Run This Town escrita por Lady Mataresio


Capítulo 6
Capítulo 5 — The Man With No Fear


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM PELO AMOR DE STEVE ROGERS, POIS EU VOLTEI PARA DIVAR E NÃO SUMO NUNCA MAIS EM NOME DE ODIN!
Aqui estou eu, pequeninos e amados leitores, retornando com RTT! Demorei, mas reapareci meus lindões! E quero dedicar esse capítulo a todos vocês, que sempre acompanham e comentam na fic, mas um agradecimento especial a Lana, que me mandou uma MP linda perguntando da fic S2 Obrigada, meus lindos!
Agora, vamos ao capítulo? Boa leitura!
(P.s.: desculpem pelo formato do cap e por estar sem o banner, aqui está meio tarde e tenho que dormir. Amanhã arrumo)



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Capítulo 5 — The Man With No Fear
"Posso ser a filha do Hulk, mas isso não significa que sou uma super-heroína. E acho que nem quero ser."
***
Horas Depois
As unhas da garota batiam repetidas vezes contra o vidro, em um ato de pura ansiedade e nervosismo. Observava Bruce Banner dormindo um sono profundo com batimentos cardíacos medianos, mas ele não abria os olhos desde chegara na sede. E aquilo incomodava Lavínia Banner profundamente.
Ela queria poder abraçar o pai, dizer o quanto o amava e o repreender por ser teimoso a ponto de sumir pilotando uma nave da S.H.I.E.L.D., sentir as mãos dele passeando por seus cabelos e recordar da época em que era criança, onde ela deitava no colo do pai e o escutava contar contos de fadas para fazê-la dormir. Sorriu involuntariamente quando se lembrou de sua história favorita, A Bela e a Fera — e de como amava seu pai mesmo que ele pudesse se tornar uma fera quando ficava nervoso.
Logo, Lavínia lembrou-se de sua conturbada infância. Quando nasceu, Bruce ainda não ficava verde quando bravo — e era apenas um homem normal, que em uma noite com os colegas de trabalho acabou conhecendo uma linda garota; Topaz (n/a: se lê Tôupés) King. E em uma noite de bebedeira, acabaram cometendo um deslize... Um deslize que resultou no nascimento de Lavínia. No entanto, todo o caos após esses acontecimentos veio muito rápido.
Sua mãe morreu quando ainda tinha poucos dias de vida, quando o avião em que ela viajava caiu no mar. Bruce, poucos anos depois, acabou tendo seu DNA modificado. A pequena garotinha de cabelos loiro-acobreados foi mandada para a casa de uma prima distante, passando seus primeiros 5 anos longe do pai. E desde que ele havia voltado para buscá-la, eles nunca mais tinham se separado.
E agora ele estava inconsciente em uma maca de hospital.
A garota decidiu deixá-lo sozinho e procurar pelos poucos heróis que não estavam ocupados.
Passos firmes ecoavam pelos corredores da emergência, por todos os lados. Médicos e especialistas corriam para lá e para cá, os barulhos formando uma sintonia fúnebre dentro do local — afinal, não havia ninguém dentro da sede dos Novos Vingadores que não soubesse das últimas novidades.
O estado de Wanda Maximoff era mais grave do que pensaram. Lavínia suspirou ao se lembrar de ser culpada pelo estado da feiticeira.
Ainda na emergência, pôde ouvir a voz de Pietro Maximoff ao longe. Andando para encontrá-lo, o viu sendo segurando por Visão enquanto discutia raivosamente com um dos médicos. Atrás deles, a entrada que levava até a ala de cirurgias.
— Eu tenho o direito de vê-la! — Pietro exclamava, tentando se soltar do androide.
— A senhorita Maximoff está passando por uma cirurgia delicada, senhor Maximoff. Como eu já disse, é essencial que o senhor permaneça aqui para o bem da operação. — o doutor, cansado daquela situação, respirou fundo. — Se me derem licença, irei me retirar.
Ele abriu as portas de vidro e passou, as fechando novamente e trancando. Visão soltou o rapaz veloz, que bufou e socou uma parede, sentando-se em um dos bancos de espera em seguida.
— Peça para eles me deixarem vê-la, Visão. — suplicou o rapaz. Lavínia os observava no fim do corredor, claramente triste com o estado de Pietro. — Por favor.
— Eu verei o que posso fazer, senhor Maximoff. Só por favor, não faça nenhuma besteira. — ao terminar de falar, Visão entrou em outro corredor e deixou o garoto sozinho, sentado no banco. Seus dedos se enroscaram nos fios prateados enquanto abaixava a cabeça em um ato de tristeza.
A Banner caminhou em passos lentos até ele, ficando em pé ao seu lado.
— Pietro? —chamou ela.O inumano levantou a cabeça, os dedos ainda nos cabelos, e a fitou. Olhando de perto, ela podia ver que ele havia chorado. — Eu... Eu posso me sentar?
— Claro.
Ele se recompôs enquanto ela sentava; enquanto isso, ela se sentia desconfortável por estar ao lado de alguém que sofria por sua causa.
— Eu sinto muito. — ela disse, atraindo um olhar dele. — Isso que aconteceu com a Wanda...
— Steve me contou o que você disse a ele. — Pietro respondeu, sem tirar os olhos dela. — E não foi sua culpa, Lavínia. Você estava assustada... Todos estávamos. Não precisa se preocupar com isso.
Ele lançou um meio sorriso para ela, que corou por alguns segundos e desviou o olhar. Ainda se sentia culpada, mas saber que ele não a julgava a fazia sentir-se bem melhor.
— Aliás, obrigada. — ele se virou para ela novamente.
— Por...? — Lavínia questionou o Maximoff, segundos depois.
— Por ter me acordado. Acredite ou não, eu sei que foi você. — Pietro olhou no fundo dos olhos dela, tentando decifrar sua mente para saber como ela o havia trazido de volta.
— Você está enganado, Pietro. Eu não sou como vocês. — ela sorriu fraco. — Posso ser a filha do Hulk, mas isso não significa que sou uma super-heroína. E acho que nem quero ser.
— E o quê você quer ser, então? — ele perguntou, animado com o rumo que aquela conversa tomava.
— Hum... — a Banner parou pra pensar, e então se virou para ele, os cabelos loiro-acobreados balançando no ar. — Eu quero terminar minha faculdade de direito.
— Direito? — Pietro a fitou de cima a baixo. — Você não tem cara de advogada.
— Mas tenho espírito e é isso o que basta. — ela riu baixinho. — Sempre tive facilidade para falar em público e eu não consigo ficar sem resolver algum dos meus problemas. Quero ajudar outras pessoas a resolverem os delas também.
— Poético. — o Maximoff disse.
— Um velho amigo meu me disse isso. — Lavínia sorriu ao se lembrar do antigo amigo que a fazia companhia pelas ruas de Hell's Kitchen.
Ambos suspiraram, com pensamentos distantes. Pietro continuou a fitando, pelo canto dos olhos, sentindo-se completamente disposto a descobrir tudo sobre a cativante garota que conversava com ele naquele momento. Mas isso, depois que sua irmã estivesse bem de novo.
***
Longe dos outros Vingadores, em um dos laboratórios de informática de Tony Stark, se escondia o silencioso e arisco Gavião Arqueiro. Todos os heróis tinham encontrado ocupações fundamentais durante a confusão que ocorria na sede, mas como sempre, o herói menos influente havia ficado sem uma função. Mas isso não significava que ele ficaria sem fazer nada de útil. Quando a imagem de um velho companheiro apareceu na tela do computador que usava, sorriu contente.
— Você está mais corado, "Homem Sem Medo". — riu Clint.
— Você não muda mesmo, não é Barton? — Matt Murdock sorriu. Eles não conversavam há alguns anos. — Qual o motivo de urgência? Não tenho muito tempo.
— O que foi? O advogadozinho está fugindo do gavião aqui? Que coisa feia. — o sarcasmo de Barton fez Matt rir alegre. — De qualquer forma, é mesmo urgente. Estamos em uma situação um pouco complicada aqui na sede dos Novos Vingadores. Wanda Maximoff abatida e o grande Hulk inconsciente.
— Fico feliz em saber que encontraram o Bruce, Clint, mas... — o Murdock foi direto. — Eu não estou interessado em ser um Vingador e já deixei isso bem claro para a Nat da última vez que nos vimos. Minha carreira está melhor do que nunca na Nelson&Murdock, e pela primeira vez estou ganhando algum dinheiro na advocacia. Da última vez em que vocês me procuraram, eu quase morri e...
— Tá, tá, chega de discurso, senhor advogado. — Barton o cortou. — Já sei tudo isso. No entanto, eu não estou te pedindo pela milésima vez que se junte a nós, por mais que eu queira. O que eu quero te pedir é em relação a Lavínia.
Matt prendeu a respiração ao ouvir aquele nome.
— Aconteceu alguma coisa com ela? — questionou, preocupado.
— Não, não. — Clint falou. — Mas está para acontecer. Eu, você e Bruce somos os únicos que... Sabem do que ela é capaz, se é assim que podemos dizer. E, mesmo inconscientemente, ela conseguiu tirar um inumano de um coma.
— Oh, meu Deus. — suspirou Murdock.
— Eu preciso de ajuda, Matt. Ajuda para protegê-la. — o arqueiro falou. — Sabe que ela não está mais segura a partir do momento em que isso aconteceu.
— Eu sei. — falou o herói cego de Hell's Kitchen. — O que quer que eu faça?
— Nada. — Barton sorriu maroto. — Eu já fiz tudo por você, querido e bondoso amigo.
— O que você aprontou, pássaro de meia tigela? — questionou Murdock, preocupado.
— Espere e veja, caro Demônio de Hell's Kitchen, pois eu tenho que ir agora. — antes que Matt protestasse, Clint continuou. — Adiós. — e logo encerrou a ligação.
***
Seus braços estavam cruzados na frente do peito enquanto suas costas encostavam na gélida parede de cor azul claro. Respirava pesadamente, enquanto pensava sobre tudo o que havia acontecido nos últimos dias — e estremecia só de pensar na possibilidade de Wanda Maximoff não sair daquela sala de cirurgia. Viu Visão planando pelos corredores e, quando o androide também o notou, foi até ele.
— Precisa de alguma coisa, senhor Barnes? — Visão questionou.
— Ah, não, obrigada. — Bucky falou. No entanto, antes que o androide fosse embora, continuou a frase. — Eu só gostaria de saber... Se ela vai ficar bem.
Visão suspirou.
— Eu tenho certeza que sim. Wanda pode parecer uma boneca frágil por ser mais jovem do que os demais... Mas é mais forte do que vocês possam imaginar, senhor Barnes. — o robô falava de Wanda com ternura.
— Ela é muito determinada, não é mesmo? — comentou James. — Digo... Tudo o que ela fez pelo irmão e, agora, pelo Banner...
— Ela se esforça para ajudar os outros, senhor. E creio eu que isso é uma das coisas que eu mais admiro nela. — confessou Visão, um pouco receoso. Bucky, no entanto, sorriu.
— Então quer dizer que é possível um androide se apaixonar? — questionou o soldado, fazendo Visão se desconcertar.
— Provavelmente não, mas eu sou um modo de inteligência com traços humanos. Mas, claro, isso não significa que a afirmação que o senhor fez é de alguma forma verdadeira, ou tem alguma hipótese de acontecer. É fora de cogitação e... — o robô falava um pouco confuso.
— Eu estava brincando. — mentiu Barnes, rindo. — Pode continuar o que estava indo fazer, Visão. Vou continuar aqui.
— Certo.
***
Sentada entre tantos papéis e telefones tocando, Natasha Romanoff estava enlouquecendo. Após ter sido rebaixada a secretária de Tony Stark enquanto ele auxilia a cirurgia em Wanda Maximoff. Pessoas ligavam de todos os lugares do mundo em busca de reclamar, elogiar, perguntar sobre e até processar Stark. Os papéis de pesquisas e mais pesquisas do filantropo estavam espalhados por vários lugares da sala, e tudo aquilo deixou a agente louca. A mesma levantou e, sem receio algum, tirou tudo da tomada.
Os telefones logo pararam de tocar e ela suspirou, se jogando na cadeira de rodinha e girando no centro da sala. Os últimos dias estavam sendo totalmente estressantes para ela.
— Toc toc. — Natasha se virou para ver Steve, parado no batente da porta, com um meio sorriso. — A senhorita está ocupada?
— Eu estava. — ela falou sem se importar. — Stark não vai se importar se eu não atender alguns telefonemas enquanto ele salva uma vida.
O sorriso de Rogers morreu, e ele caminhou até Romanoff, se apoiando em uma das mesas de madeira.
— O estado dela é grave, Nat... Estou tentando entrar na ala cirúrgica há horas para pegar os dados da cirurgia, mas ninguém permitiu a minha entrada. Disseram que a entrada de qualquer pessoa pode prejudicar o processo da operação e, por isso, somente Tony e os médicos podem ficar lá dentro. A situação está péssima... — suspirou o capitão.
Natasha se levantou e encostou ao lado dele na mesa de madeira.
— Pode parecer que não, mas estou muito preocupada também. Nunca tivemos uma situação grave assim... Desde o Pietro. E ele ficou meses em coma, Steve. — Romanoff dizia. — Wanda e ele são só crianças nesse assunto, e agora também tem a Lavínia. Estão todos no meio do fogo cruzado.
— Eu realmente espero que nada de ruim aconteça a eles novamente. Não poderia suportar a hipótese de perder alguém da equipe, Nat.
A russa repousou, com delicadeza, a sua mão em cima da mão macia do americano, apertando com força. Ele a fitou e ela devolveu o olhar.
— Vai dar tudo certo, Steve. — a ruiva falou, sem tirar os olhos dele. — Acredita em mim?
— É claro que acredito em você. — o loiro também não desviou o olhar.
E foi daquele jeito que eles ficaram por longos minutos.
***
Já estava escuro quando Matt Murdock retornou ao seu apartamento em Hell's Kitchen. Após a ligação de Clint Barton, ele precisou comparecer a uma sessão no tribunal — que havia levado horas. Trancou a porta e sequer se deu ao trabalho de acender as luzes, caminhando cansado pelo corredor. Chegou na cozinha e, ao encostar no balcão americano, soltou a gravata apertava que usava e pegou uma garrafa de cerveja, dando um longo gole. No entanto, antes que pudesse pensar sobre os problemas que iria enfrentar dali em diante, ouviu um barulho diferente.
E então, com seus sentidos, pegou uma faca a centímetros de seu rosto.
Surpreso, o Murdock arfou várias vezes. Logo ouviu a voz, que jamais esperara ouvir de novo, ecoando em seu apartamento.
— Olá, Matthew. — disse o sotaque feminino que Matt conhecia de cor.
— Elektra. — ele falou.


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Notas finais do capítulo

E ACABOU, PANDINHAS
Não me matem, please. Ferrei com a Wanda e vou ferrar mais, se preparem -q MAS TEVE STASHA, TEVE PE E LAVS E TEVE CLINT COM DESTAQUE E TEVE COISAS NOVAS E TEVE DEMOLIDOR E ELEKTRA. Me amem -q
Espero de coração que tenham gostado desse capítulo de volta! O próximo sai dia 21/09 S2
BEIJOS E BEIJOS, MEUS LINDOS! Nos vemos nos comentários?