Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 142
Luz, Trevas e Sangue – Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!
Tita trazendo capítulo novo.
Boa leitura e enjoy❣



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A rainha Astrid não consegue conter um grito de horror ao ver a cena bem diante de seus olhos e, sem que ao menos ela se dê conta, se pega segurando com força a mão livre de Cassius, que continua mantendo-a atrás de si, a fim de protegê-la custe o que custar.

Lágrimas não param de escorrer pelo rosto da rainha zardreniana, enquanto sente seu corpo começar a tremer ante o medo que inevitavelmente começa a tomar conta de seu coração, pois, é claro que todos eles caíram em uma grande armadilha, embora não imaginem como uma coisa dessas foi acontecer.

E, assim como os olhos da rainha zardreniana são carregados do mais puro dos horrores, o olhar de Cassius, do Comandante Alexander e do escudeiro Jonathan são idênticos, expressando um grande horror pela cena que está bem diante de seus olhos. Christian, Ferdinand e William simplesmente não contém as lágrimas, pois, não tiveram como proteger suas esposas... Não viram de onde vieram as adagas... Na escuridão, tudo o que conseguiram fazer foi escutar o horror, os gritos...

E agora, as três estão mortas... E, ao mesmo tempo em que seus corações são tomados por uma profunda tristeza, o ódio também começa a dominá-los, bem como o desejo de vingança!

As lágrimas que os olhos dos três homens vertem são uma grande mistura de tristeza... Dor... Ódio... Um grande misto de sentimentos... E, tudo o que eles mais querem, é vingar as mulheres que amaram por toda a sua vida, querem sangue alkavampiano para vingar o sangue zardreniano inocente que fora derramado.

Sem perder tempo, os três homens brandem as suas espadas, sem se importarem com quem irão enfrentar. Totalmente tomados pelo mais puro ódio, só querem derramar sangue alkavampiano, e fazer com que eles paguem com suas vidas por aquelas três vidas que acabam de ser injustamente tiradas.

 

 

*****

 

 

Landon, totalmente tomado pela aflição, decide deixar os seus aposentos, pois, quer que Catelyn descanse o maior tempo possível. O príncipe herdeiro ao trono de Zardren começa a caminhar pelo palácio, sem um destino certo e, quando se dá conta, ele está na elegante e imponente sala do trono.

Adentra a sala e, caminha até chegar às pequenas escadas que levam ao trono, feito em ouro maciço, com vários desenhos de grifos. Se senta nas escadas e, encarando aquele trono, sente a aflição tomar mais e mais conta de seu coração, como um terrível presságio de algo que pode estar cada vez mais próximo.

Por quê?

Por que não para de se sentir dessa forma? Por que a cada segundo que passa, sente que essa angústia apenas aumenta mais e mais, de forma que seu coração fica cada vez mais apertado...

Leva as duas mãos ao seu coração, como se quisesse tirar essa grande angústia que sente de seu peito, e, sem que se dê conta, seus olhos se enchem de lágrimas, que ele simplesmente se recusa a derramar.

Não entende porque se sente assim... Não entende o porquê se sentir esse peso tão grande em seu coração... Não entende porque o sonho que tivera na noite anterior está tão vivo em sua mente, a tal ponto de que, a única coisa que deseja é montar Poseidon e ir para a província onde será realizado o festival da colheita, apenas para tranquilizar o seu coração.

Mas, ao mesmo tempo em que esse pensamento vem em sua mente, tenta esquecê-lo, pois, é apenas coisa de sua cabeça, de sua imaginação... Quem precisa dele neste momento é Catelyn, e, precisa estar bem para ficar com ela... A qualquer momento seu filho pode vir ao mundo e, neste estágio final de gestação, não é bom que sua amada esposa sofra qualquer coisa...

Ela precisa estar bem e, consequentemente, ele tem que estar bem por ela...!

 

 

*****

 

 

Os Cavaleiros zardrenianos e alkavampianos continuam lutando, em uma clara desvantagem zardreniana, pois, a cada minuto, a nuvem negra que os cerca se torna mais escura e densa, e, com isso, os zardrenianos, pouco a pouco, sentem suas forças sendo sugadas, bem como a respiração de todos eles se torna mais ofegante.

O Comandante Alexander lidera as tropas de cavaleiros de Zardren, partindo para o ataque contra o Comandante da Guarda Real Alkavampiana, Nicholas. O Comandante Alkavampiano brande a sua espada e se defende de um golpe certeiro de Alexander sem qualquer dificuldade, enquanto o zardreniano sente a sua respiração mais e mais ofegante.

Mas, mesmo assim, ele não desiste. Como Comandante da Guarda Real Zardreniana, é seu dever proteger o rei e a rainha e, lutará até o fim, nem que isso lhe custe à vida!

Espada contra espada se cruzam em golpes cada vez mais rápidos, e, enquanto Nicholas não para de sorrir de forma debochada, Alexander tem em seu rosto uma expressão de determinação, de quem tem que cumprir o seu dever até o fim, não importa a que preço!

Alexander toma distância, sentindo a sua respiração mais e mais pesada, para então, colocar novamente a sua espada em posição ofensiva e novamente partir para o ataque, sendo bloqueado mais uma vez por seu inimigo.

A luta dos dois segue acirrada, enquanto os Cavaleiros zardrenianos e alkavampianos continuam se enfrentando em combates mortais, com sangue derramado em todas as direções e, com Alkavampir levando uma grande vantagem contra os zardrenianos.

Nicholas, dá uma rasteira em Alexander que, desvia com facilidade, dando um salto e, quando o zardreniano vai voltar ao chão, o comandante da guarda real alkavampiana, em um rápido movimento, consegue acertar um poderoso golpe de espada no abdômen de Alexander.

 

 

*****

 

 

Os olhos de Lorde Christian estão fixos no corpo sem vida de Jacqueline, e, em seu coração, o ódio apenas aumenta, pois, sua amada esposa nunca mais estará a seu lado, e, não poderá ver o neto que tanto sonhou.

E, como que para aumentar a sua ira, Philip, um poderoso Lorde alkavampiano, cospe no corpo sem vida de sua esposa, para provoca-lo.

— Tanta raiva por conta de uma mulher? – a voz provocante do Lorde Alkavampiano se faz ouvir.

— Isso não é da sua conta, desgraçado! – a voz de Christian reflete todo seu ódio – E farei com que pague com a sua vida este insulto que acaba de fazer ao corpo de Jacqueline!

— Me mostre isso com a sua espada, e não com as palavras, zardreniano!

— Como queira, alkavampiano!

E, após dizer estas palavras, Lorde Christian se lança contra Lorde Philip, sem se importar com mais nada, apenas querendo vingar a morte de sua amada esposa! Seu ataque inicial visa claramente o coração de seu adversário, que, apenas salta para trás a fim de evitar o golpe, sem deixar de sorrir.

Lorde Christian não se deixa abater e novamente se lança ao ataque, e, com uma velocidade surpreendente, dá golpe atrás de golpe em seu adversário, que apenas o bloqueia, sem fazer qualquer menção de atacar e, sem deixar de sorrir por um único instante sequer.

O alkavampiano, enquanto bloqueia todos os golpes do zardreniano, estuda os movimentos do inimigo, a fim de pensar em uma estratégia que lhe dê uma vitória fácil. E, ao bloquear mais um golpe, não consegue deixar de gargalhar, pois vê o quão patético é o homem que tem como adversário, que se deixa levar por sentimentos insignificantes.

— Só isso, Lorde Christian? – zomba o alkavampiano – Então esse é todo o poder que o ódio te dá?

— Cale a boca, desgraçado! – dispara o zardreniano – Você verá todo o meu poder agora!

 

 

*****

 

 

Sem perder tempo, Lorde Lancel se lança ao ataque contra William. O Grande Lorde do Vento cria um poderoso tornado, com a clara intenção de atingir o seu adversário a queima roupa, mas, Lorde William age mais rápido, coloca a mão sobre a terra e, faz surgir uma parede de rochas a sua frente, impedindo-o de ser atingido como é o objetivo de seu adversário.

Tão logo o grande tornado de Lancel se desfaz, o Grande Lorde da Terra faz desaparecer a parede de pedras que criou, encarando o seu adversário com um misto de tristeza e ódio, por ter perdido de forma tão cruel à única mulher que amou em toda a sua vida.

Todo o sentimento do Grande Lorde da Terra não passa despercebido pelo Grande Lorde do Vento, que, gargalha alto, zombando da dor da perda do zardreniano.

— O Grande Lorde da Terra não passa de um imbecil. – a voz de Lancel se faz ouvir – Um imbecil e fraco, por se deixar levar por sentimentalismos que não servem para absolutamente nada!

— O que sinto ou deixo de sentir não lhe diz respeito, Lancel! – a voz de William reflete toda a sua dor e ódio – E isso não devia preocupa-lo. Deveria se preocupar com sua vida, que está mais perto de chegar ao fim!

— É você quem deveria se preocupar com sua vida chegando ao fim, idiota! Um a um, todo o alto escalão zardreniano irá cair!

— Isso é o que você pensa!

E, os dois Lordes voltam a se atacar, brandindo as suas espadas e se lançando um contra o outro, sem se importar com mais nada, um apenas querendo tirar a vida do outro.

 

 

*****

 

 

Lorde Ferdinand e Lorde Victarion sacam suas espadas e, um parte para atacar o outro, com a vantagem nas mãos do alkavampiano, que, graças à nuvem negra que os cerca, se torna mais poderoso, enquanto Ferdinand sente as suas forças se esvaindo e sua respiração se tornando mais ofegante a cada minuto que passa.

As espadas se cruzam, em um perigoso jogo de vida e morte, onde apenas o mais forte deles sobreviverá. Ferdinand, assim como todos os zardrenianos, tem seu coração tomado pelo ódio e tristeza, após ver o corpo de sua esposa morto e não ter sido capaz de salvá-la, como o seu rei fez com a sua rainha.

Mas não é o momento para lamentar, e sim pra fazer com que os alkavampianos paguem pelo que fizeram. E, por mais que tenham caído em uma grande armadilha, agora é hora de lutar. Por isso, ataca com sua espada, com todas as suas forças, buscando uma brecha na defesa de seu inimigo para usar o seu poder elemental.

O poder de Victarion é muito grande. O Grande Lorde do Fogo brinca com seu adversário, atacando com sua espada e defendendo-se com maestria dos golpes de Ferdinand.

Mas, o Grande Lorde da Água não desiste. Ferdinand toma distância e, cria em suas mãos duas esferas rodeadas por ondas, lançando-as no mesmo instante contra o seu adversário.

Porém, o Grande Lorde do Fogo não se deixa intimidar e, cria em suas mãos esferas de chamas, lançando-as contra as esferas de água, fazendo com que as quatro se choquem, causando uma explosão. Os dois homens saltam para trás, a fim de não serem atingidos e, uma grande névoa de fumaça toma o local. Zardreniano e Alkavampiano mais uma vez brandem suas espadas e voltam a se atacar.

 

 

*****

 

 

— Até quando você pretende continuar a ficar parado, apenas observando todos a sua volta morrer, Cassius? – a voz de Lorde Hoster é uma clara provocação.

— Está com tanta pressa assim de me enfrentar, Lorde Hoster? – a voz de Cassius é fria como o gelo.

A resposta do Lorde alkavampiano é um sorriso que é a mais pura das ironias e, ao mesmo tempo em que encara o homem que odeia com todas as suas forças, sente a mão de Astrid apertar com muito mais força a sua, e, isso o faz lembrar que precisa proteger a sua esposa, custe o que custar.

— Cassius... – a voz de Astrid é carregada de medo.

— Não se preocupe, meu amor. – fala Cassius, sem tirar os olhos de seu adversário – Tudo ficará bem. Eu vou te proteger com a minha vida.

Após dizer estas palavras, o rei zardreniano olha para os lados, para as lutas que estão se desenrolando e, é então que ele avista Jonathan, seu escudeiro.

— Jonathan, proteja a Astrid!!! – ordena o rei zardreniano, sem pensar em mais nada.

Ao ouvir as ordens de seu rei, Jonathan, com sua espada, dá um golpe em um Cavaleiro Alkavampiano que visava sua vida, jogando-o longe e, em seguida, corre em direção ao rei e a rainha, colocando-se na frente da rainha zardreniana.

E, vendo que sua esposa está segura, sendo protegida por Jonathan, Cassius parte para o ataque, a fim de ceifar a vida do homem que lhe tirara algo muito importante anos atrás e que, claramente, quer repetir a façanha. Porém, ele não vai deixar! Desta vez, o resultado deste embate será muito diferente do que foi anos atrás!

Lorde Hoster sua espada bem a tempo de defender um golpe violento do rei zardreniano e, sorri ao perceber que, o plano, até aqui, está dando mais do que certo. Agora, é continuar a distrair o rei zardreniano, para que tudo possa ocorrer de acordo com os planos do rei Daithi.

 

 

*****

 

 

Todos os zardrenianos atacam seus adversários com todas as suas forças, visando claramente eliminar os seus adversários e acabar de uma vez por todas com suas vidas. As lutas seguem acirradas, e, graças aos poderes dos Dragões das Sombras, que usam seus poderes e estão ali sem que eles percebam, usando seus poderes para tornar a névoa cada vez mais densa e, consequentemente, roubar a energia dos zardrenianos.

Tudo acontece muito rápido. Cada vez mais, sangue zardreniano é derramado, pois mais e mais cavaleiros da guarda real de Zardren caem mortos em uma carnificina sem limites.

E, enquanto tudo isso acontece, Jerome, que está entre os Dragões das Sombras, está com seus olhos fixos na rainha zardreniana, que se encontra atrás de Jonathan, que enfrenta dois cavaleiros alkavampianos que visam atingir a rainha zardreniana de qualquer forma.

O líder da Companhia dos Dragões das Sombras tem três espadas em mãos e, só espera o momento certo para usá-las, a fim de cumprir a missão que lhe fora dada por seu rei. Percebe, para sua total satisfação, que todos os zardrenianos estão muito distraídos e, sem pensar duas vezes, lança as três espadas que tem em mãos na direção da rainha zardreniana.

Nenhum dos zardrenianos consegue enxergar de onde as espadas surgiram e, só se dão conta do grande perigo quando Astrid grita assustada, ao ver que Jonathan e Alexander tiveram seus corações atingidos pelas espadas, em uma tentativa desesperada de salvar a vida da rainha de Zardren.

 


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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