POV: Jorge.

Estamos no salão comunal comendo. Tem muitos burburinhos sobre a Bella. Ela não tem jeito, ein?!

– Por que tantos cochichos? – perguntou Rony com a boca cheia.

– Rony, você não acha que a Bell tem um lindo corpo? – perguntei o provocando.

Rony já teve um queda por Bella e quando eu toco nesse assunto ele quase me mata. Ele está a ponto de me xingar, mas Bella entrou no salão comunal e ele ficou de queixo caído.

POV: Bella.

Entro no salão comunal e percebo todos os olharem em mim. Dei de ombros e fui me sentar ao lado do Jorge e Fred.

– Oi garotos. – sussurrei ao Fred e Jorge para que Rony não respondesse. – Conseguiu fazer os ajustes, Jorge. – perguntei dando uma mordida na maçã que peguei na mesa.

– Sim, experimentei e funcionou.

– Que bom! – disse sorrindo.

Vi meu pai indo até mim com os punhos cerrados. A cara dele não está muito boa. Ele está furioso.

– Bella Lupin, coloque o uniforme! – disse ele puxando o meu braço me fazendo levantar.

– Que estranho. Você nem me considera sua filha, não gosta de mim, me rejeita, mas ainda me chama com o seu sobrenome. E, a propósito, estou de uniforme.

– Isso não é o uniforme. – ele grunhiu olhando com nojo a minha nova roupinha.

– Olha no livro de regras. Está tudo de acordo.

– Não está. O uniforme é desse jeito. – ele apontou para o uniforme de um aluno que eu não me atrevi saber quem é.

– Você não leu então. A roupa tem que ter o brasão e a cor da casa. – disse apontando minha roupinha. – E tem que ser sapato fechado e preto. – falei mostrando minha bota.

– Ela está certa. – disse Minerva. – Mas o correto é o uniforme que todos, menos você, estão usando.

– No livro não fala isso. E licença, pois quero comer antes de dormir. – dei um tchauzinho com a mão voltando a sentar entre Jorge e Fred.

– Jorge, depois de comermos podemos ensaiar um pouco? – perguntei olhando para ele enquanto termino de comer a minha maçã.

– Claro! Vai ser só aquela coreografia ou vai querer dançar outra coisa?

– Quero que me ajude no tango. E quero ajudar você a melhorar naquela música.

– Tango, tudo bem, mas o New Classic nem a pau.

– Você já dançou muito bem ela.

– Ta, mas eu odeio cantar.

– Você tem uma voz linda. É só melhorar a parte do chapéu que você coloca muito peso nele quando segura e na parte do “crazyer dance” que você tem que olhar para mim e não para o teto.

– É, vou muito olhar aquela cena obcena.

– Idiota.

Peguei uma pera e comecei a comer.

– Fred qual era o dever que você ficou fazendo para abandonar o Jorge fazendo ele interromper o meu ensaio? – perguntei.

– De... DCAT. – respondeu baixinho e nervoso.

– Não, você disse que era de porções que você ia fazer lá na biblioteca. – disse Jorge.

– Fred, quem é o dever? – perguntei junto com Lino que estava boiando na nossa frente.

– Não se intromete, Lino. A conversa é só de três.

– Mas de quatro é legal. – ele disse me lançando uma pisadela.

– Pervertido! – dei um chute de leve na perna dele por debaixo da mesa, rindo.

– De primeira! – ele apertou meu queixo e depois me deu um beijo estalado na bochecha.

– Mas como estava falando com você, Fred. Me conta sobre o seu dever.

Ele não disse nada, mas eu vi na mente dele sobre o que rolou junto com Angelina. E depois ele pensou: “ela não tem namorado, não? Para poder cuidar da vida dele?”.

– Fredinho, eu te adoro! – disse me lembrando que eu tinha que falar com Draco já que eu estou livre. – Jorge, podemos ensaiar mais tarde?

– Tudo bem. – ele respondeu e Fred continuava com cara de “o que eu fiz?”.

Sai da mesa da Grifinória e fui andando rapidamente para a mesa da Sonserina.

– Draco, se você quiser, estou livre, então podemos fazer a caminha.

– Sério?

– Claro, combinei com Dumbledore que sempre que Snape ficar com o tempo vago ele irá me ensinar DCAT. Então podemos fazer o nosso desafio e depois, que eu ensaiar com o Jorge, podemos falar com a minha mãe e pedir a permissão dela, okay?

– Okay.

– Então termine de comer para podermos fazer o desafio sem você reclamar de fome. – disse dando um beijo na bochecha dele e voltando para a mesa da Grifinória.

– Fred e Jorge, vocês, por acaso, vão usar a Sala Precisa? – perguntei para os meus gêmeos favoritos.

– Não. – responderam juntos. – Por quê? – eles perguntaram.

– Vou querer usá-la depois do meu ensaio com Jorge. – disse a Fred. – Jorginho, se prepare, pois depois da minha caminhada vou voltar mais que ativa.

– Estou com medo. – disse Jorge.

– Isso é bom, então recomendo que comece a ensaiar. Pegue meu Pera Phone na minha cama e vê os vídeos com as danças que eu quero ensaiar com você.

– Beleza.