How Everything It Should Be - Hannigram & Johnlock escrita por killurdarlings


Capítulo 1
The Beginning


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Este é o primeiro crossover que eu faço de Sherlock e Hannibal. Espero que gostem!
Obs: Esse capítulo é exclusivamente Johnlock.
Boa leitura :)



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–Hamish, pegue o seu casaco, nós temos um caso!- Sherlock Holmes gritava animado do andar de baixo do 221B Baker Street. Era o primeiro caso depois de um longa semana tediosa e o moreno mal se aguentava de excitação. Lestrade havia acabado de ligar- como sempre fazia quando um importante caso surgia- dizendo que fora encontrado dois corpos no campus da Universidade de Criminalística de West End. Enquanto Sherlock vestia seu habitual sobretudo, Hamish seu filho, descia as escadas ainda mais animado que pai. O garoto tinha 17 anos e contava com toda a energia que um adolescente poderia ter. Bem, energia para certas atividades, como resolver crimes. Mas o que podia se esperar tendo pais como Sherlock Holmes e John Watson?


Hamish passava a mão sobre os cabelos castanhos claríssimos (quase loiros) e pegava seu casaco, como o pai havia lhe aconselhado. Sherlock percebeu que o garoto acabara de acordar, devido a suas roupas amassadas e sua cara inegável de sono.

–Não dormiu a noite porque estava lendo os meus relatórios, então, caiu no sono a alguns minutos atrás- O pai observou. Hamish sabia que não era uma pergunta, muito menos uma bronca. O garoto sabia também, que Sherlock não se importava com que ele ficasse até mais tarde lendo relatórios policiais, muitas vezes o pai até o acompanhava pela madrugada em suas leituras.

Quem não apreciava nada essa prática era seu outro pai, John. Ele sempre dizia que Hamish precisava dormir pelo menos oito horas por dia e que alguém tão jovem não deveria ficar estressado devido a uma noite mal dormida. Mas Hamish tinha dificuldade para dormir, assim como Sherlock. Aliás o garoto era muito parecido com Sherlock. Não na aparecia, afinal, ele era fisicamente, a copia fiel de John. A mesma cor de cabelos, o formato do rosto, os olhos claros...se diferenciava apenas na altura, Hamish era tão alto quanto Sherlock, mesmo com apenas 17 anos. Já a personalidade de Hamish era inconfundível, ele era um segundo Sherlock Homes. O garoto tinha incríveis habilidades de dedução e um franqueza que muitas vezes ofendia a quem não estivesse acostumado com os Holmes.

–Sim...estava entediado. Mas agora temos um caso! O que Lestrade disse?- O garoto perguntou sorrindo, com uma cara de quem pedia "Não conte ao John de minha noite mal dormida, por favor! ". Sherlock não pode evitar um sorriso.
–Foram encontrado dois corpos totalmente dilacerados no campus de uma universidade. Aparentemente ninguém viu como eles foram parar lá. Lestrade descreveu a cena como "impressionantemente assustadora". Ah, eu mal posso esperar!- Falou Sherlock, já descendo as escadas, acompanhado de Hamish. Os dois poderiam saltitar de tanto entusiasmo


Logo que saíram do 221B, Sherlock chamou por um táxi e rapidamente seguiram em direção a Universidade. No trajeto Holmes não pode deixar de notar o quando seu filho estava ansioso. Toda vez que se encaminhavam para um cena de crime juntos, Hamish ficava nervoso. Sherlock sabia que todo esse nervosismo se dava devido ao que o pai- ele- pensaria de Hamish. O garoto se sentia inseguro perto das habilidades do pai, o que Sherlock considerava extremamente desnecessário, afinal seu filho era um detetive muito talentoso. Era o primeiro de sua classe na universidade de criminalística e já fazia um estágio na Scotland Yard, graças a ajuda de Lestrade, seu tio. Esse comportamento de Hamish trazia a Sherlock um clara visão de John. Apesar de todos os anos de experiência, John sempre ficava nervoso quando iam de encontro a uma cena de crime. Mesmo agora, que trabalhava em um hospital e consequentemente participava menos das investigações. Sherlock sentia uma certa saudade do companheiro em todas as suas aventuras, mas ele sabia que John adorava seu trabalho, que adorava ajudar as pessoas, mesmo que isso lhe custasse algumas noites de plantão e alguns crimes a menos. Sherlock ainda se surpreendia com a forma que sua vida mudará á 17 anos atrás, quando Mary foi embora, depois de tudo que John descobriu- e aceitou- sobre ela.


Logo após Sherlock ter sido mandado para o "exílio" depois de matar Magnussen afim de proteger John e Mary, e ter sido chamado de volta depois da súbita aparição de Moriarty, Mary Watson mudou. Se tornou introspectiva e extremamente mal humorada, o que estava deixando John totalmente desgastado. E Então, alguns meses depois, veio o nascimento da criança,- o que foi uma surpresa, afinal todos esperavam uma menina. O médico do parto acabou revelando que imprecisões no exame de sexo dos bebes são mais comuns do que imaginamos- um menino extremamente parecido com John, que em quase nada lembrava Mary. John parecia encantado pela ideia de ter um filho e Sherlock adora vê-lo assim.

Naquela altura, o moreno já sabia exatamente tudo que sentia por Watson ou tudo que sabia sentir até aquele momento, pelo menos. Ele havia se apaixonado por John, quase sem perceber. Mas o loiro era um homem casado, um pai feliz. Sherlock não se via no direito de falar sobre seus sentimentos a John, mesmo que isso o machucasse cada dia mais. A relação do médico com o detetive mudou depois de alguns dias após o nascimento da criança. Mary fugiu do hospital deixando seu filho e John para trás. A notícia foi um grande choque para Watson, que ficou sem reação com a atitude da esposa. Ela não lhe disse nada, nem se despediu. Nem ao menos se preocupou com o filho recém nascido e isso John jamais perdoaria. Quando a criança foi liberada do hospital, John fez questão de registra-la logo em seguida. Hamish Scott. O nome surgiu após uma breve conversa na porta da maternidade do hospital.


~Flashback On~


John olhava seu filho pelo vidro da sala de maternidade. A criança de diferenciava das demais devido aos seus cabelos claríssimos e seus vibrantes olhos azuis. John agora era pai e não fazia a menor ideia de como cuidaria de seu filho a partir daquele momento. Mary fugira covardemente sem ao menos se dar ao trabalho de avisa-lo. Como ele pode ser tão estúpido em acreditar que Mary se importava com ele ou com o próprio filho? Ele a perdoara, depois de tudo que descobriu a seu respeito. Depois de ter atirado na pessoa mais importante de sua vida, seu melhor amigo, Sherlock Holmes. John não conseguia imaginar o que aconteceria se Mary tivesse matado Sherlock. Ele não conseguiria olha-la de novo, não se isso tivesse acontecido. Mas mesmo assim, depois de tudo isso ela ainda fora capaz de abandona-lo sem a menor consideração. John estava perdido, perdido e cansado. Sua vontade era de se sentar em sua poltrona no 221B e chorar, chorar tudo que um homem poderia chorar. Mas ele não podia dar-se ao luxo de se deprimir, não agora que tinha nas mãos a responsabilidade de um vida. O consolo de John era ficar ali, em frente a maternidade vendo seu filho dormir tranquilamente, tão inocente. Para a surpresa do doutor, Sherlock permanecera com ele todo o tempo. Não falava muito, só ficava ao seu lado, como se a qualquer momento John fosse desmoronar e ele estaria ali para ampara-lo.


–Ele ainda não tem um nome- disse John a Sherlock, que como de costume estava ao seu lado olhando fixamente a criança- Mary e eu só pensamos em nomes de menina. Eu...eu não sei...não sei que nome dar- John olhou para os pés. Ali estava ele, totalmente perdido. sem nem ao menos saber qual nome dar ao próprio filho.
–Hamish. Se estiver procurando por nomes de bebes- falou Sherlock com sua voz rouca, dando um leve sorrisinho de lado. John riu um pouco mais alto do que achou apropriado.
–Hamish...é um bom nome...Hamish...Scott, que tal?- perguntou o loiro um pouco envergonhado por sugerir o nome do meio de seu amigo. Sherlock ficou sem reação e piscou várias vezes, como se estivesse tentando associar aquela informação.
–É um nome horrível John- o moreno respondeu sério- Mas vai funcionar- e então os dois se entreolharam e não conseguiram segurar uma grande gargalhada. O que Mrs. Hudson pensaria quando descobrisse que haviam dado a criança o nome de John e Sherlock? Deus o que falaria Lestrade ou Mycroft? John não se importava, aquele era um nome perfeito.


~Flashback Off~


Então Hamish Scott foi crescendo com o tempo. John se mudou novamente para Baker Street e Sherlock foi se apegando a criança aos poucos. No começo, ele reclamava que era difícil conciliar as investigações com uma criança em casa e que não conseguia pensar com o choro de Hamish, até ele perceber que era o único que conseguia acalmar a criança quando ela começava a chorar. John era o pai mais cuidadoso que podia se imaginar. Por vezes Sherlock tinha de convence-lo que era apenas um resfriado, apesar de John ser o médico ali. Mrs. Hudson era a vovó-como ela gostava de se alto nomear- mais carinhosa de todas. Fazia as papinhas e trocava a criança com tanta tranquilidade, que Hamish sempre dormia sobre seus cuidados. Até mesmo Mycroft aprendeu a gostar da criança, que segundo ele demostrava ser muito mais inteligente do que as crianças de sua faixa etária.

A relação de John e Sherlock também mudara. No começo eles ainda se tratavam como amigos, até certa noite, em que Hamish chamou John de papai e logo em seguida chamou Sherlock de papa. Foi nesse momento em que John se deixou levar por todo aquele sentimento a muito tempo guardado e beijou Sherlock na mesma hora, pulando em cima dele e jogando-o no sofá. O moreno correspondeu ansiosamente, apesar de seu evidente constrangimento. Depois disso a relação dos dois cresceu e se estabilizou. Eram agora um casal, um tanto quanto incomum, afinal Sherlock ainda tinha sua personalidade difícil e John ainda era gentil e compreensivo- e irritado. Nesse mesmo período Mycroft e Lestrade assumiram seu relacionamento, deixando um John super contende e um Sherlock chocado. Ele não compreendia como alguém podia gostar de Mycroft, segundo suas próprias palavras. Quando Hamish fez um aninho de idade, John fez questão de alterar todos os documentos do filho, acrescentando o sobrenome Holmes. O gesto deixou Sherlock tão emocionado a ponto de organizar junto a Molly e Mrs. Hudson uma festinha surpresa para Hamish, e então foi a vez de John ficar totalmente emocionado. Um mês após o aniversário de Hamish, Lestrade trouxe a novidade de que ele e Mycroft seriam pais também de um menino. Haviam feito inseminação artificial em um mulher meticulosamente escolhida por Mycroft. E assim seguiu a vida em 221B Baker Street. Hamish Scott Watson-Holmes, cresceu e se tornou brilhante como Sherlock, corajoso como John, astuto como Mycroft e leal como Lestrade. A vida de Sherlock era incrivelmente boa, e ele não poderia estar mais feliz com isso.


–Chegamos pai- Hamish disse descendo do táxi e tirando Sherlock de seus devaneios-Você não disse que "uma universidade" , era a minha universidade- o garoto comentou olhando para o pai que tinha uma cara de puro tédio em relação aquele detalhe. Caminharam em direção a esquipe de criminalística que estava reunida em volta de um grande chafariz rodeado por fitas de sinalização e pessoas curiosas. Ao chegarem mais perto, a expressão de Lestrade no telefone fez muito mais sentido. Haviam dois corpos, uma mulher e um homem, provavelmente beirando aos 30 anos, eles tinham uma enorme cavidade aberta no abdômen e todos os órgãos haviam sido retidos dali. Estavam deitados com os braços estirados, como se fossem anjos. A imagens era perturbadora em vários sentidos.


–Parece que o natal chegou mais cedo esse ano-disse Sherlock ao filho que o olhou entusiasmado.
–Vamos abrir os presentes?-brincou Hamish. Sherlock e o filho trocaram um olhar cumplice, dando um risinho de empolgação. Aquela seria um grande investigação.


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Notas finais do capítulo

E aí galera, o que acharam? A parte que conto brevemente sobre o pequeno Hamish foi inspirada pela música Photograph, do Ed Sheeran (sério, assistam o vídeo e vejam que tem tudo a ver). Quero reviews em! Em breve sai o segundo capítulo, até mais!