Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 34
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Voltei para finalizar.



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Capítulo 33

Pov Edward

Suécia, uma tranquilidade infinita.

Um chalé afastado de tudo, grande e confortáveis perto de campos de trigos, um lugar repleto de ar puro e frio.

Não sabia ao certo quanto tempo ficaria longe de tudo, mas tempo necessário para voltar e encarar Isabella novamente e poder ouvir o que ela tinha a me dizer. É claro que eu não iria me distanciar sem deixa-la segura, sem ter alguém infiltrado dentro da casa me contando tudo, alguém que Isabella confiasse e alguém que eu confiasse também. E o melhor, alguém que torcia por nós.

Tive que me desfazer do meu celular e de qualquer coisa que eles pudessem usar para me rastrear, não entrava mais em meu e-mail, tão pouco usava internet. Cortei meu contato com o mundo e sabia também que a casa na Suécia não seria mais segura. 

Eu sempre soube que quando me afastasse ele se aproximaria, foi o que George me contou quando liguei hoje pela manhã para saber como ela estava; Bella estava furiosa porque Jared estava lá para vigia-la, pelo que George me passou todos estavam com medo de que ela cometesse alguma loucura, de algum modo não fiquei muito incomodado por saber que era ele que estava com ela, George me disse que estavam bem e que ele estava tentando fazê-la se conformar com a minha ida. Dizia também que ela estava estressada, irritada e que sempre quebrava as coisas e depois gritava aos quatro ventos que tinha dinheiro que iria comprar tudo de novo e quebrava novamente; aquela não fazia a linha de Isabella, a mulher que ostentava tudo o que tinha. 

Pelo contrário era humilde, dava valor às coisas e nunca esbanjava demais. 

George disse que não a via chorando porque ela ficava a maior parte do dia trancada em seu quarto, só saia para fazer suas refeições e sempre tinha uma atitude agressiva, no mínimo estava com raiva de mim e resolveu punir todos a sua volta.

Ao saber que ela não estava sozinha e que logo ficaria bem, assim eu espero eu também poderia tentar colar os pedaços que restaram do meu coração e ser homem o suficiente de voltar e encara-la.

Os dias na Suécia nunca fora tão frios como estes; imagino o que Isabella passava quando eu a mandava pra cá e retirava os aparelhos eletrônicos só para isola-la do mundo, crueldade sem tamanho.

Desisti de fazer a linha solitária e dar um volta na cidade, cerca de vinte km longe da onde eu localizava. Álcool e direção dizem que não combinada, mas quem liga? Eu não ligo.

Quando estacionei meu carro perto de um bar, poucas pessoas circulavam e as poucas estavam agasalhadas ao extremo. Adentrei o bar e me sentei no balcão, o frio predominava.

— Quero a bebida mais forte da casa. — Pedi com meu sotaque sueco ridículo e homem riu de mim trazendo a bebida.

Nem perguntei o que era, mas tinha o gosto horrível. Pavoroso! Quente, ardia e queimava por onde passava, eu simplesmente quase incendiei aquele lugar, parecia ser álcool puro. O homem riu de mim. Uma mulher ao meu lado pediu o mesmo e o garçom arregalou os olhos e a serviu.

— Tentando se esquentar do frio? — Ela me perguntou.

— Oh não...

— Americano?

— Pois é. — Assenti sem saco para conversas.

— E o que um homem bonito faz em bar desses, tão solitário? — Ela me perguntou dando sorrisos e a encarei por instantes e virei à cara. Dei o silencio como resposta. — Me deixa pensar... Os três únicos motivos que irritam um homem: Seu time perder uma partida de futebol, sem dinheiro ou... Problemas com mulheres. Qual deles é o seu?

— Terceira opção, se está tão interessada em saber.

— Quer cantar? — Perguntou apontando para um caraoquê.

— Não. — Disse direto.

— Briga com a namorada?

— Esposa. — A corrigi.

— E ela estava certa? — Curiosa me perguntou.

— As mulheres sempre estão. Pelo menos as que eu conheço. — Disse sem humor pedindo outra bebida ao garçom que trouxe com agilidade e rapidez.

— O idiota do meu ex dizia o mesmo. — Ela murmurou pedindo outra bebida também.

— Problemas com o namorado?

— Ex, aquela cruz que eu carregava me largou. — Disse ela.

— Eu abandonei minha mulher grávida. — Murmurei mais para mim mesmo.

— Idiota. — Disse e eu assenti. — Por que a gente não sai daqui e vamos beber em lugar de acordo com o nosso humor e autoestima? Um motel.

Ela disse de novo e eu revirei os olhos com ironia.

— Ei amigo, me dê uma garrafa dessa bebida? — Pedi e ele trouxe.

Enquanto pagava fiz questão de deixar claro em meu semblante que não havia nenhuma possibilidade de ir a lugar nenhum com a moça. Em outra ocasião, teria feito um comentário grosseiro, mas algo me dizia que ela pudesse estar mais quebrada que eu.

Quando eu saí do bar, soube que meu lugar era na fortaleza, escondido de qualquer um que tentasse espiar meus pecados.

POV Bella.

Como um mês pode passar tão rápido? Como Edward conseguiu passar um mês longe de mim? 

Agora estou com cinco meses, já estamos no mês de junho, meio do ano e nada dele. Nenhum sinal de vida, céus... nem sabia se estava vivo, se comia, bebia. Ele não se importava comigo eu devia me preocupar com ele? 

Nosso quarto ainda está do mesmo modo às roupas perfeitas no lugar; agora eu fingia estar conformada para que todos me deixassem em paz e parassem de dormir em minha casa. Não queria que ninguém ficasse me monitorando, assim como sabia que eles deviam viver suas próprias vidas ao invés de se incomodarem com a minha.

George andava todo misterioso me perguntando se eu estava bem, se estava comendo, bebendo, como estava Marie que agora eu apelidei carinhosamente de Mary Beth. Eu sempre respondia que estava bem, ótima, feliz.

Mentia em todos os aspectos só para ele parar de me perseguir também.

Faltavam apenas quatro meses minha Mary Beth vir ao mundo e eu só pensava em como as coisas piorariam depois que ela nascesse.

Hoje à noite Jared combinou com o nossos amigos um jantar, com argumento besta que eu deveria me divertir, mas como faria isso? Não queria ter que sair de casa e encarar conhecidos com perguntas repetitivas sobre o paradeiro de Edward, já havia mentido tantas vezes sobre ele estar em viagens de trabalho que se tornou uma mentira cansativa. Mesmo que eu negasse minha presença, sabia que eles insistiriam para que eu fosse não tive alternativa que não fosse aceitar, mas fazendo a exigência do lugar que iriamos.

— Precisa de ajuda com sua roupa, senhora Cullen? — Sempre solicito G estava aguardando minha resposta, seguindo de seus questionamentos diários.

— Estou bem... Apenas com saudades...

Adentrando meu quarto, G assentiu enquanto entrava em meu closet. Abracei meu corpo num suspiro resiliente, enquanto afagava minha barriga e me desculpava com minha menina sobre me sentir tão triste quando deveria estar exuberante com sua chegada.

— Por que a senhora não termina a decoração do quarto da pequena? — Numa tentativa de me animar G sugere.

Ele está escolhendo um vestido para mim, mas não estou animada para isso.

— Tenho tempo...

Silêncio incômodo surge entre nós, depois de dias me fingindo de forte é estranho estar tão exposta. Mas se tratando de quem sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, relaxo quando vejo George suspirar.

— Nunca perguntei à senhora, mas gostaria que ele voltasse? — O tom complacente como de um pai me acalentou.

Prendi a respiração tentando afastar as lágrimas que insistiam em descer. Um sim deveria ser óbvio, mas estou cansada de parecer fraca para todos eles. Então apenas desconversei e mudei de assunto anunciando um banho. George pareceu entender muito bem o que eu queria então me deixou sozinha.

Sai do banho quarenta minutos depois, Jared já estava batendo insistente na porta do meu quarto, em silêncio me arrumei e vinte minutos depois a abri.  Agora eu contava o tempo, sempre as horas os minutos segundos, pareciam passar mais rápidos assim.

— Linda e atrasada. Vamos.

— Que demora. — Murmurou Emmett no andar de baixo.

 Rosalie que estava ao lado dele, apenas me abraçou. Saímos de casa, todos iriamos no carro do Emmett que dirigiu rapidamente até o restaurante, um assunto isolado entre eles surgiu, sobre a faculdade me senti excluída porque eu tive que interromper o semestre e tudo mais, Jared tinha suas mãos em volta do meu ombro e parecíamos um casal, mas não erámos e isso me irritavam.

— Isabella você está bem? — Ele me perguntou quando o carro estava estacionando.

— Sim. — Respondi com a voz falha.

 Ele sorriu de lado saindo do carro e dando a volta para abrir a porta para mim.

— Tem certeza, está branca feito papel. 

Saímos todos juntos em direção à entrada do restaurante. Estava diferente desde a última vez que havia vindo, nova decoração, música alta, pessoas aglomeradas, sorrisos. Gente feliz.

Uma atendente nos levou até Jasper e Alice que também pareciam impacientes, mas agora também pareciam mais felizes depois de que Lauren se foi. Alice não entrou em detalhes sobre o que aconteceu, mas disse que Lauren não voltaria mais.

 Certo alivio chegou a me dominar.

Sentamos todos juntos fizemos o pedido e ficamos esperando. Com a conversa que fluiu normalmente, porém eu ainda não estava me sentindo bem, nenhum pouco bem.

— Isabella! Terra chamando Isabella! — Jared estalou os dedos na frente dos meus olhos.

— Eu não estou bem... — Murmurei, quando senti tudo em minha volta girar.

— Não está mesmo, pálida demais. — Ouvi uma voz longínqua dizendo, quando levantei meu rosto eu o vi... Lindo, sorridente, segurando minhas mãos.

— Eddie? — Perguntei e ele me fitou curioso. — Você voltou amor? — Perguntei novamente, meus olhos involuntariamente se encheram de lagrimas...

— Isabella? Olha pra mim?  

Murmurou outra vez, era uma voz feminina, mas parecia estar tão longe. Só o que estava perto era ele, sem me controlar o abracei com força.

— Ela tá delirando. — A voz feminina voltou a dizer. — Vamos leva-la para o hospital.

Os braços fortes de Edward me pegaram, entrelacei meus braços envoltos do seu pescoço macio, do seu cheiro gostoso... E, aliás, o perfume havia mudado, mas eu gostava. Era bom também.

— Não preciso de hospital, meu Eddie voltou. Quero ir pra casa. — Murmurei.

— Não amiga, vamos ao hospital.

 A voz feminina estava mais perto agora, era Alice, tive quase certeza. Mas tudo estava tão confuso, minha cabeça doendo e tudo ainda estava rodando tanto, fechei meus olhos com força.

— Você não vai fugir de novo? — Perguntei pausando minhas mãos em seu rosto quente.

— Claro que não, meu amor. — Ele disse, colocando sua mão em cima da minha, então eu fechei meus olhos.

— Jared, a coloca aqui, rápido. — Pude ouvir mais alguns murmúrios antes de apagar.


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