Is beginning or not escrita por JuBA


Capítulo 2
Loving can hurt sometimes


Notas iniciais do capítulo

Como sempre, em itálico os pensamentos e ações.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/648913/chapter/2

POV. Atena

Depois que ele passou pela porta, fui até a janela. Alguns minutos e vejo seu carro inútil e barato parando na frente de uma mulher. Não consigo ver seu rosto. Bem...Já que ele foi se divertir, vou dá uma volta. Não sou mulher para ficar em casa.

— Eae Susu. Como anda as coisas por aqui depois que a rainha saiu?

— Bem mais seguras, neh mulher...Ninguém mais aparece por causa dos teus rolos, graças a Deus. Mas a que devemos a honra da sua companhia? Não me diz que o cara te botou pra fora. Eu sabia que isso ia acontecer.

— Quê isso!... O mané nunca me colocaria pra fora. Tá comendo na minha mão. — Adoro me gabar — Ele deu uma saída pra resolver umas broncas aí. Então resolvi dar uma volta pela minha antiga vida. Mas pelo visto, é melhor ir beber em outro lugar. Parece que cê não aguenta minha felicidade. — Também adoro debochar

— Beber? Aqui só tem cachaça da comum. Tu saiu e levou o que era bom. Só se a gente for pra outro lugar...

— Essa é minha ideia. Se arruma aí que hoje vou te levar pra um lugar chiquérrimooo.

POV. Romero

Já estou com a Tóia no carro. A gente não conversou muito, sempre que tento iniciar algo o assunto logo acaba. Porém, no restaurante tem que rolar alguma coisa, não saí de casa para morrer na praia.

— Esse lugar é bem bacana, poderemos conversar. O que acha? — Estaciono na frente do estabelecimento. — É interessante... Não costumo ir a locais assim. — Te mostrarei um novo mundo, garota.

— Senhor Rômulo, aqui está sua mesa. Espero que esteja de acordo. — fala o Maître. Sentamos e ela fica com um olhar curioso.

— Não sabia que um ajudante do povo, poderia pagar um lugar desse. Se soubesse que dava dinheiro, também vivia pra isso. — Gosto de esperteza em uma mulher. Porém não muita.

— Isso aqui é de um contribuinte da fundação. Temos que ajudar um ao outro, tô certo? Ele sempre pede para que eu venha, oportunidades é que não surgem. Você gostou?— Acho graça da minha mentira. Se a fundação tivesse um amigo assim, com certeza, meu bolso seria mais feliz.

— Sim. Já que estamos aqui, melhor eu falar logo... — Ela é cortada pelo Sommelier, que traz o cardápio de vinhos. Escolhi muito bem o lugar. — Senhor. Senhora. Precisam de sugestão?

— Traga-nos duas cervejas. Da melhor que tiver. — Ela já está meio perdida, melhor pedir algo mais simples. — Se prefere assim... claro.

— Adorei a pedida. — Consegui arrancar um pequeno sorriso dela, o que já é uma vitória. E retribui com outro.

— Romero, alguém tentou me matar. — Ok... Isso foi direto.

— Como assim? O que houve?

— Eu contei pra polícia sobre o Zé Maria e de repente uns caras da facção me levaram para um barco e quase morri. Você é pai do Dante, sabe o que o Zé Maria fez com meu pai e me contou. Por isso, preciso da sua ajuda. — Não sabia de nada disso. Nem o Dante ou a facção me contaram. Mas é uma bela chance para ficar perto dela.

— Sinto muito, Tóia...Claro. Claro. Claro que te ajudo. Do que você precisa?

— Preciso saber mais dessa história. Eu quero saber mais. Só assim, consigo descansar de noite. — ela estava tensa. Muito. A bebida chega e provamos. Embora, isso não tenha importância agora.

Depois de algum tempo conversando, bebendo e comendo, saímos do recinto e ao entrar no carro, pergunto algo que estava faltando. — O Juliano sabe de tudo isso?

— Sabe. Mas não acredita. Ele pensa que armaram pro pai dele. Nós estamos afastados. — é ótimo saber disso.

POV. Atena

Sueli e eu estamos em um bar no Leblon. Bebendo muita vodca, tequila e falando bobagem.

— Porque cê me trouxe aqui em Atena,o que tu quer? — fala com um tom retardado

— Precisava sair daquele apartamento e aproveitar a boa vida que tenho, neh minha filha? — também não estava nas melhores condições. — Esses dias eu fechei um ótimo negócio pra tal fundação, quer dizer, pro nosso bolso. Meu e do Romerinho.

— Você e esse cara não podiam dar mais certos juntos. Dois ladrões. Mas nessa ele ganhou. Conseguiu roubar teu coração. — esfrega um dedo indicador no outro ilustrando que estamos juntos.

— Cê tá é maluca. Nunca cansa de repetir isso não, é? — bebo mais um xote de tequila. — Eu apaixonada? Só pode tá de brincadeira com minha pessoa.

— Se você não quer acreditar tudo bem... — parece que está na hora da gente ir. Já começou o discurso de maluca da Susu.

Pego um táxi para casa e a doida outro para seu cafofo. Estou tão bêbada que nem percebo que já cheguei. Saio bem cambaleante e vejo algo que com certeza não era agradável.

POV. Romero

— Tem certeza que não precisa de carona para o morro? Posso te levar. — estamos conversando na frente do meu prédio.

— Não precisa. Aqui perto passa ônibus. Não quero que ninguém saiba que estávamos conversando. Além disso, não posso te atrasar para a Atena. — odeio o fato da Atena ter se apresentado como minha namorada, como forma de me dominar.

— Estamos passando por uma crise. Ela tá querendo me controlar, o que vai acabar com a relação. — a única “relação” é a chantagem que a maluca faz.

— Mesmo assim...Posso ir sozinha. Obrigada Romero. Foi muito legal conversar com alguém que pode me ajudar. — ela sai do carro para a calçada e a sigo.

— É um prazer. Sempre que quiser, estou aqui.

— Tem um ônibus vindo. Até mais. — pego a sua mão e a puxo para perto dando um beijo no canto de sua boca, buscando intimidade. A mulher ficou meio sem graça, mas encarou com uma simples despedida.

— Agora sim. Até mais, Tóia. — fico por alguns segundos esperando ela pegar o transporte, olho pro lado e vejo uma Atena completamente embriagada.

POV. Atena

— Pelo visto, a “gostosa” que cê ia sair hoje...era só a Tóia. — ironizo, mas não sei se parece assim, porque nem andar está fácil.

— Pelo visto a saideira foi boa em...Francineide — ele chegou perto ou minha visão tá confusa? Não.Tenho certeza que falou no meu ouvido. Estremeço com a proximidade e dou um passo para perto dele.

— Vem vai...Te ajudo a subir. Tenho que honrar minha palavra de contribuir com criminosos — ele me dá a mão, entramos no prédio e subimos pelo elevador.

— Cê é fofo,sabia? Fofinho. — Mexo em meu cabelo, já bagunçado e olho para o rosto do Romero.

— Senta aí. Não vou te levar pro quarto. Já foi difícil te trazer até aqui. — ele senta ao meu lado e ficamos recostados no sofá olhando pro nada. O silêncio é constrangedor. Mesmo sem ter controle de alguns sentidos, resolvo conversar.

— Como foi a noite? A minha foi ma-ra-vi-lhosa! Saí com uns gatos selvagens. UHHH!! — tento chamar atenção

— HAHAHA. Tentando me fazer ciúmes,Ateninha? — gargalha se achando o rei.

— Essa não era a intenção, mas já que serviu. — olho pra ele e o vejo olhando pra mim — Sabe o melhor de hoje? — fala se aproximando.

— Estar em uma ótima companhia. Me diverti muito e olhei pra algo muito bom

— Olhou pra quê? — me aproximo lentamente também

— Para a boca de uma linda mulher.

— Essa aqui? — gesticulo com minha boca e agora estamos próximos. Colados. Cabeça com cabeça. — E se eu disser que não — está tentando mexer comigo.

— Você estará mentindo. Aposto que não parou de pensar nela. — nossos olhares agora estão parados um no outro.

— Talvez. — sussurra. Não suporto quando ele faz isso. Encaro sua boca e quando levanto minha visão para seus olhos, ele não resistiu e o encontro das bocas acontece. Uma queria a outra loucamente. Línguas dançam com um misto de prazer e saudade. Seu rosto é tocado e o meu também. Desço um pouco minhas mãos, estabelecendo-as em seu pescoço. Ele rapidamente puxa-me para colarmos nossos corpos. Ali, a respiração começa a ofegar e sentimos cada parte um do outro, inclusive as mais íntimas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Se sim,deixem comentários pra saber se devo continuar ou em quê posso melhorar. Obrigada.
Twitter: https://twitter.com/JulyAndrade17?lang=pt



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Is beginning or not" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.