How Everything It Should Be - Hannigram & Johnlock escrita por killurdarlings


Capítulo 2
I Need Your Help


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Demorei um pouquinho, não é? Tenho que pedir desculpas, eu sei. E que eu estava sofrendo de um bloqueio criativo GIGANTESCO e não estava fácil. Mas agora, saiu o segundo capítulo e eu espero que vocês gostem!
Obs.: Tem Hannigram ♥

Boa leitura :D



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Em West End, a recém primavera tornava os dias claros e floridos. Mal conseguia-se lembrar da velha Londres fria. Em um bairro residencial burguês, uma mansão ganhava destaque devido a suas grandes varadas decoradas de flores típicas da estação. A mansão fora construída em um projeto vitoriano. Os grandes portões de ferro trabalhado, faziam um lindo contraste com o jardim extenso. As janelas e as portas eram todas adornadas de muito bom gosto, assim como o interior da casa. A elegância era visível em cada detalhe do lar. As cortinas de tecido bordadas com arabescos pesavam até o chão, harmonizando com os vários quadros raríssimos, espalhados pelo ambiente. A casa possuía grande calmaria dentro de todo o seu interior. Era possível apenas ouvir, muito distantemente, algumas risadas esporádicas, assim como um agitar de passos.



O som vinha do jardim dos fundos da grande casa. Lá fora, Will, brincava animadamente com um grande cachorro labrador. O cão pulava e corria em volta do moreno. Da soleira da porta, sentando em uma cadeira confortável, Hannibal observava seu companheiro. O Doutor estava como sempre muito bem vestido. Trajava um terno cinza delicado com detalhes em carmim. Tinha em seu colo, um volume expeço de "A Ideologia na Prática da Psicoterapia". Mas sua atenção deixara de ser a leitura, há alguns minutos. Hannibal, apreciava agora, toda a brincadeira de Will com o seu animal de estimação.


Will vestia roupas simples, como se planejasse ficar no jardim o dia todo. A maneira com que ele corria atrás do labrador (o qual deu o nome de Wylson) e rolava na grama era quase angelical, aos olhos de Hannibal. Ali ele conseguia ver toda a inocência de Will. A alma tranquila, os olhos radiantes. O doutor sabia que seria capaz de qualquer coisa para preservar esses momentos. Ele sabia que seria capaz de qualquer coisa para preservar Will, ali junto a ele.

–Ele poderia ficar aí o dia inteiro. - disse Abigail, sentando-se em uma cadeira de balanço ao lado de Hannibal. O doutor só percebeu a presença da garota quando ela se fez ouvir. Abigail tinha o hábito de se fazer cuidadosa com os ruídos, e Hannibal adora isso na filha.


Sim, filha. Era como o doutor considerava a garota, assim como Will. Depois que o investigador resolveu partir com eles de Virgínia e deixar a América para trás, finalmente assumindo seus sentimentos por Hannibal, tivera Abigail como sua filha, como a filha dos dois.

–E eu poderia ficar o dia todo, apenas observando. - disse Hannibal, docemente a menina - Will concentra uma paz Abigail, que dificilmente vemos em qualquer um.

–Eu gosto de vê-lo assim... sabe, feliz - a menina disse - Parece que ele se adaptou bem à Londres.

–Talvez, seja o clima...

–Ou o novo cachorro - Abigail disse rindo, fazendo Hannibal rir também.

–Posso saber do vocês dois que estão rindo? - disse Will, fingindo seriedade - Não seria de mim, é claro?

–Jamais cometeríamos tamanha indelicadeza, Will - Hannibal disse entrando na brincadeira do rapaz.

–Estávamos rindo de Wylson. Olhe como ele corre animado pelo jardim, como se tivesse um cachorro! - disse Abigail, fazendo os dois homens rirem. Will se sentou no chão, ao lado de Hannibal e juntos observaram Wylson correr em direção a varanda e deitar-se em cima dos pés do Doutor, que o olhou com uma visível cara de desagrado, fazendo Abigail rir.

–Ansioso para a entrevista? - perguntou a garota.

–Meu deus! Me esqueci completamente! Que horas são? - Will levantou-se apressado do chão, caminhando para dentro da casa, parando na porta.

–Ainda tem uma hora, Wil l- disse Hannibal que agora também levantava da cadeira, assim como Abigail - Eu tomaria um banho.

–Eu posso ir junto? - perguntou Abigail - Preciso ver jovens, não conheço ninguém nesse lugar! - reclamou emburrada, fazendo Will sorrir e dizer:

–Claro. Mas, imagino que todos os jovens estarão estudando, afinal, é uma faculdade.

–Não importa, só quero sair um pouco. Fico pronta logo! - a garota adentrou a casa empolgada, deixando Will e Hannibal ainda na porta da varanda.

–Logo, ela fara amigos. - disse Will a Hannibal, que parecia exageradamente preocupado - Tudo tem seu tempo.

–Não duvido disso, Will - respondeu mudando o semblante de preocupação - Só não a quero deprimida.

–Nenhum de nós queremos! - disse o moreno se aproximando do Doutor e dando um leve beijo em seus lábios - Agora, como você sugeriu, vou tomar um banho.



Will finalmente entrou em casa e foi direto para o seu quarto, que agora dividia com Hannibal. O comodo era extenso e sofisticadamente decorado, como o resto da casa. Will trocara a decoração exuberante por um cão de estimação, achara justa a troca.


Entrando no banheiro do próprio quarto, despiu-se e ligou a ducha, afim de tomar um banho rápido, afinal, o caminho até a universidade, demoraria pelo menos, meia hora. O moreno teria uma entrevista naquela manhã, para uma nova vaga que surgira como professor da Universidade de Criminalistica de West End. Will estava feliz por retomar sua Ex profissão, infinitamente mas tranquila do que a de Agente Especial do FBI. Will queria recomeçar sua vida, em um novo lugar, com uma nova família.


Ele queria esquecer o passado. E foi isso que fez, quando decidiu não entregar Hannibal a Jack Crawford e fugir com o psiquiatra para a França, junto de Abigail, que descobriu estar viva quando aceitou a proposta de fuga de Hannibal. Jack não teve como incriminar Hannibal, de todos aqueles assassinatos, que antes tiveram como principal suspeito Will. Mesmo sabendo da verdadeira versão, Jack ficou sem provas quando o Ex detetive resolveu enfim, aceitar o doutor efusivamente em sua vida. Viajaram os três para a Europa (Will,Hannibal e Abigail), deixando tudo para trás. Deixando também, um pilha gigantesca de teorias para Freddie Lounds abordar em seu site. O famoso post "Murder Husbands" teve seu auge de acessos e compartilhamentos, quando em fim, a noticia da viagem a Europa do Doutor Psiquiátrico, Hannibal Lecter e o Ex- agente especial do FBI e ex-condenado pelos casos do Estripador de Chesapeake, Will Graham, chegaram ao jornais locais.



O problema é que Will não se adaptou a vida em Paris, e Hannibal se viu abandonando a capital francesa e se mudando para o urbana Londres, a onde o estilo de vida se parecia muito mais com o que Will levava antigamente. Comprou uma casa em um bairro residencial e armou a desculpa de que em troca de poder decorar a casa à sua maneira, Will poderia adotar um cachorro. Finalmente, Hannibal convenceu Will a voltar a trabalhar como professor, arrumando uma entrevista na renomada Universidade de Criminalística do local. Tudo parecia estar finalmente se encaixando.


Saindo do banho, Will encontrou Hannibal sentado em sua poltrona no quarto, perto das grandes janelas, dando continuidade a sua leitura da varanda. Encontrou também em cima da cama de casal, um par de roupas combinadas harmonicamente com as meias e gravata.

–Não espera que eu use isso, não é? - disse Will erguendo a calça social.

–A primeira imagem, é sempre causadora de impressão. Bem você sabe, Will. - afirmou Hannibal, levantando da poltrona e indo em direção ao moreno, que arruma desajeitadamente o blazer. o Psiquiatra pegou a gravata de cima da cama e passou-a por volta do pescoço de Will, arrumando-a.

–Vai me desejar 'boa sorte'? - perguntou o moreno com um sorriso ancioso. O nervosismo de Will era quase palpável.

–Você não precisa. - Hannibal sorriu, terminando de amarrar sua gravata e lhe dando um beijo. Will deixou-se levar pela sensação dos lábios do mais velho, sentindo-se mais seguro de si. Hannibal sempre tinha esse poder sobe ele. O Moreno levou sua mãos a nuca do Doutor e o mesmo desceu as suas pela cintura de Will. Quando de repente, ouviram um tossir leve na porta do quarto, chamando-lhes a atenção.

–Não queria atrapalhar o clima do meu casal favorito, mas eu já estou pronta! - Abigail sorriu apontado para o relógio de seu pulso.

–Certo, acho que eu já vou indo. - Will se separou de Hannibal, levemente envergonhado e pegou sua carteira que estava na escrivaninha ali perto. Hannibal parecia se divertir com o constrangimento do parceiro.

–Vejo vocês, mais tarde. - disse Hannibal, beijando levemente Will novamente nos lábios, deixando o moreno ainda mais constrangido e beijando a bochecha e Abigail que parecia divertida com toda a situação.


Então, Will e Abigail entraram no carro e foram a caminho da Universidade, felizmente o transito estava tranquilo e chegaram no local no horário correto. Caminharam pelos grandes corredores, vazios naquela hora devido as aulas, o que deixou Abigail dececionada. Ao chegarem na sala do funcionário que entrevistaria Will, Abigail disse:



–Vou dar umas voltas por aí, talvez ir até a biblioteca, tudo bem? Quando sair, me ligue e nos encontramos. Ah, e boa sorte! - a menina lhe beijou o rosto e saiu andando, corredor a frente. Will não demorou muito para ser chamado, e logo estava sentando tendo sua entrevista.

–Sr. Graham, gostaríamos que soubesse que teve ótimas recomendações. Tivemos o prazer de receber uma ligação do Doutor Psiquiatra Hannibal Lecter, que soube de sua intenção para o cargo. - falava um senhor de meia idade, com um tique incessante de encolar o bigode nas pontas dos dedos - Ele comentou que trabalhavam juntos na América e me disse que sua dinâmica dentro da sala aula é magnifica.

–São palavras muito gentis Sr. Henden, de fato eu e o Doutor Lecter já trabalhamos por um longo período juntos. - disse Will levemente envergonhado. Então fora isso! Hannibal, armara um jeito dele ser aceito para o cargo. Will ainda ficava impressionado com a capacidade de manipulação de médico. De um certo modo, até admirava isso.

–Certo. Então, vamos começar com algumas perguntas, Sr. Graham.


[...]


Enquanto Will fazia a entrevista, Abigail caminhava pelo campus da Universidade. Apesar de vazio demais para o seu gosto, era bom estar em um lugar a onde vários jovens de reuniam. Lhe fazia sentir saudades da época de escola, de suas amigas. Abigail já tinha 17 anos, talvez fosse hora de pensar em uma faculdade. Deveria deixar o passado para trás, deveria deixar a filha de Garret Jacob Hobbs, para traz.


A garota caminhava cada vez mais para o interior da Universidade, via de vez em quando, um ou dois funcionários, mais eles não pareciam preocupados com sua presença ali. Até que ela começou a ouvir um burburinho, vindo de trás de um prédio de estatura média. Ao ir se aproximando, o burburinho ficava cada vez mais audível. Quando dobrou a estrutura, percebeu um amontoado de policiais, bombeiros e reportares no local. Havia uma área isolada perto de um grande chafariz, a onde policiais forenses removiam dois corpos do lugar. Abigail viu a cena como um déjà-vu. Já havia visto cenas muito parecidas com aquela, e a curiosidade aumentou consideravelmente quando viu de longe, um homem esguio, alto de cabelos negros e encaracolados que parecia preocupado demais com o chão em volta do chafariz. Ao se aproximar ainda mais do local a menina pode ver com mais clareza, o chão respingado de sangue, fazendo um desenho que parecia com...parecia com... asas, a menina virou a cabeça, ...com anjos!


Ao olhar aquela imagem, um súbito choque lhe atingiu, como se aquilo fosse extremamente familiar. Antes de poder se afastar de onde estava (agora bem perto, encostando-se nas faixas de sinalização), Abigail sentiu um empurrão no braço. Ao olhar na direção da força, viu que um garoto esbarra nela. Ele parecia ter a mesma idade que a sua, e tinha olhos tão azuis que foi impossível não encara-lo por um tempo que seu pai, Hannibal, consideraria rude. Pensar em Hannibal fez a garota ter uma espécie de revelação, mas antes que pudesse pensar de fato no assunto, ouvir o garoto dizer:

–Você não presta a atenção, menina? Está me atrapalhando! - Hamish Scott disse grosseiramente a Abigail, que estava dificultando sua passagem para além da área de isolação.

–Desculpe, é que eu... - Abigail olhou para o chão novamente, ainda chocada - Eu..

–Nunca viu algo do tipo. É, já sei. Para a maioria das pessoas e bem chocante. Agora, se quiser me dar licença - disse o garoto impaciente. Aquilo irritou Abigail. Quem era aquele garoto que vendo seu estado de choque, conseguia ser extremamente rude.

–Não para mim. Estou acostumada e nem por isso deixo de ser educada com as pessoas - Abigail o encarou nervosa.

–Está acostumada? Como assim? - perguntou Hamish, ignorando a alfinetada da garota.

–Bom, eu já vi disso. -respondeu breve, se repreendendo por falar sobre o assunto. O garoto que a agora a olhava com curiosidade teve sua próxima pergunta interrompida, pela voz do pai que o chamava de longe.

–Eu preciso ir - disse Hamish, se virando e indo até onde Sherlock estava, até que ouviu a voz da garota novamente.

–Ei, espere! Olhe aquilo! - ao se virar, Hamish viu a garota apontando para um árvore, que estava logo após a cerca que delimitava as instâncias da Universidade. Quando focalizou melhor sua visão, pode enxergar, ainda de maneira turva, algo pendurado em um galho do alto da árvore. Saindo de vez da área isolada, caminhou mais para frente, acompanhado pela garota.

–Aquilo é o que eu acho que é...? - pensou Hamish em voz alta.

–Acredito que sim. É um...um coração. - disse Abigail olhando para o topo da árvore. Hamish gritou pelo pai, que se preparava para chama-lo mais um vez. Quando Sherlock saiu da área de isolamento, e caminhou de encontro ao filho, ele lhe apontou a árvore.


Sherlock olhou aquilo chocado e entusiasmado ao mesmo tempo. Tirou o celular do bolso e discou rapidamente vários números nele, posicionando em seguida, o celular perto do ouvido.

– Alô, John? Eu preciso da sua ajuda!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Awww, Abigail e Hamish já se conheceram ♥ E confesso que adorei fazer esse final, o Sherlock pedindo ajuda para o John é tão *-*.
A música que indico para esse capítulo é a Young and Beautiful , da Lana Del Rey. Pode parecer não ter nada a ver, mais o som é bacana e combina com a fic.
Enfim, até o terceiro capítulo, a onde um personagem MARA vai aparecer. Se liguem, em! Beeeijos!