Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 33
Capítulo 32




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Capítulo 32

Pov Bella

— Edward! Edward!

Deixei o quarto gritando como uma louca, tentando encontra-lo. Eu precisava dizer a ele o equivoco que estava acontecendo, a idiotice que ele tinha feito havia gerado consequências, mas não tão graves assim. Fiquei furiosa por vê-lo simplesmente correr após ter confessado que fez o que achava que fez. Estava disposta a quebrar alguns vasos, e gritar, mas no fim o perdoaria... Marie precisava de nós.

Eu continuei gritando por ele após chegar no primeiro andar. Cori até a porta, que estava aberta, mas não havia nem sinal dele. Caminhei parao corredor do jardim, ainda chamando por ele, e nem um sinal. Convidados me observaram, ele não estava na festa. Não estava em lugar nenhum.

Após mais gritos, Esme caminhou na minha direção, vendo meu desespero. Algumas lágrimas começaram a cair dos meus olhos e uma dor irreparável me atingiu, acompanhada de uma sensação terrível de abandono.

— O que aconteceu, querida? — Eu a ouvi perguntar.

— Eu quero todos fora da minha casa agora! — Gritei. — Agora, principalmente você! Fora!

Descontrolada, expulsei os convidados. Bradei palavrões e gritei o mais alto que pude. Quebrei algumas coisas que estavam na minha frente, enquanto pessoas assustadas me olhavam e saiam rapidamente. Alice era uma delas, que andou até minha direção, segurando meus braços com força e me arrastando para o interior da casa.

— O que aconteceu? — Alice sacudia meus braços, minhas lagrimas me sufocavam. Eu não reagia as suas perguntas.

— Edward... — Sussurrei para ela.

Rosalie aparecera para me amparar também, enquanto eu ouvia alguém dizer que Jasper estava encarregado de conduzir os convidados para a saída e fechar os portões.

— Edward me deixou... — Eu chorei um pouco mais.

— Claro que não Bella, Edward é louco por você. — Incredula, Rosalie disse.

— Ele me contou tudo... Todas as coisas da vida dele e Lauren... Disse que seria melhor se eu ficasse sem ele desde o começo. Ele decidiu por nós dois! Ele me deixou!

O choro desesperado esvaia pelo meu corpo, enquanto eu era amparada por minhas amigas.

xXx

Pov Narrador

Quando Jasper e Alice saíram da casa de Bella, após deixarem ela na cama, sob a supervisão de Rosalie, rumaram para sua própria casa. Parecia que tinha um enorme elefante no meio deles. Alice aparentemente bem irritada  Jasper parecia não estar entendendo muito bem o que estava acontecendo; então o caminho fora de longo silêncio, com o transito livre, eles não demoraram a chegar em casa.

— O que aconteceu lá? — Jasper perguntou quando adentraram a sala de sua casa.

— Você não a ouviu explicar? — Sem paciência, Alice murmurou.

— Eu ouvi, mas ainda não entendi porque Edward desapareceu. Ele não é de fugir.

— A culpa disso é a da sua irmã, Jasper. — Alice falou calmamente, controlando sua raiva.

— E o que minha irmã tem a ver com isso? — Questionou ele.

Sem dizer mais nada para o marido, Alice tirou de sua gaveta uma cópia que havia feito da gravação. Enquanto ele ouvia a declaração do homem, sobre sua irmã e tudo que ela havia feito com Edward e Isabella, seu rosto empalidecia e ele parecia cada vez mais descrente de tudo isso.

— Isso é mentira... — Ele sussurrou, quase inaudível, mas nem ele acreditava mais no que dizia.

— A vadia da sua irmã está no quarto ao lado, por que você não vai questiona-la sobre isso enquanto eu dispenso a babá? — Alice sugeriu deixando o marido sozinho.

Jasper tentou digerir as coisas, tentou pensar nas possibilidades de sua irmã ter feito realmente aquelas coisas terrívels. Levantou-se e foi ao encontro dela. Bateu na porta de Lauren, que abriu depois de muita insistência.

Jasper a encarou com desdém. Cada vez que olhava para sua irmã, deixava de ser a menina difícil e inocente que ele conhecera, para ver o que muitas pessoas diziam dela, até seu próprio pai.

— Então você armou para o Edward? — Gritou Jasper. — É verdade Lauren?

Ele segurou sua irmã pelo braço, encarando-a com extrema decepção.

— Eu posso explicar! — Lauren disse. Seus olhos marejaram quando seu irmão apertou mais seu braço. — Você está me machucando.

— Isso foi só o começo, Lauren, a dor só vai piorar. — Jasper jogou sua irmã no chão e não se importou se isso a machucava.

— Não faz isso, Jazz! — Lauren gemeu quando ele se aproximou para bater nela.

— Jasper... — Alice o chamou.

Ele estava prestes a estapear sua irmã quando ouviu a voz de sua esposa. Ele se deteve por um milésimo.

— Quero que você saia da minha casa agora. — Ele murmurou, profundamente decepcionado. — Você não é mais minha irmã. Eu tenho nojo de você, da mulher fácil e promiscua que você se tornou. Nojo. E eu sinto pena do homem que cair no seu jogo sujo e barato. Você não passa de uma vadia suja.

Ele deixou o quarto, não queria ver aquela cena. Os olhos em choque de Lauren enquanto ela se levantava com rapidez para fazer suas malas. Alice ficou ali, observando-a, com o mesmo nojo do marido.

Pov Bella.

— Calma, Bella, ele só está um pouco assustado também. Daqui a pouco ele volta, não precisa ficar assim, amiga. Você tem a Marie que precisa muito de você. — Rosalie disse.

Atrás dela, podia ver George, ele segurava uma xicara que sabia que deveria ser algum tipo de chá calmante.

— Lady Bella, eu sinto muito... — Ele murmurou e eu derrubei outra lágrima. Me sentei no sofá para beber seu chá, minha cabeça doía muito e eu bebi alguns goles antes de voltar a deitar.

— Você pode ir, Rose... — Murmurei para ela.

— Eu não vou e você vai parar de chorar. Vamos subir, você vai tomar um banho e vai dormir um pouco.

Quem conseguia discutir com Rosalie? Impossível. Eu deixei ela me ajudar a levantar e subimos as escadas.

Quando entrei no quarto, o cheiro dele estava por todos os lados. Ele era real, presente em cada canto do nosso quarto. Respirei fundo não querendo perder o cheiro dele. Fui para o banho, contando com Rosalie para separar um pijama confortável. Deixei ela pegar um para ela, quando eu sai do banho, foi sua vez.

Deitei do se lado da cama, sentindo seu cheiro no travesseiro e minhas lágrimas ainda caiam silenciosas. Eu tinha duas opções: fingir que nada aconteceu e esperar ele voltar ou encarar que tudo era real e saber que ele não votaria.

Fechei meus olhos e me agarrei com força no travesseiro dele, por hoje, não pensaria em nada.

TRÊS DIAS DEPOIS.

Três dias e nada... Jasper dissera que estava no rastro dele, mas então não o achou em lugar algum. Nenhuma passagem no aeroporto, não havia usado o cartão de credito nem o celular. Ele tinha evaporado.

Nesse exato momento está acontecendo uma reunião na minha casa para decidir quem ficará com o peso morto essa noite, vulgo eu. Alice, Rosalie e até Jasper ficaram comigo nos últimos três dias. Mas todos ele têm suas próprias vidas. Ambos acham que eu vou cometer alguma loucura e sou um perigo para minha filha, mas eles não podiam estar mais errados. Por causa disso, até Jared e Renée foram colocados no meio disto, inclusive George e Emmett. Eu tinha um monte de guarda-costas.

— Calem a boca e parem de gritar. — Eu falei. — Eu posso muito bem ficar sozinha e cuidar de mim. Não vai ser o Edward ou qualquer pessoa que vai me parar, não nessa etapa da vida. Me deixem em paz e vão embora da minha casa.

Eu me coloquei de pé, dando as costas para eles. Subi as escadas os ignorando e fui para o quarto da minha filha. Os moveis já haviam chegado e os auxiliares da montagem vieram cedo. Ainda faltava muitas coisas, mas saber que daria continuidade sem Edward me entristecia.

Os sócios e advogados de Edward estavam cuidando de tudo, pelo visto isso era algo que ele já tinha planejado, principalmente quando na noite passada seu advogado me trouxe a escritura da mansão Cullen. Eu ainda tinha tantas coisas para me preocupar, principalmente onde minha filha nasceria.

Edward sempre tornando tudo mais difícil do que realmente precisava ser. Eu já disse que o passado não importava mais, então porque ele precisava fugir como um covarde?

Voltei para o meu quarto, me deitando e pensando em como as pessoas achavam que eu era um perigo eminente para o meu bebê. Eu jamais faria nada que pudesse machucar minha filha.

Quando eu acordei no dia seguinte, não foi surpresa ver o loiro que falava ao telefone e bebia café no meu sofá.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntei ao Jared.

— Depois te ligo, Rose, ela acordou. — Ele me encarou em seguida. — Bom dia.

— Ele não gosta de você, deveria ir.

— Mas você gosta, devo ficar. — Ele sorriu. — Café?

— Repugnante.

Fui para a mesa e ele me seguiu.

— Como passou a noite? — Questionou ele.

— Não me matei, está vendo? Posso ficar perfeitamente sozinha. Aliás, eu já tenho o George, não é mesmo, G?

Perguntei ao mesmo tempo que ele entrou na sala sorrindo, e assentiu.

Coloquei um pouco de suco em meu copo, encarando Jared. Que mantinha o mesmo tom sereno de indiferença ao que eu dizia.

— Pode falar o que quiser, eu vou ficar. — Ele disse rindo, eu revirei os olhos. — Aliás, será sempre assim.

— Estou enjoada com sua felicidade nisso. — Revirei os olhos.

— Ei, eu não estou feliz com isso. — Fingiu-se triste e eu o encarei. — Sério, não estou feliz, Bella. Já tinha me conformado com sua família feliz sem espaço para amantes.

— Ele vai voltar e vai quebrar a sua cara, e eu vou rir. Não vou impedir dessa vez.

Eu disse, me levantando da mesma e retornando com meu suco de laranja para a sala. Jared me seguiu.

— O que vamos fazer para pássaro dia? — Ele perguntou, se sentando ao meu lado no sofá.

— Perseguição? Essa casa é muito grande, vá para qualquer outro cômodo, cachorro! Xô!

— Você me magoa assim. — Ele se fingiu de ofendido. — Vou terminar meu café e você deveria fazer o mesmo, princesa.

Ignorei Jared ligando a tv quando ele me deixou finalmente em paz.

Já na hroado almoço, foi diferente. Ele parecia Edward me forçando a comer e depois quis regular minha comida. Bufei várias vezes e pulei a sobremesa. Voltei para meu quarto, escovei os dentes. Quando desci novamente, Jared estava relaxado no sofá da minha sala, vendo tv e bebendo as cervejas do meu marido.

— Aqui não é hotel. Por que você não cai fora? — Disse estressada, jogando uma almofada em seu rosto e me sentando no outro sofá.

— E por que você não tenta ser boazinha comigo?

— Porque você só me causa problemas quando está perto. — Disse.

— É porque eu sou muito charmoso, você não resiste. — Ele disse sendo convencido e eu tive que rir, de deboche.

— Não conhecia esse seu lado confiante.

— Porque eu não sou, mas quero te animar. Não precisa me tratar como um inimigo, Bella.

Abaixei minha cabeça, um pouco envergonhada.

— Ele não vai voltar? — Perguntei.

— Eu não sei, Bella... Mas, me deixei ajudar vocês duas enquanto isso.

Ele disse vindo em minha direção e colocando a mão em minha barriga, rapidamente eu o afastei.

— Você não é o pai! — Murmurei alto.

— Mas eu sou seu amigo. Ela pode me chamar de titio! Por deus, Bella, saia da defensiva.

Ele saiu da sala, um pouco chateado. Eu joguei minha cabeça no sofá, pensando em como estava sendo estupida, não adiantava descontar minhas frustrações nas pessoas, isso não o traria de volta. Não resolveria nada. Tudo ainda estaria igual pela manhã.

Novamente, peguei meu celular e liguei para ele, caindo na caixa postal deixei outra mensagem.

“Já perdi as contas de quantas mensagens eu deixei, volte amor. Eu te amo. Perdoo você sempre.”

Desligando, derrubei outra lágrima, após atirar o celular contra a parede.

Passos surgiram atrás de mim e encarei Jared.

— O que houve? — Ele perguntou assustado.

— Joguei o celular na parede.

— Você ficou doida, mulher? — Sua voz estava me irritando ainda mais.

— Eu compro outro! Não me falta dinheiro para isso!

— E ainda assim ele não vai voltar. — Ele tinha sido cruel, o que só fez minha raiva aumentar ainda mais.

Eu deixei a sala rumo ao quarto, ignorando-o totalmente. Queria atirar a próxima coisa na cara dele. Mas em contive, ao invés disso, deitei na cama e chorei um pouco mais.


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