que você!

Nisso, Ramsay, tomado pela raiva ante a insolência do filho, desferiu-lhe um poderoso soco, que causou um corte no lábio do príncipe alkavampiano e vociferou:

— Cale a sua maldita boca! Você me deve respeito como rei de Alkavampir! Eu mando neste reino e a minha palavra é lei! O rei de Alkavampir jamais deve ser questionado, entendeu?

Daithi nada respondeu. Apenas deu as costas, enquanto limpava o sangue que escorria em sua boca. Murmurou:

— Em breve, Ramsay de Alkavampir, a sua ingenuidade lhe custará caro... Muito caro.

*

Cassius retornou de seu quarto, onde deixara Astrid aos cuidados de Gregory. Sentou-se em uma poltrona, ficando perto do filho, propondo-se, assim, a passar a noite toda em vigília ali. Sentiu o ferimento ainda não tratado de seu ombro a lhe incomodar novamente, mas assim que possível pediria para que Gregory o tratasse. O seu conselheiro já estava cheio o suficiente de afazeres, cuidando de Landon e de Astrid. Seu ferimento era o de menos, perto do que o menino sofrera durante todo o tempo de cativeiro em Alkavampir.

Olhou para o rosto pálido de seu filho, fazendo uma prece silenciosa a todos os deuses de Emperius, para que ele se salvasse. Não queria perder o filho. Não só porque ele era o seu único sucessor, mas porque o amava imensamente, sobretudo por ele ter-lhe sido dado por sua amada esposa.

Desde que o menino nascera, percebia que havia algo de especial nele. Dia após dia, seu filho o surpreendia com inteligência, habilidade e poder acima da média. E, a julgar pelos ferimentos que ele recebera, era realmente surpreendente que um garoto de dez anos tivesse resistido a tudo aquilo. Ele tinha uma determinação muito grande, e parecia usá-la agora.

Aquela era a primeira luta de Landon por sua vida. Não era uma luta travada com espada ou com seus poderes. Ele lutava para sobreviver após ter quase morrido em Alkavampir, e procurava resistir para não sucumbir de jeito nenhum.

Só de perceber aquilo, já se sentia orgulhoso de seu filho. Levantou-se de seu lugar e se sentou à beira da cama. Colocou sua mão na testa de Landon e percebeu que a febre havia dado uma baixada, graças ao que o conselheiro lhe administrara. Afagou de leve seus cabelos negros e, com cuidado, pegou na pequena mão de seu filho.

— Landon... Não deixe de lutar, você vai vencer e vai voltar para nós... Eu e a sua mãe estamos te esperando.

O garoto não reagiu, mas Cassius sentia, de alguma forma, que ele voltaria, que ele despertaria. Gostaria que fosse o mais logo possível, pois aquela angústia e aquele temor o pressionavam demais. Por mais que não quisesse, temia que algo ruim acontecesse. Tentou afastar isso de seus pensamentos, não queria se deixar dominar por pensamentos pessimistas.

Além de estar preocupado com Landon, ele também estava preocupado com Astrid. O emocional dela se abalava muito facilmente, e isso se refletia em seu corpo. Por causa do rapto do filho do casal, ela adoecera e estava bem fraca. Era mais uma razão para pedir aos deuses que Landon se recuperasse, pois assim Astrid também se recuperaria.

Novamente o rei zardreniano sentia o ferimento provocado por Ramsay incomodá-lo e levou sua mão ao local. Ao tirá-la, viu que ela estava manchada de sangue. O ferimento voltara a sangrar, mas era pouca coisa. Isso não iria atrapalhá-lo em sua permanência ali. Aliás, não pretendia deixar nada atrapalhá-lo de cumprir o seu papel de pai.

Neste momento, Gregory adentrava apressadamente o quarto de Landon. Antes que Cassius dissesse qualquer coisa sobre o seu ferimento, o conselheiro falou:

— Majestade, a rainha acaba de ter uma piora.

— O que ela teve, Gregory? – ele perguntou surpreso e preocupado.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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