Com o olhar repleto de ódio, Landon se levanta e vira-se para encarar Lorde Hoster. Ao olhar o homem, Landon tem a estranha sensação de que o conhece de algum lugar mas, suas lembranças estão vagas e, seu ódio é tanto que, por mais que tente, não é capaz de se lembrar de onde conhece o homem que o encara de forma tão debochada.

— Vejo que o garotinho assustado de dezessete anos atrás cresceu e se transformou em um principezinho chorão, como diz o meu rei. – debocha Hoster.

E, ao ouvir as palavras do homem, as lembranças de dezessete anos atrás vêm a sua mente. Lembra-se de como este homem tentou mata-lo e, em como sua mãe o protegeu, a custo do bebê que ela esperava... E, ter esta lembrança só faz com que o ódio dentro de si aumente ainda mais, a ponte de fazer com que faíscas de luz saíam de seus olhos, mas isso só faz com que Hoster deboche ainda mais.

— Está furioso porque matei seu papaizinho e sua mamãezinha, principezinho? – Hoster não consegue parar de zombar.

— Isso não é da sua conta! – a voz de Landon é fria como um Ice Berg e, carregada de ódio – Você tirou as duas pessoas mais importantes de minha vida! Tirou dos dois o direito a continuar vivendo e ver a linhagem real zardreniana crescer, e eu vou vingar a morte dos dois, derramando o seu sangue e ceifando a sua vida, Hoster!

— Você e mis quantos?

— Só eu sou mais do que suficiente para fazer isso!

— Só não vou mata-lo, principezinho, porque o rei Daithi quer ter esta grande honra, mas, isso não significa que eu não vou feri-lo!

— Lamento dizer, mas seu rei não irá me matar! Ao contrário, vou fazer com que você mande um recado para ele!

— Que recado?

— Que o reino livre de Zardren jamais irá se render! Eu não vou permitir que o reino caia!

— E se eu me recusar a dar o seu recado, principezinho?

— Cadáveres são um meio muito eficiente de se mandar um recado sabia? Vou mandar seu cadáver de presente para Daithi, e então ele saberá que o futuro rei de Zardren jamais irá permitir que ele conquiste o meu reino!

E, após dizer estas palavras, Landon saca sua espada e, se coloca em posição ofensiva, pronto para vingar a morte de seus pais.

— Venha Hoster! – Landon provoca, com o tom de voz frio, ao mesmo tempo em que lágrimas vertem sem parar por seu rosto – Venha me atacar!

— Será um prazer! – é a resposta do Lorde Alkavampiano.

E, sem pensar em mais nada, Hoster saca a sua espada e, parte para atacar Landon, em um golpe que é defendido habilmente pelo príncipe herdeiro ao trono de Zardren sem nenhuma dificuldade.

— Vejo que sabe de defender, principezinho. – ironiza Lorde Hoster.

— Sei muito mais do que me defender! – Landon não deixa a frieza em sua voz.

O príncipe zardreniano então toma alguma distância e, se lança ao ataque, dando golpes e mais golpes na direção de Hoster, que se defende de cada um deles com maestria. Mas, isso não faz com que a determinação de Landon diminua, ao contrário, faz apenas com que ele queira mais e mais ceifar a vida deste homem, que lhe tirou de forma tão brutal a vida de seus pais.

Pensar nos pais faz com que mais faíscas de luz saiam de seus olhos e, com a mão livre, Landon cria uma esfera luminosa, lançando-a na direção de Hoster que desvia com facilidade. O príncipe zardreniano, aproveita este momento e, mais uma vez, se lança ao ataque, em fúria, dessa vez, conseguindo acertar um golpe de sua espada na coxa direita do alkavampiano, fazendo com que ele grite de dor.

— MALDITO!!! — esbraveja Lorde Hoster, a voz carregada de fúria.

Landon não responde ao grito de fúria de seu inimigo, ao invés disso, se lança novamente ao ataque, criando uma espada luminosa e a segurando com a mão esquerda, enquanto continua com sua espada com a mão direita.

Com as duas espadas, ataca o Lorde Alkavampiano com uma grande agilidade, mostrando uma grande força e desenvoltura, dando golpes ao mesmo tempo com as duas espadas em qualquer dificuldade.

Hoster começa a sentir uma grande dificuldade para bloquear os golpes de Landon, que são cada vez mais rápidos. O príncipe zardreniano não perde velocidade, ao contrário, a cada golpe duplo, sua agilidade apenas aumenta. Seus olhos não param de verter lágrimas de sangue, enquanto continua a atacar o assassino de seus pais, disposto a tudo para vingar a morte deles.

Hoster, com a perna esquerda, tenta dar uma rasteira em Landon, mas o príncipe zardreniano salta, e, ao retornar ao chão, em um rápido movimento, acerta um golpe duplo em Hoster, desta vez nos dois braços do lorde alkavampiano.

Hoster mais uma vez grita de dor, enquanto encara o príncipe zardreniano om cada vez mais ódio. Deixa a espada cair, mas, quando está para pegá-la, acaba recebendo uma esfera luminosa a queima roupa, fazendo com que ele seja jogado longe.

Landon não perde tempo e, mais uma vez, se lança ao ataque contra o seu adversário, atacando-o sem piedade, enquanto continua a verter suas lágrimas de ódio. Ataca o alkavampiano com golpes cada vez mais rápidos, dos quais Hoster sente cada vez mais dificuldade para se defender, começando ser atingido pelo zardreniano.

Hoster, em um golpe de fúria, consegue acertar um chute na barriga de Landon, fazendo com que o príncipe caia longe e que a espada de luz desapareça de sua mão. Mas, isso não é suficiente para derrubar o príncipe zardreniano que, olha para o lado e vê os corpos mortos de seus pais.

Essa visão é mais do que suficiente para fazer o sangue de Landon ferver com seu desejo de vingança. Todo o seu ser clama pelo sangue do homem que lhe tirou seus pais de forma tão cruel.

Sem perder tempo e, sem se dar ao trabalho de secar as lágrimas que seus olhos não param de verter, Landon se levanta, pega a sua espada e, mais uma vez, se coloca em posição ofensiva.

— Prepare-se, Hoster, porque eu não terei clemência!