Chuva de Lágrimas escrita por Skadi, Ana Gomez


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Boa noite estimadas leitoras lindas e maravilhosas que fazem com que Ana e eu fiquemos sorrindo o dia inteiro ♥
Então, como expliquei para algumas leitoras enquanto respondia os comentários, pode ser que aquelas lindas e divas fantasminhas não saibam disso ainda: os capítulos por agora serão um pouco menores porque assim poderemos postar mais rápido, ok? Porém, não quer dizer que não existirão mais aqueles deliciosos de 2.500.
Outra coisa... Lady Stoneheart, sua linda, obrigada pela recomendação! Obrigada pelos elogios e pelo carinho. É super gratificante receber todo esse apoio de vocês, esse abraço (sim, nos sentimos abraçadas pelas palavras das recomendações, as dos comentários)!
Mais um capítulo saindo. Aproveitem a leitura.
Inté!

P.S.: Estamos respondendo todos os comentários com calma & com muito amor. ♥



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— Droga! Você está brincando, não é? — Jacob aproximou o banco da maca e encarou o amigo pensativamente. — Não, não está brincando. Você não brincaria com uma coisa séria dessas. Tem ao menos se alimentado direito?

— Ultimamente sim — ele respondeu, olhando bem para o moreno.

— Isso é bom. E a barba? Nunca imaginei que veria Edward Cullen com barba.

— Me incomoda — ele deixou os dedos correrem pelo emaranhado de fios que formavam sua barba. — Não me lembro duma época que estive sem ela.      Por que você fica me chamando de Edward?   

— Porque é o seu nome. É quem você é... Ou costumava ser. Depois te ajudo a se livrar — Jacob mexeu a mão na altura do queixo —, disso aí. O melhor a fazer agora, é ir para casa.  

— Casa? — Edward inclinou a cabeça, procurando alguma indicação de que aquele homem estava mentindo.

— Sim.

— Eu moro na rua. Não tenho casa.

— Não mais, meu amigo. Você tem uma casa, só esqueceu o caminho até ela — Jacob sorriu um pouco, tentando encorajar o outro homem, mas sabia que não adiantaria de nada.

— Amigo... — ele testou a palavra, achando-a estranha. Era verdade que ele lhe parecia e estava agindo exatamente como um amigo devia agir, apesar de Edward não ter uma ideia concreta sobre como amigos deveriam agir um com outro.

Ele levantou a cabeça quando uma música começou a tocar. Jacob colocou a mão no bolso da calça e tirou o celular.

— Eu tenho que atender. Qualquer coisa é só chamar uma enfermeira, ok? — levantou do banco e saiu, fechando a cortina. — Alô?

Edward esperou o barulho dos passos sumirem e deixou o corpo relaxar na maca. Estava cansado e sentindo um pouco de dor — o remédio ainda demoraria um pouco para fazer efeito. Fechou os olhos e antes que percebesse, foi vencido pelo cansaço.

*

Edward conseguiu equilíbrio suficiente para se levantar da cama e dar passos atrapalhados enquanto seguia Jacob para fora do cubículo da emergência. Cambaleou e quase caiu, sendo impedido pelo aperto forte do amigo em seu braço.

— Mais devagar, Ed. Ainda não pode correr uma maratona — Jacob brincou, sorrindo.

Normalmente o velho Edward teria participado da brincadeira, fazendo chacota de sua situação atual, mas o atual não fez isso. Ele apenas deixou um sorriso aparecer e sumir com a mesma rapidez.  Sentia-se incomodado por estar dando trabalho para outra pessoa.

Jacob o olhou por um momento antes de dizer:

— O médico disse que pode demorar um pouco mais até sua memória voltar — comentou assim que saíram do prédio. — Que te levar a lugares onde você costumava ir pode ajudar a trazer ela de volta. 

— E se eu não conseguir lembrar? — a pergunta saiu antes mesmo que notasse que estava pensando naquilo.

— Você vai continuar sendo o Edward, só que com barba.

Ele deixou uma risada baixa acompanhar a de Jacob e ambos entraram no carro. O moreno deu partida no Jeep e saiu do estacionamento. Edward estava tranquilo ao seu lado, no banco do passageiro, desfrutando da paisagem que passava rapidamente pela janela. Não sabia para onde seu amigo estava indo, não conhecia a cidade tão bem assim para dizer, mas simplesmente continuou perdido em seus pensamentos.

O lugar era o aeroporto e ele nunca tinha colocado os pés lá. Pelo que estava notando, ainda teria muitas primeiras vezes pela frente. Jacob não parou na ala de embarque ou desembarque como todos os outros motoristas estavam fazendo, ele contornou a entrada principal e foi por uma diferente. Depois que ele mostrou um cartão para o segurança, foi autorizado entrar com o carro.

Edward ficou um pouco deslumbrado por estar na parte de trás de um aeroporto, mesmo que o de Forks não fosse tão grande quanto o de Port Angeles. Jacob dirigiu até um hangar bem espaçoso, os pneus do Jeep contra o piso liso fazendo um barulho irritante.  

Era possível notar seu sorriso enquanto dava a volta e ia até a porta do passageiro. Edward não teve problema em abrir a mesma, mas como estava machucado e fraco, teria escorregado e caído se não fosse por Jacob ajudando-o a descer do carro.

— Por que não estou surpreso? — perguntou para ninguém em especial quando olhou por cima do ombro de Jacob e viu o jato. Estranhamente, não estava surpreso.  

— Talvez seja porque já voou muito nele, amigo — Jacob respondeu, colocando a mão no ombro do outro e sorrindo se virou para cumprimentar o piloto que estava abrindo a porta do jato. — Boa tarde, Laurent!

— Você só pode estar brincando!

Jacob deu um sorriso zombeteiro, vendo o amigo dar um passo a diante e olhar com mais atenção. Devia ter custado uma bela grana e ter dito que ele estava acostumado a usar aquilo o deixou bem surpreso.

— Vamos, estamos atrasados. Há algumas pessoas nos esperando em Washington. 

— Quem? E seu carro? 

— Já resolvi isso, Edward. Não precisa se preocupar — Jacob murmurou ajudando Laurent a terminar de descer a escada. — Sua família está te esperando, Edward.  

Jacob o ajudou a subir os degraus com paciência e uma vez que o interior luxuoso, decorado de forma elegante se tornou visível, Edward até esqueceu o que iria falar sobre ter uma família. Seus olhos percorriam todo o ambiente, absorvendo cada detalhe.

— Vá se sentar, vamos decolar em alguns minutos — ele se deixou ser guiado até uma das poltronas grandes e de aparência confortável sem dizer nada.

Sentou e afivelou o cinto. Quando o avião decolou e o deslumbramento com a visão maravilhosa das coisas pequenas lá embaixo passou, Edward fechou os olhos e deixou o analgésico que acabara de tomar fazer efeito.

Ele conseguia escutar o choro de um bebê. Sabia que tinha um por perto, mas não conseguia acha-lo. Levantou a cabeça, olhando ao redor. Encontrava-se em um aeroporto, um diferente daquele em que tinha entrado há apenas alguns segundos. Parecia ter chovido durante a noite, pequenas poças estavam espalhadas pelo asfalto. Devia ter chovido durante a noite, por isso que enquanto o sol aos poucos nascia, lançando um brilho rosado nas nuvens, ele viu um arco íris.

Uma mulher subia os poucos degraus para entrar no mesmo avião que ele reconheceu. Já não estava mais chovendo, mas ventava e estava frio. Ela puxou ainda mais para perto o pequeno embrulho que carregava nos braços. Sorriu ao ouvir o barulho ininteligível que o bebê fez ao esticar as mãos pequeninas cobertas por luvas de lã rosa.

Ele se aproximou um pouco mais, curioso. Ele já tinha visto aquela mulher antes em um sonho. Estaria ele sonhando de novo?

Logo atrás vinha um homem, contando alguma história envolvendo aviões e guerras para os dois meninos — um com cabelos bagunçados e mais baixo, o outro, moreno e com cabelos pretos como a noite — que seguravam suas mãos. As duas crianças arregalavam os olhos com a narrativa.

Ao entrarem na aeronave, elas deixaram seu contador histórias para trás e correram pelo pequeno espaço — o de olhos azuis alertou o mais alto para tomar cuidado quando ele quase esbarrou na mulher que arrumava uma pequena menina em seus braços. O homem estava sorrindo vendo as crianças arregalarem os olhos ao descobrirem compartimentos “secretos” nas laterais das poltronas cheios de doces.

— É melhor se sentarem, meus amores — a mulher falou carinhosamente, entregando a filha para o louro para que pudesse arrumar os meninos em seus lugares. — Precisam estar quietinhos quando o avião decolar. Edward, não dê língua para o Jacob, isso é feio.

— É um jato, mamãe — o pequeno Edward falou, sorrindo confiante por estar mostrando o que aprendeu com o pai e deixando a brincadeira com o amigo para depois. — Um avião seria bem maior e teria bem mais pessoas dentro.

— Onde nós vamos, tia Esme? — Jacob perguntou quando ela terminou de afivelar o cinto de Edward e se virou para arrumar o dele.

— Explorar um vulcão! — Edward gritou.

— Cavernas! — Jacob retrucou.

— Ilhas com piratas! — ambos disseram com ansiedade carregando suas vozes. Esme riu.

— Vocês terão que esperar até chegarmos lá para descobrirem — o homem falou, dando um beijo na testa do bebê.

— Ah, tio Carlisle! — Jacob suspirou decepcionado.

— Ah, pai! — Edward cruzou os braços e virou o rosto para a janela. — Aposto que se a Allie entendesse o que a gente fala, o senhor ia contar pra ela.

A única resposta ao comentário foi a tentativa do bebê de falar.  

Fazia algum tempo que estavam no ar. Em algum momento que ele não saberia dizer, deixou de apenas observar o que o pequeno Edward fazia e passou a ser ele. As nuvens se sobrepunham umas sobre as outras formando uma cama extra king size — era assim que ele gostava de imaginá-las: como uma cama enorme e macia. Estar vendo as coisas através dos olhos de uma criança era estranho, mas lhe parecia normal. Moveu o olhar para a poltrona a sua frente, o pequeno Jacob dormia encolhido e coberto com uma manta felpuda bege.

Esme e Carlisle também estavam com os olhos fechados — seu pai roncava baixinho e sua mãe, bem, até dormindo, Edward a achava a mulher mais linda do mundo. Crianças pequenas tendem a pensar isso de suas mães.

Mas aqueles não eram seus pensamentos. Não podiam ser. Não havia Esme, nem Carlisle e nem a pequena Allie. Ele estava no jato com apenas Jacob — um Jacob adulto e muito diferente do que estava a sua frente, dormindo tranquilamente — e a tripulação. E então a imagem começou a ficar desbotada e ele acordou.


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Notas finais do capítulo

Apareçam lá no face!
Link do grupo para que não tem:
https://www.facebook.com/groups/1648205522063173/

Com amor,
Jaci & Ana ♥