Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 27
Sem pistas


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Aqui é a Vanessa BR trazendo mais um capítulo pra vocês! Boa leitura!



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A pesada porta se abriu, fazendo com que entrasse uma fraca nesga de luz, ao mesmo tempo em que passos se aproximavam cada vez mais. Foi quando viu três homens entrarem. Um deles, alto, ruivo e com olhos vermelhos. O outro, moreno e de estatura mediana. E, à frente, um terceiro homem alto, cabelos negros e frios olhos cinzentos, os quais transmitiam uma grande arrogância, bem como sua postura era diferente dos outros dois.

Quem... Quem eram aqueles homens...?

— Ora, ora... Quer dizer que tenho a honra de conhecer o Príncipe-Herdeiro Landon de Zardren?

O garoto encarou aquele homem e logo não gostou dele. Aliás, tinha a sensação de que fazia alguma ideia de onde estaria. Tinha a sensação de que, definitivamente, não estava em Zardren.

— Quem é você? – Landon assumiu uma postura defensiva, mas que não demonstrava medo.

O homem avançou alguns passos até o pequeno príncipe e o pegou pela gola da camisa, erguendo-o para encarar seus olhos castanhos insolentes.

— Tenha respeito por mim, pirralho! Eu sou o rei Ramsay de Alkavampir e não vou tolerar essa sua insolência!

— Espera o meu pai descobrir que estou em uma cela de suas masmorras e você vai se dar mal, Ramsay!

Ramsay jogou Landon no chão e vociferou:

— Para você, é rei Ramsay, fedelho! E duvido muito que seu papaizinho consiga tirá-lo daqui, antes que eu o mate! Lorde Victarion, Lorde Lancel – olhou para os homens que o acompanhavam. – Vamos! Em breve veremos o que fazer com esse moleque.

O trio saiu dali e a porta novamente se fechou, deixando o garoto na penumbra. Ele limpou a sujeira que ficara em seu rosto ao cair no chão e continuou fitando a porta. Agora sabia perfeitamente onde estava...

... Estava em Alkavampir.

Mas... Por que estava ali? Ou melhor, como fora parar ali? A última coisa da qual se lembrava era de ter dormido na noite anterior e ter acordado naquele lugar nojento.

Landon, pensativo, se sentou no chão. O jeito agora era pensar em algo para poder sair dali, porque não pretendia permanecer naquele lugar.

*

Marden e Robert estranharam toda aquela movimentação no palácio. Os dois meninos não entendiam o que estavam acontecendo. Viram também a movimentação de suas mães entrando no quarto dos pais de Landon e, antes que chegassem até lá para fazer qualquer pergunta, quase foram atropelados por vários cavaleiros que percorriam apressadamente todas as partes do palácio.

O que estava acontecendo ali? E por que até agora eles não haviam visto Landon?

— Será que Alkavampir vai atacar a gente, Marden? – Robert perguntou.

— Boa pergunta. Mas, o estranho é que até agora eu não vi o Landon.

— Nem eu vi. E tá quase na hora de treinarmos com o Mestre Sigmund. Ele não é de se atrasar.

— Alguma coisa deve ter acontecido com ele, Robert.

— Será que ele ficou doente?

— Hm... É uma boa pergunta. Podemos tentar passar pelo corredor de novo, acho que nenhum cavaleiro deve passar por ali agora.

— Então vamos!

Novamente, os dois Lordes procuraram passar por aquele corredor, agora sem qualquer movimentação. Foram até o quarto do príncipe zardreniano e, vendo-o fechado, Marden deu três batidas na porta. Sem resposta, o jovem Lorde da Água insistiu batendo com mais força.

Nenhum resultado.

— Dá licença, Marden! – Robert disse. – Acho que tem que bater mais forte, vai ver o Landon está dormindo ainda!

O jovem Lorde da Terra bateu com força moderada, mas não houve qualquer resposta de dentro dos aposentos. No entanto, a porta se abriu e, pela curiosidade, ele a abriu mais, fazendo com que os dois olhassem para dentro. O cômodo estava vazio, não havia absolutamente ninguém ali.

— Landon! – Robert chamou. – Você está aí?

Não havia qualquer resposta. Marden fez o mesmo, mas o silêncio foi a única coisa que prevalecia naquele lugar. Nisso, os dois começaram a ouvir uns soluços abafados e se entreolharam. Os soluços vinham do quarto dos pais de Landon.

Afinal, o que estava acontecendo ali? A dupla se aproximou dos aposentos reais e, quase que prendendo a respiração, procuravam prestar atenção no que poderia ser falado ali. Tinham a sensação de que descobririam algo... E provavelmente teria a ver com o amigo.

*

Cassius ficava mais e mais preocupado com o passar do tempo. Pelos deuses... Onde esse menino se metera? Não, esse menino não poderia ter burlado toda a segurança que ele colocou. Afinal, ele nem sabia do aumento da segurança que fora ordenado!

A cada minuto que se passava, aquela sensação de que algo ruim iria ocorrer com o seu filho crescia mais e mais. Se ele estivesse em segurança, não estaria sentindo isso.

Como Landon desapareceria sem deixar qualquer pista? Não... Não era possível acontecer isso!

Percorria os corredores do palácio e o pátio, procurando ajudar nas buscas. Avistou Sigmund e se dirigiu até o mestre de armas, que o reverenciou e perguntou:

— Vossa Majestade gostaria de falar algo comigo?

— Sim, Sigmund. – Cassius não conseguia esconder muito bem a tensão que sentia. – Não viu o meu filho por aí?

— Lamento, Majestade, não o vi... Tanto que estou estranhando o atraso não só de Sua Alteza, como também dos jovens Lordes. Porém, eu vi os dois indo para a ala dos aposentos de Sua Graça. Só que nem vi sinal do príncipe Landon.

— Isso é péssimo... – ele murmurou.

— Ele não foi encontrado?

— Eu pedi para revirarem o palácio e tudo, até mesmo as proximidades. Estou aguardando alguma notícia de quem eu encarreguei para me ajudar nas buscas.

— Percebo no rosto de Sua Graça a preocupação. Pressente algo muito ruim?

Quando o rei zardreniano iria responder à pergunta do mestre de armas, chegaram, ao mesmo tempo, Alexander, Ferdinand, William, Rickon e Gregory. Imediatamente, ele perguntou:

— Alguma descoberta?

Os cinco homens menearam a cabeça em sinal negativo. Ferdinand resumiu a resposta de todos em uma única frase:

— Nenhuma. Não tivemos qualquer resultado com as buscas.

— Majestade – Alexander disse. – Estive interrogando todos os cavaleiros encarregados da segurança de Sua Alteza, mas todos eles me garantiram que estavam vigilantes. Todos me garantiram com tamanha veemência que não tem como eu duvidar. E, de fato, tanto eu como o Rickon investigamos e não havia qualquer possibilidade de haver qualquer falha na segurança.

— É muito estranho... – Cassius disse. – E eu até acredito em sua palavra, Comandante. Mas é realmente muito estranho não haver qualquer pista para explicar o sumiço do meu filho.

— Sim, de fato é muito estranho. Mas tenha a certeza de que estamos dando o nosso melhor para encontrar o seu filho, Majestade. E, de alguma forma, descobriremos o paradeiro de Sua Alteza!

O rei zardreniano novamente tinha aquela sensação ruim, a qual aumentava de repente. Pelos deuses... Onde Landon estava? O que havia acontecido com ele? Como ele simplesmente sumira sem deixar qualquer rastro ou pista?

Instintivamente, olhou para a direção de Alkavampir e, repentinamente, sentiu um aperto em seu coração, aumentando ainda mais sua preocupação com Landon. Por que tinha a impressão de que Alkavampir tinha algo a ver com o desaparecimento misterioso de seu filho?


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Notas finais do capítulo

Continua...



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