Sleeping Smile escrita por larygou


Capítulo 8
Operation Cobra


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora... época de prova e quando fiquei de ferias bem além de me sentir sobrecarregada (pois a idiota aqui é muito ansiosa e começou outra fic, pois é agora escrevo 2 ao mesmo tempo!!!!) o pc da ruim kkkkkkkkk. Na vida...eu sou Regina kkkkkkkkkkkkk (entendedores entenderão)



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Agora

Storybrooke- Maine

Ela, com um olhar sonolento, o avista e leva seus braços até o culpado de atrapalhar seu sagrado sono, afim de parar aquele som estrondeante. Seus ponteiros marcavam preguiçosamente oito e quinze. “Como sempre”, pensou Emma ainda preguiçosa.

Acordo com o barulhento som do despertador que estava em cima de um criado mudo próximo à sua cama. Os ponteiros batiam em um ritmo preguiçoso a mesma hora de centenas de horas atrás: 8:15.

Era um mistério como o relógio despertava. Na verdade, tudo o que acontecia nessa cidade era um tanto misterioso. Desde que cheguei a tal lugar seus ponteiros sempre marcava a mesma hora, os mesmos segundos: 8:15, esse horário fica em minha mente... 8:15.

Em uma tentativa falha tento me levantar, entretanto não consigo mexer nem se quer um membro de meu corpo, “Sério isso?” Me sentia levemente abraçada por aquela simples cama. Eu só queria mais cinco minutos... cinco minutos aqueles que o relógio não contaria para mim. Fito a janela e percebo um dia chuvoso e totalmente nublado, o frio se convidara para festejar naquele dia de domingo. Eu só queria um chocolate quente com canela seguido de uma longa e gostosa soneca.

Me levanto com um pé de cada vez e me arrasto feito um zumbi para o banheiro que,pelo meu estado, eu estava torcendo que não tivesse nenhum objeto refletor ,"Seria uma boa não precisarver como estou", foi o que pensei, mas sabemos que isso não aconteceu. Assim que entrei no banheiro uma imagem de uma mulher de cabelos embaraçados e destruída apareceu refletida no espelho.

– De fato... Muito linda- digo irônica.

Toc toc...

Um barulho leve se forma no local, levanto a sobrancelha enrugando minha testa, mas o barulho se vai e juntamente a ele minha preocupação, volto a escovar meus dentes.

TOC TOC TOC...

Mas que diabos.... O som leve se transforma em um rigoroso e intenso se forma no ambiente que por hora eu chamava de “lar”....Por hora. Desconfiada, me encosto na parede colocando as mãos na parte inferior de minha calça de moletom, pronto eu estava protegida.

O barulho continuava de forma mais aguçada e ansiosa. Sabia que não podia confiar naquele pirata imundo. Chego para mais perto da janela um tanto antiga tomada por cupins e ,calmamente, aos pouco toco ela com a respiração e a pulsação acelerada. Em um movimento rápido abro a janela apontando a arma que havia pego a segundos atrás.

O menino assustado, levanta os braços e arregala seus pequenos olhos verdes. Relaxo meus ombros e abaixo o revolver com um semblante confuso.

– Henry?- Falo incrédula- O que faz aqui?

– Queria falar com você sobre a Mary- O garoto salta para dentro sorridente como se nada tivesse acontecido.- E sobre ela estar internada.

Oh, eu realmente queria esquecer a noite passada, mas parece que isso não ia acontecer, pois lembro dos olhos fúnebres de Mary.

– Olha garoto, eu falei com a prefeita do nariz empinado que eu podia tomar conta dela, fiz o que pude.- Eu mesma não acreditava que fiz aquilo. Eu propor cuidar de alguém que nem se quer conhecia, eu estava mesmo disposta a ficar naquela cidade?- Viu? Se ao menos não consigo convencer alguém que posso deixar alguém a salvo, como poderei salvar alguém?

– Do mesmo jeito que sua mãe fazia.- Ele sorri como se lesse-me por inteiro.- Desde quando aceita alguém dizer quem você é?

Desde quando aceita alguém dizer quem você é, filha dos Reinos?”

“Quem você quer ser filha do amor?”.... Oh não! As vozes novamente...

Deixo escapar algumas lagrimas que queimam meu rosto ao seu cair, meu cérebro fica totalmente desnorteado e olho mais uma vez para o menino que dessa vez acariciava meus cabelos pedindo desculpa, mesmo não sabendo o que fizera. Que merda, por que se preocupavam comigo?

***

O vento soprava forte sem rumo jogando com força meus cabelos para lá e para cá. Estávamos numa espécie de playground mal terminado, onde sua única estrutura em pé era a de um castelo de madeira aos pedaços.

– Porque estamos aqui garoto?- digo me sentando no tal castelo de madeira. A vista maravilhosa de mar me acalmava e ressoava os sons das ondas batendo.

– Sabe, as paredes tem ouvidos... Regina descobriria nossa operação em instantes. Qual nome você acha que fica legal para nossa operação?

Cruzo os braços deixando de olhar o mar para o menino ao meu lado, ele de fato me lembrava alguém.- O que? Que operação? Quem é Regina criança?

– Ué nossa operação de acabar com a maldição...- Ah é claro, penso de forma sarcástica-Regina é a prefeita de “nariz empinado”... a Rainha má, minha mãe adotiva... Chame-a do jeito que quiser.

Sinto um veto percorrer minha espinha. A prefeita era a mãe dele? Ele é um órfão? É de se esperar o porque de você apegar-se a ele não é Emma? Olho para e pela primeira vez percebo, que seu olhos são parecidos com os meus... Eram duas bolas que exalavam tristeza e falta de fé, ou no caso dele, excesso de fé.

– Olha henry, querido, eu sei porque está sufocando nessa fantasia toda- Digo com os olhos mergulhado em lágrimas.- É o único jeito de você acreditar que pode ser diferente e que essa vida aqui é uma mentira, mas você vai acabar se machucando ainda mais. De graças a Deus que tem uma casa e uma mãe que te ame, do seu jeito, mas te ama. Eu não tive isso nem por um segundo, quando conseguia ser adotada sempre acabavam me devolvendo sem razão. Minha mãe ao menos teve a decência de me por num orfanato... Me deixou na beira da estrada e quase não resisti...

O garoto chora e me abraça. Por um estante fico sem reação, não era algo que estava acostumada. Tremula levo minhas mãos ao sua pequena cabeça e o acaricio. A sensação a seguir foi umas das melhores da minha vida.- Emma... Eu sei que você apareceu numa estrada, mas sua mãe a deixou num guarda roupa. E mesmo que não acredite, pelo menos ouça o motivo disso tudo.

–Eu estou ouvindo querido- Minha voz sai falha por causa dos choro.

–Para dar a você a melhor chance.- Meu mundo havia caído em uma só palavra. Flashbacks tomam minha cabeça e me fazem querer chorar mais e mais.

***

Antes

Danbury-2002

O choro delicado do bebe tomava conta do local fechado e fazia com que minha dor só aumentasse. Seguro firme na maca e choro de desespero. Tinham que tirar aquela criança dali, eu não me aguentaria.

Emma, é um menino- Continuo ali, estagnada e mordendo meu lábios para me forçar a não vê-lo, eu não podia fazer isso comigo... Não podia fazer isso com ele. Meu lábios começam a sangrar com tamanha força da pressão de meus dentes conta minha boca e o gosto salgado do sangue adentra em meu paladar.

– Eu não posso! Tirem o daqui, eu não posso!

– Tem certeza Emma? Ele é uma....- diz a enfermeira

– Eu não posso ser mãe! Tirem ele daqui!- grito em desespero, já não aguentava mais. O choro fica mais distante e ao virar para a porta consigo ver seu esbouço e suas mãozinhas ao ar, ele vira seu rostinho de forma angelical e estende suas mãos para mim pedindo que eu não o deixasse, mas isso não poderia ocorrer.- Me desculpe- Digo em meio aos choros olhando para seus olhinhos inocentes- Me desculpe, garoto.

Ao ver uma enfermeira entrando em meu quarto dei o meu colar, o colar que Neal havia me dado.

– De para o garoto.- Meus pais haviam me deixado uma coberta escrito meu nome, se eu não pudesse cuidar dele pelo menos deixaria uma parte de mim para ele saber que mesmo longe... Eu sempre estarei com ele.

Coloquei a mão no pingente que Killian havia me deixado, isso me reconfortou um pouco.

“ Cadê você quando eu preciso pirata?”, era a pergunta que fazia todos os dias, mas nunca obtive nenhuma resposta.

Eu queria dar a melhor chance para aquele garoto, mas sabia que sua melhor chance não era com uma presidiaria que não conhece nada sobre amor e família.

***

Agora

Storybrooke- Maine

Aquela conversa estava indo longe demais e me sentia destruída. Que diabos estava acontecendo comigo? Eu sou forte, não será uma garotinho que irá me derrubar.

– Tudo bem garoto, vamos. Sua mãe já deve está preocupada- Me levanto com os olhos inchados e dou um leve tapa em sua cabeça de brincadeira.

– Você promete que falará com ela sobre Mary?- Diz ele relutante

– Oh Deus, você é teimoso garoto! Okay falo com a Sr.ª prefeita sobre a Mary.

Em saltinhos agitados o garoto tagarela por toda a caminhada com um sorriso de orelha a orelha. Seguimos de mãos dadas até sua casa e ao ele se despedir de mim, com um longo e carinhoso abraço, eu sinto falta dele. Era algo que nem um dos mais sábios poderia explicar. Aquele garoto pegou meu coração por completo.

– Emma, e ai? Qual o nome que daremos a operação- diz ele em cochicho, estávamos em frente a sua casa e ele parecia levar tudo aquilo a serio.

– Não sei garoto, que tal “Hope?- Observo pela sua careta que esse nome não fez jus a sua história.

– Não, muito obvio..- diz ele pondo suas mãos ao queixo pensativo.- Que tal Cobra?

Ah fala serio, Hope tem muito mais haver com contos de fada do que Cobra. Será que há um conto que eu não conheço que falo sobre cobras? Pode existir, nunca fui de ler essas baboseiras.

– Não me parece muito com contos de fada...

– Essa é a ideia. Despistar qualquer sujeita. Eu sei eu sou muito esperto- Rio afagando sua cabeça, aquele moleque não existia, mas por mais que seja um tanto louco era muito inteligente, devo afirmar.

– Então será esse nome garoto.

– Estou doido para começar a operação Cobra Emma!- diz ele correndo para dentro da casa

– Eu também garoto.- E o que mas me assustava nosso tudo era que isso não era mentira.

Sorrio vendo ele entrar em casa, mas percebo que sua expressão muda drasticamente ao perceber sua mãe olhar da porta. Meu sorriso se esvai e a mulher, que usava mais um terninho... (Para que diabos ela usava aquele terno em casa?) Vinha até a mim.

– Porque você estava com meu filho- Ainda de longe, podia escutar sua voz alterada e de certa forma rude.

– Ele apareceu em meu quarto no Granny’s e acabei levando para passear pela cidade, algum problemamajestade?- Digo certa fome irônica olhando para a mulher que parecia querer me matar.

– E eu dei permissão Srtª Swan?

– Ah isso,- Lanço um sorriso- você nem sabia aonde estava seu filho para começar, se cuidasse mais dele saberia que ele precisa de carinho e amor urgentemente.

Um riso assombroso toma conta da rua e estremece as árvores, aquilo de certa forma me assusta.

– Não me subestime, não sabe que sou capaz. Posso acabar com sua vida em um estalar de dedo.

“Mais que minha vida já esta ferrada? Hmmm...Duvido”, penso.

– Não preciso de sua ameaça para sair daqui. Eu vim aqui para dizer que eu vou cuidar da Mary, quer você queria ou não.

– Você só deve estar se esquecendo que eu sou a prefeita, Srtª Swan, mas se quer mesmo cuidar daquela louca... Vai lá. Mas se não aguentar, não diga que não avisei.. Sabe... Ela é meio psicótica.

Meu sangue ferve sem explicação, cerro os punhos e, em um golpe rápido e doloroso, levo-o a sua cara.

Regina desnorteada retribui o mesmo tremendo de raiva. Sinto o escorrer do sangue no nariz.

– Não se meta comigo Swan, irá se arrepender.- Diz ela fechando as portas de forma bruta.

Sinto o meu equilíbrio me trair.

Tudo fica escuro.

***

Mordo meus lábios sentindo minha pele ficar em chamar. Estava ardendo. Grunhi de dor sentindo alguém tocar em minha cabeça. Aonde eu estava? Tento abrir os olhos mas uma dor insuportável de cabeça começa a me atormentar como uma punhal cravado em meu crânio. Em fim, depois de longos minutos, consigo em fim abrir aos poucos os olhos sem que a cabeça doesse tanto. O ambiente estava desvocalizado e somente conseguia ver borrões, fazendo-me reclamar da dor com um grunhido maior ainda.

Ouço passos desesperados seguidos de uma voz familiar falar “Está tudo bem, estou aqui”, aperto meus olhos afim de focalizar mais o que acontecia e percebo que eu não estava no Granny’s. O local cheirava a álcool e... Minha ficha cai quase que de repente, fazendo-me ver agora com clareza.

– Hook?!- Tento me levantar no desespero, mas minha falta de força não permite... Tomara que aquele pirata chegue bem perto de mim para eu dar um lindo soco naquela cara.

–Ei, calma ai nervosinha, não esta vendo que esta toda machucada? Só estou cuidando de você- Mas o que? O soco de Regina nem tinha sido tão forte e se me lembro bem, só havia feito um “pequeno” estrago no nariz.

– Como assim? Se eu me lembro bem só havia machucado o nariz...- Persisto.

– Sim love, seu nariz estava acabado, mas parece que a cabeçuda perdeu o equilíbrio e caiu num buraco que tinha entre o canteiro da casa da prefeita e a rua. Eu vi você a trouxe para meu navio cuidar de seus ferimentos.

– Eu não preciso de sua ajuda pirata!- Sabia que por traz daquele gesto gentil havia segundas e terceiras intenções. Tento me levantar de forma falha tomada pela raiva que queimava em meu rosto, bem, provavelmente era o rum que ele jogara em meus ferimentos, mas tudo bem. Reclamo de dor novamente ao cair de volta para sua cama.

– É, realmente consegue se cuidar sozinha... Um “obrigada” serviria loira.- em um arquear de uma de suas sobrancelhas ele chega perto e pega de seu bolso um pano e doutro um cantil que ele guardava suas bebidas. Sinto o arder repentino ao o álcool entrar em contado em minha pela, grito de dor deixando os momentos a seguir de certa forma constrangedores.

Hook pega em minha mão intacta para que assim eu pudesse apertar ao sentir dor. Em cada toque seu em meus ferimentos sinto um fogo percorrer em meu corpo e não era o rum ou choque térmico causado pelo ferimento e sim pelo desejo mais carnal e obscuro que alguém pode ter, rapidamente afasto esses pensamentos para longe. Eu não iria me permitir me machucar assim. Não de novo.

Quando ele pega na região mais afetada da queda, minha mão esquerda, lagrimas teimosas saem de meus olhos. Hook afasta meus cabelo em carinho reconfortante e seca as lagrimas de um jeito quase paternal... Eu o conhecia de algum lugar.

– Pirata...- Sorrio- o ferimento- Quebro o gelo rapidamente, aquilo estava ficando estranho.

– Ah sim, não precisa chorar novamente, a pior parte já foi- Diz ele em um tom preocupado.

Sinto pela ultima vez o rum entrar em contato com a pele de minhas mãos fazendo-me cravar as unhas da outra em Hook. Sorrindo ele pega o pano e leva a boca e sem desgrudar seus olhos profundamente azuis de mim, ele amarra de forma confiante na área infeccionada.E Por incrível que parece, nessa vez não havia segundas muito menos terceiras intenções, somente uma preocupação exacerbada comigo.

–Juro Hook, eu estou bem- O vento nas docas estava forte fazendo-me fechar um pouco os olhos- Não precisa me levar até casa.

– Mesmo se eu insistir você vai ficar me chateando a caminhada toda sobre isso... Então vai teimosa.

Vou caminhando pela doca mas acabo dando meia volta- Hook..- Ele volta a olhar para mim com um olhar curioso.- Obrigada- Assentindo ele volta ao seu navio. Ele era realmente um pirata? Caminho pelas ruas curiosas de Storybrooke que estavam vazias por causa da vasta chuva que tomara por hoje, avisto o centro psiquiátrico e fico em sua frente pensativa. Se eu entrasse ali, não estaria mudando somente minha vida como a de Mary... Eu realmente não queria piorar as coisas, mas eu também não ia deixa-la naquele lugar horrível.

Entro no hospital com certo nervosismo cravado ao peito e ao passar da porta já avisto com um olhar avoado e como sempre tristonho. Sorrio emocionada. Ela me dava algo desconhecido para mim, mas era bom.

Chego perto dela me agauchando. O sorriso nos lábios dela ao me ver é instantâneo. Eu posso fazer isso.

– Oi Mary, eu vou cuidar de você. Você vai para minha casa- De repente seus olhos tristonhos se transformam para um nevoeiro de felicidade que me pegou de surpresa, transmitindo toda aquela alegria e esperança...Mesmo que só por um instante


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