Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 102
A Lua como testemunha


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Vanessa BR trazendo mais um capítulo! Boa leitura!



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A festa estava, de fato, belíssima. Todos os casais dançando e rodopiando ao som da suave melodia da valsa, com o destaque para Landon e Catelyn. Era uma noite para ser de fato memorável para o reino de Zardren. Aquela festa merecia ser inesquecível para o rei Cassius, para a rainha Astrid e, claro, para o príncipe Landon, para todos ali...

Todos, à exceção de Robert.

Robert queria que aquele baile acabasse logo! Não aguentava mais ficar só olhando os outros rapazes da idade dele sendo felizes, com suas parceiras de dança, namoradas, noivas, esposas e derivados. Sentado em uma das cadeiras, de braços cruzados e cara amarrada, o jovem Lorde da Terra bufou inconformado.

Por que a vida tinha que ser tão injusta com ele? E por que só com ele?

Não era justo!

O que ele fizera para ser castigado pelos deuses de Emperius? Só podia ser isso! Sem perceber, ele deve ter feito ou dito algum disparate pra ser castigado pelos deuses! Essa era a única explicação plausível para não conseguir nunca uma garota, nem sequer para ser parceira de dança!

Só poderia mesmo ser um castigo dos deuses! Ou eles se esqueceram de agraciá-lo com alguma coisa especial, tal como ele achava que os deuses fizeram com os seus dois amigos, ou... Vai saber!

Landon era o príncipe, ganhando tudo de mão beijada, inclusive a noiva, escolhida a dedo pelo pai dele. E o rei Cassius realmente caprichara na escolha, porque Lady Catelyn era realmente linda. Mas fora tudo de bandeja para ele!

E Marden? Ele olhou para uma garota, convidou-a para dançar pela primeira vez três anos atrás e desde então não tirava outra garota para uma valsa a não ser Lady Victoria! E, para completar, agora estava comprometido com ela!

Quanto a ele? Até agora havia tentado convidar duas jovens Ladies para a dança, mas...

... Nenhuma delas aceitara seu convite para ser seu par.

Oh, vida! Oh, azar!

Por todos os deuses de Emperius, por que nenhuma garota se interessava por ele? Apesar de ser o mais jovem dos três – era duas semanas mais jovem que Marden e uma semana mais jovem que Landon – era maior, mais forte, já parecia ter chegado à maioridade... Era simpático, extrovertido, divertido... E, sim, mais bonito!

Mesmo assim... Por que ele não despertava interesse em qualquer garota? Era injustiça! O pior de tudo é que enfrentava uma concorrência desleal com Landon! Parecia que só ele era o único homem de todo o salão!

E ele, ali... Só olhando os casais dançando mesmo... Sentado na cadeira.

— Deuses de Emperius... – murmurou desolado. – Por que fazem isso comigo...?

*

Um homem, aparentando entre cinquenta e cinco e sessenta anos de idade, cabelos meio grisalhos, se ajoelhou em reverência ao rei e à rainha de Zardren. Logo que se levantou, sorriu e disse:

— Majestades, é uma honra estar presente neste evento tão importante não só para a família real, como para todo o reino de Zardren. Venho felicitá-los pela maioridade de Sua Alteza, o Príncipe-Herdeiro Landon.

— Nós é que nos sentimos honrados pela presença de todos aqui e não poderia ser diferente com a sua, Governador Franz. – Cassius retribuiu o cumprimento também sorrindo.

— Não há nada melhor do que compartilhar a nossa alegria com todos, senhor Governador. – Astrid disse.

— E toda essa alegria tem fundamento. – Franz afirmou. – Sua Alteza, fora do palácio, vem sendo muito elogiado por quem vem aqui e o vê auxiliando Sua Majestade, a rainha, em algumas audiências. Admiram o forte senso de justiça, a polidez e a humildade que ele possui. Dizem que, quando assumir o trono, ele tem tudo para ser um grande rei como Vossa Majestade, o rei Cassius.

— Fico contente por isso, senhor Governador. – o rei zardreniano replicou. – E é o que eu espero do meu filho, que ele seja um bom rei no futuro. Se possível, que seja melhor do que estou sendo.

— É o que nós desejamos que ele seja, Majestade. Que, agora que chegou à maioridade, ele adquira cada vez mais sabedoria e continue sendo o que é. Que os deuses o abençoem cada vez mais, como já vêm fazendo desde o momento em que o príncipe Landon nasceu.

— Que assim seja, Governador Franz. – Cassius direcionou seu olhar para o filho que dançava mais uma valsa com a noiva. – Que assim seja.

*

Ao fim de mais uma valsa, Landon conduziu Catelyn para fora do salão de festas. De mãos dadas, os dois foram ao jardim de rosas, onde se sentaram em um banco a fim de dar uma descansada. Sem se darem conta, haviam dançado três ou quatro valsas consecutivas, sendo que Landon dançara uma a mais com a mãe.

Os dois jovens passaram a olhar para o céu, pontilhado de estrelas brilhantes, como os mais belos diamantes. Além de contemplar as belíssimas constelações, também contemplavam a lua cheia que, majestosa, banhava tudo com seu brilho prateado, inclusive o jovem casal que a observava em um momentâneo silêncio.

— Até a lua deu o ar da graça, Landon. – Catelyn disse. – Esta festa está sendo perfeita. Não imaginava que a celebração da maioridade de alguém da família real fosse assim, tão bonita.

— Todos os nascidos na família real passam por isso. – Landon afirmou.

— Eu sei. Não se esqueça de que eu estudo sobre a sua linhagem real também. Mas quero dizer que, mesmo sendo algo costumeiro, tem a sua beleza... E todo o simbolismo da passagem de menino para homem.

— Quando tivermos filhos, eles também passarão por tudo isso. E eu quero ficar orgulhoso como vi o meu pai se orgulhar de mim.

—Não duvido nada que ficará, e... – Catelyn riu. – Olhe só para nós, já falando do futuro...! Você mal completou dezoito anos, ainda nem casamos e já estamos falando da maioridade de filhos! Acho que estamos apressando um pouco as coisas, não concorda?

— Mais ou menos. – o jovem príncipe também riu, enquanto colocava sua mão por sobre a de sua noiva. – Se não fosse por ter que esperar mais um tempo, como mandam os protocolos, eu já queria estar casado com você.

— Não está muito apressado, não? – ela sentiu a mão dele, com aquela calidez inconfundível, sobre a sua.

— Não. – ele segurou a mão dela com mais firmeza. – Mas você achou ruim?

— Pelo contrário. – ela sorriu docemente. – Eu também mal posso esperar para o dia em que poderemos nos unir e viver juntos.

— Essa espera vai valer a pena.

— Eu sei que vai... Porque eu vou passar os meus dias ao lado do homem que amo.

— E eu, ao lado da mulher que amo.

Um olhou nos olhos do outro e ambos sorriram. Aquelas palavras estavam impregnadas do mais puro amor e da mais pura verdade. Eles se amavam desde que se viram pela primeira vez e, em três anos, o amor que um sentia pelo outro só aumentava, sem parar. Mal podiam esperar pelo grande dia em que um juraria amor eterno ao outro e então viveriam juntos por toda a vida.

Landon se levantou do banco e seus olhos voltaram a olhar para o céu noturno. Catelyn se levantou e também fez o mesmo, olhando para cima.

— Achou alguma coisa lá em cima, Landon?

— Sim, eu vou te mostrar. – ele sorriu. – Continue olhando para o céu.

Neste momento, Landon carregou, em sua mão direita, uma esfera luminosa, a qual, num movimento rápido, lançou para o alto, surpreendendo Catelyn,

— Landon, o que você...?

— Apenas fique olhando, Catelyn!

O príncipe zardreniano se concentrou e fechou a mão, fazendo com que a esfera brilhante lançada por ele parasse no ar. Após uns dois segundos, abriu a mão fechada, fazendo com que a esfera se dividisse em várias outras, que riscaram o céu como fogos de artifício. Ao ver que sua noiva ficara maravilhada com o que ele fizera, ele lançou outra esfera luminosa para o alto e fez a mesma coisa que antes.

— Isso... Foi lindo...!

— Hoje podemos estar comemorando a minha maioridade, mas este presentinho é especial para você... Porque, na verdade, o meu presente, desde os meus quinze anos, é você... E esse seu sorriso.

— Landon...! – Catelyn se sentia como se estivesse se derretendo ante aquelas palavras tão doces. – Você sempre me surpreende...!

— Eu gosto de fazer isso para a mulher que amo, Catelyn. – ele beijou delicadamente a mão dela.

— Nem sei o que dizer, Landon... Você me deixa tão desconcertada...! Mas me deixa tão bem, que não tem como não amar você!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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