P.O.V Scott Thompson
Dia 08/11

– Irmãzinha, milagre você por aqui. Aceita uma xícara de café?
– Pare de brincadeiras, Scott. Você quer sair daqui do reformatório?
– Mas nem ferrando.
– O que? Você quer ficar? Eu posso te tirar daqui
– Isso mesmo, eu quero ficar aqui, se eu quisesse sair já estava longe.
– Se você sair daqui você ganha seis mil dólares seu idiota. Você deve ganhar alguma coisa aqui dentro.
– Eu trafico todo tipo de coisa aqui dentro, seis mil é um dia de trabalho aqui dentro, tu acha que eu quero sair?
– Ele se entregou. -O diretor entrou na sala com um jovem e com um homem que deveria estar em torno dos trinta anos.
– Qual dos dois é o namorado de minha irmã?
– Isso não é hora para esse tipo de coisa. -Fala o cara de casaco preto de couro, barba grossa, e cabelos negros.
– Pelo jeito é esse imbecil. - Apontou para o jovem. - Julgando pela expressão que ele tem quando está perto da minha irmã, e pelo jeito que ele ficou nervoso quando falei sobre quem é o namorado de minha irmã, os dedos dele começaram a se mexer sem parar, isso é algo que ex fumantes fazem, ou pessoas nervosas, em julgar pela sua respiração, você não é um ex fumante, então você é o namorado dela. Qual seu nome?
– Você passou de todos os limites Scott Thompson. Jason, cuide dele.
O cara de casaco preto veio na minha direção, e foi me dar um soco no rosto, eu levantei os braços e ele acertou as correntes da algema.
– Não vou apanhar de graça, senhor Jason. -Falo retirando as algemas de minhas mãos e dos meus pés. -Na próxima use algemas mais fortes.
– Vou direto ao ponto, você vai ser mudado para o setor C, não podemos mais seguir com vocês no setor A. -Fala o diretor, em seguida sentando-se.
– Era só isso? Tudo bem, não há problema algum. Só uma duvida, esse cara ai é seu guarda costas?- Aponto para o Jason.
– Quando voltar da expedição ele vai te supervisionar vinte quatro horas por dia.
– A quanto tempo ele trabalha pra você... -Um guarda me imobilizou e me levou para o meu quarto, me jogando dentro.- Pessoal mal educado esse. - Olho em volta e vou me deitar.

P.O.V Henry Reis
Dia 08/11

Eu acordei e estava em um quarto pequeno, parecendo uma prisão, uma cama, um chuveiro, uma privada, um espelho. Me sentei na cama e olhei direto pro espelho, percebi que estava com o olho esquerdo roxo, e meu maxilar estava machucado, Scott seu desgraçado pensei, me deitei novamente na cama e comecei a pensar sobre as coisas, sobre o que o Scott queria no reformatório. Eu coloquei o pequeno comunicador no ouvido.
– Alguém na linha? -Perguntei.
– Não que você precise saber. -A voz do Scott ecoa no fone.
– Eu vou quebrar sua cara Scott.
– Igual quebrou lá no ônibus, não foi?
– …-Eu não soube o que falar naquele momento então desliguei o fone.
Me levantei e fui até a porta do quarto, comecei a bater, gritar e fazer um alvoroço pra poder sair da cela, um guarda abriu a porta, eu sai correndo e entrei em uma cabine escura, tranquei a porta no mesmo momento, fiquei procurando um interruptor, o achei e acendi, uma luz acendeu-se em um lugar distante, eu tinha pensado que a sala era apertada, eu segui a direção da luz, tive que pular por algumas caixas e desviar meus pés por alguns fios no chão, demorei alguns segundos para chegar a luz, assim que cheguei vi que ali era uma sala secreta, estavam três homens conversando, um estava de calça e um casaco de couro preto fechado, o outro estava com uma camiseta branca, e o ultimo estava sentado balançando a cadeira com um cigarro na boca, uma blusa polo preta e a calça da mesma cor.
– Eu não acredito que mandaram aquele moleque fazer o nosso trabalho e ainda por cima nos deixar de babá.-Fala o da camiseta, com um tom de voz alto.
– Ele é bem revoltado, eu o vi falando na sala do diretor, o diretor o mandou para o setor C.-Fala o do casaco de couro com um tom mais sério.
– Agora vai piorar para cuidar dele.
– O diretor não vai com a cara dele.
– Parem de falar, se o garoto não fizer o trabalho dele ele roda, se acertar o trabalho ele se acerta com o nosso chefe, o nosso trabalho é não deixar o imbecil morrer, por isso estamos disponibilizando o Adren, então no setor A B ou C nós vamos fazer nosso trabalho.-Fala o que estava sentado tirando o cigarro da boca e colocando novamente, sua voz dava medo.
– O garoto está ali à um bom tempo, chamamos ele ou esperamos ele aparecer?-Fala o de camiseta.
– Garoto vem cá. Sabemos que está ai atrás, o sensor de movimento te identificou.
Eu fiquei com medo, com as pernas tremendo quasemente com uma batendo na outra, eu sai de trás da porta onde eu estavá.
– Quem é você!
– E...e...eu...eu...sou Hen...Ri Reis.-Falei gaguejando com a voz tremula.
– O que você fez para está no reformatorio.
– Amigo errado.- Falo parando de gaguejar.
– O quanto de nossa conversa você ouviu?- Fala o do cigarro puxando uma 38 e apontando pra mim.
– Bas...Bas...Bas...tan...te.
– Abaixa a arma.-Fala o cara do casaco de couro colocando a mão em cima do cano da arma.
– Vocês estavam falando do Scott não foi?
– Como sabe?- Fala o de casaco de couro.
– Ele foi quem me trouxe pra cá.
– Ele deve ter seus motivos, agora volte para o seu quarto, não tem motivos para querer fugir.
– Eu vou embora assim que voltar!
– Por isso que não deve fugir. Ah eu sou Jack, ele é -ele aponta para o de camiseta- Stephan, e o malvadão ali é o Rock.
Ele me mostraram uma porta e eu sai, eu andei um pouco e o Jack apareceu atrás de mim com uma arma em minha cabeça.
– Seja natural, aqui dentro eu sou um guarda, não um agente do governo, então silencio o explodo seu cranio.
Ele me jogou dentro de meu quarto, eu me deitei na cama e decidi voltar a dormi.