Aos olhos de alguém escrita por Loressa G M


Capítulo 30
Pausando a cena




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  – Pronto! Agora que estou perdoada, podemos matar essa coisa – Sofi sorria, olhando para os Deathless

  – Tudo bem... você pode ficar

  – Ramon! – Vic olha inconformada para o irmão – essa criatura assassinou dois de nossos empregados

  – Não é a primeira vez que ela mata... – resmunga Aurora

  – Alguém pode me dizer o que ela fez? – Leandro diz um pouco mais alto do que queria

  Todas as conversas paralelas cessam e a atenção de todos os membros se volta para ele, Sofi e Aurora, a qual abre a boca parecendo que iria começar uma longa história, mas Konor a interrompe.

  – Gente... – diz ele em voz bem baixa – essa garota... – as narinas de Konor se dilatam, tentando ter certeza do cheiro que sentia, puxando o ar para si com uma das mãos, depois funga o pescoço dela, que o empurra, só para “ter certeza” – ela fede a peixe!

  – Você interrompeu uma revelação só para falar do odor da caçadora? – Raiane faz um gesto indicando loucura para Konor

  – Não, ele tem razão criatura – Vic se aproxima da caçadora – o sangue que corre nas veias dela não é humano

  A caçadora revira os olhos, claramente não acreditando

  – “No sangue dela correm os oceanos” – sussurra Sôfi, se lembrando de algo, entro em sua mente

  Minha irmã ouviu essa frase de uma voz que ecoou em sua cabeça, uma voz muito familiar... Natacha!

  – Que hilário! – Yasmim olha dentro dos olhos de cada um dos membro – aberrações dizendo que eu não sou humana.

  – Mas não é mesmo – Konor encara, perplexo, a sereia que se acha humana – qual seu nome?

  – Ainda não me responderam – Yasmim tenta ganhar tempo, enquanto analisa cada canto da sala, procurando uma maneira de escapar

  – O nome dela é Yasmim e ela realmente acha que é humana – Sofi arrasta uma das cadeiras de plástico dos Deathless para o meio da roda e se senta em frente a sereia na maneira Sofi de ser

  – Eu sou humana, mas pelo visto... tu és Sofi Deverron, uma kirian

  – Exato “peixinha” – num salto, Konor se senta no braço do trono em que a caçadora está amarrada, olhando para ela, ele começa a indicar os outros como um pai mostrando os animais do zoológico a filha – esse dentuço e essa linda ruiva são vampiros, os três com roupas medievais são lobinhos e... oh Mystics! Fiquem juntos – revirando os olhos e de braços cruzados, Tayler vai de encontro a irmã e os pais – esses adoram varinhas.

  – Sem mais delongas... podemos matá-la – diz Sofi, me desespero, porém a caçadora ri com o rosto direcionado ao próprio colo

  – Achei que fosse mais agradecido Henrique – a caçadora levanta a cabeça para encarar o Maikle, ainda rindo, porém, com um pequeno toque de desespero na voz firme – por ter salvado seu filho daqueles Ghouls

   – Não me lembro de ter sido salvo por ti – diz Daniel

   – Não era de você que eu estava... – ela percebe o desespero no rosto do rei Maikle e então abre um enorme sorriso malicioso e se cala

  Pelo visto o ditado é verdadeiro. A grande investigadora sabe tudo sobre todos, menos do que acontece na própria casa – o sorriso malicioso de Yasmim se converte em longos risos divertido em sua mente, o desespero da morte se aproximando.

   – Ops... e agora, podemos? – insiste minha irmã

  – Não é assim Sofi – Ramon tenta explicar a ela a burocracia de um reino, quatro nesse caso – precisamos fazer um julgamento, depois leva-la a uma das salas de execução, que só existem nos reinos Maikle e Wolf, ou seja, como os humanos já disseram que não têm nada a ver com esse caso, teremos que transporta-la até o reino mais longe, que vive na era Medieval e sentencia-la...

  – Ah, para de frescura! – Sofi retira de sua bota preta uma adaga afiada – é só fazer isso.

  Não!

 

  Os segundos seguintes são confusos; Minha irmã tinha quase alcançado a adaga no coração de Yasmim... foi quando, de olhos fechados, eu gritei a palavra “Não”, estava desesperada e não sabia o que podia fazer.

  Eu congelei “a cena”, o tempo ainda está parado, nenhum relógio mais caminha com os ponteiros, é como se pausasse um filme. Mas eu posso andar, pensar, agir.

  Aproveito-me disso, entro na sala, agora que posso ver fica tudo muito mais fácil, eu só preciso entrar na mente das pessoas certas para impedir que Yasmim seja morta, mas quem eu consigo convencer? E quem é realmente útil? Não sei se tenho muito tempo... que irônico, a garota que pode parar o tempo tendo que se preocupar em ser rápida, nem mesmo eu, que não estou congelada, consigo ter a mínima noção do tempo, é como se toda a ilha estivesse parado no tempo.

  Tayler  

  Ele facilmente acreditaria em mim, posso convence-lo, além de que seu poder é sugar os de outros seres, ele pode apagar minha irmã, mas alguém precisará ajuda-lo... meus pais são vampiros, mas os colocaria em risco, o amigo de Alinpç é muito mais forte que eles... infelizmente, terá que ser Konor.

 

  Começo pelo mais fácil, entro na mente de Tayler.

  Está diferente desde a última vez que estive nela, menos vazia.

  Começo a andar, tropeçando um pouco em alguns livros de magia negra, a maioria sobre como se tornar imortal, além desses há muitos de histórias da ilha, sobre Alinpç, Isabel, Natacha.

  Eu não devo, não posso...

  Pego um dos livros, bege de capa dura e aparência envelhecida, na capa em letras douradas o título “Carta de suicídio”, abro-o, dentro dele as páginas não condizem com a época de aparência da capa, são folhas de um diário, encapado por outra pessoa:

  “Querido diário, assim como não acredito em signos ou em como meu melhor amigo conseguiu nunca trair a mulher com quem teve sua primeira vez, não acredito que escrever o que acontece em minha vida na droga de um pedaço de papel vá me acalmar... mas Deverron me disse uma vez para tentar. Já que estou só eu, esse papel, essa pena e tinteiro, vou começar confessando, eu amo aquela guerreira como nunca amei ou amarei outra mulher. Sem mais delongas, hoje reencontrei Rafagh, não o via a séculos, infelizmente ele não trouxe sua única filha, disse ainda que ela não esteve com ele, meu coração apertou com aquelas palavras, senti uma vontade imensa de simplesmente apagar, morrer por um tempo, como uma hibernação e só voltar quando ela estivesse de volta a meus braços.

  Bom, ele também me disse, do jeito estranho e desnecessário dele, que quando me contou do suicídio da irmã, não era para eu tentar fazer a mesma cousa. Disse também sentir saudades, questionei-o sobre não me ter contado que estava vivo, ele teve a coragem de me responder “Tu jamais perguntaste”, depois confessou que na verdade, Mystics rodeavam-me como sombras e se ele fosse falar comigo, seria a última cousa que faria, ou seja, até mesmo o grande Alinpç teme a morte.”

  Começo a folhear as páginas, são dias inteiros da vida de Konor descritos por ele, algumas páginas estão em branco ou até mesmo faltando, a mente de Tayler não armazenou o livro por completo, folheio mais rápido; Konor tentando fazer com que Alinpç traísse Isabel; Konor esperando por Deverron; Konor implorando ao nada para ela voltar; Konor desistindo e se tornando quem é hoje em dia quando não está apaixonado; A frase, “Eu nunca traiu, por isso não namoro”.

  Folheio todo o livro, até chegar na contracapa, nela uma carta com aparência muito mais antiga está colada, a carta falsa de suicídio de Natacha.

   "Não existe dor física pior que a dor psicológica, nesse momento quase sinto meu coração e minha alma rachados em pedaços que não se colam mais. Alinpç, meu irmão, somos os únicos sobreviventes, os últimos Kirians vivos, com finais totalmente diferentes, preste atenção nessas palavras, encontrei uma garota de nove anos chamada Clarice, ela é a reencarnação da sua amada Isabel, o pacto que vocês fizeram funcionou e apesar de ela ser uma bruxa Mystic, sei que serão felizes, ela é o que te manterá vivo para sempre, já eu... me despeço nesta carta.

  Meu querido irmão sabes como eu gosto de poesia por isso pularei de um local bem alto, para sentir a vida passando como vento no sentido literal da palavra, sentirei liberdade, meus últimos momentos serão felizes, minhas últimas lembranças boas – os momentos que antecederão a morte, serão os quais me sentirei mais viva. Mas não quero cair em um lugar qualquer onde pessoas pisaram... cairei em um lago, assim se a queda não me matar, não lutarei pelo ar, deixarei o mundo vendo o céu sendo ainda mais belo de baixo d’água, onde a visão e os sons são distorcidos de um jeito incrivelmente calmo e bom. Que ironia morrer por uma das poucas coisas realmente essenciais a vida, tudo que é bom tem um preço irmão.

 Nathacha"

  Riu um pouco comigo mesma, Natacha nunca que escreveria algo assim, ela fala e age totalmente diferente. Depois tenho que contar a Tayler que essa carta no final do livro é totalmente forjada... só não posso dizer como eu sei, tampouco explicar a ele que a primeira Kirian do universo permanece viva e mesmo se eu pudesse, será que conseguiria?

  – Davina? O que está fazendo aqui? – pergunta Tayler, olhando para a pequena garota ao chão de longos cabelos brancos e olhos vermelhos que acompanhavam as palavras da carta e agora viajavam na imensidão de livros espalhados ao chão, eu. – sabia que a teoria mais aceita sobre essa carta, é que ela é falsa, né?

  – Tayler! – corro para abraça-lo e deixo que ele me carregue

  – O que está fazendo aqui?

  – Ah, é mesmo – balanço minhas pequenas pernas freneticamente e o bruxo me põe de volta ao chão – você tem que impedir de matarem Yasmim.

  – Como? – Tayler não me questiona do motivo, ele parece confiar em mim e além disso, não é muito curioso

  – Toque em Sofi e sugue seus poderes, depois eu mesma apago a memória dela. Eu nunca te colocaria em risco de vida, só preciso de você porque...

  – Calma garotinha – ele me interrompe – eu acredito em você, seja lá o porquê de precisar de mim, deve ser muito necessário. Vejo que tem pressa e se atrasou um pouco com os livros, adoraria ajudar um kirian em uma missão, qualquer outro dia pode voltar a minha mente para ler mais dessas histórias.

  Confirmo com a cabeça, foi mais fácil do que pensei, Tayler até me ajudou... agora vem a parte difícil, Konor.

 

  Saio da mente do Mystic e entro na de Konor:

  É como se eu tivesse sido atingida por uma frigideira de aço, minha cabeça doí e me sinto zonza, abro os olhos, mas a escuridão permanece, para piorar começo a sentir que estou caindo. Minha visão começa a se acostumar com a escuridão, vejo meus braços abertos, seja para onde estiver caindo, cairei de cara se continuar nessa posição. Começo a me remexer no ar, continuo em queda livre, mas agora de costas para o fim, posso ver o começo. 

  Pequenos rubis começam a cair junto a mim, alguns atingindo minha pele, me contraio, começam a cair mais e mais rápidos, ao furar de minha pele pelos mais afiados me viro novamente.

  – Tomara que sejam almofadas o que me espera lá embaixo – sussurro e fecho os olhos com força, esperando o pior e querendo o melhor.

  Mas o que veio ao meu encontro não foram almofadas, tampouco mais rubis afiados ou “Tommys” famintas. Braços robustos e de aparência jovem me seguraram, impedindo que me espatifasse na lama.

  – Branquinha! Literalmente caíste em uma lembrança – Konor me coloca delicadamente no chão.

  Olho ao meu redor, é noite na ilha em algum século depois de cristo, estamos numa praia, água, areia, lama e um cavalo são a paisagem.

  – Essa lembrança é sua?

  – Sim, é de quando eu descobri a existência de cavalos, Alinpç me ensinou a montar. São bem uteis e bonitos, mas não existiam na ilha.

  Vejo sair da mata algo laranja, meio bronze, parece a mistura de um furão e um tigre, formando uma espécie de dragão sem asas e com antenas de abelhas proporcionais ao tamanho do animal.

  – O que é aquilo? – pergunto apontando para o animal

  – Era uma espécie nativa, eu já tive um de estimação, achei-o perdido vagando pela mata densa, ele era do tamanho de um Chihuahua... quando dei por mim já estava em meu ombro, quando ficava em duas patas então, era maior que qualquer ser humano que tenha menos de três metros. – os alegres olhos dele rapidamente se perdem em lembranças – A mãe dele deve ter sido morta por caçadores, aqueles malditos... – ele suspira – aquele animal não era como ursos, tinham uma estrutura óssea magra e justamente por serem tão diferentes do que os bruxos e outros invasores já tinham visto, foram todos aniquilados, assim como tantas outras espécies.

  – Por medo ou status – sussurro, eu mesma nunca conhecerei um desses, uma tristeza repentina me atinge. – Konor... eu preciso de sua ajuda.

  – Fale

  – Alguma vez Alinpç te contou sobre sua irmã?

  – Qual? Natacha?

  Ele tem mais?

  – Essa mesma. – respondo

  – Pela sua expressão de espanto não sabe nem da metade da história – diz ele, com um sorrisinho torto – Ela vive querendo bancar de Deus. Iknpa quer ser o Kelloiri, Jeová, Zeuz, Buda, acaso... nem ateus escapam, ela gosta de ter a vida e a morte de todos em suas mãos, por isso há séculos Alinpç a trancou em um caixão, mesmo assim seu poder só não é capaz de entrar na mente de Rafagh, eu, Ernesto e qualquer descendente que ela tiver. – E de Ben, complemento mentalmente – resumindo, ela nunca saberá o que eu te falar aqui.

  – Então me diga Konor, o que ela fez de tão grave? – imploro com as mãozinhas cruzadas, abaixo de minha expressão de piedade

  Ele ri sutilmente

  – Você é assustadoramente fofa – Konor se senta na lama, atrás dele, um pouco longe, ele e Alinpç cavalgam, ele caí e seu amigo desce do cavalo para ajudá-lo.

  Tento segurar minha risada e sento-me também, o Konor com quem converso se vira para trás e sorri.

  – Eu não disse que era bom nisso – me sinto bem com aquele sorriso, o clima tenso diminui um pouco – tudo bem branquinha, irei te contar em um resumo bem resumido – o semblante, agora sério – Natacha, foi a primeira kirian, a primeira evolução humana, como um protótipo divino, sei lá, porém depois dela vieram muitos outros, todos com o incrível poder de ler mentes, ela tinha vários irmãos, na ilha naquela época as famílias eram constituídas de um casal de duas mulheres e dois homens e seus inúmeros filhos... mas entre todos aqueles irmãos, um se destacou, um irmão de mesmo pai e mesma mãe, que se chamava Alinpç. Ele descobriu que podiam também controlar os não kirians, Rafagh era a maior mente e sua irmã a mais poderosa naquela espécie de magia... – ele suspirou – Um barco atracou na ilha e mudou todo o rumo da história, nele havia um bruxo, uma vampira e muitos outros intrusos. Assim como apesar de toda a magia de Iknpa sua filha ter nascido sem, apesar de já ter uma família feliz, Natacha se apaixonou perdidamente por Ernesto, mas ele nunca a quis... em uma noite ela decidiu chamar a atenção do bruxo e de seu irmão, o qual sempre esteve ao seu lado, mas assim como Ernesto, desde que viu a autora das mortes em um dos pequenos vilarejos, só tinham olhos para aquela vampira... o pior erro de Natacha foi cometido, ela matou um outro kirian, porém matar é diferente para um kirian, cada molécula de poder exala do morto para o assassino, revigorando-o, satisfazendo-o de uma fome que nem sabia que tinha, depois daquilo, ela surtou. E matou todo o resto da ilha, seus pais, seus irmãos, aldeias inteiras só com o olhar ou estalar de dedos, outros ela matava lentamente, com galhos, ou até mesmo suas unhas... apenas alguns Maikles, Alinpç, Ernesto e Isabel estavam afastados da civilização, quando voltaram, antes mesmo de se recuperarem do impacto, eles tentaram conte-la, mas era muito poder para ela, então tudo se foi, rápido demais, pelos olhos, nariz, ouvidos uma intensa luz branca e liquido preto, até que ela desmaiou e Alinpç e Ernesto, juntos, prenderam-na em um caixão. – ele se levanta – pelo menos foi o que meu amigo me contou.

  Minha cara deve de estar mais branca de do habitual.

  – Ah! E tem mais uma coisa – ele continua – todos os corpos em que a magia voltara viraram flores florescentes, os que não apenas caules verde claro.

  – E o que os caules fazem?

  – Pelo que sei foram utilizados posteriormente por Ernesto para fazer a maldição, então...

  – O caule da flor que Sofi deu a Max, foi utilizado em Nick, por isso ele é tão grato a ela, minha irmã o curou de qualquer que seja o lado da maldição que ele tivesse.

  – Eu ia dizer “foda-se, não faço a mínima ideia”, mas isso também serve.        

   – Konor, essa mesma Natacha quer que eu salve Yasmim, ela vai matar todos que amo se eu não conseguir

  – E...

  – E você tem que me ajudar, Tayler vai sugar temporariamente os poderes dela, você só tem que impedir que qualquer um tente algo contra ele ou Yasmim.

  – Por que eu faria isso?

  Paro de falar, realmente fico surpresa, não esperava mais uma resposta dessas.

  – Sofi...

  Ele dá de ombros

  – Cansei dela. – ele não olha para meus olhos – E por que Natacha se importaria com a vida da caçadora?

  – Por que ela é neta de Natacha – uma lágrima escorre de meu rosto – por favor Konor, eu preciso de sua ajuda, nunca te pedi nada...

  Ele sorri

  – Calma, eu tava só brincando, irei te ajudar – um sorriso aponta em meus lábios também – mas Iknpa não precisa da sua ajuda, a menos que ela queira outra... – a preocupação se estampa em seu rosto – Davina, que nível tu és?

  – Três. – digo, também preocupada, porém sem entender

  – Só não me diga que você parou o tempo – ele diz preocupado, mas sem derrubar a culpa do que quer que tenha acontecido em mim, ele me olha pela primeira vez como todos, uma criança ingênua.

  – D-De toda a ilha... – minha voz falha

  Ele encobre o rosto com as mãos.

  – Estamos todos ferrados, a Natacha...

  Meus olhos começam a lacrimejar, tento conter minhas lágrimas, não consigo, elas caem demarcando meu rosto como o sentimento de culpa.

  O que eu fiz?

  — Não, não chore – Konor me puxa pelos braços e me carrega, tombo a cabeça em seu ombro e ele me abraça – nunca tive filhos por causa disso, para branquinha... por favor.   


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