Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 39
O resgate - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente! Mais uma vez, Vanessa BR chegando pra trazer mais um capítulo eletrizante de "Crônicas"! Boa leitura a todos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649800/chapter/39

Excelente! A realeza alkavampiana e o seu alto escalão haviam mordido a isca bem como planejado!

Daithi, acompanhado por Hoster, Loras e Davos, via a escaramuça que havia se formado ali bem à porta do palácio de Alkavampir. Apesar de sua confiança para enfrentar os zardrenianos, não conseguia esconder sua indignação.

Onde estava o seu pai, o rei Ramsay de Alkavampir? Não era muita coincidência ele ter saído e aquele monte de tolos de Zardren aparecer?

Tinha algo suspeito nisso, mas antes de fazer qualquer conjectura ele iria botar aqueles idiotas para correr ou morrer. Desembainhou sua espada, assim como os outros três homens, e partiu para o ataque. O príncipe alkavampiano já visou logo o líder daquele grupo de homens de Zardren, colidindo sua espada contra a de Alexander. O experiente Comandante da Guarda Real de Zardren não se deixou intimidar, procurando manter seu adversário ocupado o máximo possível. Rickon logo bloqueou um ataque de Hoster. O jovem Subcomandante era habilidoso e rápido, dando bastante trabalho para o Lorde alkavampiano.

Os homens zardrenianos não recuavam nem mesmo quando Loras e Davos começavam a usar, além das espadas, o poder de seus respectivos elementos, vento e fogo. A Guarda Real de Zardren era conhecida por sua tenacidade durante os combates e não era sempre que fugia de alguma batalha. Graças a essa tenacidade e à valentia, Zardren resistia há cerca de mil anos contra Alkavampir.

E Zardren mais uma vez fazia jus à fama que possuía, se segurando, mesmo sofrendo algumas baixas. Não só Zardren sofria baixas, como Alkavampir também tinha seus cavaleiros sendo abatidos.

Mesmo assim, por Zardren, por seu rei e, agora, por seu príncipe, a Guarda Real, sob o comando de Alexander e Rickon, continuava a resistir!

*

Sagrado Coração e Grito das Trevas novamente se colidiam com força, chegando a soltar até faíscas a cada encontro. Ramsay tentava fazer com que a espada de Cassius cedesse, porém o rei zardreniano não permitia que isso ocorresse. O rei alkavampiano transferiu uma parcela de energia das trevas para sua espada para conseguir superar o bloqueio adversário. No entanto, Cassius, mesmo deixando sua espada ceder, se abaixou e conseguiu aplicar uma rasteira em seu inimigo.

Ramsay, mesmo caído, disparou contra o zardreniano uma esfera de energia negra, da qual Cassius conseguiu se esquivar sem grandes problemas e contra-atacou com uma esfera de luz. No entanto, o rei de Alkavampir conseguiu cortar o ataque inimigo ao meio, evitando qualquer dano e tendo tempo para se levantar.

— Você acha que essa demonstração de insolência vai ficar impune, Cassius? – Ramsay perguntou, empunhando sua espada de forma ameaçadora.

— Eu não acho. – Cassius respondeu fazendo o mesmo gesto. – Eu tenho certeza. Você foi ingênuo demais ao pensar que eu iria assinar assim, de bom grado, a rendição que você tanto quer! É um grande tolo, Ramsay!

O rei de Alkavampir partiu novamente ao ataque, conseguindo ser mais rápido e burlar a defesa do zardreniano e lhe causando um profundo corte em seu ombro esquerdo. Porém, o rei de Zardren não se intimidou com o doloroso golpe recebido e contra-atacou, disparando à queima-roupa uma esfera luminosa contra seu inimigo e o jogando para longe. Aproveitando a defesa aberta, Cassius se lançou contra Ramsay e desferiu um novo golpe com a espada, o que lhe causou uma perfuração em seu braço.

Agora o combate passava a ser mais aberto, pois o alkavampiano desferiu um potente soco no rosto de seu adversário, que não conseguiu reagir e levou outro soco, agora na barriga, deixando-o quase sem ar. Aproveitando a brecha ainda maior, Ramsay ainda lhe acertou mais um potente chute no rosto, fazendo-o cair longe de sua espada, a qual largou no momento em que recebia tal impacto. O rei de Alkavampir novamente se aproximou e ia dar um pisão bem forte em sua face, porém duas mãos seguraram fortemente seu pé, que já estava levantado para aplicar a pancada.

— Nunca subestime o seu inimigo, Ramsay... – Cassius disse enquanto ainda segurava com firmeza o pé de seu adversário, que estava bem perto de seu nariz. – Ele pode te surpreender!

Cassius conseguiu impulsionar seus braços, de tal modo que fez com que Ramsay se desequilibrasse e caísse no chão. Antes que houvesse a queda, o zardreniano disparou contra ele uma poderosa esfera de luz e, no momento em que ela era defendida, ele alcançou sua espada. Avançou contra seu inimigo, que naquele momento, conseguia se livrar de seu ataque anterior. Com um golpe poderoso, desarmou-o e desferiu contra ele um potente chute bem em sua barriga. Mas, mesmo assim, Ramsay teve uma reação rápida e disparou contra Cassius uma esfera negra de tamanho considerável, a qual teve que cortar ao meio para não ser atingido.

Os dois estavam a alguns metros um do outro e já ofegavam devido à intensidade do duelo de ambos. Cassius cuspiu um pouco de sangue que estava se acumulando em sua boca após o soco que recebera mais cedo, enquanto Ramsay se refazia do último forte golpe que recebera, procurando recuperar o fôlego.

Nenhum dos dois tinha uma vantagem clara e qualquer um poderia vencer se um erro fosse cometido. E Cassius não queria ser o infeliz a errar.

“Ferdinand...”, pensou. “Esse seu sinal está demorando...!”

*

Ferdinand foi testando rapidamente chave por chave do molho que havia tirado de um dos cavaleiros que foram mortos por ele e William. Na quinta chave, o Lorde da Água conseguiu destrancar a pesada porta da cela, enquanto o Lorde da Terra empurrava para abrir, procurando não fazer muito barulho.

Quando a luz externa adentrou a penumbra daquele local, os dois Lordes zardrenianos viram algo estarrecedor. Landon jazia jogado no chão, repleto de ferimentos por seu corpo, suas roupas em farrapos e preso às correntes pelos pulsos e tornozelos. Estava fraco, com os olhos semicerrados tentando se adaptar à luz e encharcados de lágrimas, não acreditando no que via.

— Pelos deuses...! – Ferdinand exclamou ante aquela visão, enquanto tirava sua capa preta. – William, vigie a porta! Eu vou tirar o Landon daqui!

— Lorde Ferdinand...? – a voz fraca e incrédula de Landon perguntou. – Lorde William...? São vocês...?

— Somos nós, sim, Landon... – o Lorde zardreniano falava baixinho enquanto destrancava as correntes do menino, revelando mais esfoladuras em carne viva. – Nós viemos te buscar enquanto o seu pai está distraindo o Ramsay. E a Guarda Real está distraindo o pessoal lá da frente enquanto entramos aqui sem ser notados.

Ferdinand envolveu cuidadosamente o príncipe zardreniano com a sua capa. O menino estava tremendo muito e gemia de dor.

— Por favor, me tira daqui... – ele murmurou com a voz quase inaudível antes de desmaiar. – Não aguento mais ficar aqui... Por favor, me leva pra casa...!

— Não se preocupe, Landon... Foi para isso que viemos te buscar.

Levantou-se com o menino já inconsciente nos braços e o entregou a William, dizendo:

— William, pegue o menino. E tome cuidado, ele está muito mal. Eu vou à frente e me encarrego de eliminar qualquer um no caminho.

Assim que recebeu Landon em seus braços, o outro Lorde respondeu:

— Não se preocupe, tomarei cuidado, bem como apagarei as nossas pegadas.

— Ótimo. – Ferdinand assentiu enquanto desembainhava sua espada por precaução.

Os dois Lordes passaram por todos os corredores a passos cautelosos, apesar de apressados. Ao mesmo tempo em que se preocupava em carregar com cuidado o filho de seu amigo Cassius, William procurava controlar seus passos para que não marcassem o chão e apagava os passos de seu companheiro de missão.

Sem qualquer incidente que exigisse o uso de espada, os dois precisavam agora passar o mais longe possível da confusão que havia sido instaurada na parte da frente do palácio alkavampiano e se expandia para as laterais. A dupla acelerou os passos, procurando não serem notados. As roupas pretas que vestiam em vez do tradicional uniforme azul-claro favoreciam isso, assim como as capas que encobriam os seus rostos.

William tomara o cuidado de cobrir seu rosto, bem como usava a sua capa para cobrir também o garoto que levava em seus braços, ainda embrulhado na capa de Ferdinand. Os dois homens olharam para os lados, procurando se certificar de que não haviam sido notados. Assim que tiveram a certeza de que não foram vistos, eles saíram correndo rapidamente, saindo finalmente do palácio e percorrendo sem olhar para trás o caminho até seus grifos.

Ferdinand ajudou William a subir em seu grifo Marte e depois subiu em seu grifo Mercúrio. Imediatamente, levantaram voo, instigando seus grifos a voarem o mais rápido possível, a fim de tomar uma distância razoável de onde estavam, de forma a não correrem o risco de serem vistos ou alcançados.

Como combinado previamente pelos dois, William voou rapidamente a caminho de Zardren, à frente de Ferdinand, que logo os alcançaria, pois seu grifo era bastante veloz. Virado para a direção de Alkavampir, o Grande Lorde da Água se concentrou, respirando fundo. Em suas mãos, começou a formar uma espessa nuvem de um cinza bem plúmbeo, que começou a flutuar até chegar ao céu e se expandir rapidamente, cobrindo o céu azul com o quase negror de uma ameaça de chuva, cobrindo não só Alkavampir, como a direção na qual ele sabia que Cassius estava enfrentando Ramsay. Levantou suas mãos até a altura dos seus ombros, com os dedos abertos e, num movimento abrupto, as abaixou, fazendo com isso que as nuvens que criara despejassem com ímpeto a chuva.

— Excelente! – exclamou enquanto seguia voando a Zardren. – O sinal já está dado!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Continua...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas de um Jovem Rei" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.