Is beginning or not escrita por JuBA


Capítulo 12
So you can keep me inside the pocket


Notas iniciais do capítulo

Normal = falas
Itálico = pensamentos e ações
E então, tudo bem com vocês? Espero que sim ou ao menos, melhore com esse capítulo. Agradeço a cada um que está acompanhando e comenta, pois é bem importante saber o que estão achando.
Cansei de falar! Partiu mais uma parte dessa história.



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Sugestão musical para a leitura: Stitches

POV. Atena

— Oi, goxxtoso — falo antes de ser puxada pela cintura, adentrando o quarto.

— Impossível, hein, Atena? Mais linda a cada dia — encosta em meus lábios, ainda me pressionando ao seu corpo, que apenas uma calça maleável recobria.

— Linda só não, meu filho...Ma-ra-vi-lho-sa — falo pausadamente antes de afastá-lo e me jogar na cama.

Seus olhos castanhos subiam tão sedentos pelo meu corpo que parecia uma fera pronta para o ataque.

— Ela não precisa de você hoje, neh? — pergunto para cortar o silêncio.

— Se precisasse não tinha te ligado. A Kiki tem umas coisas pra resolver e não sou necessário — corta a hipnose e anda pelo cômodo até o telefone — Pode mandar tudo que pedi — solicita, provavelmente, a recepção.

— O que temos para hoje? — levanto e me posiciono atrás dele, passando os dedos pelo abdômen forte, malhado.

— Tudo que a majestade adora. — vira-se para mim e retribui o carinho, afundando suas mãos no meu cabelo enquanto sente o cheiro do meu pescoço — Foie gras. Champagne. — leva-me lentamente para cama ao falar cada uma dessas palavras.

— O que mais? — sussurro e ele para, ao nos encostarmos no pé do móvel.

— Muito prazer — empurra meu corpo e o segue, tirando o salto e subindo lentamente com carícias até ficarmos frente a frente e roubar um beijo feroz, que daria de bom grado.

POV. Romero

Chego no cafofo pronto para me afundar nos lençóis, mas não queria fazê-lo sozinho. Sentia falta de alguém. De um abraço, um beijo, uma pessoa. Vivi solitário por toda a vida. Não queria mais isso. No entanto, essa noite que começou tão bem, não teria um final muito feliz.

Não se dependesse dela.

Pego o celular do bolso e vou para as mensagens recebidas e favoritadas. Lá, estava aquela que sempre despertava os pensamentos mais profundos e verdadeiros.

“Nem mesmo uma deusa pode te transformar em herói.

Mas vilões podem ser amados.

Não esquece que ladrões como nós, ficam juntos. “

Atena

A esperança era esse: “ficar juntos”. A Tóia havia descoberto quem sou, quando a facção foi atrás dela na nossa viagem que nem começou. Hoje, estou solitário, nem mesmo o imprestável do Ascânio me fazia companhia.

–-- Dois meses atrás ---

— Pronta para zarpar? — falo acariciando o rosto de Toia que me olhava carinhosamente sentada naquele sofá da lancha.

— Promete que nunca vai me deixar? — com um medo na voz, pergunta.

Seguro suas mãos entre as minhas e beijo — Juro.

— O amor é lindo, mas nem dura, neh pombinhos? — Zé Maria aparece em pé próximo a embarcação com alguns capangas e armas a punho.

— O que é isso? Que tá acontecendo? — fala a morena segurando firme nas minhas mãos.

— Calma. Calma, Tóia — tento manter a paz na situação, mesmo sem efeito.

— Isso Romerito... Protege a mulherzinha aí — aproxima-se — Levem ela, agora. — impõe, com força no tom

— Prontos para ir? — o piloto aparece e se surpreende com a cena. Um dos capangas acerta na nuca e o deixa desacordado.

— O que é isso, Zé Maria? O cara não fez nada — falo, ainda com Tóia próxima do meu corpo.

Não me responde e repete — Não pedi para levarem? Tão fazendo o quê parados aí?

— Ninguém vai levar ninguém. O que tá acontecendo? — questiono.

O pai de Juliano sorri e balança a arma, demostrando poder — Tu num manda em nada. Agora, larga a menina ou leva chumbo com ela — a largo ainda a contragosto e um dos bandidos a coloca em seu poder.

— Pronto! Podemos ir — me olha e percebo que a situação não é tranquila.

— A Tóia não vai embora com ninguém. O que vocês pensam que tão fazendo? Ela FICA — esbravejo e dou um soco naquele que está com a jovem, enquanto ele distraído, espera uma ordem do mandante.

A coloco para trás de mim, como uma posição de proteção, que não dura.

— Se prefere assim...Tudo bem. Tragam os dois. — apontam para nossa cabeça e sem escolha, os acompanhamos.

Mesmo sem eu achar necessário, nos encapuzaram e amarraram, provavelmente pela Tóia e quando o carro parou, percebi que chegamos. O ar tinha um cheiro de campo, muito próximo a alguma planta refrescante. Já na saída do automóvel, senti aquela camada de areia que subia a cada passo.

Assim que cruzamos a porta da casa, nos largaram das cordas e vendas e pude ver uma casa de campo com poucas janelas e móveis, com uma sala pequena e 3 capangas. Além do, velho miserável. Cena bem típica de local criminoso, como nos filmes.

— Vamos partir pros finalmentes? — ironiza Zé Maria ao sentar em uma cadeira e indicar para fazermos o mesmo.

— O que quer de mim? Por que tô aqui? — pergunta Tóia ainda mais nervosa e com uma aparente falta de audição para ouvir as ordens.

— Fica calma. A gente só vai conversar, neh Zé? — indago ainda na esperança de manter a paciência, o que parece surtir efeito já que nos sentamos.

— Se você acha que sim... Posso fazer nada — solta um sorriso — Mas aquele ali quer ter muito mais que uma conversar contigo. — aponta para o cara que nocauteei.

Engulo seco e vou direto ao ponto — O que querem da gente?

— De você ainda nada, seu frouxo. Mas da Toiinha,a gente quer a cabeça. — ameaça apontando a arma.

— Quê isso? — praticamente pulo da cadeira — Explica isso direito.

— Não se faça de burro, Romero! Você sabe que temos que matar a garota por causa do pai dela.

— Como assim? Virei queima de arquivo? Não sei de nada. Ou melhor, só sei que matou aquele povo no Massacre. Inclusive meu pai — finalmente se pronuncia. Dessa vez, com um timbre decidido.

— Até que enfim a pombinha falou algo certo. Demorou hein... — guarda a arma em um colete dentro do terno que vestia — Tu vai morrer desgraçada, porque pode criar problema e essa é a ordem. Além de ser um prazer calar essa boca que fez a Djanira duvidar de mim. — tenta ser calmo, mas a voz sai com uma vontade exacerbada de puxar o gatilho.

— Cadê a chefe disso tudo? Não era ela que deveria fazer isso? — pergunto pela única que poderia ajudar.

— Digamos que ela não é tão importante como tu acha — vejo a satisfação ao dizer aquela frase.

— Como assim? — questiono e vejo o olhar da jovem se direcionar para mim

— Atena nunca foi Tia... — gargalha, me deixando pasmo — Ela fez um acordo conosco para matar a menina. Eu sou o novo Tio e a doida lá se ajoelhou pra gente não te matar. Deve ter pensado que ela com o poder, tu não ia embora e ficaria nessa sinuca. HAHAHA idiota... — completa.

— Espera. Atena? Ela faz parte? — a morena se pronuncia — Como você sabe disso tudo, Romero? Você é bandido? — questiona e a encaro

— Tóia, não é nada disso... — tento inventar uma desculpa

— Não! — levanta-se e também o faço — Você é o verdadeiro bandido. Eu fui a burra, idiota, cega, que não viu o que todo mundo me dizia. — caminha exasperada — Você é o bandido. Você! Você! — começa a me estapear e por mais que tente me defender, no fundo, ela estava certa.

— Tóia...Calma...Espera. — a seguro e vejo um olhar frio partir dos seus olhos. Ela não tinha estrutura, capacidade, para encarar aquilo.

Quando vou argumentar, sou cortado — Acabou a briguinha. Por mais que seja divertido, chegou a hora de morrer.


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Notas finais do capítulo

Curtiu? Era isso que esperava? Deixe seu comentários e se tiver afim de vídeos curtos para Romena,segue lá no twitter: https://twitter.com/JulyAndrade17

Tenho liberado uns curtas bem legais sobre o casal,tipo esse: https://twitter.com/JulyAndrade17/status/669329853011881984

Obrigada por ler e bye bye!



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