Depois que descobriram sobre os vampiros, Malia não conseguiu conter as lagrimas e, como não queria chorar em frente aos Winchesters, correu para o banheiro e se trancou. Robin só conseguiu entrar depois de 30 minutos implorando para a irmã abrir. Agora a loira consolava a mais velha, que chorava em seu colo. Aos poucos Malia foi se acalmando, tentava inutilmente limpar a maquiagem escorrida, enquanto Robin foi pegar um copo de água. Ignorou os olhares questionadores de Sam e Dean e voltou para o banheiro, trancando a porta atrás de si.

— Ta melhor? – perguntou a loira entregando o copo pra irmã.

Malia não respondeu e Robin sentou na frente dela.

— Você não precisa ir. Eu e os meninos podemos resolver isso.

— Eu vou... – Mally olhou pra irmã com os olhos inchados – Não posso deixar você sozinha.

— Mally, eu não sou um bebê. – ela sorriu, apesar de as vezes se incomodar com a maneira que a irmã a via: como uma criança indefesa (?) que precisava de proteção.

—Desculpa... – a morena sorriu minimamente. – Então, - ela se levantou – Vamos pegar esses desgraçados.

~*~

Dean estava no estacionamento do motel tomando sua segunda cerveja quando Robin foi até ele. Estava com sua típica camisa xadrez amarrada na cintura. Ela se encostou no  Impala ao lado dele sem dizer uma palavra.

O loiro ofereceu uma cerveja a ela, que sorriu e recusou.

—Então, o que aconteceu com a Malia? Tipo, ela parecia bem mal.

Robin suspirou e olhou para ele.

— Mally tem algum tipo de trauma de vampiros... longa história.

—Temos tempo.

—Sim, temos. Mas Sam também vai querer saber, então é melhor contar quando ele estiver junto.

Dean olhou para ela e depois para frente. Ele nunca admitiria, mas ficara extremamente preocupado com a morena. E acima de tudo não queria admitir que estava começando a sentir alguma coisa por ela. Mesmo achando-a irritante e querer arrancar-lhe os cabelos por ter quebrado o Impala, não que ele fosse fazer isso, ele secretamente amava o cabelo de Malia. Seus pensamentos fora interrompidos quando Robin o chamou, e pela cara da loira, estava chamando-o à um bom tempo.

—O que...?

Robin riu e lhe deu um soco de leve no braço.

—Pensando no que?

—Nada... Malia vai com a gente?

A loira suspirou e olhou para frente.

—Ela disse que vai, mas não sei se ela vai conseguir.

—Posso tentar falar com ela...

Robin caiu na gargalhada.

—Dean, Dean, - falou tentando controlar o riso. – A última pessoa que ela vai ouvir é você! E, além disso, Sam já está lá.

—Hum...

~*~

—Malia? – Sam bateu na porta do banheiro

—Sai daqui, Sam!

— Mally, você não pode ficar ai dentro para sempre!

—Eu posso tentar... – a morena levantou e foi lavar o rosto.

— Qual é, Malia! Conversa comigo.

Mally suspirou e não disse nada. Secou o rosto e destrancou a porta.

—O que você quer?

—Já pensou em ser um pouco mais delicada? – Ele falou entrando no banheiro.

—Não.

—Então, vai me contar o que aconteceu?

—Não.

—Mally, você precisa se abrir! Não pode guardar...

—Já disse que não, Sam! – Malia o interrompeu.

Sam suspirou e se levantou.

—Ok. Se quiser conversar...

—Ta, Sam!

Ele saiu e Malia bateu a porta.

~*~

Robin e Dean estavam bebendo e discutindo estratégia para capturas os vampiros, quando Sam apareceu.

— Ela não quer conversar – se apoiou no carro e tomou a cerveja da mão de Dean, que o olhou indignado.

— Eu te avisei... – Robin tomou um gole da cerveja e se sentou no capô do Impala.

— Vai nos contar agora?

A loira acabou a cerveja e se levantou do capô.

— Preciso de cafeína... Conto no caminho.

— Caminho...? - Dean olhou para Robin, levantando as sobrancelhas.

— O caminho que você vai fazer para me levar para comprar café.

Dean revirou os olhos e entrou no carro, seguido de Robin que sorria, enquanto Sam foi avisar Malia.

Sam entrou no carro e ficou olhando pela janela enquanto Dean dirigia.

Depois de alguns minutos, Robin suspirou.

—Aconteceu há uns dois anos...