Is beginning or not escrita por JuBA


Capítulo 13
Of your ripped jeans


Notas iniciais do capítulo

Normal = falas
Itálico = pensamentos e ações
Não deixem de comentar. Adoro ler todas essas opiniões do que acharam (E ainda mais quando são positivas,neh?) Mas falem a verdade do que acham. Espero que esse agrade e obrigada pelo feedback.



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Sugestão musical para leitura: I found

–---Continuação do flashback----

— Ninguém vai matar ninguém aqui, Zé Maria. — imponho.

— Tu acha mesmo que dá alguma ordem por aqui? — olha para os capangas sorridente.

— Prefiro dizer que sou o mediador dessa situação. — continuo firme.

— Hahaha Romero Rômulo, o grande herói — aplaude, tentando ser forte, mas lágrimas escorrem pelo rosto da Tóia.

Fico penalizado com sua expressão, no entanto, aquele não era o momento.

— Você não pode matar ninguém aqui, porque a facção não é a única com segredos. — encara ao perceber a seriedade

— Lembra do dia que a Atena virou Tia? — questiono

— Isso nunca aconteceu.

— Certo, o dia que eu pensei isso. Bem...antes de sair daquele galpão vi um movimento estranho dos carros e segui os caras. Havia uma mulher, alguns capangas e “tcharan”... — ando pelo cômodo para expressar veracidade — conheci o Pai. — o vejo empalidecer e a morena se surpreender.

— Do que você está falando? — segura-me pela gola da roupa com a arma posicionada no queixo.

— Na verdade... — solto-me

— Não o conheci, apenas o vi falando com a morena que estava lá, sobre a ordem de acabar com a nossa vida. Minha e da Tóia. Por isso, quis fazer a viagem. E foi assim também, que descobri a verdade sobre aquele velho desgraçado. — concluo e o silêncio paira pelo ambiente.

Zé Maria acena para os capangas saírem e levarem Tóia com eles. Tento impedir, no entanto, aquela era a medida certa a tomar.

O que estava para ser dito não requeria testemunhas.

Ainda com os olhos fixos e, no fundo, malucos para acabar comigo, tento ironizar — O povo diz que ter sogra é ruim, mas é porque nunca conheceram o meu sogro, né?

— Cala a boca! Cala a tua boca, seu merdinha. — avança sob mim e acabo caindo no sofá, retraído.

— Você está mesmo ameaçando a facção? Virou macho agora? — nos encaramos

— Sempre fui. E estou disposto a tudo para me ver livre desses sequestros e dessa vontade enorme que vocês têm de matar a Tóia e eu. Agora, vamos ao que interessa. Tem mais gente comigo nessa. Se eu não der notícias, vai tudo para o ventilador. — blefo afinal, não tive tempo de contar a ninguém.

— Tudo bem. — se afasta, mas com raiva — Você sai daqui vivo, só que a baixinha não precisa. — ameaça

— Nós dois saímos ou nada feito. — ordeno

— Você é tão burro assim? Depois de tudo que ouviu aqui, acha que vai ficar calada?

— Não. Só que ela não tem provas e se depender de mim, nunca terá. — olho rapidamente para fora tentando encontrá-la

— Se qualquer coisa sair daqui, você sabe que o pagamento é cobrado diretamente para você? Não vai adiantar qualquer tipo de chantagem. A filhota da Djanira não pode saber que é rica e principalmente quem é o pai da facção. Tá me entendendo? — vejo o desagrado com aquele acordo.

— Claro. O Dr. Gibson não precisa se preocupar. — deixo um sorriso escapar e os capangas são chamados de volta.

— Tem sorte, hein menina? — toca nos cabelos negros a deixando enojada, pelo que percebo.

— Aquele ali, merece teus agradecimentos mais sinceros, não acha? — aponta para mim e a jovem me encara friamente.

— Levem esses dois lá para fora. Quando eu der o sinal, podem libertá-los no lugar que eles mandarem. O Romerito ali agora é vip. Só preciso ligar para o Pai, já que o assunto requer aceitação. — somos transferidos para dentro do carro e dessa vez, o capuz é posto apenas nela. Na janela consigo dar uma última olhada para aquele local que já estava com a noite recobrindo.

Depois de alguns minutos, Zé aparece na porta no casebre dando o sinal de liberado. Então, somos levados de volta para o meu prédio. Já na frente e fora do carro, vejo uma Tóia diferente, diria que em choque. Em posição de proteção, passa as mãos pelos braços e olha para todos os lados, embora não diga nada.

Retiro minha camisa mais externa e coloco ao seu redor, confortando-a. — Vem. Vamo subir. — me segue, porém continua muda.

Ao chegarmos no apartamento, ela tem uma dificuldade para entrar e faço de tudo para não pressionar. Sabia que não iria aguentar por muito tempo e explodiria.

Só precisava assimilar tudo.

— Eu posso te explicar. — começo lentamente e a garota continua rente próxima a porta, em pé.

Retira minha peça de roupa dos ombros e ri.

Tenta sorri sadicamente.

— Eu sou uma burra. Burra! — bate na cabeça com as mãos — O super Romero Rômulo é o verdadeiro vilão. Hahaha — levanta o olhar

— A minha mãe, você que matou? Claro, não é. O Juliano, você mentiu? Aposto que sim. Tudo isso é culpa sua? SEM SOMBRA DE DÚVIDAS — grita e vai até mim.

Começa a me estapear. Bate no rosto, abdômen. As unhas médias parecem maiores do que são e deixam marcas. Tento me defender com os braços. Mas, a situação não pedia isso. Eu merecia. Eu queria. Doía ter mentido ainda mais, ter sido descoberto. E pior...Atena foi a grande ruína da relação.

No fim, a bandida ganhou. E sabe o quê?

Estou putamente feliz.

— Você é um monstro. Agora entendo tudo. Tudo que minha mãe dizia. — para, sem fôlego e se afasta antes que pudesse tocá-la.

De repente, lágrimas começam a correr pelo meu rosto. Descia sem ordem ou aviso prévio.

— Um crápula é fichinha pra você. Você é o real bandido. Um maluco. Um psicopata. — repete essas últimas sentenças e abre a porta.

— Tóia, espera! — tento pará-la no corredor do andar.

Aperta o botão do elevador como se sua vida dependesse disso e evita me olhar.

— Você precisa me entender. Por favor. — enxugo o molhado resquício das lágrimas e seguro seus braços.

— Nunca vou entender um bandido como você. — cospe em mim e o elevador chega se largando da proximidade, entrando no compartimento.

— Por favor... — suplico

— Eu te odeio, Romero. — dispara antes das portas fecharem e eu perceber que minhas pernas não têm forças, o sustento cai.

Desabo naquele chão sem acreditar naquele dia. Era uma mistura de sonho e pesadelo.

Muito mais do segundo.

E sinceramente, não tinha porque não acabar com ele na cama.

Reestabeleço a energia corporal, limpo o rosto e novamente aperto aquele botão. Quando o transporte chega, fico numa sinuca pela segunda vez, também naquele dia. Coração ou mente? Baita disputa essa.

Pressiono naquele que me faria feliz, como sempre.

Mesmo com dificuldade, abro a porta da cobertura e não encontro luz. Ao acendê-las vejo um corpo deitado sob o sofá com um fone de ouvido, roupão e uma máscara para dormir. Além de, um copo de whisky vazio na mesa próxima.

Aquilo era a visão de depressão, que se pudesse estaria me tendo como protagonista. Ver aquele corpo repousando tão singelamente era a mostra de que a paz podia viver ao mesmo tempo que o caos.

Arrumo aqueles cabelos desgrenhados que impediam a miragem nítida do rosto dela e a mesma se acorda, manhosa. Tira a máscara lentamente, enquanto fala.

— Tá querendo morrer é, véio? — reclama e acho graça.

— Romero... O que tas fazendo aqui? — se surpreende e sorri sapeca com o meu olhar.

— Vim provar tua mensagem. “Ficar juntos” ainda está de pé? — tento beijá-la mas desvia.

— Tú só pode tá brincando... — resiste, mas sem impulso.

— Não... — invisto mais um vez nos lábios, porém, acerto o rosto.

— Não sou tua cachorrinha não. — fala sensualmente no meu ouvido.

— Não quero uma cachorrinha — seguro forte no cabelo e o levanto sentindo o cheio do seu pescoço.

— O que...o que tu... — se atrapalha entre as palavras.

Levanto meu olhar e seguro seu rosto, me arriscando para mais uma investida. — Quero a Atena. — O beijo é bem-sucedido. Encontro seus lábios e ela os meus. A ânsia por aquilo torna-se tão grande. O encaixe tão maravilhoso que não se restringe apenas nele.

–---Fim do flashback----


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Notas finais do capítulo

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