Como nos velhos tempos escrita por Ane


Capítulo 6
Heróis e Vilões


Notas iniciais do capítulo

Então, quem é vivo sempre aparece.
Acho que eu nem tenho mais cara de pedir desculpa né? Bem, aconteceu muita coisa que me fez ter que parar essa fic por um tempo. Mas como eu já tinha falado para algumas pessoas, eu não desisti dela. A partir de hoje eu vou voltar a postá-la, prometo que dessa vez não vai passar um ano pra outro capítulo... kkk. Espero que ainda estejam lendo. Então, pra me redimir, aqui está um capítulo mais longo que o normal.
(Esse capítulo é um flashback. É sobre o motivo por trás do Sougo decidir ir atrás dos Gafanhotos.)



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─ Ei! Você tá bem mesmo?
     Já era a quarta vez que Sougo fazia essa pergunta ao amigo. Era madrugada e os dois estavam vigiando de longe, por dentro de um apartamento vazio, um prédio abandonado a mando de um bandido qualquer da cidade no qual eles estavam. Por mais suspeito que tenha sido o trabalho, o dinheiro que fora proposto teria sido muito mais do que eles tinham recebido em meses, então não puderam negar.
─ Eu tô bem cara, já falei mil vezes. ─ Kaito respondeu irritado. Continuou olhando no binóculo velho em direção ao prédio e ignorando as prováveis preocupações do outro.
─ Você tá tremendo de frio em uma das noites mais quentes do mês, mas claro, se você disser que está bem e ignorar isso, eu também não vou mais insistir. ─ Sougo tentava não admitir, mas estava começando a se preocupar. ─ Agora se você morrer no meio da missão, eu pego toda a sua parte e te deixo aí mesmo.
─ Nem que eu morra você vai pegar meu dinheiro, seu canalha.
     Os dois se conheciam há alguns meses. Depois que Sougo deixou Kabukicho para destruir quanto mais gangues pudesse, ele vivia de cidade em cidade procurando, investigando e matando. Por causa disso, se tornou procurado em várias delas e mal passava uma semana em um mesmo lugar. Para se sustentar ele fazia alguns trabalhos, alguns muito duvidosos, mas que fazia sem discutir, na maioria das vezes. Um dia desses, recebeu um trabalho bastante peculiar. Estava andando por um dos distritos que investigava quando foi surpreendido com um samurai, que parecia ter a mesma idade que ele, tentando o matar. Depois de uma breve luta onde ambos estavam indo bem, o mesmo samurai o propôs um trabalho: que o ajudasse a matar o mesmo que o havia contratado. Assim como Sougo, ele era um andarilho que tentava fazer justiça sozinho e estava investigando vários bandidos e até mesmo se passando por eles para conseguir informação. Ele havia ouvido falar de outro justiceiro que tinha fama da sua força e resolveu testar suas habilidades. Sougo aceitou, e no final os dois acabaram com uma das principais gangues daquela época. Mesmo sem nenhum acordo, acabaram permanecendo juntos, ficando conhecidos como lendas ou heróis que estavam ali para salvar o povo. Mas eles estavam longe de serem tão honrados.
─ Lá está ele. ─ Kaito moveu a cabeça para frente.
     Um homem baixo e gordo saía com alguns homens encapuzados do prédio abandonado. A maioria deles traziam caixas e iam enchendo um caminhão velho que estava estacionado logo em frente. O homenzinho que se abanava com um leque ia instruindo os capangas de que maneira que eles deveriam organizar tudo e vez ou outra gritava um xingamento ou batia com seu leque fechado em algum deles
 ─ Olha só aquelas caixas... ─ continuou Kaito. ─ O que você acha que tem ali?
─ Provavelmente drogas. ─ Sougo respondeu em seguida, acompanhando em seu binóculo. ─ Tanto faz a gente só precisa acabar com eles e destruir essa mercadoria e recebemos o dinheiro.
─ Nem se pergunta mais se isso é o certo a se fazer? ─ Kaito falava em meio a tosses secas. ─ Ele pode ser um homem honesto e o cara que nos contratou um bandido.
─ Eu sinceramente não me importo agora, só preciso do meu dinheiro.
─ E eu pensando que éramos heróis... ─ Kaito disse com ironia. ─ Pelo menos as pessoas esperam que somos.
─ Se você quiser ser um herói, seja. Acho que pra você é mais fácil. Eu também até posso ser, mas não consigo me concentrar em ser bonzinho quando estou há quase três dias sem comer. ─ Sougo dizia enquanto guardava o binóculo. ─ Então vou ter que ser um vilão ás vezes. Ou na maioria das vezes... ─ Sougo parou e olhou para Kaito reflexivo. ─ Não acho que eu seja um herói de jeito nenhum. O fato de matarmos pessoas já não nos torna vilões? Mesmo que matemos pessoas más?
─ Não gosto de pensar nessas coisas, é muito complicado. ─ Kaito disse mais uma vez tossindo. ─ Mas você não me engana... Se pelo menos tivesse uma dúvida de que se esse cara merece morrer ou não, não estaríamos aqui. No fundo você tem um coração mole. ─ Ele guardou o binóculo e olhou para Sougo.
─ Cada um se ilude como quer... ─ Sougo levantou e pegou sua espada. ─ Vamos resolver isso logo.
     Os dois andaram em direção ao prédio abandonado sempre atentando se não estavam sendo vistos, se escondendo sempre que ouviam algo e fazendo o maior silêncio possível. Tinham prática em passar despercebidos, eram assassinos há muito tempo. Sougo estava escorado na parede de um armazém metros antes do prédio e Kaito estava perto de uma loja, do lado oposto. Sougo levantou uma das mãos como um sinal de que esperassem o momento certo para atacar e Kaito permanecia atento entre as futuras vítimas e a mão do outro.
    Um segundo antes que Sougo desse o sinal, o outro começa a tossir novamente, dessa vez com mais intensidade e por causa disso perde o equilíbrio e acaba derrubando a espada no chão. O barulho das tosses e do tilintar da espada é escutado pelo homenzinho que logo grita uma ordem para que seus capangas investiguem. Logo então, diversos homens com espadas correm bem na direção onde Kaito está e antes que cheguem, Sougo sai do esconderijo e começa a enfrentá-los. Apesar das tosses, Kaito em seguida se recupera e ajuda o amigo que, mesmo tendo que enfrentar um grande número de homens, já tinha lidado com quase metade. O chefe deles, ao perceber que sua vantagem diminuía, correu assustado para o caminhão, mas este acaba não saindo do lugar por conta dos pneus que foram aparentemente furados. O homenzinho acaba perdendo muito tempo em fazer o caminhão andar e quando finalmente desiste e decide sair, é apunhalado no peito pela espada de Sougo, que estava com a roupa coberta de sangue dos capangas que estavam todos caídos, na sua maioria mortos.
       Os dois estavam ofegantes por conta da luta que apesar de difícil, tinha sido rápida. Kaito logo começou a tossir novamente, e parecia estar cada vez mais sentindo mais dor.
─ O que diabos você tem? ─ Sougo virou em sua direção, estava visivelmente irritado. ─ Você tem noção que quase arruinou o trabalho?
─ Eu... ─ Kaito tentava falar, mas não conseguia parar de tossir. Quanto mais tossia, mais seus pulmões doíam e calafrios corriam por todo seu corpo. ─ Sinto... muito...
─ Agora eu estou encharcado de sangue... ─ murmurou Sougo. ─ Ei... Você precisa descansar um pouco quando chegar em casa, ouviu? Mas já falei que se você morrer aqui eu te deixo aí... Ei...
    Em meio as tosses, Kaito começa a perder o equilíbrio novamente e desmaia. Em um reflexo, Sougo larga a espada e tenta segurar o amigo que cai no chão inconsciente antes que ele bata a cabeça, sem saber ao certo o que fazer ou o que poderia estar acontecendo com o amigo.
─ Droga... ─ Ele não pôde deixar de se preocupar quando percebeu que a mão que Kaito estava colocando na boca para tossir estava repleta de sangue. ─ Você não pode estar fazendo isso comigo... O que diabos eu faço agora? Kaito! Ei!

      O tempo parecia nublado. Desde quando o vírus tinha se espalhado, quase todos os dias pareciam sem vida. Ate mesmo quando o sol saía, a vida não parecia presente nas ruas que, quando não estavam vazias, estavam cheias de pessoas rastejando em seus momentos finais. Sougo olhava para a janela da casa abandonada que tinha escolhido ficar nos últimos meses e vez ou outra olhava o amigo que dormia em um colchão velho logo ao lado. Ele ainda estava suando frio. Sougo não admitia, mas quanto mais branco o cabelo do outro ia ficando, mais aflito ele ficava.
─ Ah... essa cama está cheia de formigas... ─ Kaito murmurou enquanto despertava. Sua voz estava rouca e fraca. Assim que percebeu, Sougo se levantou e foi para mais perto.
─ Não acredito que você pegou o vírus... ─ Sougo iniciou, claramente preocupado, mas não querendo demonstrar tanto. ─ Você é um idiota...
─ E eu tenho culpa nisso? E ei, eu pensei que você tinha dito que ia me deixar morrer e pegar a minha parte...
─ Nah... Fiz questão de não te deixar morrer pra passar na sua cara que você estragou tudo. Aí eu poderia fazer com que me pagasse depois, é mais divertido assim.
─ Não pegou o dinheiro? ─ Kaito deu uma pequena tosse.
─ Não. Não destruí a mercadoria. Saí de lá antes disso. Culpa sua.
       Houve uma pausa.
─ Então eu vou morrer... É isso... vou morrer por causa do vírus... que morte sem graça.
─ Você... não vai morrer. ─ Sougo disse depois de algum tempo.
─ Como assim? ─ Kaito se senta na cama com um pouco de dificuldade e olha para ele. ─ Claro que vou. Não tem cura, você sabe.
─ Na verdade, tão dizendo por aí que tem uma cura. ─ Sougo puxa a cadeira onde estava sentado para mais perto e se senta novamente. ─ Tem uns médicos vendendo por aqui. E parece que deu certo para algumas pessoas.
─ Qual é Sougo... você sabe que isso pode ser apenas boato. Ou bandidos tentando se aproveitar das pessoas...
─ Não é, eu fui lá saber... Parece verdade.
─ Com certeza não deve ser de graça...
─ Não. É bem caro na verdade.
─ O quão caro?
─ Hum... Acho que o tanto que a gente conseguiria em três dias de trabalho. Trabalhos como aquele de ontem, no caso. ─ Sougo responde naturalmente.
─ Uau... Então eu vou mesmo morrer... ─ Kaito ria em meio as tosses.
─ Eu já falei que você não vai morrer. Eu consigo o dinheiro em alguns dias e consigo comprar.
─ Você tá mesmo tão desesperado assim pra me manter vivo? ─ Kaito pergunta, esperando ouvir alguma resposta sarcástica de Sougo.
─ Talvez. ─ Ele responde, olhando nos olhos do amigo. ─ Esse país precisa de um herói.
     Kaito não pode deixar de rir. Poderia zombar do sentimentalismo do outro, mas não naquele momento. Não quando o famoso sadista sem sentimentos estava sendo terrivelmente sincero com aquele olhar de preocupação. Não importa quem fosse, Sougo odiava perder pessoas ao seu redor. Principalmente quando eram pessoas que ele admirava. Ele estava falando a verdade sobre Kaito. Ele era uma boa pessoa, poderia ser considerado um herói, apesar de tudo. E mesmo assim ele aceitava fazer trabalhos sujos com ele, e também nunca o havia deixado só, mesmo com um mundo pra salvar. Kaito não era como ele. Sougo poderia muito bem se virar sozinho, mas era grato por que ele teria permanecido. Mesmo que ele nunca falasse uma palavra sobre isso.
     Em uma semana, Sougo passou dias aceitando trabalhos que dessem as melhores recompensas, mesmo que o caráter dos que o contratavam fosse duvidoso. Em uma semana ele se esqueceu da missão pessoal de acabar com as gangues de bandidos e se concentrou em ajudar um amigo. De vez em quando ele ria de si mesmo e até se achava ridículo por isso, e se perguntava o porquê disso tudo. De certa forma, ele sentia que tinha uma dívida com Kaito, por todas as vezes que ele tinha salvado sua vida em trabalhos perigosos. Ou simplesmente por tão ter o matado como ele deveria ter feito inicialmente. Sougo odiava dívidas. Talvez essa fosse a hora de pagar.
     Até que depois de uns dias sem comer direito e aceitando trabalhos que normalmente não aceitaria, ele conseguiu o dinheiro, e então foi comprar o provável remédio em uma loja precária na qual os dois supostos médicos usavam para divulgar o produto. Havia uma fila consideravelmente grande que aguardava. Mesmo estando em uma situação miserável, as pessoas dali tinham conseguido dinheiro, seja lá de qual maneira. Sougo pôde ver o que o desespero faz com as pessoas. E não pôde deixar de se sentir enojado pela forma que aqueles médicos se aproveitavam disso. Mesmo que essa tal “pesquisa nova” fosse caríssima e que o remédio fosse efetivo, não era certo fazer isso. Mas não podia reclamar, já que ele naquele momento também precisava disso.
─ Ok e então? Como você se sente? ─ sem jeito, Sougo examinava o amigo que havia tomado o remédio há algumas horas, mas que já parecia estar melhor. ─ É impressão minha ou seu cabelo tá voltando a ter cor?
─ Eu não posso discordar, estou bem melhor. ─ Kaito parecia animado com o resultado rápido. ─ Mas do que diabos é feito esse remédio? Não acha estranho isso?
─ Ele é caro então é bom que funcione logo.
─ Pode ser... Ok eu não posso reclamar, já que eu finalmente parei de tossir e ter aqueles calafrios.
─ É... agora você deve sua vida a mim, a partir de hoje me chame de Okita-sama. ─ Sougo pegou sua espada que estava encostada na parede e a embainhou. ─ Então já que você acordou e está bem melhor então eu vou atrás de outro trabalho. Vai ficar bem sozinho?
─ Espera você já vai atrás de outro trabalho? Eu estou bem, mas e você? ─ Kaito tentava aos poucos se levantar da cama, se impressionando do quão bem estava. ─ Você deve estar muito cansado...
─ É por causa disso mesmo que eu sou Okita-sama pra você a partir de agora e assim que você estiver recuperado vai passar um mês trabalhando só para me pagar. Mas eu estou com fome e preciso ir atrás de dinheiro pra comprar algo. ─ Sougo pegou o cachecol e foi em direção a porta. ─ E você, fica nessa cama. Não confia muito só porque já esta melhorando.
─ Certo... ─ Kaito ria um pouco por ver que Sougo estava mostrando preocupação com ele.
─ Não acha que esqueceu de algo? ─ Sougo permaneceu parado na porta.
─ Não. Nem a pau que eu vou te chamar de Okita-sama.
─ Mal agradecido... ─ Sougo saiu e fechou a porta atrás de si. Estava sorrindo. E um pouco mais despreocupado.

      Depois de horas procurando algum trabalho, Sougo estava ficando cada vez mais frustrado. Ele definitivamente precisava se mudar para uma outra cidade, já que naquela as pessoas estavam morrendo cada vez mais rápido e quase não sobrava ninguém disposto a contratá-lo, nem mesmo os bandidos. A doença parecia ficar cada vez mais forte. O fato de existir uma cura era algo muito esperançoso, mas o fato de ser quase inacessível o deixava inquieto. Ele caminhava pelas ruas abandonadas e observava que várias pessoas que estavam ali pedindo ajuda ou até mesmo quase morrendo, poderiam ser ajudadas se o remédio não fosse tão caro.
     Ele começou a suspeitar de algo. Assim como Kaito já havia apontado, poderia ser apenas bandidos tentando se aproveitar. Entretando, o remédio tinha tido efeito, ele mesmo tinha visto. Mas quem eram aqueles dois supostos médicos e por que eles surgiram do nada? Uma parte da sua cabeça o dizia que não fazia o mínimo de sentido se preocupar com isso, mas aquele seu instinto de policial o fazia suspeitar de muitos detalhes mal explicados. Como não tinha encontrado nenhum trabalho, resolveu voltar novamente à loja na qual a dupla de médicos vendia o remédio. Queria falar com eles, ver os antecedentes, procurar pacientes, e tirar todas as suas dúvidas.
      Já alguns metros perto do local, ele observou um tumulto. Várias pessoas gritavam e choravam na porta da loja que permanecia fechada e alguns deles estavam tentando invadir de qualquer forma.
─ O que houve por aqui? ─ Sougo perguntou para uma senhora que estava sentada no chão aos prantos, um pouco distante do tumulto.
─ O remédio... ─ ela falava entre soluços. ─ não era verdade...
─ Como assim? ─ ele permanecia em dúvida.
─ Eu dei o remédio para minha filha ontem... e ela ficou boa mas... hoje de manhã eu fui acordá-la e... ela estava morta! ─ A mulher pôs as mãos no rosto e começou a chorar em desespero. ─ Eu tive que vender nossa casa pra comprar esse remédio, mas não teve efeito nenhum!
─ Isso aconteceu com todo mundo?
─ Sim... ─ A mulher continuou. ─ Todos querem mata-los por causa disso...
─ Onde eles estão? Os médicos? ─ institivamente ele pôs a mão em sua espada.
─ Eles fugiram com todo o dinheiro... ─ A mulher murmurava ainda em prantos. ─ Todos estão revoltados... todos esses que tiveram que vender a sua alma pra conseguir dinheiro... perdemos os nossos familiares...
     Sougo sentiu um frio na espinha. Por mais que tudo o que ele quisesse no momento fosse ir atrás daqueles charlatões e mata-los, ele precisava correr. Ele correu o mais rápido que pôde para casa, precisava saber se teria acontecido o mesmo com Kaito. Mas por mais rápido que fosse, talvez não pudesse evitar o inevitável.
       Depois de alguns minutos Sougo chegou em casa.
       Kaito estava inconsciente, no chão da sala, em uma poça de sangue e com os cabelos totalmente brancos.

 
─ Ok... Vamos ver se eu consigo fazer isso...
       Estava nublado, como a maioria dos dias. Sougo estava em um campo que aqui ou acolá podia se ver um pouco de verde, bem distante da cidade cinzenta. No chão, uma pedra com o nome “Kaito” esculpida grosseiramente.
─ Foi mal eu ter que te enterrar nesse lixo de cidade... Só que bem, eu não tive escolha... ─ Sougo suspirou e coçou a testa. ─ Ok eu não consigo... Isso é muito... geralmente quem morre no final é o vilão, você não sabia disso?
      Mais uma vez ele perdia alguém próximo. Odiava perder as pessoas. Odiava velórios, despedidas e tudo isso.
─ Eu tentei te salvar, mas como eu te disse... Eu não sou um herói.
     Além de Kaito, Sougo tinha descoberto que há mais de um mês, dois médicos suspeitos apareciam nas cidades mais prejudicadas oferencendo uma cura milagrosa e cara. E pelo que ele conseguiu até então, eles eram capangas dos Gafanhotos. Uma das gangues que ele já estava planejando em dar um jeito.
─ Eu vou pegá-los. ─ Sougo abaixou-se e pôs uma das mãos na pedra. Estava sério. Como quase nunca ficava. ─ Eu prometo.


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Notas finais do capítulo

So queria agradecer vocês que continuaram comentando e pedindo que eu continuasse, sério, eu voltei a postar principalmente por causa de vocês.



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