Obsessão - A Batalha do Ministério escrita por Diéssica Nunes Sales


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, pessoas! Peço mil desculpas por estar postando este capítulo com 6 dias de atraso. Lembro-me bem que prometi começar a postar no dia 10/10! Mas tenho uma justificativa: estava de cama até antes de ontem. Ainda estou bem enrolada com procedimentos médicos e etc., porque estou com uma inhaca no fígado, mas hoje tive tempo e disposição (porque ando bem molinha) para terminar de escrever o que estava pendente. Podem acompanhar sem medo porque agora toda semana terá atualização.
Obrigada por terem esperado a continuação de Obsessão. Espero que gostem!!!



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Hermione saiu da sala precisa sozinha e foi direto para a torre da Grifinória. Falou a senha para a Mulher Gorda e entrou. Subiu as escadas e entrou no dormitório masculino. Harry, Ron e Neville olharam para ela.

— Harry... Ron... – Hermione disse com cautela – Preciso conversar com vocês.

Harry, Ron e Neville estavam deitados de bruços, virados para o pé, em suas respectivas camas. Apoiavam-se com os cotovelos. Antes de Hermione entrar, conversavam sobre a Armada de Dumbledore.

— Claro. – Harry disse um pouco atordoado com a atitude da amiga. Levantou-se prontamente, seguido de Ron.

— Voltamos já, Neville. – Ron disse.

— Ok.

Harry e Ron se dirigiram até a porta do dormitório, seguiram Hermione até a Sala Comunal, que estava vazia.

— O que foi? – Ron sussurrou.

— Draco. – Ela disse.

— Eu sabia... – Ron elevava a voz a cada silaba – que aquele idiota... – seu tom continha um pouco de raiva misturada com indignação, que também eram expressas em seus olhos.

— Ele não fez nada pra mim, Ron – Hermione disse rapidamente.

— Ah, não?!

— Não. – Ela afirmou incisiva e impaciente.

— Então, o que houve? – Harry perguntou curioso e também impaciente.

— Ele me contou que a Umbridge o quer como espião.

— Como assim? – Ron perguntou.

— Como já sabemos, a Umbridge está recrutando espiões para ajudá-la a controlar os alunos, até então, ela não tinha procurado do Draco, mas agora procurou. E ele não tem como recusar. Ele me disse que jamais entregará alguém, mas que Crabbe e Goyle irão.

— Fácil... – Ron falou revoltado – Ele está jogando a culpa toda...

— Ron, fique quieto. – Harry disse pensativo.

— O que?!

— Ron – Hermione disse. – Você não entendeu?

— O que?

— Agora... Nós que teremos um espião. – Harry completou.

Eles ficaram em silêncio. O clima estava denso.

— Malfoy? – Ron falou por fim, sem acreditar.

— Claro! – Hermione exclamou.

— Malfoy poderá nos informar tudo que souber da Umbridge. E não há formas dela desconfiar. Afinal, ele é um Malfoy. Um Sonserino.

— E é exatamente por isso que eu não confio nele.

— Não vamos discutir isso de novo, vamos? – Hermione perguntou.

O quadro da Mulher Gorda se abriu e os três arrumaram a postura, que devido ao sussurro acabaram se encurvando. Era Gina e Dino.

— Oi – Gina disse.

— Oi – Harry falou.

— Estão falando sobre a AD? – Dino perguntou.

— Estamos – Hermione se apressou em dizer. – Devíamos mudar o horário nesta semana.

— Concordo – Gina falou. – Umbridge pode desconfiar... Muitos alunos sumindo na mesma hora... Sempre...

Novamente o quadro da Mulher Gorda se abriu. Era Fred e George.

— E ai?! – Fred cumprimentou os cinco.

— Estamos pensando em mudar o horário do encontro da AD. – Gina disse baixinho.

— Estratégia para a Umbridge não descobrir. – Ron falou.

— Boa! – George.

— Se quiserem podemos colocar vomitilhas...

— Nem comecem... – Hermione falou interrompendo Fred.

— Por quê?

— Porque não. Ela vai ficar irritada e irá descontar em nós.

— Ah... Hermione! – George lamentou.

— Estou falando sério, George.

— Eles nunca falam sério, Hermione. – Ron falou.

— Qual é! – Fred exclamou.

— Foco. – Harry pediu. – Seria esplêndido ela comer vomitilhas, mas não é o melhor. Vamos mudar o horário da AD, mas com todos... No próximo encontro decidimos a alteração.

— Ok. – Gina concordou.

Eles se calaram quando o quadro da Mulher Gorda se abriu novamente. Eram três alunos do primeiro ano.

— É melhor irmos, não é?! – Harry disse para Ron e Hermione. Entendendo que ele ainda precisava conversar a sós com eles, Ron e Hermione seguiram o amigo. Despediram-se de Gina, Dino, Fred e George e passaram pelo quadro da Mulher Gorda.

Descendo as escadas, Harry perguntou a Hermione:

— Hermione, você não disse nada da AD... Pro... Malfoy... Não é?! – Eles pararam de descer as escadas.

— Claro que não. Não vou trair o grupo, apesar de eu achar que ele ia até gostar em entrar...

— Quem nos garante que ele não ia nos entregar? – Ron perguntou.

— Eu, Ron. Eu. – Hermione falou ofendida.

— E você garante que ele não é um espião?

Hermione ficou calada. Piscou algumas vezes para que as lágrimas não descessem. Então, voltou a subir as escadas. Harry e Ron olharam para ela.

— Precisava disso, Ron? – Harry perguntou sussurrando.

— Precisamos ter certeza...

— Mas não precisava falar com ela assim. – Harry falou interrompendo o amigo.

— Você mesmo não confia cem por cento no Malfoy.

— Não confio, mas eu não falo isso pra ela. E se ela confia nele, por que não dar uma chance a ele?

— De nos ferrar?

— De mostrar que mudou. – Eles ficaram em silêncio por alguns segundos. – Por ela, Ron.

— Tudo bem.

— Você sempre diz isso.

— Vou tentar mais dessa vez.

*****

Draco saiu da Sala Precisa, aproximadamente, dez minutos após Hermione. Em seguida, foi direto para as Masmorras.

Na Sala Comunal da Sonserina, Crabbe e Goyle o esperavam.

— Onde você estava? – Crabbe perguntou ao ver Draco.

— Fazendo algumas coisas.

— Que coisas? – Goyle perguntou franzindo as sobrancelhas, curioso.

— Coisas minhas. – Draco respondeu impaciente.

— E por que não nos chamou? – Goyle perguntou.

— Porque eram coisas minhas, idiota. – Crabbe e Goyle se encolheram.

— Amanhã começaremos a patrulha para a Umbridge. – Crabbe disse tentando não gaguejar.

— Eu sei – Draco falou impaciente, indo em direção ao seu dormitório.

*****

Harry e Ron voltaram para a Torre da Grifinória e encontraram Hermione na Sala Comunal. Ela estava sentada no meio de um sofá de três lugares. Estava de frente para a lareira. Os amigos se aproximaram e se sentaram ao lado da amiga, cada um de um lado.

— Hermione. – Ron chamou, cuidadosamente, o nome da amiga. – Me desculpe. Eu não queria te magoar.

Depois de alguns longos segundos, a amiga respondeu:

— Tudo bem. – Ela disse fungando. – Eu sei que é difícil de acreditar que ele tenha mudado.

— Eu vou tentar... Por você, Hermione.

— Obrigada. – Ela abraçou o amigo. – Eu sei que vocês não confiam nele. – Ela olhou para Harry. – Mas, agradeço que estejam tentando. – Ela sorriu para os amigos e se levantou, dirigindo-se até seu dormitório.

Harry e Ron observaram a amiga entrar em seu dormitório, em seguida, se olharam e levantaram da poltrona. Então, dirigiram-se para o dormitório masculino.

*****

Durante toda a semana, Hermione e Draco se encontravam rapidamente na Sala Precisa. Aproveitavam alguns intervalos entre as aulas, já que eram horários conturbados, cheios de alunos nos corredores, indo e vindo de suas aulas e salas comunais. Assim poucos notariam suas ausências.

Draco, junto com Crabbe e Goyle, começou a trabalhar para Umbridge. Dumbledore não estava mais em Hogwarts, sendo Umbridge, a professora com cara de sapo, então, que assumiu a diretoria da Escola.

Apesar das regras ainda mais severas, os alunos conseguiam burlar a professora-diretora cara de sapo indo para a Sala Precisa. O que não Hermione muito feliz, já que assim, ela e Draco teriam que ser ainda mais cautelosos. Com isso, contaram com Harry e o Mapa do Maroto. Hermione sentia-se mal em incomodar o amigo, todos os dias, algumas vezes, mais de uma vez, mas era a única solução para ela e Draco.

Harry, apesar de ainda não confiar totalmente no namorado da amiga, a ajudava com gosto. Ron, apesar de reclamar mais, também se prontificava a ajudar à amiga. Juntos, os dois observavam o Mapa próximo à Sala, e se alguém quisesse entrar nela antes do casal sair, eles davam um jeito.

— Seria mais fácil se pedíssemos ao Fred e ao George – Ron sussurrou para Harry. – Poderíamos explodir coisas, assustar as pessoas... – Ele riu.

— Ia fazer muito barulho... Umbridge perceberia. Ela tem espiões para todo lado.

— Verdade – Ron sussurrou decepcionado. Harry olhava para o Mapa. – Não sei como eles ainda não explodiram nada nela... Na verdade, acho que eles estão preparando algo grande pra ela. – Ele soltou um riso abafado. – Espero que façam algo legal.

— Eu também. – Harry riu com o amigo. – Quero que Dumbledore volte logo.

— Todos queremos.

*****

Draco voltou para a Sala Comunal da Sonserina para encontrar Crabbe e Goyle. Teriam que ir até a sala de Umbridge informar sobre as rondas do dia.

Draco tentava desviar Crabbe e Goyle quando via alguma situação que poderia ser suspeita, mas nem sempre se sucedia bem. Apesar dos dois amigos serem meio bobos, às vezes notavam que algo estava errado. Talvez por quererem que Umbridge os reconhecesse. Por isso, não podia sempre salvar os alunos de serem pegos por eles. Durante a semana, entregou um ou outro grupo para a professora-diretora cara de sapo.

***

— Não posso negar que estou decepcionada com o Senhor, Sr. Malfoy. – Umbridge disse firme. Umbridge, Draco, Crabbe e Goyle estavam na sua sala decorada de tons de cor de rosa e gatos da professora-diretora cara de sapo.

— Por que, Senhora Diretora?

— Pensei que me traria mais alunos desobedientes.

— Nós seguimos estreitamente suas ordens. Se não trouxemos mais é porque não tinham mais.

— Está mentindo, Senhor Malfoy. Eu sei como os alunos dessa Escola são. Com Dumbledore tudo era bagunça, mas comigo não. E parece que eles ainda não aprenderam.

— Desculpe, Senhora, mas talvez tenham entendido. Eu, Crabbe e Goyle fazemos as rondas e seguimos todos os seus protocolos. Quando vemos alguma situação suspeita trazemos diretamente para a Senhora. – Umbridge examinou Draco. Crabbe e Goyle estavam ao lado do amigo, calados.

— O que os Senhores têm a dizer? – Umbridge perguntou a Crabbe e Goyle.

— O mesmo... Senhora – Crabbe falou.

— Como disse Malfoy... – Goyle começou cauteloso. – Temos pego todos em situações suspeitas... Nem sequer perguntamos. Trazemos todos diretamente para a Senhora.

— Hum... Tudo bem... Vão. – Ela os despachou, não muito convencida.


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