You and Me escrita por Julie Kress


Capítulo 48
Please Don't Leave Me


Notas iniciais do capítulo

Hey, amores!!!

Aí está mais um capítulo de YAM!!!

Escrevi ouvindo Please Don't Leave Me-Pink, usei alguns trechos da música nesse capítulo.

Espero que gostem!!!

Boa leitura!!!



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P.O.V Da Sam

— Por favor, não vá, fique... - O detive, espalmando as mãos por seu peito. - Você achou mesmo que eu não ia aceitar seu filho? Um ser tão inocente que não vai ter o carinho e o amor da própria mãe? - Subi as mãos para o seu rosto. - Meu amor, eu juro pra você que ele terá tudo que eu puder dar para ele. Amor maternal, carinho, e tudo mais que uma criança precisa. - Falei tomando uma importante decisão que mudaria minha vida para sempre.

— Por Deus, me perdoa por subestimar você. - Me abraçou com força, me tirando do chão. - Eu te amo muito. Você é a mulher mais incrível do mundo! - Girou nossos corpos.

Ele me colocou no chão, e tomou meus lábios.

— Você tem certeza de que quer isso? - Perguntou quando encerramos o beijo.

— Tenho. - Respondi, convicta. - Rachel está de 3 ou uns 4 meses, certo? - Passei os braços ao redor do seu pescoço.

— Ela já vai fazer 7 meses daqui há 5 dias. - Beijou meu nariz.

— Temos tempo para reformar o quarto que está desocupado, comprar a mobília, o enxoval e vou começar a fazer os croquis amanhã, e fazer a lista do enxoval também... Ele terá o quarto mais lindo de todos que já arquitetei! - Falei tendo em mente o projeto inteiro.

— Não duvido, amor. - Riu me roubando um selinho. - Agora vamos dormir, minha arquiteta que vai ser a mãe coruja mais linda do mundo. - Pegou a minha mão.

— Vamos, futuro papai babão! - Concordei.

Naquela noite fiquei sabendo sobre Rachel. Pude dormir aliviada sabendo que ela não era uma ameaça para nós, e assim como o Freddie eu já respeitava a decisão dela. Ela não queria ser mãe, era uma escolha dela. E ainda no colegial, eu perdi um filho, uma dor que nunca superei. Mas olha como funciona as coisas em nossas vidas, não é mesmo? Tudo já estava escrito, o que é pra ser, assim será. Vou ser a mãe que essa criança precisa, eu não poderia recusar essa oportunidade, é um presente de Deus. E vou recebê-lo de bom grado. O Freddie é o homem que eu amo, e não estou fazendo isso apenas por ele. Estou fazendo por nós e por essa criança.

Dias depois...

O meu moreno acordou bem cedo. Ele havia conseguido um caso delicado, um casal divorciando estava em guerra por causa de um cachorro. Ambos queriam a guarda do animal, a mulher contratou o Benson. Ele foi indicado por um colega que trabalha ao lado de um escritório de Advocacia em Seattle, e a mulher que é sua vizinha queria contratar um excelente advogado. Ela ligou no dia anterior, ele foi encontrar com ela em sua residência, aceitou o caso e eu ri muito quando ele chegou em casa dizendo que trabalharia naquele caso especial, parecia tão confiante, já estava até animado para pôr as mãos na grana que a tal madame havia prometido a ele, se ele conseguisse a guarda do filho de quatro patas para ela.

Fiz algumas piadinhas o provocando, mas ele não se importou. Apenas se gabou dizendo que jamais perdeu um caso, e que aquele seria fichinha.

E às 10:00 da manhã recebi uma ligação. Fiquei super animada, uma cliente da Cafeteria que eu trabalhei na reforma, gostou demais do meu projeto e acabou pedindo o número do meu escritório para a dona do estabelecimento. A minha secretária passou meu número e conversei com a mulher por cerca de 20 minutos, ela disse que havia comprado um bar antigo em Elliott Avenue e que queria transformar aquele estabelecimento num Pub moderno e sofisticado.

Tomei um banho rápido, montei meu look de arquiteta séria e extremamente profissional ou seja, meu uniforme. Arrumei meus equipamentos de trabalho colocando-os na minha pasta preta A4 (os equipamentos de proteção já estavam no carro) e liguei para a Cassie, minha assistente. Lhe informei sobre a obra em que iríamos trabalhar durante a semana. Ela ligou para a nossa equipe e fomos nos encontrar no bar com a mulher que solicitou o nosso serviço, além da Cassie, a nossa equipe era composta por competentes profissionais, um engenheiro e seu ajudante, dois especialistas em instalação elétrica, três rapazes que trabalhavam na área de instalar móveis/construir mobílias sob medida, e etc... O Puckett's Escritório, era meu escritório de Arquitetura&Decoração que ficava em ali Belltown mesmo à pouco metros de onde eu morava. Demorei 8 meses para montar meu próprio escritório, não era grande coisa, mas era meu e eu tinha muito orgulho por ter conseguido construir com muito suor e dedicação, e eu tinha um carinho enorme pelas pessoas que trabalhavam comigo.

[...]

Jeanine Mason era a mulher que havia contratado o nosso serviço, ela estava com um pouco de pressa. Quando chegamos ao bar ela logo avisou que queria que tudo ficasse pronto em menos de 3 semanas, conversei com ela por cerca de meia hora para acertarmos todos os detalhes sobre a obra. Jeanine foi muito direta dizendo o que queria no Pub e que o dinheiro não era problema, ela estava empolgada e eu também acabei me empolgando com o projeto.

Iniciamos o nosso serviço por volta das 13:00 da tarde, mandei tirarem todas as medidas da área externa e interna, os rapazes da equipe logo foram medir o bar.

Jeanine e eu sentamos, abri a minha pasta A4 e espalhei pela mesa algumas coisas que uso para fazer meus croquis para desenhar as plantas de localização, eu só ia desenhar a planta baixa quando as medidas tivessem todas tiradas e anotadas. Peguei meu bloquinho de anotação com os detalhes de tudo que aquela mulher havia acertado comigo.

Abri meu caderno Moleskine sem pauta, o lápiz HB, a borracha de precisão, régua, esquadros e o compasso já estavam ali em cima da mesa. George e Jonathan trouxeram o bloco com as medidas anotadas, após fazer os esboços da planta de localização, também desenhei a planta baixa e a planta luminotécnica da área interna. Com lápis de cor azul pintei as áreas que seriam iluminadas e com lápis cinza as que seriam sombreadas.

Quando eu chegasse em casa, eu teria tempo de sobra para desenhar o projeto inteiro rico em detalhes, passando tudo para o papel A4, com tudo enquadrinhado e com as áreas que o Pub possuíria.

Eu mesma medi o balcão de madeira do bar usando minha fita métrica. A Sra. Mason disse que queria um balcão maior que aquele, um balcão de madeira escura. Acertamos mais detalhes, sobre as prateleiras de bebidas e sobre os banheiros. Jeanine decidiu deixar a decoração por minha conta também assim como a dona da cafeteria que eu arquitetei. Abri meu álbum com as paletas de cores e nós duas passamos uns 20 minutos escolhendo a cor para as paredes, optamos por cor de vinho, o piso seria de assoalho polido. Jeanine disse que o sonho dela era que tivessem poltronas e mesas redondas de vidro espalhadas pelo Pub. Ela também queria um aquário e eu gostei da ideia, fui anotando tudo. O Pub teria dois andares, com área Vip e área reservada, prateleiras e mesas de vidro, poltronas, um bar e Sushi bar. Torneiras automáticas nos banheiros, azulejos em cores neutras. Máquina de Jukebox no primeiro andar, mesas de sinuca e na área externa de trás iria funcionar uma churrascaria...

Fiz mais algumas anotações no meu bloquinho de notas, passei os esboços da área da churrascaria para o caderno Moleskine sem pauta.

— Foi um prazer conhecê-la, Samantha! Nos vemos quarta-feira, certo? - Dona Jeanine apertou minha mão.

— O prazer foi meu, Sra. Mason. Vou amar trabalhar no projeto do Pub da senhora! - Sorri para ela.

Assobiei chamando o pessoal da minha equipe, fomos embora do bar e eu segui para casa após me despedi do pessoal. Liberei a Cassie cedo pois ela tinha uma hora marcada no dentista, por isso tomei notas de tudo que dona Jeanine estava solicitando.

[...]

— Como foi o seu dia, amor? - Perguntei quando o Freddie ofereceu ajuda para preparar o jantar.

— Foi um pouco cansativo... - Respondeu lavando os tomates.

Ele havia acabado de sair do banho, chegou por volta das 18hrs em casa.

— Acredita que o cachorro do casal divorciando morreu hoje? Perdi minha cliente, ela disse que o cachorro era delicado e que morreu de depressão, parece piada, né? Eles anularam o divórcio, estão em luto por causa do "filho" que perderam e falaram que semana que vem vão passar a terceira lua-de-mel na Austrália! Dá para acreditar nisso? Fizeram as pazes tão rápido... Mas já consegui outra cliente. Uma das sobrinhas da Sra. Richards fez uma plástica no nariz e não gostou nenhum do resultado, e agora ela vai processar o cirurgião por ter detonado o nariz dela! - Falou prendendo uma risada.

— Ficou tão ruim assim? - Perguntei sobre o nariz da nova cliente dele.

— Baby, ficou a coisa mais bizarra que eu já vi! - Ele respondeu e começou a rir.

— Muito grande ou muito pequeno? - Perguntei.

— Grande e torto com uma bolota na ponta parecendo uma verruga horrenda! - Respondeu.

— Cruzes! - Fiz careta ao tentar imaginar.

— Pois é, o tal de Dr. Ramirez vai se dar muito mal, não tem como ele se livrar desse processo! - Falou, sério. - E como foi o seu dia, minha princesa? - Foi a vez dele perguntar.

— Foi um pouco cansativo também. Vou trabalhar no meu novo projeto, estarei ocupada nas próximas semanas. A obra é grande, hoje uma mulher ligou para o escritório solicitando o serviço de Puckett's Arquitetura&Decoração, vamos reformar um bar antigo e transformá-lo num Pub moderno e sofisticado. - Contei a ele.

— Que legal, amor! - Abriu um sorrisão.

— Estou tão empolgada! - Coloquei o macarrão no fogo e peguei uma pequena panela para fazer o molho vermelho.

— Já lavei os tomates. O que eu faço agora? - Perguntou.

— Corte a cebola e a salsinha. Vou fazer as almôndegas, a sobremesa já está pronta! - Falei.

— O que você fez? - Perguntou, curioso.

— Mousse de chocolate com morango! - Respondi.

— Que delícia, já fiquei com a água na boca! - Lambeu os lábios.

— Delícia é você com esses cabelos molhados, usando essa camiseta branca e essa calça de moletom... - Ops! Pensei alto demais.

— Ah, é mesmo? - Sorriu, malicioso.

— Não falo mais nada... - Voltei a cortar os tomates para fazer o molho.

[...]

— Tudo estava uma delícia, mas ainda vou querer a sobremesa! - Disse após esvaziar a terceira taça de vinho.

— Mas você já comeu, bobinho, e ainda repetiu! - Ri.

— Estou olhando para a sobremesa mais gostosa do mundo agora mesmo! - Sorriu, malicioso.

Me levantei começando a recolher a louça suja. Ele levantou também e veio até a mim...

— Deixa para lavar depois, agora vem e me dá um beijo? - Fez bico, agarrando-me pela cintura.

Larguei os pratos em cima da mesa e permiti que ele me beijasse. Quando o beijo ficou intenso, ele me fez dar um impulso e eu enlacei minhas pernas ao seu redor. Freddie me carregou até a sala, o carpete estava forrado com cobertores e almofadas, ele havia colocado ali para a gente poder fazer uma sessão de cinema caseiro...

Me deitou ali com cuidado, pausamos o beijo. Acariciei sua nuca e ele sorriu. E suspendeu meu moletom, eu estava usando apenas um shortinho de dormir por baixo. Começou a distribuir beijos por meu pescoço, ombros, busto e barriga. Levantei sua camiseta arranhando suas costas, sentindo ele pressionar sua ereção em mim. Logo ele se livrou da camiseta e da calça, ficando apenas de cueca. Retirou o meu short e a única peça que me cobria, e após me estimular se livrou da cueca. Abri as pernas, ele encaixou nossos corpos e me penetrou bem devagar.

— Ah, baby... - Arqueei as costas, o sentindo por inteiro.

Eu já estava usando anticoncepcionais fazia um bom tempo para regular minha menstruação.

— Minha linda... - Beijou meu queixo e eu comecei a me movimentar junto com ele.

— Oh, mais rápido! - Pedi apertando seus ombros.

Ele aumentou a velocidade das investidas, depois mudamos de posição e eu fiquei por cima.

— Estou quase lá... - Avisou estimulando meu clitóres.

— Eu também... - Comecei a me contrair, fechando-me ao redor de seu membro que estava inchando, pulsante.

Ele chegou ao clímax primeiro, depois desabei em cima dele e ficamos ali no chão deitados nos cobertores rodeados de almofadas, ambos suados, ofegantes e saciados.

— Eu ainda quero a segunda rodada... - Avisou.

— Estou com câimbras nas pernas, acho que não tenho mais energia. - Choraminguei fazendo um pouquinho de drama.

— Mentirosa, você está é com preguiça. Eu faço todo o trabalho, você só precisa ficar acordada e manter as pernas abertas para mim... - Disse em tom brincalhão, mas com uma pontada de seriedade.

— Safado! - Dei um tapa na sua cabeça e mordi seu queixo de leve.

Nós dois rimos e ele pediu para que eu saísse de cima dele, desencaixamos nossos corpos e eu me aconcheguei em seus braços. Acabamos cochilando ali, e quando acordamos fomos para o quarto e acabou rolando a segunda rodada.

[...]

P.O.V Da Carly

Eu já estava ficando de saco cheio com a prima do Brad que veio da Flórida, parece que ela se desentendeu com os pais, decidiu sair de casa e veio para Seattle, chegou à uns quatro dias e o Brad com toda a sua solidariedade e gentileza fez questão de "hospedá-la" em nosso apartamento. Ele disse: '- Amorzinho, ela vai ficar aqui só por alguns dias...'

Alguns dias uma ova, não aguento mais aturar esse ser preguiçoso, inconveniente e irritante sob o nosso teto. Ela deixa cabelos por todo o ralo, o banheiro alagado, mexe nas minhas coisas, começou a usar meus produtos de cabelo e ainda critica a minha comida. Quem essa garota insuportável acha que é?

Brad ainda por cima a defende, pedindo para eu ser paciente, hospitaleira e ainda por cima gentil com aquele projeto de Barbie morena turbinada. Vê se pode uma coisa dessas?

O nome do ser irritante é Michelle Brenner, ela tem 22 anos, não faz faculdade e nem trabalha. É mais alta que eu, tem corpão bronzeado, olhos azuis-piscianos e cabelos ondulados num tom castanho-claro com algumas mechas rosas.

Ontem mesmo usou uma das minhas toalhas, foi até a cozinha usando a MINHA toalha que havia ficado um pouco curta nela e comeu a minha salada de fruta, disse que estava meio sem graça e foi reclamar com o Brad... Me segurei para não pôr ela para fora do nosso apartamento à pontapés...

— Ela é irritante, folgada, vulgar e não me ajuda em nada. Deixa as calcinhas penduradas no box, hoje ela deixou um monte de cabelo na minha escova nova de cabelo, comeu as minhas barrinhas de cereal e fica desfilando pela casa quase nua, toda exibida! - Falei, furiosa.

Brad fez careta e eu cruzei os braços.

— O que eu posso fazer, Carlinha? Ela é minha prima, não posso mandar ela ir embora só porque você não gosta dela! - Disse, chateado.

— Ela também não gosta de mim, ok? Mas eu já estou farta, ela está usando as minhas coisas sem minha permissão, fala mal da minha comida e já está passando dos limites. Ela desfila pela casa usando trapos que mal cobrem a bunda e os seios, vai me dizer que ainda não reparou? - Indaguei ainda mais irritada.

— Que isso, Carly? A Chelly é minha prima. Eu não olho para ela dessa forma, e nem vem insinuar coisas, porque eu...

— Ontem ela dormiu com a gente na NOSSA cama, e pensando bem aquilo foi a gota d'água, Brad! - Esbravejei.

— Mas entenda, Carly, a Chelly morre de medo de trovões, e...

— Priminho, você poderia comprar Pizza hoje, estou louca para comer Pizza e assistir filmes com você e com sua doce e adorável, noiva! - A exibida apareceu vestindo um shortinho vermelho minúsculo e uma blusinha rosa que parecia mais um Top.

Espera! Aquela blusa era minha e ela cortou para mostrar a barriguinha sarada, bronzeada e o piercing no umbigo... Mas que piranha!

— VOCÊ CORTOU A MINHA BLUSA? - Gritei, indignada.

— Cortei, não ficou bacaninha? Deu um charminho a mais, olha... - A vadia deu uma voltinha.

— AH, SUA FILHA DA P... - Brad me puxou, tapou minha boca e me manteve presa em seus braços, até eu me acalmar...

Minutos depois...

— ... PIRANHA, VAGABUNDA, OFERECIDA, VOU FAZER VOCÊ VOLTAR CORRENDO PARA FLÓRIDA! - Gritei arrastando ela pelos cabelos, corredor afora.

Sério, nunca disparei ofensas e xinguei tanto em toda a minha vida. Sobrou até para o Brad, ele correu para o quarto, pegou a mala da prima e correu para nos alcançar.

— Usei mesmo as suas coisas, e sim, você cozinha mal pra caramba. Não sei como o meu primo te aguenta, você é chata, metida e cheia de frescurinhas. Reclama de tudo, não cuida direito dele e você vai lastimar por isso! - Ela disse toda descabelada, depois entrou no elevador e eu voltei para o apartamento, com Brad chateado e reclamando sobre os meus "péssimos modos e pelo jeito que tratei a priminha dele"...

— O meu tio vai querer comer meu fígado e tudo por sua culpa! - Disse ele irritado.

— Minha culpa? Sua prima era uma mala sem alça, eu até tive piedade e não bati naquele rostinho de vagabunda que ela tem! - Retruquei.

— A Michelle não é vagabunda, qual é o seu problema? Você quase arrancou todo o cabelo da coitada! - Falou a defendendo.

— Eu deveria ter arrancado mesmo! - Rebati, furiosa.

— Você enlouqueceu mesmo, não é? Esse teu ataque de ciúmes não é normal, você vai acabar ficando obsessiva e neurótica! - Esbravejou.

— Cansei disso tudo. Não vou aturar você falando assim comigo. Quer saber de uma coisa? Foda-se! Você está livre da neurótica aqui, pega isso aqui... - Tirei a aliança de noivado. - ENFIA NAQUELE LUGAR E VAI ATRÁS DAQUELA PIRANHA! - Joguei a aliança nele.

Lhe dei as costas e fui para o quarto, bati a porta e comecei a chorar.

" Maldita Michelle! Brad idiota! Os dois se merecem..."

Minutos depois ele bateu na porta, eu abri e nos fizemos as pazes... Ele nunca havia me pegado daquele jeito tão 'bruto', eu fiquei dolorida e com vontade de fazer mais... Fizemos amor de novo.

[...]

P.O.V Da Melody

— Você quer mesmo acabar com tudo que nós construimos juntos? - Perguntei sentindo aquele nó se formando em minha garganta. - Eu não quero que você tire o Anthony de mim, é só ele que importa agora, eu não tenho nada, e se você o tirar de mim, eu juro que não vou suportar... - Comecei a chorar.

— Melody, você devia ter pensado nele e em todas as consequências. - Dylan evitava olhar nos olhos.

— Eu te amo, sim, eu te amo e também não quero ficar longe de você. Acredita em mim, você precisa acreditar, Dylan! Eu te amo, juro que te amo... Quantas vezes eu preciso repetir isso? Quantas vezes quer que eu grite isso aos quatro ventos? Eu já coloquei você para fora de casa umas três vezes por causa de algumas de nossas briguinhas bestas, e você sempre voltou para casa no dia seguinte e fizemos as pazes, e me perdoou por todos os insultos que eu já lhe fiz... - Recordei de nossas brigas e das vezes que eu o expulsei de casa.

— Ah, foram briguinhas bestas como você mesma acabou de lembrar, mas agora é diferente! - Afirmou.

"Não sei se eu conseguiria gritar ainda mais alto
Quantas vezes eu te chutei daqui?
Ou disse alguma coisa insultante?"

"Eu posso ser tão má quando eu quero ser
Eu sou mesmo capaz de qualquer coisa
Eu posso te cortar em pedaços,
Quando o meu coração está... Partido..."

— Eu sei que sempre fui um pouco má com você, nunca fui uma companheira carinhosa ou romântica, eu sei e reconheço isso, mas esse é o meu jeito e você casou comigo já sabendo que eu era assim... Eu te amo da minha maneira, e eu estava tão carente, você estava tão distante, a gente dormia na mesma cama e eu sentia-me sozinha, como se estivesse dormindo sozinha... Você parecia tão frio, dizia estar sempre cansado e eu... Sinto muito, eu me arrependo bastante de tê-lo traído! - Fui sincera.

— Eu realmente chegava cansado do trabalho. Com dor de cabeça e muitas vezes estressado, você deveria ter conversado comigo. Deveria ter me falado sobre como estava se sentindo tão carente e sozinha, mas não... Você preferiu me trair, a única errada e culpada por tudo isso que está acontecendo agora é você! - Acusou.

— Por favor, Dylan, eu não estou pedindo sua compreensão e sim o seu perdão. Por favor, Dylan, não me deixe, eu não quero me divorciar de você... - Falei chorando desesperada.

"Por favor, não me deixe
Por favor, não me deixe
Eu sempre digo como eu não preciso de você
Mas sempre vai voltar pra isso
Por favor, não me deixe..."

— Você chora porque tem medo de ficar sozinha, está com medo da solidão. Sua mãe não está mais falando com você, você não tem mais parentes morando aqui em Seattle e suas amigas nem sempre vão poder estar passando a mão na sua cabeça, lhe oferecendo um ombro amigo e nós dois sabemos disso. E agora você não me terá mais por perto, não terá mais o meu amor, carinho e meus cuidados...

— CHEGA! - Gritei. - Palavras machucam e você está me machucando, jogando coisas na minha cara. Não vê o quanto estou sofrendo? Quer mesmo detonar comigo? Eu me tornei tão detestável à ponto de você me odiar? Me olha como se eu fosse tão vulgar, um ser repulsivo e isso dói, está doendo muito agora mesmo. Você está conseguindo me detonar... - Solucei.

"Como eu me tornei tão detestável?
O que você tem que me faz agir desse jeito?
Eu nunca fui tão indecente
Você pode me falar que isso tudo é só uma disputa?
Aquele que bater mais forte ganhará..."

— Meu advogado vai dar entrada nas papeladas do divórcio nessa próxima semana, até lá você terá tempo para arranjar um advogado! - Avisou.

— Não! Eu não quero e não vou... Pensa bem, amor! Nós nos amamos, temos um filho, por favor, não me deixe... - Implorei.

"Mas amor, eu não quis dizer isso
É sério, eu prometo
Por favor, não me deixe
Por favor, não me deixe..."

— Não complica as coisas, Melody! - Pediu.

— Não me deixe. Eu te amo e preciso de você. Acredite, eu estou muito arrependida. Me perdoa, amor, por favor, me perdoa... - Agarrei sua camisa, em prantos. - Meu marido, você é o homem mais doce e lindo que eu conheço... Oh, meu querido, não me deixe! Eu não ficar sem você, amor! - Falei olhando em seus olhos claros.

"Eu sempre digo como eu não preciso de você
Mas sempre vai voltar pra isso
Por favor, não me deixe
Eu esqueci de dizer em voz alta
O quanto você realmente é lindo pra mim
Eu não posso ficar sem você
Você é o meu saquinho de pancadas perfeito..."

— Ah, Melody... - Tentou me afastar.

— Me perdoa, por favor. Por favor, não me deixe, meu amor... - Continuei implorando.

"E eu preciso de você, me desculpe
Por favor, não me deixe
Amor, por favor, não me deixe
Não, não me deixe
Por favor, não me deixe não, não, não..."

— Oh, Melody... - Tocou meu rosto e eu fechei os olhos, sentindo seu toque quente, ele começou a secar minhas lágrimas.

"Eu sempre digo que não preciso de você
Mas sempre vai acabar desse jeito
Por favor, não me deixe
Não. Não, por favor, não me deixe
Por favor, não me deixe, oh, não não, não
Eu sempre digo como eu não preciso de você
Mas sempre vai voltar pra isso
Por favor, não me deixe
Por favor, não me deixe..."

Solucei, ainda de olhos fechados.

E ele pegou-me de surpresa, juntando nossos lábios. O casto selinho se transformou num beijo intenso cheio de saudades, paixão e desespero por ambas as partes. Ele também estava chorando, eu sentia o gosto de suas lágrimas misturando-se às minhas...


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Notas finais do capítulo

E aí???

O que acharam da decisão da Sam em aceitar o filho do Freddie e ainda se oferecer para criar o bebê junto com ele???

E sobre a discussão entre Carly e Brad??? "Gostaram" da Michelle assim como a Carls??? Kkkkkkkkkk

E o que acharam sobre o beijo entre Dylan e Melody nesse finalzinho??? Acham que esse beijo significa "Eu te perdoo" ou é um beijo de despedida???

Cadê os meus antigos leitores??? Só uns 3 ou 5 aparecem... Eu tinha 13 leitores que comentavam e agora estão sumindo... #Triste

Apareçam também leitores fantasmas!!!

Já estamos em retal final...

Bjs e até o próximo capítulo.



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